Mitos da Vitória
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos da Vitória
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.
Mitos da Vitória
Todos os mitos – na maioria dos casos – se desenvolveram ressaltando a ‘Vitória’e a glória de seus fantásticos heróis; definidos assim pela determinação de cada “padrão”, entre os variados tipos de virtudes ou qualidades existenciais; entretanto, os fatos seguintes devem expressar melhor – em síntese – as consistências (ou lógica) desse fator: 73 (Triunfo).
Pélops
Tântalo, rei da Líbia, raptara o príncipe troiano Ganimedes, filho de Tros, o qual – por vingança – lhe declarara a guerra. Por esse motivo, seu filho, Pélops, decidiu se retirar desse reino; sendo acolhido na corte de Enomau, rei de Pisa, o qual se mantinha entre “cismas”, ou, conforme o oráculo lhe predissera que: “seu genro seria a causa de sua morte". Daí, se decidira a não dar – de modo algum – sua filha, Hipodâmia, em casamento, senão, ao pretendente que o vencesse numa corrida de carros; pois, possuía cavalos velozes, tinha o mais hábil cocheiro – Mirtilo –, e, ainda gostava de “apostar”, confiante de poder ser sempre o vencedor – nessa sua modalidade ou tipo de disputa –, cujo desafio, implicava na morte de seu “perdedor”. Temida (e corriqueira) se propalara sua fama de vencedor (dessa contenda), em razão de que, treze competidores, já tinham sidos mortos pela lança de Enomau; o qual, nesse tipo de corrida, ainda concedia – em determinada etapa da disputa – vantagens aos seus adversários (em plena evolução do trajeto).
Pélops, apaixonado por Hipodâmia, assumiu o desafio, ainda assim, em razão de um ardil, pois, o cocheiro do rei aceitara a conivência nesse plano, cuja condição – necessária – consistia em sabotar o carro de Enomau. Durante a corrida, para Pélops, tudo ocorreu conforme as circunstâncias; pois, com o carro destroçado – em curtos avanços de seu trajeto – seu adversário tombou, morrendo na queda.
Dessa forma, ele desposou Hipodâmia, se tornando o rei de Pisa; e, ainda ampliou seu reino com a cidade de Olímpia e outros territórios; sob a denominação de Peloponeso.
Por não ter cumprido seu trato com o cocheiro Mirtilo, o qual (por isso) o amaldiçoou, Pélops, apesar de ter sido consagrado “vitorioso” (até como símbolo na posteridade); os entes de sua linhagem sofreram conseqüências trágicas, as quais seriam em demasia contar, ante ao sentido de Vitória (73) aqui proposto.
Pélops, como um dos paradigmas de Triunfo (73) – entre os gregos – foi descrito em outra fábula (por Ovídio), nos conformes – significativos – daquilo que – possivelmente – indicaria sua primeira vitória (fantástica, por pairar sobre a morte), embora, como um fato difícil – em termos de sua exata conciliação – de ser intercalado entre o sentido global de seu mito:
Tântalo, que era privilegiado de poder se servir junto a mesa dos deuses – no Olimpo – hospedara os mesmos, em razão de um banquete, o qual lhes oferecia por retribuição (de amizade); tendo servido – entre outras iguarias –, a carne (muito bem temperada) de seu próprio filho Pélops.
Entretanto, Zeus, em sua suprema sabedoria, desfez - em tempo – tal engodo; restituindo a vida de Pelops. Por essa razão e por outras, Tântalo foi precipitado no Tártaro.
Neoptólemo
Pirro (ou Neoptólemo), era filho de Aquiles e Deidâmia; tendo sido concebido conforme uma relação – de certa forma – “bizarra”, durante a qual, seu – destinado – pai, ainda se encontrava “travestido” (de mulher) junto de sua (pretendida) mãe, durante a consumação desse fato; sendo por isso, educado (e desenvolvido como príncipe) na corte de seu avô materno, o rei Licomedes.
Por questão da morte de Aquiles, conforme o oráculo transmitira – em sua predição –, “sem a presença de um descendente direto desse herói – determinado para efetivar essa conclusão – impossível seria ‘vencer’ o cerco de Tróia”.
Por essa razão (sem outra alternativa), Pirro, foi engajado – imediatamente – naquela contenda – promissora – como se fosse de arremate final. Antes disso, teve de seguir na companhia (e comitiva) de Ulisses, o qual ainda precisava convencer Filoctétes, tanto para ele se juntar ao exército grego, quanto a também levar consigo (para a batalha final), as flechas envenenadas (e invencíveis) de Hércules, cuja condição era – mais uma – exigida pelo oráculo.
Dito e feito, sob o comando (astúcia) de Ulisses, a fortaleza fora tomada; e, Pirro (após a invasão) matou tanto o príncipe Polites quanto a Príamo, rei de Tróia.
Nike
O trato em razão de poder se encontrar (ou de ainda se manter) sob os – possíveis – auspícios da Vitória, exigia uma atitude obstinada (e obrigatória) entre os gregos – principalmente em situações defensivas –, vale dizer, quase abeirando ao domínio determinado pela superstição. Fato é que, para poder concluir a derrocada de Tróia, após a fatídica perda de Aquiles (no trunfo para aquele propósito), o oráculo exigia três condições fundamentais (duas delas já descritas); cuja terceira, obrigou Ulisses a profanar o túmulo de Pélops para obter alguns de seus ossos, os quais valiam como talismã para a vitória.
Portanto, a Vitória – Nike – se mostrava poderosa, imponente, em todos os seus – vários – templos; sendo considerada filha do titã Pala (ou Palante) e da oceânida Estige; irmã de Bia, a Força, Crato, o Poder e Zelo, o Ciúme; cuja sua representação era em forma alada, portando uma coroa de loureiro e um ramo de palmeira; a qual ainda teve a honra de ser incluída em algumas imagens alegóricas de Atena, apoiando sua estátua em uma das mãos.
(continua)