MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Libra: A Sétima Casa
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.
A Sétima Casa
Seguindo o mesmo processo (utilizado anteriormente) a 7ª casa tem a seguinte personalização: A = Libra; B = Aquário e C = Gêmeos.
A = Libra – A característica da 7ª casa: é a unificação de grupos pelo equilíbrio, acordo e justiça (plena). Libra oposto a Áries, ou seja, um signo “objeto” (balança) em contraste ao representante do “eu”; se isso for concebido como uma polarização, pode remontar – simbolizando – um conceito de ordem (existencial) transcendente (ou precípuo), isto é, de modo extensível conforme: o extremo entre o “eu” e o “não eu”; a extrema relação entre consciente e inconsciente; a comparação “estranha” (por diferenciação de categorias) entre “coisa” (objeto) e “ente” (portador de sensibilidade); a relatividade entre pessoal e impessoal (vale dizer, quanto ao “ser” ou “não ser); cujo sentido filosófico pode sintetizar «em termos de semelhança» o fato de que em tudo, tido como uma “manifestação da realidade”, nada, poderia se revelar (ou estar por presunção acima disso) senão, como uma simples “peça” do contexto geral dessa grande obra (de consistência da Vida). Ora, essa é a definição mais gloriosa sobre o sentido primordial da 7ª casa, a qual os astrólogos (de todos os tempos) vislumbraram como sendo a lógica de um fator “impessoal” (isso nem poderia existir como fator em nenhuma criatura: impessoalidade?) Nos mitos (apresentados pela caracterização de Libra), o fato pessoal de Helena, define bem tudo isso, quando esta foi representada no desfecho da “fábula” (na moral da Guerra de Tróia) como um simples “Troféu” (“objeto” de vitória para a coleção do poder Grego), por questão de seu definitivo (e dificultoso) resgate. Saturno se exalta em Libra porque representa a responsabilidade (a cristalização e o carma) da relação social; onde o Sol entra em queda, indicando a restrição do livre arbítrio em função de acordos; e Marte no exílio, por questão da própria impulsividade, que deve permanecer sob controle entre as partes em razão dos vínculos.
B = Aquário – O livre arbítrio da 7ª casa é equivalente a Aquário. Nos vínculos entre elementos da mesma espécie, o poder de centralização (de mando) se divide, e alcança o equilíbrio por intermédio da amizade, a democrática união, a associação fraterna, onde deve ser um por todos e todos por um. Filhos em razão da 7ª casa – Muitas vezes ocorrem uniões em que, um entre as partes, já se encontrava sob a responsabilidade de filhos (de um casamento anterior); a perfeita harmonia – ou não – sobre essa situação pode ser analisada – ou descrita – conforme essa circunstância. No além, a 7ª casa (conforme esse aspecto) tem analogia com a “morada de almas bem aventuradas” – que já atingiram determinada evolução -, ou seja, cada espécie se encontra em seu correspondente grupo, num sítio habitacional onde todos são afins. Então, existem planos de múltiplas espécies como em escala, só que não numa seqüência sobreposta, mas diversificada pela condição de refinamento espiritual.
C = Gêmeos – A 7ª casa tem sua missão, sua graduação e essência na “linguagem primária” da 3ª casa. O mais importante nesse indicativo, consiste no fato de que, tudo relativo a essa casa só segue – em termos de expansão (evolução) – no sentido do inconcluso (nada pode ser expressar como definitivo). Nisso resulta o fator de indecisão (muitas vezes constatado). Assim, na rua, no cotidiano, no dia a dia e na comunicação básica se encontra a essência da condição de criar vínculos ou conhecer o elemento homólogo.
O triângulo que permite a objetividade da 7ª casa tem: A = Escorpião; B = Peixes e C = Câncer.
A = Escorpião – A ambição, a sustentação, o desejo e o recurso (valor) da 7ª casa se relaciona com a 8ª casa. Os elementos que se unem são atraídos por uma força inconsciente, irresistível e profunda, que é o instinto natural dos seres (viventes). Escorpião, representante natural da 8ª casa se encontra na 2ª casa, relativa a Touro, seu oposto; onde Marte assume a regência (anteriormente natural a Vênus) ou seja, nisso ocorre uma inversão: da “cobrança de valores” pela simples “atração mútua”.
