segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Apolo

Mito de Leão: Apolo


MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Leão
Anterior: Os Trabalhos de Hércules

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.




Os 12 Trabalhos de Hércules





12° Trabalho – Trazer Cérbero e Teseu dos Infernos

Teseu e Pirito tentaram raptar Perséfone, esposa de Hades (Plutão). Por isso, eram prisioneiros de Hades, no mundo subterrâneo. Hércules desceu pelos labirintos sombrios em busca dos infernos, recebendo a proteção de Mercúrio e Minerva. Realizou assim – passo a passo -, todas as façanhas dos mortos. Na travessia pelo rio Estinge, ele seria obrigado a ofertar o óbolo a Caronte – como pagamento ao barqueiro. Mas, o porte físico – daquele viajante da terra -, assustou Caronte, que o conduziu até a outra margem, sem nada cobrar. Finalmente, na sala do rei dos infernos, conseguiu obter permissão para levar Cérbero ao mundo dos vivos; desde que não houvesse uso de armas contra o monstro. Então, ele agarrou o cão – de três cabeças -, e numa tentativa de poder provocar o sufoco, impedia a respiração - de um focinho após outro -, mitigando as forças da fera, que assim se aquietou; levando sua presa até Euristeu. Depois, o conduziu de volta ao Hades, onde obteve a libertação de Teseu. Ainda nos infernos, valeu de grande auxílio para muitos, pois, até Prometeu foi desvencilhado – por ele – de uma águia que lhe comia o fígado.

Muitas outras façanhas foram atribuídas a Hércules: Durante os jogos olímpicos, chegou a concorrer frente ao próprio Júpiter – disfarçado de atleta -; e como não surgia um vencedor, o deus do Olimpo acabou se identificando e felicitando Hércules, em razão de sua força e habilidade. Certa vez, por questão de um ato violento acabou – por esse delito – se tornando escravo da rainha Onfale durante três anos. Nesse período, seu temperamento se modificou, pois o homem forte se tornara efeminado; usava vestes femininas e tecia lã, em companhia das servas de Onfale. Enquanto isso, quem usava a pele do “leão de Nemeia”, era a rainha. Vencida a pena, o intrépido filho de Alcmena e Zeus se casou com Dejanira. Numa ocasião, em viagem, chegando ao rio - onde Nesso fazia a travessia de viajantes -, permitiu que Dejanira fosse transportada para a outra margem pelo centauro, atravessando (sozinho) na frente. Mas, Nesso, em vez de realizar a travessia, raptou a moça. Ouvindo os gritos – de longe -, ele lançou sua flecha – embebida com o sangue da hidra de Lerna -, ferindo o centauro mortalmente. O moribundo entregou sua túnica ensangüentada, dizendo para Dejanira, que esta tinha o poder para conservar o amor do marido, caso ele a vestisse. Dejanira aceitou o presente, prometendo aplicar o recurso, na hora certa. Algum tempo depois, Dejanira desconfiou que o marido estava – preso - sob os encantos de Iola – uma prisioneira salva por ele em sua última expedição. Por intermédio de seu escravo Lichas, enviou a túnica ao marido, com as mais ternas recomendações; que sem suspeitar, a vestiu. Pouco a pouco, o veneno – de Nesso – foi penetrando em seu corpo e provocando terríveis queimaduras. Furioso, agarrou Lichas e o atirou no mar. Freneticamente, se contorcia na tentativa de arrancar a túnica, que quando se rasgava, mostrava pedaços de sua epiderme, coladas no tecido. Nesse estado deplorável, se conformou e decidiu se preparar para a morte. No monte Eta, pediu a Filoctetes – seu amigo -, para montar uma pira funerária; depois, se deitou sobre ela coberto pela pele do leão, indicando para que o fogo fosse atiçado. Em instantes, as chamas consumiram tudo que havia de mortal em Hércules. Mas, Júpiter desceu do céu, levando o herói (com pira e tudo) para  o Olimpo, com a aprovação de todos os deuses. Até Juno, sua maior inimiga, com ele se reconciliou, permitindo que sua filha Hebe, se tornasse sua esposa. Ao alcançar seu lugar no céu, quem realmente sentiu com isso, foi Atlas, pois o peso do firmamento tinha sofrido um aumento, considerável...



Apolo (Febo)

Filho de Júpiter e Latona, era também irmão gêmeo de Diana. Ainda na adolescência, teve que perseguir e matar – com suas flechas -, a serpente Píton, para defender sua mãe. Para se purificar dessa morte, construiu no local seu oráculo: o oráculo de Delfos; e a pele da serpente serviu para cobrir a trípode da pitonisa. Ele era o pai de Asclépios, que por ter aplicado a arte de ressuscitar os mortos – sem permissão dos deuses-, foi fulminado por um raio. Apolo então lançou setas contra os ciclopes dos raios, sendo por isso, exilado do Olimpo. Durante o exílio, viveu na terra, sempre acompanhado de sua lira. Pã e o sátiro Marsias – tocadores de flauta -, competiam com ele na arte de tocar. Sendo ferido por uma flecha de Cupido, ficou apaixonado pela ninfa Dafne, que recusava todos os seus pretendentes – pois não queria se casar jamais. Apolo suplicava desesperadamente o amor da ninfa, que sempre fugia – quanto mais fugia mais se encantava. Até que certa vez, nessas perseguições, ela invocou Peneu – um rio deus, seu pai -, sendo metamorfoseada em arbusto. Daí em diante essa planta se tornou a preferida de Apolo: um loureiro, que ele abraçava e beijava como se fosse Dafne. 


Faetonte

Faetonte, seu filho, queria provar a Io e a Epato, que era filho do Sol. Diante de Apolo, esclareceu o motivo de sua visita: necessitava de auxilio. Movido pelo amor paterno, jurou – pelo rio Estinge -, que não negaria nada a seu filho. Ele então lhe pediu permissão para guiar a “carruagem do Sol”, e iluminar o mundo por um dia; como o juramento era irrevogável, e o consentimento não podia ser evitado, obteve assim o veículo. Mas, os cavalos do Sol, cismados com o falso condutor, deixaram de seguir o caminho natural, ora passavam muito baixo sobre a terra, ora muito alto. Geia, assustada, clamou o auxílio de Júpiter, que de imediato, lançou um raio contra Faetonte (existe certa controvérsia entre Apolo e Hélios, como no caso desta passagem confusa, que portanto, vale apenas como ilustração):

Carruagem do Sol

 Apolo era o deus da música, medicina, inspiração poética e profética; e também o guia que presidia os concertos das nove musas. Em sua eterna mocidade, inspirava as pitonisas no templo de Delfos. No inverno, ficava nos paises boreais, aonde o dia não se findava; sempre com seu arco e flechas, e a lira que havia ganho de Mercúrio. Era guardião da Pureza, muito embora, como deus do universo masculino, em contraposição a Ártemis, que regia o feminino. Aquecia a natureza, fazia germinar, crescer e florescer todos os seres, pela virtude da vida.

(continua)