quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Mito de Sagitário

Mito de Sagitário - Interpretação

MITOLOGIA E ASTROLOGIA – Mito de Sagitário: Interpretação
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



Sagitário Como Princípio Ativo

O signo de Sagitário tem como Princípio Ativo a “síntese”, ou seja, permite a evolução pela fusão de elementos de categorias (embora diversificadas) interdependentes. Se Gêmeos permite a comunicação – atrai – elementos de espécies análogas, Sagitário determina a unificação de fatores homólogos pela generalização. Todo tipo de expansão depende da qualidade desse signo; a figura mítica do centauro indica como se forma a linhagem de uma nova espécie, o que poderia ser interpretado conforme certo tipo de adaptação heterogênea. Nada pode ser incorporado na Criação, que não equivalha a uma precedência em seu seqüencial de desenvolvimento lógico, como substancial tipo de manifestação; pois toda nova qualidade tem sua origem pela combinação entre elementos em razão de sua linhagem (prescrição). De acordo com o centauro, nada se cria mas tudo se forma por integração entre elementos antecedentes em razão de reciprocidade. O fenômeno da expansão não acrescenta nada de – existencialmente – novo no “espaço”, mas promove todas as renovações através da conjunção, mantendo assim a lei da evolução como um fator eterno ou sem nenhum risco de  repleção. O “crescimento” ocorre apenas por adoção; como o próprio Hermes Trimegisto afirma em sua Tábua de Esmeralda: “... ao mesmo tempo, as coisas foram e vieram do Um, desse modo as coisas nasceram dessa coisa única por adoção”. Se Áries (a cabeça) representa o componente biológico – como força – e Leão (coração) a consciência – o poder da vontade –, Sagitário exprime a síntese da personalidade, por isso simboliza a integração do instinto animal – de Ixíon – com a genialidade – de Quiron. O pólo relativo a “Quiron” tende a ter supremacia sobre o de Ixíon, pelo menos para poder despertar “sentimentos de culpa” na personalidade, como forma de direção, construtiva e equilibrante. Por isso, esse tipo tende a extremar as dimensões habituais de realização, localidade (pátria), linguagem, filosofia, religião e outras mais, porque, mantém esse impulso – pessoalmente – natural, válido para dominar o instinto (a irracionalidade).

