Mito de Libra: Interpretação
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Libra - Interpretação
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.
Libra - Princípio Ativo
Libra como Princípio Ativo caracteriza o sentido da complementação conforme a importante lei – universal - de atração entre análogos e homólogos. Dessa forma, se expressa através da reação, condição demonstrada nos fatos relevantes dos mitos (implicados com esse signo). Realça o lado impessoal das decisões, porque implica em conjunção (em todas as suas definições), determinando também a lógica nas polarizações (espontâneas). A intransponível cidade de Tróia reflete essa noção de conjunto em razão de suas propriedades (contingência e segurança por seleção de elementos afins). Portanto, como ascendente, ressalta a importância de conjunto em sua função de unidade. Pois, revela a coerência de individualidade – unidade e integridade (do poder de Áries, seu oposto) –, na simples relação diversificante, adjacente e inevitável. Inspira, em reflexões profundas, o teor de cada um, por questões existenciais, pois determina a lógica do equilíbrio: A própria deusa (Vênus, regente deste signo) se apresenta – no mito – sob ameaça de uma simples mortal (Psiqué) – exercendo sua função. Isso confirma o fato de que “nada” se mantém por garantia – absoluta – de direitos; mas que, sendo “tudo” originado pela lei do movimento, implica assim em equilíbrio, remontando também – em todos – o senso de dependência (existencial). Vale como princípio – obrigatório – de participação, onde leis básicas – universais – se processam (explícitas) suscitando, por exemplo, que: é só dando que se pode receber; ou que, atos e fatos se tornam recíprocos, em cujas circunstâncias favoráveis, podem promover reservas ou ressalvas e até a possibilidade de recobrar (atitudes sociais indevidas); como ocorreu no caso de Eris (a discórdia), que não precisou ser convidada – pois pode surgir espontaneamente nas relações. A balança, como símbolo desse signo compara (pesa) elementos relativos, embora de qualidades opostas, vale dizer, como na razão entre consciente e inconsciente, pois seu Meio Ativo equivale a Escorpião, e a oitava casa, Meio Passivo a Touro (também regido por Vênus), que permite objetividade nessa implicação, em cuja realidade se manifesta como sensibilidade, portanto de modo imperceptível. Aliás, nesse mecanismo, tudo se processa de forma imperceptível (inconsciente), como “deslizes”, combinações (reconhecidas por coincidências), entretanto sob o auspício de outra lei – universal – de “reação”: em pequenas causas, inevitáveis – ou grandes – são os efeitos, lógica determinante na guerra de Tróia (por inconseqüência de Paris e Helena). Ulisses aplicou essa mesma lei conforme o famoso (e chamado) presente de grego – cavalo de Tróia -, indicado por Gêmeos na nona casa, Débito do Fim, o qual reflete a evolução desse ascendente, com o seguinte alerta: a comunicação deve se desenvolver de forma simples e abrangente (em razão dessa lei de reação); estando o decreto de Tíndaro – em defesa do escolhido de Helena -, também dentro desse processo. Sagitário indicativo de crescimento exagerado, empreendimentos vultosos e grandezas, como Crédito do Fim (terceira casa), concede amplas atuações nesse setor; onde as informações se “alastram” com facilidades (notícias se estendem), implicando portanto em popularidade, fama (sucesso); pois é o local onde o padrão de conjunto se desenvolve, como expressão de interesse comum. Capricórnio, válido também como fator social em outro nível, como Crédito (quarta casa) gera esse ascendente, e especifica o seu teor familiar. Inspira um tipo de descendência sob os aspectos de nobreza, refinamento e educação privilegiada. Porém, regido por Saturno, implica em “frieza”, rigidez e repressão: Psiqué foi abandonada – em vestes fúnebres – sob o consentimento de seus pais. Aquário, de qualidade revolucionária e inovadora, se encontra no Crédito do Meio (quinta casa), designativo de Padrão ou Vontade Fixa; configurando