quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Uma Análise de Freud IV

Uma Análise de Freud IV
O Advento da Psicologia XIII – Psicologia e Astrologia VII - Uma Análise de Freud IV



Uma Análise de Freud

Sigmund Freud – carta natal
Dados: 06/05/1856 – 9h00 AM – Frieberg
Ascendente – 23º 05’Câncer – 115 Modelo
Casa II – 16º Leão – 83 Fraternidade
Casa III – 1º Virgem – 12 – Graça
Casa IV – 28º Virgem – 139 Inesgotável
Casa V – 6º Escorpião – 36 Saciedade
Casa VI – 19º Sagitário – 92 Arbítrio
Casa VII – 23º 05’ Capricórnio 109 Esperança
Casa VIII – 16º Aquário – 77 Mistério
Casa IX – 1º Peixes – 6 Amor
MC – 28º Peixes – 133 Gratidão
Casa XI – 6º de Touro 30 Tempo
Casa XII – 19º Gêmeos 86 Proeminência
 Sol – 15º 56’ Touro – 74 Profundez
Lua – 9º 56’ Gêmeos – 42 Princípio
Mercúrio – 27º 04’ Touro – 130 Louvor
Vênus – 25º 56’ Áries – 123 Liderança
Marte – 3º 25’ Libra – 24 Predileção
Júpiter 29º 30’ Peixes – 133 Gratidão
Saturno 27º 30’ Gêmeos – 142 Moral
Urano – 20º 36’ Touro – 108 Discernível
Netuno – 19º 49 ’Peixes – 89 Virtude
Plutão 2º 58’ Touro – 13 Experiência


Signo Solar: Touro – O Sol se encontra no grau da Profundez (74), portanto, se for considerado como um Princípio Ativo – conforme o ‘quadrado da cruz’ – possui o Apoio (75) como Meio Passivo. Lembrando: o Princípio Ativo determina o modo de agir; o Meio Ativo vale como instrumento de ação e o Meio Passivo indica o que falta ao Princípio Ativo, ou seja, representa um potencial inconsciente. Desse modo, isso significa que, o ato de se aprofundar estaria implicado em falta de apoio (meio passivo). Mas, o Meio Ativo como Revogação (81) indica que quem se aprofunda em alguma “coisa”, deve estar tentando anular outra. A Finalidade Ativa representa o “destino” de um Princípio Ativo, neste caso representado pela Consolação (79), indicando que quem se aprofunda (por aflição) deve requerer o consolo. O Crédito é a base de um Princípio Ativo, que para a Profundez significa Regime (76), norma através de uma idéia fixa num sentido profundo. O Débito indica o tipo de conseqüência implicada nesse atuar, nesse caso representada pela Resignação (80). O centro da cruz tanto pode indicar um tipo de inocência quanto uma espécie de malícia (artimanha); representado pelo Inesquecível (78), que também significa “passado”. A Finalidade Passiva indica a experiência prática no sentido de uma realização, nesse caso relacionada com o Mistério (77). Isso define (em parte) as características do Sol de Freud.
O Sol faz conjunção com Urano, que se encontra no fator do Discernível (108), indicando que o padrão (centro) desse tipo de Profundez não combinaria com a “inocência” e sim, com a “malícia”; pois, ele até conseguiu apurar em suas pesquisas que: entre o equilíbrio da personalidade estava implícito o fator da sexualidade. O Sol forma um sextil (assim como Urano) com Netuno, no grau da Virtude (89); é através de Netuno que Freud encontra na atividade do sonho o seu melhor instrumento de análise. Não obstante, o Sol – como ego – tende a insurgir contra Netuno (conforme suas características) numa tentativa de anular suas condições místicas. O fato é que Mercúrio também se encontra no signo solar para coordenar – manter nos níveis do cientificismo – aquelas qualidades outorgadas por Netuno (incluindo as de Urano) como influências sobre o Sol. De forma inconsciente, Freud incluía em seu discernimento (num raciocínio profundo) as influências dogmáticas – religiosas – que poderiam acarretar no equilíbrio da personalidade; pois, sabia de tais conseqüências – de modo aflorado –, por questão de sua última passagem para o além; onde aprendera, em condições precárias (por experiência) a se “sustentar” frente aos horrores do baixo astral, cuja severidade, nem um título de alto escalão no clero (como tivera em vida anterior) servia para aplacar. Diante dessa experiência teve de partir do início, se reencarnando com novas idéias de reforma. Desse modo, a alma agora deveria ser reconhecida pela humanidade como um fator real, e não místico. No signo solar também se encontra Plutão, associado ao fator Experiência (13); e, pelo fato de não formar nenhum aspecto maior (quase forma uma conjunção com Vênus), se destaca ainda mais no mapa, indicando o símbolo da grande descoberta de Freud: o inconsciente. Plutão em quincúncio com Marte representa o próprio advento da psicanálise.

