MITOLOGIA E ASTROLOGIA- Mito de Sagitário: Hefesto
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.
Hefesto ou Vulcano era admirado como um deus ferreiro.
Hefesto (Vulcano)
Existe um paradoxo nessa fábula (como pode ser constatado), pois contam que: Inconformada com o nascimento de Athena, sem a contribuição materna, Hera – por desafio ao esposo – decidiu retirar da própria coxa um filho, sem a participação de um pai. Mas, seu resultado foi desastroso: aquela criatura horrenda que gerara, devia ter surgindo em profanidade – por causa de seu ato –, num sentido (penal) humilhante. No impacto da vergonha – se culpando de irresponsável, por ter insultado Zeus –, desesperada, atirou (com força descomunal) seu insólito “rebento” pela janela. Como se estivesse “despencado” do Olimpo – conforme o impulso devido a repulsão da deusa –, o “fruto” de Hera, rolando – durante longo tempo e por ter ganho em propulsão níveis mais densos –, caiu num mar terrestre, onde foi salvo por Tétis e Eurínome, sendo amparado em uma gruta submarina de extrema proteção. Deformado e coxo em função da queda, ele cresceu nesse refúgio, onde desenvolveu seu trabalho (como arte) com os metais de modo geral.
Na ilha de Lemmos, ele forjava os utensílios que eram solicitados, os quais se estendiam até em confecções de jóias preciosas (artísticas). Mestre das forjas, fabricava as armas requeridas como “inventos”, em cujas funções de combate, geralmente, lançavam chamas – com o poder da fusão -, que incandesciam metais, incendiando tudo. Atribuem a ele a criação – em forja – dos touros indomáveis, com pés de bronze – lançadores de chamas pelas narinas –, utilizados pelo rei Eetes, na prova em que Jasão pleiteava o Velocino de Ouro.
Rejeitado pela mãe, se mostrava sob um perfil de indiferença, compensando sua deformação pela virtude da genialidade. Para se vingar de tal desprezo – materno – confeccionou um “presente” deslumbrante, em cuja “camuflagem”, artisticamente bem elaborada, se revelava como um magnífico “trono de ouro”, o qual foi enviado para Hera, como autêntica “armadilha”, pois, esta, não resistindo – ao encanto daquela oferta –, após se sentar, ficou presa, inexoravelmente; sob uma possível liberação, conhecida apenas por seu inventor. Mas, Dionísio, em auxílio, conseguiu embriagar Hefesto, que foi transportado ao Olimpo, sendo obrigado a desfazer sua trama. Zeus, então, afim de compensar tudo, não só o acolheu – junto aos deuses –, como ainda, facultou sua aproximação com a mais bela das deusas: Afrodite, a quem desposou.
Entre todos os habitantes do Olimpo era o mais laborioso e também o mais inventivo; sendo respeitado como o deus do fogo, do ferro, do bronze, da prata e do ouro; e reconhecido também por: “Senhor dos Nós” – dotado da arte de atar e desatar –, em face da sua engenhosa idéia: de construir uma rede invisível para poder escarnecer o casal – Ares e Afrodite – em adultério, sob os olhares dos deuses. Aliás, nem se esmoreceu com isso, pois, logo conquistou Cáris, a mais bela das Graças.
Além de artista ainda era valente; por ordem de Zeus, conseguiu acorrentar Prometeu.
Por causa dessa capacidade criativa, alguns autores de astrologia, classificam Hefesto como sendo associado ao signo de Aquário; aqui ele aparece como Sagitário; ademais, por ter se originado de Hera, em função de sua coxa, que é uma parte do corpo regida por Sagitário. Quem gera Sagitário (Ascendente) é Peixes (4a Casa), e isso implica numa concepção fora do comum – inexplicável – (confusa em razão de Netuno). Isso esclarece a origem dos centauros e a de Hefesto; convêm salientar, um ser estranhamente: “nascido pela coxa”.
(continua)
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