terça-feira, 9 de novembro de 2010

Deusas

MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Virgem: Deusas
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



Deusas


Entre as 6 maiores deusas do Olimpo 3 entre elas eram virgens: Artemis (Diana), Héstia (Vesta) e Palas Atena (Minerva). A atividade de cada uma justificava o – motivo – sentido disso. Artemis - que já foi descrita no signo de Câncer -, por exemplo, mantinha esse desígnio porque regia o reino animal, a naturalidade das emoções e as qualidades do universo feminino, o qual deveria permanecer imaculado 

Héstia

A virgem Héstia, filha mais velha de Saturno e Rea era a deusa do fogo; a personalização do fogo caseiro no centro do altar doméstico, assim como do consagrado no altar da cidade e inclusive o central da própria terra. Apesar dos interesses de Apolo e Poseidon, Zeus lhe outorgou o dom da perpétua virgindade. Em todas as casas e em todos os templos – de todos os deuses -, antes de mais nada, era realizado um culto especial em sua honra, pois era respeitada por todos e seu culto era muito antigo. Na Grécia, era muito venerada em Tróia; em todas as lareiras – ela – era o ponto central; assim como também era o centro purificador no Olimpo, onde havia um “foco” fixo para sua consagração. Em Roma, sob o nome de Vesta, seu culto consistia simplesmente em alimentar o fogo sagrado - e impedir que ele se apagasse -, pois sendo sagrado, devia arder de forma ininterrupta no templo das “vestais”, o que representava uma grande calamidade sua extinção. Acaso se apagasse, só podia ser reacendido pelos raios do sol através de um espelho. Mesmo que não se extinguisse, era renovado todos os anos, no primeiro dia do mês de Março. As vestais – como guardiãs do fogo sagrado -, eram eleitas apenas até aos 10 anos; e faziam votos de castidade até aos 30 anos – período em que durava esse sacerdócio -, tendo depois a permissão de contrair matrimônio. Caso deixassem o fogo se apagar ou traíssem o voto de castidade eram severamente punidas – e algumas vezes, até enterradas vivas. Porém, eram agraciadas por um grande privilégio público e por uma série da “vantagens” – que se estendiam até aos poderes do estado. Com a decadência do culto de Vesta, as vestais podiam dar seus passeios em deslumbrantes liteiras, guiadas por numeroso séqüito de escravos. Nem seria preciso justificar a virgindade de Héstia; mas, o fogo como elemento purificador, energético e vivificador, por si só implicaria nessa qualidade, em sua – ininterrupta – forma de renovação. Portanto, é a caracterização da própria lei do movimento – em toda a criação -, em cuja atuação constante tudo se renova; assim, tudo que surgir à partir do fogo terá sempre um sentido virginal. Nisso se constata a grande importância – dessa manifestação natural – do fogo, que com a propriedade do calor determina a purificação.

Palas Atena (Minerva)

Atena, filha de Zeus era a deusa da sabedoria, da guerra e das ciências. Quando Zeus se relacionou com Métis, o oráculo profetizou que a criança gerada por esse casal haveria de superar o próprio pai. Inconformado, o deus do Olimpo – para se livrar desse presságio -, engoliu Métis, a Prudência. Logo após, foi acometido por terríveis dores de cabeça, que nada conseguia apaziguar. Desesperado – pois nem um deus poderia suportar uma dor interminável dessa –, ordenou ao deus ferreiro, Vulcano, para que desse um golpe de machado em sua cabeça. Vulcano – num só lance – conseguiu romper o crânio do deus, de onde saltou Atena; completamente armada, jovem e bela. Essa deusa – saída da cabeça do pai -, permaneceu virgem para estar sempre presente, onde houvesse necessidade de uma sabedoria prática; se tornando a protetora dos grandes heróis gregos, como: Hércules, Ulisses, Aquiles e outros; pois, se destacava pela grande inteligência, bom senso, capacidade profética e eficiência como conselheira. Foi ela que arquitetou o navio dos argonautas e quem teceu a maioria das vestes – de deusas - , incluindo a própria roupa – e manto – de Juno. Presidia as artes marciais – construções das barcas -, artesanais – os artesões de metais -, fiação e tecelagem – e os trabalhos femininos. Muitas vezes, aparecia junto de Hermes (Mercúrio) pela proteção de um mesmo herói; se Hermes concebia as resoluções através de uma sabedoria “clandestina”, Atena era serena e clara em suas asserções lógicas. A cidade de Atenas recebeu seu nome e proteção, por causa de uma competição que realizou com Poseidon (Netuno): ficava decidido que quem – entre os dois – realizasse a obra mais útil para a cidade; teria a honra de lhe dar o nome. Poseidon, então bateu seu tridente e fez sair da terra um cavalo; Minerva fez surgir uma oliveira e ainda domou o cavalo – para que fosse útil -, obtendo assim a vitória. A virgindade de Atena se justifica – justamente – em razão da própria sabedoria: que é um fator eterno (inesperado) o qual surge em razão de uma conseqüente naturalidade; portanto, sempre virgem em sua constante renovação, por ser viva.



(continua)

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