terça-feira, 1 de junho de 2010

Natureza dos Distúrbios

O Advento da Psicologia

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A Natureza dos Distúrbios Mentais


O grande erro que pode ocorrer em psicologia se situa justamente na presunçosa tendência de se querer separar, em termos de sintomatologia, os fenômenos mentais dos orgânicos; cuja reação se identifica realmente com o processo global.
O próprio Jung, apesar de ter sido muito feliz, ao conceber o seu chamado “conceito de “sincronicidade”, encontrou – ou manteve – uma desastrosa “lacuna” pela própria teoria – que por isso permaneceu incompleta. Se acaso ele não tivesse persistido nessa terrível “mania” – existente entre os cientistas – de querer separar o fator transcendente do fisiológico, provavelmente, a teoria da sincronicidade seria determinada por uma definição de nível bem mais elevado (também como ocorreu com a teoria da relatividade; cujo erro é análogo). Mas isso traz sua justificativa, até por causa da própria tendência científica da época, quando estava em voga manter um determinante explícito, como fator básico pela identificação durante as pesquisas. Estava explicitamente constatado até então, que os distúrbios caracterizados por lesões cerebrais, eram surpreendentemente diferentes dos observados entre os doentes mentais (e isso era um determinante). Então, de acordo com o propósito científico, obviamente, a doença mental deveria ser tratada, ou melhor, considerada como uma anomalia à parte. Sob esse determinante, tais cuidados na aplicação do chamado “método científico” com rigor, passava a ser um fator de incoerência, pois, essa mesma conceituação psiquiátrica estava contrariando a própria lei da física  - com certa imprudência. Somente eles não podiam tomar consciência de tal fato, o que podia evidenciar um terrível engodo. Ora, a física não admite nenhum tipo de efeito como fenômeno energético, isento - em função - da lógica mecânica; válida inclusive para as reações químicas, elétricas, orgânicas, etc. Seria um contra senso científico.
Esse determinante implantado pela psicanálise, estava então sendo tratado com certa “imunidade” por questão da física clássica. Entretanto, nisso tudo, o que predominava era a presunção – o maior determinante da questão. Pois, os pesquisadores estavam cientes de que a psicanálise havia revelado – descoberto – a alma; e a forma de poder estudá-la. Daí, a criatura humana – em seu valor integral – podia ficar de lado. Sendo que, o processo todo num sentido existencial humano, não consta apenas pelo significativo de uma única vida; seria contraditório conforme assim nem tudo se esclarece.  
Aqui não se estabelece nenhuma crítica sobre a sincronicidade, muito pelo contrário, até conforme essa teoria serviu justamente para impugnar de vez o sentido falso que – desde seu início – a psicanálise tomou (na presunção de ter em “mãos” a própria alma). A censura procede apenas em função do rumo “tímido” que o conceito tomou, ou seja, indeciso ou diplomático demais. Se tivesse prosseguido – em seu rumo natural – como devia, então teria atingido – ou evoluído para - o seu significado ideal, no qual pela lei universal do movimento, qualquer evento se identifica pelo tempo: em consentânea manifestação com seus demais componentes, quer sejam coadjuvantes ou não, correlacionados.  







Sobre a sincronicidade Jung chegou a confessar: “Foi ele (Einstein), o primeiro que me fez pensar sobre uma possível relatividade do tempo, bem como do espaço e na condicionalidade psíquica desses fenômenos". Em seu livro (e de Wolfgang Pauli): A Interpretação da Natureza e a Psique; na parte em que ele intitulou “Sincronicidade: Um Princípio Conector Acausal”; enfoca uma unidade atemporal – numa tríade de presente, passado e futuro – que integra a mente e a matéria em uma realidade única. Seu fator sincronicidade serve para indicar a coincidência expressiva de um fato psíquico e outro físico sem nenhuma relação causal (sem reciprocidade). Seu mais conhecido exemplo sobre esse conceito consiste no caso de uma paciente que – por bloqueios – não progredia em suas sessões de psicanálise; até quando, enfim, teve um sonho significativo com um escaravelho dourado (símbolo egípcio de regeneração). Enquanto contava seu sonho para Jung – repentinamente -, adentrou pela janela um besouro rosa – como elemento análogo -; evento suficiente para poder integrar a paciente com seu médico, o que determinou uma nova fase em seu tratamento. Jung conclui se tratar de um caso evidente de sincronicidade; diante de tal conexão significativa.

Não deixa de ser um significativo recurso tal conceito; os astrólogos já estão até acostumados com esse tipo de relação – infiltração – espontânea de elementos análogos, os quais são facilmente detectados – na vida real – e justificados por questão do mapa astrológico. Entretanto, seria imprudente negar a “consentânea” (extensão de sincronicidade – proposta aqui) manifestação que ocorre entre distúrbio mental e disfunção fisiológica. Um exemplo bem claro e muito simples: Quando alguém faz uso de drogas (ou até mesmo ao ingerir bebidas alcoólicas em demasia) pode muito bem – “consentaneamente” – apresentar sintomas esquizoides; enquanto perdurar os efeitos de tais reações químicas. Esta observação não contraria as leis físicas, e ainda serve para ilustrar.

Na verdade, quaisquer tipos de fenômenos psiquiátricos, sejam casos psicóticos, paranoicos ou esquizofrênicos, de alguma forma ou de outra, serão sempre consentâneos a estados fisiológicos. Pode se dizer – sem receio de “cair no ridículo”-, que a evidência se encontra – como anomalia – na qualidade sanguínea do paciente – desde que não haja lesão cerebral (o que já se efetivou como determinante nesse tema de saúde).

De acordo com os 144 números, o 51 (Realidade) representa evento, distância, calor, corrente e outros; em que pode ser acrescido também pelo seu índice de significância o termo: “sangue”.

50 – Raridade = tesouro / 51 Realidade = sangue / 52 Eficiência = movimento

Espírito 98 – 47 Realização = 51 sangue – Isto deve servir para as reflexões dos pesquisadores interessados em ampliar o significado da criatura humana.

O sistema psicossomático exposto aqui – em sua lógica – não visa o rebaixamento da psicanálise e nem contrariar a fisiologia médica (conforme a analogia apresentada quanto aos efeitos existentes nos consumos de drogas e álcool). Mesmo no caso da “dementia precoce” há de se levar em conta essa possibilidade em função do sistema psicossomático, pois, nisso se destaca a natureza dos distúrbios mentais.

Quanto ao tratamento em si, seria uma questão de competência da própria medicina - em suas pesquisas -; portanto, não se inclui aqui neste simples texto.



Legado utilizado como bordão:

“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).