quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Aritmética Qualitativa (5)

Axioma 15



O fator majoritário é uma condição determinante de um conjunto, e, é oriundo de sua polaridade positiva, porque:


a) Esse determinante é a origem do conjunto (sua raiz)


b) Ele é o fator primordial por excelência, como sua forma de classificação


c) Ele é a razão lógica de ser do conjunto, portanto, tem função cardinal e majoritária.


Este axioma pode parecer que está apresentando regras já descritas em outros axiomas, entretanto, fundamenta muito mais. Pois, isso reforça o entendimento sobre a estruturação existente na atração entre elementos análogos (e muitas vezes que não são homólogos). Uma noção primária mas fundamental sobre os dispositivos semicondutores eletrônicos, pode servir para esclarecer esse axioma:

Os semicondutores são materiais cuja resistência específica está entre a dos condutores e a dos isolantes. Um semicondutor está mais para o lado do isolante do que para a do condutor. Entretanto, quando se adiciona alguma substância a um semicondutor, suas propriedades elétricas (ou resistivas) sofrem profunda modificação. A substância que se adiciona ao semicondutor (puro) é chamada de impureza. Existem dois tipos de impurezas; uma é doadora e a outra aceitadora. Supondo que ao germânio puro seja acrescido o fósforo, que é uma substância cujo átomo tem 5 elétrons de valência. Então, 4 elétrons do fósforo se unirão ao germânio (que tem apenas 4 elétrons de valência), ficando com um elétron livre, porque este não pode se juntar ‘a estrutura do germânio, uma vez que ele só aceita quatro. Assim, o fósforo passa a ser uma “impureza doadora” porque contribuiu com um elétron livre (para cada átomo de fósforo). Ligando-se uma bateria a esse material (germânio + fósforo), o elétron livre se moverá para o pólo positivo da bateria. Há então passagem de corrente elétrica constituída por elétrons. Mas, se ao invés disso, adicionar uma substância que tenha somente 3 elétrons na última camada (orbita), como o boro, por exemplo; então haverá um elétron a menos nessa ligação covalente. Daí, vai haver um buraco livre, pois, o átomo (nesse caso o germânio) que cedeu o elétron ganhou um buraco positivo (carga). A impureza do tipo do boro é chamada de aceitadora. Desse modo os buracos se movem na estrutura do semicondutor com a particularidade de que o movimento destes acontece em sentido contrário ao dos elétrons. Disso pode-se concluir que enquanto os elétrons se deslocam para a esquerda, em direção ao pólo positivo da bateria, as lacunas se deslocam para a direita, em direção ao pólo negativo da mesma. Num cristal tipo N, os elétrons são portadores MAJORITÁRIOS, pois estão em maioria, e as lacunas são portadores MINORITÁRIOS, porque constituem a minoria. Todo cristal dopado com impurezas aceitadoras é chamado semicondutor tipo P. Num cristal tipo P, as lacunas são portadores MAJORITÁRIOS, e os elétrons portadores MINORITÁRIOS. A junção combinada de cristais P e N, dá origem aos chamados dispositivos semicondutores eletrônicos. Mas esta simples noção é por demais primária em relação aos avanços da eletrônica. Serve apenas elucidar em parte este axioma. Entretanto, MAJORITÁRIO e MINORITÁRIO, diante da definição do axioma, não necessariamente, são representações idênticas daquelas observadas nos semicondutores, que estão implicados em quantidade. O axioma define as polarizações num sentido qualitativo pois, tudo se trata apenas em razão dos conjuntos.

Axioma 16


Os elementos opostos (minoritários) ao núcleo principal (elementos positivos do fator majoritário) são considerados negativos, e , inevitavelmente devem formar o complemento desse conjunto.

Um fator negativo deve ser sistematicamente atraído pelo seu positivo (como constituinte ou complemento), justamente por ser integrante da diferença algébrica da lógica que existe no agrupamento pelo qual deve participar (passivamente); sendo portanto um fator indispensável e de relevância quanto ao fator ordinal. Pois, sem a característica negativa não pode haver personalização maior do conjunto. Daí se pode concluir que um fator oposto negativo (mas semelhante) é a diferença (complemento) que integra um conjunto na ordem de sua escala global; pela sua própria integridade (ou de ambos os pólos).

Axioma 17



Um fator positivo (majoritário de um conjunto) atrai inevitavelmente um termo negativo (minoritário mas semelhante), o qual é justamente parte diferencial (complemento) da integral consistência em todos os sentidos de seu conjunto.

Este axioma é de fundamental importância pela conclusão mais apurada da lógica do anterior. Isso implica em certas questões de evidência que poderiam escapar em razão de algum discernimento condicionado (apressado) e primitivo. Este está também sendo enfatizado conforme o que implica no axioma 4, da mesma forma quanto o que ocorre com o axioma 13. Portanto, disso torna-se óbvio, por exemplo que:

No conjunto dos “sinceros”, deve haver impreterivelmente como complemento, uma parte que reúne os elementos “mentirosos” (ou mais ou menos dentro desse perfil como os “diplomaticamente sinceros”). E, assim por diante em relação a todos os outros conjuntos concebíveis. E, muitas questões devem encontrar suas soluções frente a este simples conceito. A criação dos semicondutores eletrônicos por exemplo, surgiu dessa idéia concebida como “impurezas”. A essência (fator primordial) de um conjunto (de seja lá o que for – positivamente) é o espaço que este ocupa, e, sua polaridade negativa faz parte integrante (pois está implícita nesse espaço) do mesmo. Pois é a polaridade negativa que delimita o espaço pelo qual certo conjunto está postado em seu ponto exato de distância em relação ao Conjunto Imaginário Universo Geral. Isto significa que, é necessário discernir também o espaço, o qual um certo conjunto se localiza. O espaço comporta também as qualidades mais humildes (mais ínfimas), portanto, é a raiz lógica de tudo. A consistência de qualquer coisa, profundamente definida, nada mais é do que a contração de um certo espaço; algebricamente delimitado por entes opostos (análogos e homólogos), justificadamente polarizados. Um ente lógico, por si só (ou despolarizado) não teria forma, dureza, peso nem qualquer tipo de consistência, pois, depende de seu oposto para implicar em tais configurações. A realidade física, material e plástica das coisas implica no grau de condensação do elemento espaço (o qual intuitivamente deveria se tratar do vácuo). Isso deve explicar como as coisas podem assim surgir do “nada” (espaço), desde que se inclua nessa abordagem a implicação de um Conjunto Imaginário Universo Geral para complementar a teoria. O que tem a maior qualidade de individualizar (dar consistência) todas as coisas (da forma mais simples que existe) é o espaço. A semente primordial (geometricamente lógica) das coisas é o espaço, o qual evidentemente, precisa ser fecundado pela ação autônoma e irrestrita do Conjunto Imaginário Universo Geral.