segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mito de Touro


MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Touro
Anterior: Teseu e o Minotauro

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



O Mito de Touro: Interpretação



O Mito de Touro: Interpretação

Touro – princípio ativo _________________ Escorpião – princípio passivo


Touro como princípio ativo representa em síntese: o valor. A descrição sobre Cadmo expressa o sentido de Touro como o valor gerado em Leão, quinto signo de Zodíaco. Quando a batalha – observada por Cadmo – chegou aos cinco homens restantes, então surgiu a paz. Representando a”fidelidade”, os cinco homens determinaram o limite. Leão, o quinto signo e crédito de Touro, é o fator que padroniza o valor. Indica o padrão da consciência, coerência – os cinco sentidos – como base do valor. Por isso que o princípio passivo de Touro é o Escorpião. Este representa o resíduo – da luta – pela obtenção do valor; o fator do inconsciente. O inconsciente (Escorpião) é o que impele o sentido de valor para o sucesso ou derrocada (isto o mito realça desde o início). Um princípio passivo tem sempre a forma de levar seu princípio ativo a decidir, agir e atuar. O Escorpião indica ao Touro (o valor), a desconfiança, insegurança, “riscos” e receios em relação aos demais. O Escorpião é simbolizado pelo mito de Cadmo e pelo labirinto do Minotauro. O Touro é simbolizado pela “experiência na batalha”; onde teve como base a consciência do Leão, seu crédito. O eixo Touro – Escorpião (ou mesmo casa II – casa VIII) de um mapa astrológico, indica como a pessoa aproveita suas experiências de vida. Indica como e quanto absorve seus valores, bem como, seus resíduos – ou desgastes – pela tomada de valor. O ascendente de Touro atua – quase sempre – como auto defensivo, portanto lento na hora de decidir. Pois, “tais tipos” (seus portadores) vêem nos outros o Escorpião – de seu inconsciente -, como ameaça, armadilha ou “labirinto”. No inconsciente, foi onde se “instalaram” os que sucumbiram na “batalha de Cadmo”; experiência latente em Touro. Regente da boca – e do paladar pela seleção dos alimentos – representa o estado primário de consciência. Esta como o “labirinto”, leva tudo como experiência na tomada de valores. O “estagio oral” de Freud (com Sol em Touro) em relação ao estudo astrológico, se adaptaria na lógica desse eixo Touro – Escorpião. Esse eixo indica que, nos “eventos”, muitos elementos serão reduzidos ao inaproveitável (Escorpião) pela manifestação do valor (Touro). Na própria alimentação (fase oral), pela digestão, separa-se a parte nutritiva da que deve ser excretada. Depois de separado, o “touro do escorpião”, não existe mais retorno; como o próprio mito descreve sobre o labirinto e o Minotauro. Pois, essa tal “parte do escorpião” – separada – só pode servir de “veneno” (analogia do símbolo Escorpião) para o Touro (o valor). Conforme o “estágio oral”, o alimento é o primeiro valor da criança; sua noção (mínima) de responsabilidade; fator psicológico (juízo primitivo) implicado em Respeito – fator básico do signo de Touro.

