MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Introdução
Este setor deve apresentar um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.
Mitologia e Astrologia: Introdução
Atualmente, quando se ouve o termo “mitologia” – perante muitos - , logo surgem imagens ligadas ao fictício, ao imaginário; tudo como sendo apenas obra de povos antigos. Aquilo que antes – para a humanidade em seu puro despertar -, era uma ciência, uma filosofia, uma realidade extrapolada de outras dimensões – acima dos sentidos inferiores terrenos -; e uma atuação de “entes” da natureza, se definhou, a ponto de ser relegado - ao reino da fantasia. Será que os povos antigos eram visionários? Ou será que foi o fator racional (em seu desenvolvimento exacerbado) que sobrepujou aquela qualidade natural do ser humano? Bem isso não mais importa. O importante agora é tentar soerguer aquilo que ainda restou desses valores. O original mitológico se perdeu em distâncias milenares, mas a “chave” do mito ainda se mantém de alguma forma. E, essa “chave” é a astrologia, a única capaz de abrir e comprovar a veracidade de tais alegorias. Para tanto, os mitos devem ser apreciados em face das seguintes considerações:
1- Proposto em alguns casos, como fatos verídicos, mesmo que, envoltos por situações acima da dimensão material, ou seja, acima da sensibilidade – atual – terrena. Muitas passagens mitológicas são eventos reais, como por exemplo, no caso da “guerra de Tróia”, que envolve atuações também no plano invisível. Nestes casos, a própria lógica será capaz de identificar: quais eventos são reais.
2- Certos mitos, devem ser apreciados em sua forma alegórica, transmitidos na linguagem simbólica dos próprios “entes” da natureza, apenas com a finalidade de poder enriquecer o saber humano. O contacto com tais “entes” não era num nível estritamente material, portanto, implicava na capacidade sensorial comum ao povo daquela época. Assim como o mecanismo intelectual predomina no momento, naquela época, comum era a sensibilidade que proporcionava o relacionamento com o plano invisível. A “planície”- em termos dimensionais – considerada atualmente invisível, participava com naturalidade, também dos eventos propriamente materiais. Dessa forma, tinha o homem como mediadores, os providenciais seres da natureza, seus fraternos instrutores. Então, certos contos descritos pelos leais mediadores, valiam como advertências, conselhos e instruções imprescindíveis. A alegoria era a forma ideal – como instrumento tutorial de informação -, porque, se adaptava perfeitamente na capacidade sensorial da criatura humana. Além do mais, não condicionava e nem tolhia o espírito por não conter exigências e sim alertas. Era como uma imagem singela do autêntico saber, por isso seu valor se estendeu até mesmo em função do "aqui e agora".
3- Como simples contos, descritos em uma simbologia adequada para poder despertar nostalgias na criatura humana atual mesmo que de forma inconsciente. Pois, a mitologia pode valer ao menos como alento; que pode suscitar no espírito “lembranças” – do tempo de sua “infância” terrena.
4- Como eventos reais, evidenciando a luta de toda a natureza contra um novo perigo como “força contrária” que surgia, com a finalidade de poder implantar o Princípio da “Malícia” no ingênuo espírito humano (98). O fato é que, grande parte dos chamados deuses, não estavam associados ao Olimpo; por exemplo: Dionízio (ou Baco) não era um servidor natural das forças cósmicas, mas um desses intrusos integrantes, por questão da implantação do princípio do mal. Certos mitos, estão relacionados com o despertar – irreverente - do livre arbítrio humano; incidindo na luta (dos chamados deuses) contra o “inimigo desleal”, que agredia a natureza. A força do livre arbítrio teria prosseguido como uma capacidade natural em prol da espécie humana. Mas, diante desse inimigo ela era motivada a uma arbitrariedade exacerbada ; ocorrendo assim lutas – dos entes naturais – em defesa ou preservação da ordem cósmica. O livre arbítrio é uma exclusividade da espécie humana, portanto, os entes naturais da criação, dele não participam. Os deuses e outros auxiliares – de outras categorias naturais -, conheciam apenas a lealdade e, jamais haveriam de cometer injustiças – tão cheias de malícias -, como alguns contos indicam. Dessa forma, certas passagens mitológicas, descrevendo a astúcia ou malícia de Zeus, Rei do Olimpo, tem sentido muito outro. Tal fato ocorreu justamente em função da implantação do mal. Naquela instância, espíritos de uma espécie diversa da humana se intrometeram no curso natural do desenvolvimento humano. Daí, surgiram falsos entes naturais se apresentando como pseudo mediadores da: idolatria, mentira, rivalidade, lascívia e tantos outros fatores mais. Tais espíritos, disfarçados passavam por Zeus, por Hera e por outros mediadores; em cuja intenção era macular a honra daqueles tão queridos guias da criatura humana – que se "despedia" de sua infância na terra. Em verdade, o Olimpo ainda permanece – o mesmo – como reino intermediário entre a matéria e o plano espiritual. Deve a criatura humana reconhecer a força e o valor dos entes da natureza, caso ainda aspire alcançar seu verdadeiro plano: o espiritual. O singelo teor mitológico pode servir de transporte da consciência ao clima de sua "saudosa" infância. Infância esta, que a humanidade toda teve em tempos remotos, onde havia esse clima.
5- Como representante de valores psicológicos para auxílio do estudo astrológico. O simbolismo mitológico exige um esforço maior do sentimento intuitivo; portanto, o mito vale como reforço do estudo astrológico, que também faz uso dessa virtude.
(continua)