FILOSOFIA DOS NÚMEROS: Setor em que o autor expressa sua opinião; talvez ou muitas vezes não condizente com a própria opinião de algum outro leitor.
A Criatura Humana III
A Criatura Humana II
Conforme o texto anterior, o espírito deve ser mantido como o único responsável pelas atuações da criatura humana – não importa em quais tipos de erros ela possa estar envolvida – pois essa é a sua única condição no sentido evolutivo – aconselhar pode ser bom, interferir rigorosamente, não. Quando muito, pode um psicólogo – por exemplo – tentar enobrecer o sentido da vontade humana porque, se existe algo natural e comum – pertinente ao espírito – é o seu interesse pelo belo (Espírito 98 - 79 Consolação = 19 Beleza), pelo coerente e pelo o que lhe inspira nobreza. Disso se infere que, na verdade não existe “indolência espiritual”, existe sim, uma trama – um destino inexorável – ou labirinto em que o próprio espírito – afoitamente - se enredou, desatento portanto, perante a lógica da Justiça. Isso significa “indiferença” – implicando em tais percalços - num sentido existencial; o que se paga amargamente. O fato é que, por mais rígido que um carma possa parecer, nisso próprio, sempre constará a possibilidade de redenção, a qual deve ser alcançada pelo fator espiritual – em sua autonomia. E a glória espiritual sobre as penitências cármicas – em benefício da pessoa encarnada – se encontra no próprio corpo astral; elemento – pode se dizer – “gerador” da força sexual; fator indispensável nessa questão. Os números podem indicar a seguinte analogia: 144 (representando todas as irradiações) = 96 (Concórdia) + 48 (Apetecível ou corpo astral). Em síntese, isso significa que o corpo astral deve atuar como um receptor de qualquer tipo de irradiação cósmica. Por isso, é ele que reflete o sentido da vontade espiritual: espírito 98 – 50 (Raridade, que pode significar aqui tesouro, “jóia”) = 48 corpo astral; ora atraindo, ora repulsando as variadas espécies de irradiações do universo. Pois é ele também que liga a personalidade com o corpo físico através da força sexual. Aliás, o corpo astral é o “modelo” do corpo físico, quer dizer, na verdade ele é o próprio original. Portanto, com a morte física, a personalidade alma não só perde o seu corpo físico como também seu corpo astral. Dessa forma, deve ficar sem "tanta possibilidade assim" de poder manobrar – à vontade do espírito – as imprescindíveis irradiações universais. E sem essa livre escolha, a alma deve ser atraída – naturalmente – para sua região congênere, seja de seu agrado ou não. Isso até justifica a grande vantagem que existe na posse de um corpo físico – como veículo – e a grande necessidade das reencarnações terrenas como condição evolutiva. O fato é que a morte física implica na perda do grande mediador plástico da vontade livre. No entanto, quando a personalidade soube desenvolver bons princípios na terra, só haverá de encontrar boas “planícies” após sua transição, sendo que nessa instância, talvez até possa – no momento certo - escolher novas condições para a sua próxima encarnação. Porém, quando a alma deve padecer em trevas no além, tal penitência também só servirá como providencial regime em prol de seu desenvolvimento. Entretanto, a verdadeira meta do espírito, se mostra tão somente em sua ascensão rumo ao seu legítimo plano que é o reino espiritual. Mas esse fenômeno só deve ocorrer no apogeu – de uma evolução humana – quando a criatura enfim encontra a sua imaculada redenção; devendo portanto, se separar de seu fator alma – por ser também apenas um veículo corporal -; para poder adentrar na jubilosa esfera dos eleitos como espírito – finalmente – consciente em termos existenciais. O que identifica essa “separação da alma” nessa contingência se encontra na própria lógica do triângulo. Pois, no princípio, Espírito, Alma e Corpo determinam a unidade – criatura humana terrena -, conforme o triângulo da Interação. Depois, diante da evolução – os três fatores se separam -, passando a ter sentido conforme a categoria expressa pelo segundo triângulo, o da Classificação, que indica elementos diferenciados pelo fator dimensão – eis um emprego indispensável do triangulo como recurso conforme: Fundamentos Qualitativos do Triângulo.
Assim deve ser o desenvolvimento natural da criatura humana. Com exceção de detalhes – por ser uma síntese – fica aqui explícita a estrutura da personalidade humana terrena de acordo com a linguagem dos 144 números.
Para uma extensão maior sobre este tema pode ser utilizado como recurso o quadrado da cruz – eneade – para cada fator em questão. Como por exemplo: para o corpo físico (40) tomado como princípio ativo se encontra o número 42 (crédito), representando sua constituição genética como base; o número 48, seu princípio passivo, é indicado como seu próprio corpo astral. Existem também outros elementos como: 78 = memória; 108 = mente racional e os corpos já citados neste tema.
Este artigo deve servir apenas para que o pesquisador – atento – possa aventar – em suas reflexões – uma possibilidade real de poder identificar (diferenciar) entre “os graus humanos de consciência”, aonde se justificam os “estados de espírito” separados dos de alma, etc. Em parte, se encontram neste próprio texto, faltando apenas alguns detalhes, por não citar outros corpos (ou vestimentas), que poderiam ser intercalados nessa composição sintética da criatura humana.
Mesmo que este tema possa parecer pouco interessante – para alguns – deixa transparecer o motivo – e até mesmo como funciona o mecanismo – do sistema de “apropriação indébita de almas” (conforme definição da mesma pelos números) empregado pelos chamados “poderosos deste mundo” – em todas as épocas – em suas ambiciosas – mas irresponsáveis – maquinações de domínio coletivo. Evidentemente, para que haja tal domínio, basta “trabalhar” (maquinar) num propósito de exaltação do fator alma, como sendo a autêntica (mas, na verdade, supostamente) criatura humana deste mundo; em detrimento da autonomia espiritual. Como pode por exemplo, uma pessoa que se define como criatura humana, julgar que traz em si algo de divino – o próprio termo “criatura” já impugna tal raciocínio (basta empregar a lógica do triângulo). Nesse tipo de presunção está faltando a autonomia espiritual (só se manifesta a ilusão da alma). Ora, ela – a alma -, em sua constituição natural (requerente de encantamentos, lisonjas e demais galanteios) nem – de longe – seria capaz de rechaçar tais “propostas indecentes”, apresentadas como “ofertas” tentadoras e cintilantes – de acordo com seu próprio apetite -, em cuja intenção se encontra apenas o embuste avassalador de “Poderosos Chefões”. Bastou por um “pé” sobre o espírito, para que a máquina partisse em disparada. Disso sobrou apenas - para alguns poucos o tipo de questão - em listas intermináveis: Como Pode...? Na verdade, tais elementos opressores do espírito – sem saber – são vítimas da mesma trama, pois não atuam conforme a natureza autônoma espiritual, mas também são apenas “almas apropriadas indevidamente” num tal servilismo em função das trevas.
Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).