Princípio: Touro – Meio Ativo: Gêmeos – Finalidade Ativa: Áries

O Princípio de Touro indica o Respeito e a Segurança. É o determinante de controle das coisas - condicionado pela precaução. Nesse mecanismo, qualquer ameaça pode implicar no despertar da consciência – ou no senso de responsabilidade. O labirinto, símbolo de ameaça, revela essa estrutura pela valorização das coisas; o inconsciente (Escorpião) – de cada um – participando na atuação de controle, defesa, respeito e valor. Portanto, o signo de Touro – de um mapa astrológico – é de grande interesse quanto ao sentido psicológico – de uma pessoa. Teseu atuou como um touro – enfrentado tudo – em busca do respeito e do valor. Gêmeos é o Meio Ativo de Touro – todo valor depende das qualidades de Gêmeos como instrumento; cuja função está na habilidade. Como signo dual representa a liberdade, livre arbítrio, raciocínio, comunicação, escrita, estudo e demais meios – como instrumento de Touro (o controle); pois promove a circulação de valores (pelos relacionamentos, contratos e atrações de espécies análogas). O Débito é representado pelo signo de Aquário, pois o valor deve gerar o progresso. O Crédito – em Leão - , tem sentido de autoridade, poder e domínio. Esse eixo – Leão – Aquário - é de grande interesse – ao princípio de Touro -, envolvendo o progresso – a evolução – pela conquista do Respeito (autoridade e segurança). A Finalidade Ativa no signo de Áries – indica a necessidade de se encontrar o dinamismo - na força e confiança – pela vitalidade dos valores. O Crédito do Fim, Câncer, gera Áries. Assim, o que gera a Finalidade de Touro (o valor), é a “feminilidade”, fator em Câncer. Se o Princípio do Valor (Touro), tem como instrumento, Gêmeos – o livre arbítrio -, sua Finalidade Ativa requer do Crédito da Pureza (em Câncer). Câncer – a imaginação, o lar e o alimento -, purifica essa Finalidade Ativa – em Áries – para evitar a formação de valores indevidos – indébitos. Ariadne representa a feminilidade, a própria imaginação de Teseu. Seu auxílio é fundamental na vitória sobre o Minotauro. Depois, essa “feminilidade” foi abandonada na ilha de Naxos - onde se encontrava Baco -, simbolizando a decadência de valores. Na Grécia, o culto de Dionísio (Baco) era contraditório ao de Apolo. Essa oposição representa a dualidade de Gêmeos – Meio Ativo de Touro -, ou as duas colunas do templo – consciência -, onde uma é branca e a outra negra. Dionísio surgiu no início da idolatria como o “deus” da alegria e da embriaguez dos sentidos. Era “venerado” de modo especial, como “deus” do êxtase. Seu “culto” suscitava as orgias nos chamados bacanais. Outro tipo de idolatria era o culto do Minotauro, na ilha de Creta, onde o touro era o símbolo do vigor e da masculinidade. Os sacrifícios ofertados ao Minotauro, serviram para “inexorabilizar” a decadência de grande parte da humanidade. A idolatria não “nasceu” da ingenuidade, mas dos – livres – sentimentos intuitivos; o que se tornou um valor indébito em Touro. Sendo Touro um signo fixo, concebido um valor, tal se torna imutável. Torna-se inexorável em razão de Escorpião (conforme já foi demonstrado) pois: na hora efetiva, elementos se separam, uma parte como autêntico valor (Touro) e a outra como resíduo (Escorpião), e não existe meio termo. Mesmo porque, a Finalidade Ativa de Touro é Áries, isto é, torna-se decisiva (dinâmica). Isso até justifica o Meio Passivo – do princípio do valor - como signo de Sagitário. O Sagitário faz crescer, expandir, pois é o efeito da causa. Como Meio Passivo de Touro – a concepção do valor -, ele é a Justiça, sob o regime da lei de causas e efeitos; e, o fio de Ariadne mantém essa imagem. Tal “fio” indica a própria força e poder do simbolismo; valor símbolo e mito são partes de um Triângulo – e disso é que vem o sustento da consciência. O dinheiro por exemplo, atua como um “fio extensível do tesouro” – aonde se deve encontrar. Ele circula, vai e volta, como se “carregasse a riqueza” através da moeda. Não só o dinheiro controla os valores, mas todo controle é identificado em Touro – um fator de condicionamento. O mesmo ocorre com a “idolatria” – conforme indica o mito -: adquire consistência em Touro. Mundos se interligam – e a própria Terra – através do simbolismo, que é como o fio de Ariadne. Por esse processo autônomo, a vida pode ser conhecida em todo universo. Por isso é que Touro gera Aquário, indicativo de futuro, progresso e regente da astrologia – que emprega os símbolos. O eixo Touro – Escorpião indica que nada é descartável, a sobra – pela obtenção de um valor – , como resíduo em Escorpião deve servir para futuras transformações. Todo planeta – ou cúspide – no signo de Touro indica fator de segurança, persistência, estabilidade e controle. Vênus, regente de Touro determina a qualidade desses valores. O signo em que Vênus se localiza revela onde a “cúspide do signo de Touro” deve buscar sua estabilidade.

(continua)