MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Libra: Helena e Páris
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.
Libra – o equilíbrio
As descrições mitológicas foram sempre elaboradas num sistema apropriado «com a prudência de sua preservação», onde um fato isolado «de efeito moral particular» podia ser homologado a outro «análogo», permitindo nessa continuidade (como que dando vazão), reflexões mais elevadas, em razão da somatória desses “provérbios”; funcionando como pela determinação de “peças” que se encaixam, exatamente, pela expansão do discernimento (como no jogo infantil de “montagem pela combinação de peças”, conforme a escolha de construção). O signo de Libra mantém como maior propriedade o sentido de “reunir”; portanto, este mito também envolve inúmeros fatos, mas, aqui serão descritos apenas os fundamentais (indispensáveis para a análise desse signo):
Helena
Helena era filha de Zeus e Leda, irmã de Clitenestra e também de Castor e Polux; como já foi descrito no mito relativo a Gêmeos. A maldição de Vênus sobre Tíndaro, se estendeu até Helena, dado a seu dote de fascínio; pois, desde os primeiros anos de vida, sua beleza já era motivo de muito comentário, o que na juventude passou a deslumbrar todos os homens; em vista disso foi raptada por Teseu, só sendo resgatada, conforme providencial intervenção de seus heróicos irmãos: Castor e Polux.
Perante honroso convite – irrecusável -, foi conduzida a Esparta, onde foi cortejada por muitos príncipes. Tíndaro, temendo contrariar algum nobre pretendente «por questão de inevitáveis recusas de Helena», aceitou o perspicaz conselho de Ulisses, em cuja intenção continha – evidentemente – sua enorme admiração pela moça (e interesse). Assim, sua proposta se tornou “decreto”, o qual foi divulgado com a implicação do seguinte juramento (o qual Tíndaro exigia de todos os interessados): “Independente, de quem for o eleito, todos os pretendentes devem assumir o compromisso de defender o “escolhido”, caso ele seja desrespeitado em seu matrimônio.” Todo juraram, mas Menelau foi o escolhido, tendo logo após assumido o trono de Tíndaro. Assim, a felicidade dessa união se passou em seus primeiros anos ...
Páris
Mudando o cenário «sem encerrar o fato»: Tróia, era uma cidade imponente pela sua fortaleza intransponível. Privilegiada pela sua boa posição geográfica, servia de comunicação ao comércio e aos meios de navegação. Príamo era filho de Laomedonte, que reinara durante muitos anos; onde - em seu período – conseguiu cercar a cidade de muralhas tão fortes, que Tróia era considerada uma arquitetura criada pelos deuses: Apolo e Netuno.
Príamo, como novo rei precisou reedificar – em parte – a cidade, porque ficara arrasada em função das investidas de Hércules. Hécuba, esposa de Príamo, teve os seguintes filhos: Heitor, Páris, Deífobo, Polites, Antifolo, Hiponôo, Troilo, Creúsa, Laódice, Políxena e Cassandra «que já foi mencionada no mito de Câncer». Originário de uma tribo de pastores, o povo desse reino era constituído por pacíficos camponeses e mercadores, voltados para a alegria simples da própria terra; um reino muito feliz. Na corte, a vida também transcorria em plena harmonia; apesar dos soberanos terem sido alertados pelo oráculo, acerca de futura catástrofe a ocorrer em Tróia, em conseqüência da má atuação de um dos príncipes. Heitor, esposo de Andrômaca mantinha um forte senso de responsabilidade, e tudo faria por sua pátria. Seus irmãos também tinham bons propósitos e assim a vida prosseguia, levando um após outro ao matrimônio; só Páris permanecia indeciso, mesmo tendo feito duas viagens em busca da mulher amada, sem nenhuma objetividade. Páris não conseguia mais se habituar com a vida em Tróia; e pelas princesas dos reinos vizinhos, não tinha o menor interesse. Muito vaidoso por seus dotes físicos, mantinha um forte senso de independência e não admitia nenhuma interferência em sua vida; por isso, era definitiva aquela resolução, faria sua última viagem pelo mundo e só voltaria a Tróia, caso encontrasse a mulher por quem se afeiçoasse. Na véspera dessa viagem houve uma reunião na corte, onde os conselhos de Príamo e Heitor eram dirigidos a Páris, quando Cassandra – a jovem vidente – se aproximando – com muito seriedade – dirigiu as seguintes palavras: Pobre Tróia! Seu terrível destino está cada vez mais próximo...
Com a partida de Paris a vida em Tróia seguiu seu curso habitual.
(continua)
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