quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mitos da Vitória II

Mitos da Vitória II
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos da Vitória II



Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.

Mitos da Vitória

Meléagro

Meléagro, filho de Eneu, rei de Cálidon, quando nasceu, sua mãe, Altéia – a rainha –, num relance – indevido – de “introversão”, conseguiu vislumbrar as parcas, ainda no “arremate” do destino de seu filho, cuja imagem, definida por ela, indicava que, a vida daquela criança só duraria até se consumar um tição, o qual ardia no fogão de sua casa. Precavida, ela correu e retirou do fogo o dito tição – sob cuidados –, o qual ocultou em um cofre.



Eneu, ao prestar seus louvores aos deuses, se esquecera, descuidadamente, de Artemis; em cuja represália pelo determinado “ultraje”, enviou um monstruoso javali, o qual se dispusera a devastar: trigais, vinhas, oliveiras, ainda com matanças  de rebanhos, dos campos de Cálidon.



Meléagro, já jovem e destemido, pois, tomara parte na expedição dos Argonautas, convocou seus companheiros – entre esses grandes heróis – para a caça daquela fera. No entanto, dificultoso se constituía tal propósito, mesmo diante das melhores estratégias, perante as quais o monstro se desvencilhava, sempre imbatível; mesmo até, frente aos “célebres” e vitoriosos guerreiros como: Teseu, Piritos, Jasão, Peleu, Atalanta e outros; inclusive, também entre os mais hábeis caçadores da região, munidos de seus experientes cães (de caça). Como alusão promissora do fato se destacara apenas o seguinte: Jasão, rogando o auxílio de Artemis, ao atirar seu dardo, conseguiu apenas resvalar na pele daquele poderoso animal; e, isso sem salientar as discrepantes – em inúmeras – situações ocorridas entre os outros, os quais, já tinham se destacados como autênticos heróis (em outras fábulas).



Entrementes, Atalanta conseguira acertar o animal pela primeira vez, cujo efeito, motivou Meléagro a ousar de forma extrema – sem saber que o ferimento tinha sido apenas leve –, dessa forma, apesar das dificuldades durante a luta, alcançou a vitória. E, como Atalanta – por quem se enamorara –, dera o primeiro golpe na fera, lhe ofereceu a cabeça e a pele do javali; provocando assim o desacordo geral. Irritados com a decisão, seus dois tios (por parte de Altéia), tentaram arrancar de Atalanta o “considerável troféu” que ganhara. Meléagro, enfurecido, com sua espada matou os dois.
Diante disso, estourou a guerra dos Curates, constituídos pelos descontentes, contra os Etólios, comandados por Meléagro, o qual, apesar da inferioridade numérica de seus homens – nessa luta –, ainda assim, determinava a vantagem. Entretanto, Altéia, ao saber dos fatos em detalhes, em razão da morte de seus dois irmãos; invocou – resoluta – as fúrias contra seu próprio filho; cuja condição, determinara seu desequilíbrio, tendo por isso, de se afastar da contenda; na qual, por sua ausência, os Curates, passaram a vencer.



Porém, Meléagro, por superação (do pânico) – conforme sua extrema coragem –, ou, pelo próprio amor – por Atalanta –, conseguira retomar as armas, descartando, definitivamente, seus inimigos; entretanto, teve seus dias abreviados em razão das indomáveis fúrias; conforme evocara sua própria mãe. 
Por evolução desse mito, existe uma outra versão para o seu desfecho: Altéia, indignada com os fatos, retirara do cofre o antigo tição, e, num ato impensado atirou-o ao fogo, determinando assim a morte de Meléagro.




Atalanta

Atalanta, filha de Jásio e Climene, soube pelo oráculo que “seu casamento seria a sua ruína”. Por essa razão, se dedicara aos exercícios físicos, se tornando também uma hábil caçadora. Para se livrar das “lisonjas” (e propostas) masculinas, instituíra – como regra – uma corrida, na qual, quem a pudesse vencer, seria o seu escolhido com esposo; sendo que, se tal pretendente perdesse, por ela seria morto.
Hipômenes, que atuava como juiz nesse desafio, embora tivesse presenciado a morte de competidores, apaixonado, decidiu enfrentar Atalanta. E, para tanto, contava com o providencial auxílio de Afrodite, a qual lhe dera como suporte – para a vitória – três maçãs de ouro, e as instruções de seu uso.



Dada a largada, em poucos segundos, a vantagem de Atalanta já se mostrava alarmante, então, o rapaz arremessou sua primeira maçã no exato percurso por ela atingido, cujo efeito, implicou no fato dela ter de se abaixar – por curiosidade –, proporcionando assim sua ultrapassagem, a qual durou pouco, pois, logo ela o alcançou e ainda ganhou a dianteira; e, alternante assim seguia a corrida. No entanto, pelo arremesso de sua terceira maçã, Hipômenes se consagrou campeão.



Tideu

Tideu, filho de Eneu, rei de Cálidon e Altéia, pela infelicidade que tivera de alvejar – mortalmente – seu irmão, Melânipo – nessa circunstância –, foi banido de seu reino; sendo bem acolhido na corte de Adrasto, o qual ainda lhe concedeu em casamento sua filha Deifile; em cuja relação nasceu Diomedes. Como comandante de exército venceu várias batalhas.
Durante sua estadia em Tebas, participou dos confrontos realizados em formas de jogos – como incentivo aos atletas jovens –, em cuja campanha ganhou todos os prêmios, pois, foi protegido pela deusa Atená.  Indignados, por sua façanha, os tebanos lhe armaram uma terrível emboscada, provida de 50 homens; os quais, Tideu conseguiu vencer, com o modesto auxílio de seus acompanhantes (em número extremamente inferior).
Tideu, apesar de ser inferior em outras virtudes, se igualava na arte militar ao seu irmão Meléagro.
Contam que, foi morto por imprudência na entrada de Tebas; vale ressaltar, ao ser ferido, pelo tebano (curiosamente) Melânipo, filho de Astaco, em sua derradeira “cartada”, lhe estraçalhou uma de suas orelhas a dentadas; cujo fato, indignou Atená (sua protetora), a qual, por isso o deixou sucumbir.

(continua)