Adaptação centrada (como cerne), em função de ritmos inadequados (inesperados). Isso pode resultar em curiosidade ou inspiração ao progresso, assim como, apreensão (espírito aflitivo), situação sob a dependência do Débito do Meio; determinante portanto de indecisão. Peixes, signo do carma (e da prisão) se mostra como Finalidade Passiva (sexta casa), ponto mais frágil de Libra. Representa esforço exagerado por questões de sentimentos; sacrifícios físicos em função da vaidade; ilusão exacerbada (até sobre a estética), influindo nesse setor (regente da saúde), condizente portanto a doenças psicossomáticas (bulimia, anorexia, etc). Libra, como Ascendente, inverte (de forma facilmente observável) – pois rege o elemento 127 Antiforma – o Zodíaco, tendo portanto Áries – regente da decisão mais abrupta – como Princípio Passivo (sétima casa), neutralizando assim o próprio fator pessoal (sob a condição de outrem). Dessa forma, Áries, sendo agente de relação inspira acuidade por ser temerário (em certos casos como portador de poder que deve ser analisado por precaução). Nessa exposição, até paira a lógica sobre a “sombra”, definida por Jung; ilustradas em razão das desconfianças de Psiqué sobre Cupido, e reafirmadas pela inveja de suas irmãs (contingência da relação social). Em suma, Libra – em razão de seu inconsciente presidido por Touro, que concebe objetividade, mas de modo imperceptível, em razão de seu Meio Ativo valer como Escorpião, como ascendente, jamais pressente, “portar”, quaisquer tônus de agressividade; pois desconhece, mesmo em suas “acirradas competições”, tal sentido. Os mitos descritos apresentam vários “personagens” dentro desse esquema, como no próprio “desfile em razão da mais bela”, que influenciou – deusas e elementos da natureza – na conquista do destaque pessoal. Câncer, a condição de pureza familiar, como Débito (décima casa) – obviamente – é um fator gerado por Libra (condição de imensa responsabilidade), que encontra nesse setor uma das formas mais espontâneas (fáceis), em termos de ascensão: a feminilidade. Normalmente, esse ponto culminante precisa ser trilhado com grande esforço (no caso de outros ascendentes). No entanto, em razão de seu talento (natural ou desenvolvido), esse signo ascendente possui um gênero de público sob atração irresistível por tudo que pode apresentar, como: beleza, estética, elegância, arte, moda e outros tipos de fascínios. A imagem do mito para essa definição é de extrema clareza: o fascinante e alado Cupido. Cassandra simboliza a tentativa – resguardada em moral – da feminilidade de desfazer essa “armadilha”. O Débito do Meio (com Leão na décima primeira casa), indica a extensão dessas conseqüências, que podem envolver nobres autoridades, em atos sem escrúpulos; conforme suas próprias decisões – extremistas e irrevogáveis (vale reler sobre o Crédito do Meio). Virgem, elemento crítico e minucioso, como Finalidade Ativa (décima segunda casa), resulta no sentido de precisão da Balança, que busca nesse setor – em primeira instância de modo constante – a habilidade técnica e o valor científico pela “acurácia” de suas próprias atividades (maquinações). Válido também em outras circunstâncias (cruciais) para seu “calibre” emocional, onde presume poder encontrar: a prevenção, o diagnóstico, a terapia, a restauração (o remédio) ou em síntese: a prescrição do “si mesmo”. O mito descreve muito bem – tudo isso – pela “caixa de Perséfone” (contendo a essência de sua beleza) trazida do Hades, em cujo termo (definindo: infernos) revela – a décima segunda casa – o carma de Libra, em relevante implicação terrena (ou níveis inferiores).
Num mapa astrológico, o que se encontra em Libra, seja um planeta ou uma cúspide, implica em dependência (indicando também indecisão), define o equilíbrio e reflete a razão das “quedas”, sendo aquilo que exige acordo ou senso de conjunto. Vênus como regente de Libra sintetiza a qualidade do fator social e marca as preferências da personalidade.
(continua)
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