quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Aritmética Qualitativa (7)

Axioma 19



Na avaliação profunda, geral e tendendo ‘a exatidão,  em  vista  do  valor  real  e  explícito  de  um conjunto; só poderá ser constatado em seu ápice, 50% de perfeição no máximo (ainda assim quando seu grau de pureza é considerado excelente), daquilo que este apresenta, representa ou oferece, tanto em índice de qualidade quanto de quantidade, isto é, quanto a seu teor de aproveitamento real.

A lógica deste axioma, que remonta princípios do axioma 14, tem seu fundamento em razão da polarização que todo conjunto deve possuir, ou seja, em razão de seu ativo e passivo. O fato é que a integração entre partes análogas e homólogas tende a mascarar, configurar ou formatar as características do conjunto sob a ordem de um efeito geral, dando lhe portanto personalização. Desse modo, por ser um elemento polarizado, um conjunto qualquer, mesmo em seu mais alto grau de pureza, deverá conter pelo menos o seu fator espaço (vazio) como complemento. Este é um axioma que implica em sutilezas, visando evidentemente apenas os conjuntos reais. Não seria válido para conjuntos estáticos. A lei das partidas dobradas, onde não pode haver um débito sem um crédito, deve servir para justificar este conceito. Pois a análise do balanço geral de uma empresa implica tanto sobre as condições de seu ativo quanto de seu passivo. Portanto, deve ser aplicado onde os fatores de dispersão de um conjunto são considerados importantes, ou, onde a teoria dos números deve vigorar para esclarecer melhor e simplificar. Em estatística, por exemplo, são os índices de dispersão e correlação. Para este axioma um conjunto deve apresentar seu valor real em função do meio com o qual se relaciona. Não deve representar nunca um valor isolado, mas repartido, por questão de sociedade (partidas dobradas. Ele só pode oferecer de real aquilo que a demanda geral de seu processo admite e outorga. Como teste, vamos aplicar este axioma em alguns dos 144 números:

Conjunto Realidade – O que seria a Realidade em seu (possivelmente) mais exato valor?

Realidade => 51/2 = 25 + 26

O cálculo feito aqui se explica com o seguinte:

51 é um número impar (não se divide em dois números inteiros). Lembrando que, todo número impar mantém implícito um número par (com exceção do número 1). Consultando a Tabela (resumida) dos Impares:





Temos que 51 é o vigésimo sexto termo da seqüência; e que, 26 + 25 = 51 (25 é o número seqüencialmente anterior). E, essa é a forma de se encontrar as partes de um número impar. Daí temos a divisão 25 Confiança e 26 Congeneridade.


25 => Ativo (pois é número impar)

26 => Passivo (pois é número par)

Mas, 25 < 26 ou ativo < passivo

Traduzindo em palavras:

Podemos confiar (25) na Realidade (51), ou naquilo que vemos e discernimos no nosso dia a dia, abaixo dos 50% (25 < 26), pois, a maior parte dessa realidade se relaciona com aquilo que estamos tentando atrair (26 Congeneridade = trazer, atrair), outorgar consistência ou conquistar; ou aquilo que estamos presumindo. São lógicas reflexivas, obtidas de acordo com a somatória daquilo que estamos almejando ou imaginando (são partes de nossas elucubrações). É a questão da Realidade de cada um.

Imaginação => 132/2 = 66

É um número par (divisível em duas partes)

66 => Atualidade

66 = 66 => Ativo = Passivo

Traduzindo em palavras:

A Imaginação (132) é sempre o dobro da Atualidade (66). A Imaginação só pode nos oferecer, no máximo, 50% ‘a mais do que já existe na Atualidade. A novidade que ela pode nos ofertar, em parte, já é “moda”, já é atual. Quando imaginamos (na tentativa de poder criar) algo novo, somos automaticamente influenciados pela atualidade. Não se torna assim tão fácil, poder extrair algo, exclusivamente original da Imaginação. O fato é que a própria Atualidade é uma derivada da Semelhança (33), pois: 66/2 = 33; portanto, tende a realizar sob uma condição de homogeneidade entre as coisas; pois, tem função difusora e contagiante. A Atualidade (o tempo presente) rege a moda e os costumes próprios de cada época.

Este axioma pode indicar também o seguinte:

Cada leitor deste próprio axioma, só poderá obter cerca de 50% sobre seu discernimento completo, ou melhor, só a “somatória” ou o entendimento geral deve condizer de modo exato com o sentido deste conhecimento. Assim sendo, ele também abre espaço para o comentário de todos. Pois, seu discernimento completo paira na absorção de cada um, ou melhor no entendimento conjunto. Ele também da vazão aos chamados paradoxos.

Paradoxo – Corresponde a uma proposição que, sendo aparentemente lógica, nos leva a uma conclusão inteiramente falsa (isso, de acordo com a Lógica Formal). Isso ocorre quando por meio de um raciocínio perfeitamente lógico e lícito se chega a uma conclusão de algo que deve ser verdadeiro e falso ao mesmo tempo.

Teoria Quântica e os Paradoxos – Niels Bohr disse: “Os que não ficam chocados quando tomam conhecimento da teoria quântica não podem possivelmente tê-la compreendido”.

Einstein disse: “Há fenômenos que podem ser explicados pela teoria quântica, mas não pela teoria ondulatória, como o efeito fotoelétrico. Há fenômenos que podem ser explicados pela teoria ondulatória, mas não pela teoria quântica. A curvatura da luz em torno dos obstáculos é um exemplo. Finalmente, há fenômenos, tal como a propagação retilínea da luz, que podem ser igualmente bem explicados por essas duas teorias. Temos dois quadros contraditórios da realidade, separadamente, nenhuma das duas explica todos os fenômenos da luz, mas juntas explicam!”

Isto vai de encontro ao que apuramos em nossa análise sobre a Realidade, em função deste axioma 19.

Experimentos Paradoxais:

A Fenda Dupla – A grosso modo, as experiências levam a uma conclusão absurda, onde o elétron não prova ser onda nem partícula, ou melhor “aparenta” ser os dois.

Experimento da Opção Retardada – Este resulta em última análise que, o observador da experiência constata de acordo com aquilo que quer ver, ou seja, 50% uma coisa e 50% outra.

Paradoxo do gato de Schrödinger – Supondo-se que em uma gaiola coloca-se um gato junto a um átomo radioativo e um contador. O átomo entrará em processo de decaimento, de acordo com regras probalísticas. Quando isso ocorrer o contador deverá acionar um martelo que, ao quebrar um vidro de veneno poderá matar o gato. Supondo-se ainda que há uma chance de 50% de que isso ocorra dentro de uma hora. Como a mecânica quântica descreveria o estado do gato após uma hora?

De acordo com essa teoria, a probabilidade de que o gato esteja morto é de 50%, bem como a de que esteja vivo. O paradoxo de um gato que está “morto e vivo” ao mesmo tempo; é essa a conseqüência da maneira de se fazer cálculos em física quântica. O fato de "observarmos" é que gera o colapso de transformação do gato em um único estado (a realidade tem uma condição dualista).