sábado, 12 de junho de 2010

Jason e Medéia

MITOLOGIA E ASTROLOGIA: O Mito de Áries

Anterior: O Velocino de Ouro

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.

Jason e Medéia

Jason e Medéia

De volta à corte, Jason - depois de apresentar sua esposa - entregou o velocino de ouro ao rei. Mas, Peleia não quis cumprir seu trato. Por outro lado, astuciosamente, Medéia já se mostrava “amigável” diante das filhas do rei, Asteropia e Antenoa. Revelou-lhes, portadora de encantos mágicos e que propunha desembaraçar quaisquer tipos de empecilhos, caso elas tivessem. Em um aposento privativo ocorreu o seguinte: Medéia, que portava um carneiro velho – sob os olhares das moças -, matou-o, cortou-o, jogando – de imediato – os pedaços num tacho fervente com algumas ervas. Em seguida, pronunciando algumas palavras incompreensíveis – sob gestos coreográficos -, retirou do tacho – para espanto das duas acompanhantes – um carneiro vivo - e novinho. As princesas ficaram encantadas com a mágica. Medéia então teceu comentários quanto a velhice do rei, sob o pretexto de que poderia ser remoçado. O fato é que as duas amavam demais o pai e ficaram indecisas. Mas, Medéia, instigante - reforçada pelo princípio do descaro -, censurou demais aquela irresolução; o que implicou na realização do engodo. De noite, Medéia e as princesas entraram no aposento do rei e o mataram. Os guardas dormiam profundamente sob os efeitos de um encantamento. Conforme o experimento anterior, pedaços do rei foram jogados no tacho de água fervente. Nesse entremeio, Medéia, que não havia dado a “fórmula” do encanto, desapareceu. Inconformadas com o crime do qual participaram, as infelizes fugiram do palácio e passaram o resto de suas vidas, juntas, na miséria, sob prantos e mágoas.

Ainda assim, não foi possível a posse da coroa, pois, Acácio, filho de Peleias, dela se apoderara, e ainda passou a representar uma grande ameaça. O casal então fugiu para Corinto. Nessa cidade, Jason e Medéia, viveram dez anos de felicidade, onde tiveram dois filhos. Daí tudo mudou, Jason se apaixonou pela princesa Creusa, de Corinto; que pretendia desposar. Furiosa pela separação, Medéia matou os dois filhos – invocou Hécate e jurou vingança. Depois, enviou para a princesa Creusa, uma túnica, como presente de casamento. Ingenuamente, ao vestir a túnica, a noiva “se cobriu em chamas”; o palácio foi incendiado; e o fogo se alastrou por toda a cidade. Medéia fugiu de Corinto em um carro puxado por dragões; chegando em Atenas, onde mais tarde se casou com o rei Egeu, pai de Teseu. Jason, já cansado, passou a viver uma vida comum, longe de aventuras; até que certo dia, em visita aos escombros do Argos, teve sua cabeça esmagada, por uma viga que se desprendera da embarcação.

Marte (Ares)

Marte (Ares), na realidade, não era um deus indicador de violência e guerra. Era sim, o principal mediador das irradiações relacionadas ao vigor, força e dinamismo. Aliás, todos os deuses eram apenas venerados como guias e protetores da natureza. Com a implantação do princípio do mal, foi que iniciou a idolatria; e a mentira sobre o atuar desses guias naturais. Marte então passou a ser o deus guerreiro, violento; que estimulava a luta cruel e sanguinária. Houve realmente lutas de Marte e de outros guias do Olimpo, mas contra as forças do mal, que se fixavam cada vez mais sobre a terra. Mas, por causa da cooperação humana, venceram as trevas. Sob nova versão, Marte representava a luta; Belona, sua companheira, era associada a tudo que fosse “bélico”. Seus dois filhos Demos (o medo) e Fobos (o terror), sempre os acompanhavam, no carro que era atrelado pela própria Belona.

Uma fábula de Homero, descreve a paixão entre Marte e Vênus:

Marte e Vênus se apaixonaram, sendo que ela já era esposa de Vulcano. A atração era tanta, que resolveram manter um relacionamento no próprio leito conjugal – de Vulcano. Para manter a segurança, Alectrion ficava como sentinela dos amantes, avisando – sempre – quando Hélios ( o Sol) chegava. Hélios era o cocheiro que guiava a carruagem dos primeiros raios de sol. Certa vez, Alectrion adormeceu, e Hélios “observou tudo”, sem deixar de alertar Vulcano. Diante desse percalço, Vulcano decidiu construir uma enorme rede de um tecido que era invisível; noticiando a Vênus, sua partida, indicada para uma longa viagem. Mas, ao cair da noite, voltou – repentinamente – e obteve o flagrante - dos amantes nus em seu próprio leito. Assim conseguiu envolve-los com a rede e leva-los – como numa só peça – ao Olimpo. Expostos assim diante dos deuses, Vênus e Marte, propiciaram o riso, que se tornou contagiante e muito prolongado. Marte castigou Alectrion, transformando-o num galo; sempre com a missão de anunciar a chegada do sol, todos os dias, cantando. Esta fábula tem um significado mais astrológico, em vista de seu próprio simbolismo. Isso desenvolve os efeitos dos aspectos entre o planeta Marte e Vênus, principalmente em termos de conjunção. Tal conjunção está sempre associada a paixões desenfreadas; encontros ilícitos; ciúmes; escândalos amorosos; traições afetivas; paixões à primeira vista; acontecimentos emocionais afetivos e doenças venéreas. Tudo isso e mais ainda; na dependência do mapa astrológico, principalmente em trânsitos ou progressões.

(continua: interpretação do Mito de Áries)