terça-feira, 1 de abril de 2014

Mitos das Predições IV - Pítia e Sibila

Mitos das Predições IV
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos das Predições IV



Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.




Os Oráculos

Pelas antigas tradições gregas e romanas num costume de questionamento do futuro, ou ainda sob o desejo de poder agradar aos deuses, os oráculos foram estabelecidos – principalmente – em Delfos, Cumes e Mileto por reconhecimento das revelações de Apolo, como ainda nos templos de Dadone e Amon para reverenciar Zeus.  No geral, os oráculos foram edificados em quase todas as regiões. Áres (Marte) era dignificado na Trácia; Hérmes (Mercúrio) em Pátras; Afrodite (Vênus) em Pafos; Palas (Minierva) em Micenas; Artemis (Diana) na Colchida; Heracles (Hércules) em Roma, etc.
Na prática desses costumes, cada oráculo se identificava com tipos de rituais diferentes, uns pela exigência do jejum, outros entre normas preparatórias, cujos sacrifícios (ou provas) visavam justificar os sensatos pedidos de auxílios.



Pítia (ou Pitonisa)

Pítia (ou Pitonisa) era denominação dignificante para designar a sacerdotisa do deus Apolo no seu templo em Delfos, a qual no emprego dos oráculos – como escolhida por seus dons da adivinhação – requeria permanecer sentada durante suas atuações sobre a trípode profética que, consistia (como utensílio tradicional) numa espécie de cadeira alta com três pés, cujo simbolismo suscitava uma condição elevada para a perfeita sintonia com esse deus. Para poder se dignificar no uso da trípode profética, a Pítia carecia do exercício preparatório sob várias normas ritualísticas (rigorosas) como: antes de tudo, jejuar três dias seguidos, mascando folhas de loureiro entre outras exigências mais, cujas determinações nesse roteiro terminavam com um banho numa fonte especialmente reservada para esse cerimonial, sendo que só depois desse – preciso – procedimento, poderia ser conduzida ao templo pelos sacerdotes.
Por exceção de certos casos especiais (como durante a guerra ou entre outros fatos excepcionais), a Pítia proferia (uma vez por ano) seus oráculos no começo da primavera, mas o templo permanecia aberto para visitas nas condições de reverências (ou adoração).



O trabalho nos oráculos só se iniciava logo após Apolo justificar sua “presença” pelo reconhecimento geral do estrondo com o tremor do templo (como se fosse desmoronar), fato que se tornava ainda mais assustador por causa dos gritos frenéticos das pitonisas, as quais sob essas manifestações se identificavam entre estados de transes individuais, nas condições precisas de cada sintonia – efetivada – com o deus das revelações.



A mensagem para cada consulta era apresentada em versos ou trovas – de estruturas harmônicas perfeitas – conforme toda qual por esse motivo, se justificava como tendo sido elaborada pelo próprio deus Apolo (Senhor da Lira), em cuja possibilidade de desconfiança – com “fraudes” – nem existia, por causa também da procedência das pítias, sempre escolhidas (exceto por uma avaliação especial) entre as mulheres mais simples na formação cultural, as quais como exigências rigorosas, além da virtude preciosa para essa função precisavam se identificar com um histórico familiar de decência.




A Sibila

A Sibila era assim reconhecida na condição da mulher que exercia o seu dom da adivinhação, cuja denominação – para essa atividade – se difundiu (diferenciada) com maior extensão ou acima do significado de Pítia, talvez, por causa de sua disposição independente nas atuações, pois podia atender consultas até em grutas (longe dos templos de Apolo).
Pela origem da Sibila se encontram muitas versões, sendo que, seu nome poderia significar: “Vontade de Zeus”.



Numa dessas identificações consta que, a primeira “delas”, se tornara – extremamente – popular pelo seu dom da adivinhação. Por causa desse fato, se originou como “sinônimo” para identificar sob esse tratamento (como designativo), a classe feminina provida com essa virtude; mesmo em proporções menores, ou então, pelo uso pejorativo de crítica (ou insulto).
Pelas considerações de outras fontes, a originária Sibila era filha de Zeus por uma aliança afetiva com Lamia (filha de Poseidon). Na Líbia, onde atendia consultas como adivinha, sem esclarecimento real pelo motivo, era chamada por esse nome.
Envolta por lendas romanas, a sibila mais famosa dos mitos que, nas suposições de alguns, teria nascido numa gruta na Líbia, de nome pessoal desconhecido, a qual ainda muito jovem se identificara com o dom das predições (expressas através de versos), sendo por isso conduzida – sob sua relutância - ao templo de Apolo em Delfos, onde foi recebida e consagrada pelos sacerdotes.
Numa dessas lendas (acima dos mitos), Apolo teria dignificado essa moça pela realização do que ela mais aspirasse através de um pedido (irrecusável), sob o qual decidiu escolher uma vida muito longa. Para justificar a duração desse período, ela precisou por ordens de Apolo, recolher – num gesto único – a maior quantidade de areia possível, cujos grãos simbolizavam para cada um deles, um ano a mais de vida. Ainda como exigência por esse privilégio, ela nunca mais poderia visitar sua terra natal; por esse motivo se radicou em Cumes. “Pelo fato de não ter mencionado no pedido expresso”, a condição – também – de manter uma vida “sempre jovem”, cada ano decorrente, transparecia a velhice numa ordem fora do normal; cuja difusão de sua imagem permaneceu sob esse estado físico.


A Sibila de Cumes deixou como legado os famosos “livros sibilinos”, os quais continham os destinos de Roma.

(continua)