Características desse princípio: Signo de Fogo – Temperamento Bilioso, em razão da justiça pela expansão. No mito, Zeus, em seu desenvolvimento sob os auspícios de Métis, a Prudência (Prudência 129 – 120 Disciplina = 9 Justiça, conforme os 144 números), atuou como numa integração pela Justiça; Hefesto descobriu o poder da fusão pelo fogo; Ixíon determinou nova espécie pela junção de formas: os centauros. Indicativo do pensamento abstrato e da filosofia: Hera em sua reflexão “fundamental”, utilizou o mecanismo da lógica formal em função do “Se”; pois, “se” Zeus (um fator masculino), podia procriar sem a cooperação feminina, então, ela como deusa, também poderia? Assim, a deusa filosofou, em cujo sentido de sua meta «síntese ou resultado», poderia ser uma questão relacionada ao 4º Axioma, em sua forma geral (de maior extensão). Descrição Pessoal – tipo colérico de modo geral: aventureiro, independente e inquieto, sob traços juvenis acentuados. Em casos positivos são atraídos pela vida interior sob o pensamento implicado em experiências existenciais e espirituais; sujeitos ao fanatismo ou condicionamento em razão de doutrinas. Os tipos negativos (como Ixíon) são preguiçosos ou desajustados socialmente – voltados para atividades ilícitas. O Meio Ativo está representado pelo signo de Capricórnio – Indicativo de privilégio pelas boas oportunidades, dependendo apenas do senso de responsabilidade em suas realizações; Ixíon, depois do crime cometido ainda obteve grande chance, a qual não soube valorizar. Se Sagitário rege o “espaço” (expansão), Capricórnio rege o “tempo” (Cronos), por isso, o Meio Ativo do sentido de expansão (espaço) é o “tempo”. Portanto, esse Ascendente precisa ser responsável para não perder o próprio espaço (Zeus venceu e destronou Cronos); pois caso não saiba se valer do tempo, fica sob a condição do signo de Câncer, seu Meio Passivo, preso ao passado, em atividades habituais “enfadonhas”; ou dominado por lembranças inclusive transcendentes associadas ao inconsciente. Esse setor também se relaciona com a Lua, portanto válido como instrumento de sublimação, por questão da própria formação psicológica (familiar); melhor discernido em razão do mito, apresentando Hefesto e a metamorfose de seu potencial implicado em sua relação com Hera (sua mãe). Vale como Crédito do Fim pelo signo de Aquário, representado no mito por Zeus, como Senhor dos Raios; Hefesto pelo domínio energético e Quiron pela qualidade fraterna; onde se define também o sentido da deformidade. Tendo o tempo como Meio Ativo precisa estudar (3ª Casa) e aprender conforme a Atualidade (Aquário) pode lhe oferecer; sob o domínio da síntese, precisa se envolver com a linguagem de sua época; pois no fundo acha que as renovações não passam de “roupagens” sobre o mesmo princípio; em comunicação é admirado pela autenticidade, em função do magnetismo (Aquário). O Débito do Fim em Leão – A finalidade desse signo gera sempre um débito na “consciência”; não importa se a atuação ocorreu em face de um impulso irracional; a parte homem, do centauro, assume sempre a responsabilidade, em seu atuar, indicando também acentuada convicção e lógica de absoluta supremacia. O Crédito no signo de Peixes, como carma e prisão gera Sagitário, indicando que os nascimentos assinalados nesse signo, estão marcados por ocorrências estranhas, misteriosas, inexplicáveis ou místicas, por causa desse aspecto na 4ª casa. A origem dos centauros e o nascimento de Hefesto, justificam bem esse simbolismo, apresentados sob uma espécie de forma ilegal. O fato é que o signo de Peixes pode gerar alguma “confusão” ou dúvida, portanto, não é fácil determinar com acerto esse tipo de Crédito. Tendo Virgem como Débito – É um signo responsável pela higidez de modo geral, pois, como regente do fígado, determina a condição de saúde em sentido global, válido em função de todos. A profissão ou elevação social (10ª casa) desse Ascendente depende muito da “sua” qualidade de centauro “definida”: se sob o domínio humano ou animal. O Crédito do Meio como Áries indica que o “coração” desse tipo precisa ser mantido ativo, para que haja aproveitamento de sua potencialidade no sentido da expansão. Isso determina dois tipos de centauros, um “desperto espiritualmente”, (5ª casa), dinâmico, idealista e entusiasta; e outro, apático em termos de “nobreza”, podendo manifestar um caráter de Ixíon. A Finalidade Ativa no signo de Escorpião – A expansão de Sagitário ocorre sempre por “conjunção”, conforme indica a própria formação do centauro, metade homem, metade cavalo. Em Escorpião, a expansão ocorre para o que ficou inerte, ou que caiu no desuso, ou que deve ser renascido através de nova conjunção evolutiva. Essa finalidade também implica em transformação radical (metamorfose) da personalidade, a qual padece – em sua presunção – do transtorno de deformidade; Hefesto se realizou fazendo transformações; Zeus encontrou novo sentido de justiça de modo revolucionário e Ixíon (irreverente) obteve um fim como penalidade. A Finalidade Passiva representada pelo signo de Touro indica que “no fim”, tudo se expressa como “lucro”. Touro também reforça o que foi dito sobre esse Ascendente como gerador da higidez (Virgem).
Num mapa astrológico tudo que se encontra em Sagitário, seja um planeta ou uma cúspide, tem sentido de capacidade pessoal; é uma condição que pode favorecer de alguma forma, indicando também algo – de especial valor – abundante –, grandioso ou expresso com certo exagero. Júpiter é o planeta com a qualidade da multiplicação, fertilidade, entusiasmo e euforia; onde ele se encontra, se acentuam as características desse setor com exagero (abundância).

(continua)