sexta-feira, 26 de março de 2010

As Revoluções De Um Princípio








As Revoluções de um Princípio


Princípio, como o próprio termo indica; é tudo aquilo que serve para dinamizar o início de alguma lógica, a qual deve impor como consequência a categoria de um novo e determinado padrão. Normalmente, um princípio se mantém associado a uma idéia simples – embora rica em potencialidade -, em cuja apresentação ocorreria através de uma inaudita “frase”; a qual teria uma certa tendência natural de se popularizar entre as mentes humanas. Geralmente, numa ideia ou frase – empregada como definição – desse tipo, deve existir a revelação de uma lei natural inexorável, a qual sempre existiu, muito embora, até então não tivesse sido notada por ninguém. Portanto, numa descoberta desse nível, passa a se manifestar um potencial sem limites, que como força magnética impele todos os seus seguidores para o progresso, influenciados por esse tipo de padrão. Apesar de seu aparato, um princípio nada mais traz do que um certo respaldo da verdade universal, em cujo potencial se encontra o poder do desenvolvimento, sendo portanto de grande valor; apenas num sentido revolucionário, pois sua genuína estrutura seria deveras simples. No entanto, a Verdade Universal seria muito outra, e isso, sem o menosprezo por quaisquer tipos de princípios humanos – desde que em cada um deles haja a lógica imutável de uma lei natural. Um princípio que conseguiu irromper a antiga barreira científica – erguida em séculos antecedentes – foi aquele descoberto e apresentado por Darwin. Antes “dele” nunca houve qualquer tipo de revelação – tão revolucionária - da ciência , em que se pudesse notar tamanha aceleração do progresso – em termos científicos - em tão curto espaço de tempo. Todavia, o termo progresso, indica apenas avanço, que tanto pode ser num sentido negativo quanto positivo; então não seria necessariamente sinônimo de desenvolvimento, pelo menos, não em toda sua amplitude; de cujo teor, se extrairia também um fator espiritual. Darwin, diante de um simples princípio universal conseguiu implantar o “novo pensamento de seu século”, o qual serviu de base para o avanço das idéias científicas posteriores: com a observação natural. Refletindo sobre este pensamento, pode se presumir que suas questões – antes de concluir sua teoria – seriam as seguintes:

Qual seria o segredo das diferenças individuais?

Como distinguir uma espécie de uma variedade?

Por que desenvolviam espécies semelhantes entre si, muito embora não sendo idênticas?

Diante de tais perguntas – que em parte já continham suas respostas em potencial -, eis algumas de suas importantes conclusões:

Devia ser abandonado o conceito de fixidez das espécies pela hipótese da variabilidade.
Que a descendência sujeita a modificações podia resultar no aparecimento de novas espécies.
Que uma diferença de categoria não qualificava o homem como um ser procedente de um reino à parte.
Que o conceito de que “cada espécie havia sido criada independentemente” estava errado.
Que uma “seleção natural” era responsável pelas modificações das espécies.
Que entre as “lutas da natureza” surgia a produção dos mais nobres animais.
Que o “meio ambiente” não modificava os organismos, mas eram os organismos que se adaptavam.
Que as variações harmônicas das espécies tinham uma tendência à conservação, enquanto que os tipos deformáveis tendiam para a destruição.
Que na luta pela sobrevivência todas as espécies deviam “competir”, fato em que a natureza só podia selecionar os mais aptos.
Que a “seleção natural” exigia de todas as espécies o fator de adaptação.
Que também devia haver uma seleção diante da prole, para se poder determinar quais deveriam sobreviver ou perecer.
Que “homens e macacos” tiveram uma origem comum em tempos remotos.
Que a seleção sexual era a causa principal da “diferença de aspectos” entre as raças humanas.
Que o “senso moral” proporcionava a mais elevada distinção entre o homem e os animais inferiores.
Que apesar de sua superioridade, o homem mantém em sua fisiologia a marca indelével de sua ínfima origem.



