quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Aritmética Qualitativa (4)





Axioma 12




O Conjunto Imaginário Universo Geral (CIUG) contém o conjunto Espaço, ou, o conjunto Espaço está contido no CIUG; isso implica que tudo que existe está contido no Conjunto Imaginário, pelo menos em sua periferia por mais distante que seja, portanto até o próprio Espaço. Mas, a recíproca não pode ser uma afirmativa lógica: não podemos afirmar que o CIUG está contido no conjunto Espaço, pois ele é apenas imaginário.

A afirmativa é simples e lógica. O Espaço existe na dependência do CIUG, mas não podemos afirmar que este está contido no Espaço; pelo simples fato de que o Conjunto Imaginário não pode ser analisado estruturalmente. Ele é algo assim como o número natural 1 que possui propriedades exclusivas em relação aos outros números. O CIUG contém (pelo menos em sua vizinhança) o conjunto Espaço, pois este se manifesta como sua própria parte conjugada: passiva e receptiva. Aliás, não existe nenhuma coisa que possa ser classificada como contida diretamente no Conjunto Imaginário Universo Geral. Mas, uma coisa só está contida no CIUG por meio do espaço, ou seja está unicamente no conjunto Espaço, que vale como o pólo passivo do Conjunto Imaginário Universo Geral.

132 Imaginação – 17 Criatividade = 115 Modelo

Modelo (115+144=259) – 127 Anti-Modelo = 132 Imaginação

O conjunto Imaginário pode criar Modelos; tais Modelos são apenas anti-formas do Conjunto Imaginário.

Axioma 13


Quanto maior for o sentido positivo de uma qualidade passiva, mais positivo, diretamente proporcional será seu par ativo (seu complemento conjugado. -> Isso implica numa exigência sobre o discernimento mais apurado da diferença entre os pares definidos como: Ativo-Passivo ou Positivo-Negativo.

Devemos ter como convenção que o sentido de Ativo-Passivo deve ser aplicado nas relações entre pares em condições estritamente homólogas, ou seja, por simples dependência de ordem natural – por função complementar. Como exemplo simples entre Masculino-Feminino, etc. A convenção de Positivo-Negativo deve tender mais para o sentido condizente com o Axioma 4 (não existe independência negativa), quer dizer, devemos aplicar nesses pares mais a qualidade da disjunção (OU). Só que a disjunção nessa nossa “Lógica Natural ou Relativa” deve ser tratada diferentemente da Lógica Formal (onde ou significa ou um ou outro). Aqui, a disjunção (OU) serve apenas para classificar (elucidar), mas separa um elemento do par; estudamos o par como unidade. Em suma quase toda conotação de sentido negativo pode ser concebida sob a forma de impureza. No princípio de qualquer propriedade, concebe-se que seu lado negativo era exclusivamente o vazio (o espaço), ou seja, sob seu melhor estado de pureza. Pois, como existe impureza, então, só podemos classificar “tal coisa”, como sendo o fator negativo previsto para uma certa propriedade em análise.

Em física já não se concebe um estado de pureza absoluta nem de vazio no espaço, como diz Stephen Hawking (em: O Universo numa Casca de Noz):

“De acordo com a teoria quântica, o estado fundamental (menos energético) de um pêndulo não está simplesmente em repouso no ponto de menor energia apontando para baixo. Isso teria uma posição e uma velocidade definida: zero. Seria uma violação do princípio de incerteza, que proíbe a medição precisa da posição e a velocidade ao mesmo tempo. De acordo com o princípio de Heisenberg é impossível um pêndulo simplesmente apontar para baixo com velocidade zero. Isso significa que a posição do pêndulo será dada por uma distribuição de probabilidades. Similarmente, mesmo no vácuo ou estado fundamental, as ondas no campo de Maxwell não serão exatamente zero, mas podem ter tamanhos pequenos. Como não há limite para a pequenez dos comprimentos de ondas do campo de Maxwell, há um número infinito de diferentes comprimentos de onda em qualquer região do espaço-tempo e uma quantidade infinita de energia do estado fundamental.”

Então, o axioma 13 indica que quanto maior for o grau de pureza existente no pólo passivo, tal e qual será o do pólo ativo, pela simples evidência destes serem termos análogos e homólogos. Já o fator negativo é simplesmente o não positivo (~P), o que nesse sentido convencionado deve indicar o grau de impureza. A impureza implica na condição de ordem gravitacional do espaço. São os elementos minoritários que giram em torno de um conjunto. Por exemplo, podemos associar ao conjunto:

Infantil (F) e seus elementos negativos ligados a seu complemento ~F (não Infantil).

~F ={x/x é a propriedade de não ser infantil/} (Complemento)

Podemos obter os possíveis termos:

{f1} = “babá” (elemento adulto que deve atuar de modo infantil)

{f2} = “mãe” (fala e age de modo infantil junto aos filhos)

{f3} = “Professora Infantil” (Tem aproximar sua linguagem com a da criança)

Em primeira instância, estes três elementos, embora classificados como elementos passivos, não podem ser considerados negativos (vai depender da Sensatez de cada um), pois, espera-se que cada um deles saiba cuidar da educação infantil.

Em contrapartida podemos como fatores negativos desse sub-conjunto:

{~f1} = “malcriado” (elemento criança, mas não infantil)

{~f2} = “delinqüente” (jovem, quase criança, mas não infantil)

{~f3} = “pueril” (adulto, mas desequilibrado, por sua fixação ao setor infantil)

E, todos os itens que implicam numa aplicação errada do potencial existente na pureza infantil (a Pureza deve ser o elemento básico do termo Infantil), os quais podem prejudicar esse setor ou período da vida. Esses termos secundários como fatores do Complemento do Conjunto são elementos negativos do Passivo.



Axioma 14


A perfeição absoluta é uma condição exclusiva, ou, aquela que se restringe ao padrão do Conjunto Imaginário Universo Geral; e, como este não deve ser analisado, porque foge ao discernimento de ordem da lógica comum, deduz-se que todo conjunto busca a perfeição. Nessa busca, se torna inevitável o sentido de polarização entre os conjuntos.

Todo conjunto tende ‘a perfeição, o que deve ocorrer em razão de seu fator majoritário, o qual é o determinante do conjunto; concomitantemente, deve estar ligado aos seus fatores comuns minoritários, cujos elementos são justamente aqueles constituintes “negativos” associados ao seu complemento passivo. Diante dessa lógica se torna inevitável a lei de atração entre análogos e homólogos, quer dizer, a atração de semelhantes em função de seus opostos.

(continua)