Comentário Final:

O grande triunfo de Freud – como celebridade – se deve a seu conceito de inconsciente, o qual conquistou num nível acadêmico, definindo a alma como padrão de ordem científica. Descobertas de porte singelo sempre provocam grandes alardes, ainda mais quando relacionadas com o sentido da dualidade, que neste caso seria entre consciente e inconsciente. Com isso, Freud provou – embora de modo racional – a existência de um componente dual inexorável, com o qual se tornava possível ‘alçar vôos’ rumo ao desconhecido; não com a ênfase necessária para uma exploração de ordem espiritual, mas, suficiente, em termos de precaução por parte do materialismo. Assim, nos níveis da insegurança, “Ser ou não Ser”, voltava a ser uma questão para a humanidade, a qual caminhava sempre com maior afinco no sentido do embrutecimento anímico. Pois, de acordo com a psicanálise – legitimamente freudiana –, não seria possível encontrar um ser humano sequer – sob esse tipo de análise – que não apresentasse algum desequilíbrio. Diante disso, seria possível presumir que, Freud aventara algum tipo de desordem – quase indecifrável em termos de causa – coletiva nos níveis da personalidade humana. Atribuir a essa causa apenas o fator familiar (e o educacional) seria inconcluso, conforme suscita sua própria definição de superego, a qual se apresenta como enigma (clamando para ser decifrado). Todavia, com a exposição de seus três elementos básicos, se torna possível obter uma melhor visão desse fato:          
Id – é um componente biológico e irracional, que atua pelo princípio do prazer; o qual não tolera estados de tensão e nem de desconforto. Dotado de ação reflexa, reage através da imagem mental pelo processo da satisfação, sua única realidade. Esse termo é representado (no geral) pelo Ascendente (nesse mapa indicado em Câncer no grau do Modelo); complementado pelas condições de Marte (em Libra, indicado como Predileção); e também pelo regente do mesmo, neste caso pela Lua (em Gêmeos, no fator do Princípio).
Ego – é um componente psicológico  e racional, o qual possui a função de evitar certos conflitos entre Id e Superego. Priva pelo fator da realidade, sabendo diferenciar o subjetivo do objetivo. É representado pelo Sol; Freud: Sol em Touro no grau da Profundez (74) em conjunção com Urano na posição do Discernível; isso implica em descontroles momentâneos da coerência, perfeitamente reajustáveis (conscientemente).
Superego – é um componente de nível social, que apesar de sua irracionalidade, diferencia o certo do errado, atuando pelo mecanismo da introjeção – pelo qual os valores se instalam na personalidade. Inibe as funções sexuais do Id  e domina o Ego, suprindo-o de valores morais. Enunciando esses três componentes, Freud quase conseguiu tornar acadêmica a composição humana como: corpo, alma e espírito; não importa se na definição de ego, nada se assemelhe a alma, e nem de superego em relação a espírito; conquanto seu conceito de Id represente bem a vida vegetativa (do corpo físico). Aliás, o tema: ‘Histórico do Inconsciente’ (já apresentado aqui) foi desenvolvido aventando essa possibilidade, ou seja, de que Freud mantivera secreta essa suposta descoberta – em termos de ancestrais –, por achar a teoria ousada demais; embora tivesse com isso uma justificativa para as condições “crônicas” do desequilíbrio (num sentido geral). A oitava casa, em Aquário, se apresenta no grau do Mistério (77).    
O superego é definido – em astrologia – pelas condições de Saturno; no mapa de Freud se encontra em Gêmeos no grau da Moral (142).