B = Peixes – A 7ª casa tem sua capacidade (saúde) sob a equivalência da 12ª casa. As uniões, os contratos ou o “oposto do Ascendente” tem seu esforço na “prisão” (condicionado por vínculos tanto terrenos quanto cármicos). Isso pode significar que as uniões em geral não dependem exclusivamente do esforço (tentativa) no sentido de sua realização, pois (nesse setor), muitas delas já estariam antecipadamente vinculadas – por fios cármicos -, conforme resoluções em planos antecedentes.
C = Câncer – A 7ª casa tem sua culminância em conformidade com a 4ª casa. O casamento tem por finalidade a constituição de um lar, visando também a continuidade da espécie (hereditariedade), a maternidade em todos os estágios de desenvolvimento infantil incluindo educação. Essa circunstância pode reforçar esse apogeu dos vínculos, também como responsável pela naturalidade em geral: humana (hábitos, costumes e condicionamentos), animal, vegetal, mineral e ambiental (sustentação do sistema ecológico).
O Triângulo do Relacionamento tem: A = Sagitário; B = Áries e C = Leão.
A = Sagitário – O relacionamento da 7ª casa está na 9ª casa. A reação exagerada (por euforia) desse significador, em sua tendência de valorização pelo que transmite, pode implicar em “afetação”; gerando indignação ou até mesmo inveja (ou outros fatores negativos). Esse agente dessa casa, justifica a desagradável sensação (de todos) frente a relacionamentos decisivos (ou contratuais). Em comunicação não existe maneira mais cômica do que essa, de se identificar pelo emprego da 7ª casa; os humoristas utilizam esse recurso com sucesso.
B = Áries – A 7ª casa tem seus vínculos conforme sua relação com a 1ª casa. A própria condição de “choque” - inevitável – entre ação e reação, já ressalta (automaticamente) o exato sentido em que a lei dos semelhantes deve perfazer para poder encaminhar os relacionamentos. Um vínculo depende do interesse mútuo (Áries rege a individualidade); se um não quer, o acordo não pode ocorrer.
C = Leão – A 7ª casa desenvolve a fraternidade na 5ª casa (livre arbítrio). Isso justifica a necessidade de “certa democracia” associada com a “fidelidade”, imprescindível entre partes contratantes, caso contrário, não vai haver harmonia e muito menos amizade, apenas discórdia.
O triângulo do destino da 7ª casa tem: A = Capricórnio; B = Touro e C = Virgem.
A = Capricórnio – A oportunidade da 7ª casa se encontra no MC (10ª casa). A origem da união tem seu fundamento na culminância do indivíduo, uma circunstância classificada pela sociedade como capacitação. Pois, vínculos visam a elevação social, o que implica em interesse de uma posição humana de destaque, quanto ao bem servir em prol da comunidade. Então, essa oportunidade tem certa analogia com: a “eleição” do indivíduo.
B = Touro – A 7ª casa realiza sua transformação na 2ª casa. A sociedade está na dependência de ganhos, gastos e ambições, assuntos relativos a Touro; os desejos, não satisfeitos, podem transfigurar os vínculos existentes, provocando a dissolução. Aqui, fica esclarecida a diferença de Vênus, como regente de Touro em relação a sua regência em Libra. Em Touro: é a atração para as transformações dos (valores) desejos e ambições. Em Libra: é a atração pela simples complementação (união).
C = Virgem – A prisão, o cumprimento ou carma da 7ª casa está na 6ª casa. Uma sociedade se mantém com grande esforço, os detalhes são imprescindíveis, envolvendo capacidade, trabalho e saúde de ambos os sócios. Virgem representante original da 6ª casa (que neste caso representa a 12ª casa), é o “umbral” que separa o “eu” do “outro”; onde se realiza a purificação minuciosa das partes complementares, condição essencial para a realização: união em Libra, que só pode envolver espécies análogas e homólogas.
O Signo de Libra (representante da 7ª casa) se encontra no Zodíaco sob o regime do Modelo Universal da Temperança, que como hierarquia mantém os seguintes (termos relativos aos números):
7 – Temperança; 19 – Beleza; 31 – Arte; 43 – Concepção; 55 – Harmonia; 67 – Sustentação; 79 – Consolo; 91 – Regeneração; 103 – Adaptação; 115 – Modelo; 127 – Antimodelo; 139 – Inesgotável.
(continua)