Seu pensamento procede de uma fonte inesgotável, que transbordando e influenciando, outorga para muitos, a facilidade ou inspiração para a elaboração de seus próprios conceitos. Pois, não condiciona, mas apenas suscita em cada um a necessidade de deixar aflorar suas próprias indagações adormecidas. Isso até “justifica” a revolta da Igreja contra sua obra, pois, esta, não poderia deixar de implicar com a veracidade – terrena – de algo assim tão evidente. Mesmo porque, em tais afirmativas, transparecia a má interpretação do evangelho; por parte do próprio clero. Bastaria, por exemplo, colocar em pauta a simples frase:”amai aos vosso inimigos”, que a polêmica já estaria formada. Pois, de acordo com sua notação científica era da “competição natural” que surgia as mais nobres espécies animais; dando uma nova versão ao pedido de “amor para com os inimigos”. Ironicamente, ficava assim desfeito o insensato – e até mesmo hipócrita – sentido incondicional de comiseração (ou condescendência), sob a forma de dogmas. A Igreja recebeu isso como um grande insulto, pois se sentia ridicularizada. Então, o que seria –sob esse prisma – dos chamados dogmas de indulgência divina; cujos conceitos formavam os alicerces da crença?! Apesar do cognome “Anticristo”, Darwin apenas tornava explícito aos seus seguidores – e até mesmo ao clero – o “outro lado da moeda”, ou seja, o quanto podia significar a “palavra”, quando interpretada isenta de interesses – mesquinhos.






Notoriamente, a teoria da “Seleção das Espécies”, se aproxima “quase que imperceptivelmente” – devido sua estruturação terrena - do legado bíblico sobre o “Juízo Final”; descrito sob a forma de alerta em várias passagens do Novo Testamento. A parábola “O Joio e o Trigo” descreve – como advertência – os riscos humanos diante da inexorável atividade do Juízo Universal ( e porque não dizer: “seleção das espécies” ?!). De acordo com os 144 Modelos Universais, o padrão do Juízo é representado pelo número 93, o qual determina uma lei de extraordinária importância para a evolução da Criação, pois abrange os processos de maturidade num sentido geral, ou seja, implicados em todos os planos da vida. Foi esse o padrão que Darwin soube reconhecer cientificamente, muito embora apenas dentro dos limites terrenos (mundanos). Eis o motivo de sua grande influência. Sua doutrina chegou a influir até em certas decisões políticas – pelo menos inconscientemente -, estando indiretamente associada aos motivos das grandes guerras – principalmente no que tange quanto as “questões raciais”. Evidentemente, também é dessa influência que adveio a psicologia.


No Zodíaco o Princípio (42) se encontra em Gêmeos a 7 graus e 30’ desse signo. O interesse sobre o princípio das coisas pode representar o tipo de preocupação das pessoas associadas a esse padrão.







Charles Darwin – 12/2/1809 – tem Vênus, Netuno, Mercúrio e o ASC  que fazem aspectos com essa irradiação. Alguns como: William Crookes,Thomas Alva Edison,Graham Bell,Marie Curie e outros; em termos de Zodíaco, também estão assinalados por esse fator. Certos “iniciadores” possuem o número 42 (Princípio) – de alguma forma - conforme a numerologia (em seus nomes): Ampère, Orsted, Marx, Karl Haushoffer e outros. Um Princípio, em sua grande maioria, não deve ocorrer em função do livre arbítrio humano (Arbítrio 92 – 42 Princípio = 50 Raridade). Dessa forma, talvez nem mesmo no caso de Karl Haushoffer, que influiu na implantação da “suástica”, cujo símbolo também determinou um início (Princípio) – pois este, assim como o Progresso (95), não ocorre só em sentido benéfico.

O autêntico Princípio é aquele que determina um novo período, uma nova fase (imprescindível em sua “marcha”), portanto, deve estar assinalado por determinada data. Por exemplo: inúmeras pessoas são conhecedoras (ou pelo menos aceitam tais indicações) de um fato – desconhecido pela grande maioria – ocorrido em 30/03/1923; fato este, que consideram como “marco” de um grande acontecimento de ordem universal. De fato, em conformidade com as posições planetárias desta data – e de acordo com os 144 números – este significado pode realmente ser levado em consideração. Entretanto, não seria possível – além do que foi dito – “avançar” mais sobre o assunto.

Apesar do que já foi descrito neste texto, “tão somente isto”, não deve ser considerado como a definição ideal de Princípio (número 42); pois esse Padrão significa – e rege - muito mais do que isso; bom seria mesmo é recebe-lo apenas como diz o título: “As Revoluções de um Princípio”. Aliás, isto também deve servir apenas como intróito (início) de posteriores estudos sobre: psicologia, mitologia e outros mais.