MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Leão
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.
Hércules
Hércules (Héracles) era filho de Zeus e Alcmena, esposa de Anfitião, rei de Tebas. Logo após seu nascimento – sem tão pouco se assustar -, ele estrangulou – em seu próprio berço – a serpente que Juno mandara colocar em seu leito. Quando jovem teve vários mestres: Castor, que lhe ensinou a arte do combate; o centauro Quiron, que foi seu professor de astronomia, medicina e outras matérias. Apesar das perseguições de Juno, tinha a proteção dos deuses; se desenvolveu muito em altura e possuía uma força descomunal. Vítima das artes – mágicas – de Juno, passou a ter ataques de loucura, chegando a matar Megara, sua primeira mulher. Assustado com o ocorrido, foi consultar o oráculo de Delfos – em busca de alívio -; sendo condenado a servir Euristeu, durante doze anos; e assim, incumbido de executar seus doze grandes trabalhos. Isso se esclarecia pelo seguinte: Zeus (Júpiter) – concordava -, em razão dos nascimentos dessas duas crianças, a primeira que visse a luz - entre o filho de Alcmena (Hércules) e o filho do rei das Micenas (Euristeu) -, obteria o poder sobre a outra. Juno, se valendo dos favores da deusa dos partos, conseguiu que Euristeu nascesse primeiro que Hércules.
1º Trabalho – Combater o Leão de Neméia
Próximo a Neméia havia uma floresta onde habitava um enorme Leão, o qual devastava aquele vale. Euristeu, então passou a seguinte tarefa para Hércules: trazer a pele do leão de Neméia. Assim, armado de arco e flechas foi atacar o monstro. Porém, mesmo com toda habilidade, as setas não penetravam a pele do leão; a fera era invulnerável – nenhuma arma poderia lhe ferir -, pois, teria que ser enfrentada de frente. Sem vacilar, Hércules agarrou o leão e – sem armas - o estrangulou. Depois, levando nas costas o animal, foi em busca de Euristeu, onde – frente ao rei – lhe arrancou a pele, com as próprias unhas. Muito assustado, o rei abriu mão da pele; ordenando para que os despojos fossem retirados da cidade. Hércules, então decidiu vestir a pele, e nesse instante, se tornou invulnerável.
2° Trabalho – Combater a Hidra de Lerna
O lago de Lerna, na realidade, era um charco profundo, onde habitava uma serpente gigante, a qual possuía nove cabeças. Para esse combate, Hércules foi acompanhado de seu sobrinho Iolas. O fato é que, quando uma dessas cabeças era cortada, renasciam, três outras em seu lugar. Para solucionar o problema, enquanto Hércules ia cortando uma das cabeças, Iolas – se valendo de um tição -, cauterizava o corte feito. Do Olimpo, assistindo essa luta, Juno, preocupada com a possível vitória dos dois, enviou contra essa façanha, um caranguejo, o qual picou o pé de Hercules, sendo em seguida esmagado; mas acabou sendo colocado no céu (pelos deuses), formando assim a constelação de Câncer. Como a cabeça do meio era a mais importante, mesmo depois de cortada e cauterizada, precisou ser esmagada – com uma rocha enorme -, para determinar – sem nenhuma dúvida – a morte da hidra. Finalizando o trabalho, Hércules colheu o sangue venenoso da hidra, pois, suas flechas, assim embebidas – desse poderoso veneno -, haveriam de ferir todo inimigo, mortalmente.
3° Trabalho – Buscar o Javali de Erimanto
Erimanto era uma montanha, onde existia um javali, que destruía quem dele se aproximasse. Sem armas, Hércules o apanhou vivo. Quando Euristeu viu o javali – vivo – sobre os ombros de Hércules, fugiu de tanto espanto.
4° Trabalho – Agarrar a corça dos pés de bronze
Havia uma corça com pés de bronze e cornos de ouro, tão ligeira, que ninguém seria capaz de agarra-la na carreira. Sendo uma serva consagrada de Diana, não podia ser caçada com fechas. Hércules perseguiu-a no bosque durante um ano, onde era sempre enganado por Diana, que camuflava – de todas as maneiras – a pista da corça. Depois de muito esforço e paciência, conseguiu apanha-la – sem nenhum utensílio ou artifício -, pois a corça havia sido vencida pelo cansaço.
5° Trabalho – Esterminar os pássaros do lago Estínfale
No lago Estínfale, viviam pássaros amestrados por Marte, que eram monstruosos. Os tais tinham bicos de ferro, que eram afiados como uma espada, suas asas podiam abater suas vítimas com a força de um dardo arremessado por um forte atleta; suas garras, se igualavam aos bicos em força, sendo agudas e penetrantes. Essas aves formavam no céu, uma espécie de nuvem espessa, a qual determinava certa interceptação da luz do sol. Quando Hércules avistou o lago Estínfale, um coro de aves, dissonante e ameaçador, foi aumentando seu volume, à medida em que este se aproximava. Para essa tarefa, ele havia recebido de Minerva, um címbalo de bronze. Em pleno lago e munido do címbalo, sem vacilar, ele golpeou bruscamente os dois pratos. Um som agudo, penetrante e intolerante – produzindo harmônicos de todos as ordens – repercutiu nos ares, como se advindo de um reino sobrenatural. Mesmo sem poder suportar a emissão de tão desagradável cacofonia, ele continuou golpeando violentamente os pratos. Perturbados, pela exasperação do ruído, as aves foram se elevando – desesperadamente – aos ares, chilreando, até desaparecerem para sempre. Pouco a pouco, o silêncio foi tomando conta do lago Estínfale.
(continua)