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Para uma boa interpretação astrológica é necessário estar ciente destas leis universais:
1) Lei de Causa e Efeito;
2) Lei de Atração entre Análogos e Homólogos;
3) Reencarnação;
4) Livre Arbítrio;
5) Lei de Justiça e Consonância.
Vários são os meios utilizáveis para a interpretação de um mapa astrológico, sendo desde os ensinamentos tradicionais até as condições lógicas altamente científicas, chegando a situações minuciosas, conforme este próprio método.
Primeiramente é preciso adquirir prática na utilização dos seguintes processos de interpretação:
1- Por signos nas cúspides das casas;
2- planetas nelas situados e seus aspectos;
3- situações dos planetas nos signos (domicílio, exaltação, etc);
4- pela força dos elementos (fogo, terra, água e ar);
5- pelos planetas regentes e os situados nas casas angulares;
6- pela força das dignidades planetárias (cardinal, fixo e mutável);
7- pela utilização dos triângulos de Bailey.
Destes métodos, todos são altamente válidos, embora que isolados não podem apresentar uma descrição minuciosa como a deste método.
Existe também o método de utilização das estrelas fixas que aqui não é empregado, pois, o fato de que são quase fixas essas estrelas (em volta do zodíaco), elas já deixam no signos tais influências. Com isso funcionam como parte integrante do signo em cuja proximidade estão situadas. É claro que existem uma influência estelar; mas este método substitui tal sutileza pela posição zodiacal dos 144 números.
Análise Intuitiva
É a análise feita através de um processo mental: o entendimento espiritual se manifesta intuitivamente pelas associações racionais.
Em síntese conforme Elman Bacher:
Na análise astrológica tendo como base a Lei de Reencarnação, é necessário observar o seguinte:
1- os signos das casas IV, VIII e XII;
2- os planetas nelas colocados e seus regentes, onde estão e seus aspectos;
3- considerar as situações dos seguintes planetas:
a) Júpiter – que rege a justiça pela lei de causa e efeito;
b) Netuno – que rege a tônica mais sutil da alma e serve para captar os diversos planos da criação;
c) Saturno – que rege o cumprimento da lei de causa e efeito;
d) Plutão – que rege o carma mais no sentido coletivo, mas pode também indicar o grau de evolução individual em relação à coletividade.
4- todos os planetas devem ser observados, considerando os seus aspectos como manifestações da lei de causa e efeito, sendo que o Sol e a Lua terão um destaque especial, bem como Vênus e Marte.
5- Verificar a tendência ao materialismo ou espiritualismo:
a) se o Ascendente contém Lua, Urano, Netuno ou Mercúrio e for signo de ar, a tendência será ao espiritualismo;
b) se o Ascendente contém Marte, Vênus ou Júpiter e for um signo de terra, a tendência será ao materialismo;
c) se os signos forem de água ou fogo a tendência será um estado intermediário.
6- observar a casa IX, seu regente e situação, planetas situados e aspectos. Como a casa IX é a mentalidade abstrata, deve indicar a graduação da personalidade; que deve ser correlacionada com as casas do destino (IV, VIII e XII).
A seguir deve ser utilizado o artifício de considerar a casa IX como sendo a casa III da vida anterior, ou seja, o cotidiano anterior; e pela lei de causa e efeito, verificar o que levou Júpiter (a Justiça) às situações da nova vida. A casa IX está relacionada com a casa III da vida anterior, porque representa o estudo superior nesta vida, coisa esta já trabalhada na vida cotidiana anterior, num nível prático ou inferior que nesta vida tende a expandir seu potencial. Resumindo, a casa IX representa os costumes adquiridos com o uso do intelecto numa vida anterior que ressurge nesta reencarnação manifestando a expansão de sua potencialidade. Em relação à casa IV, se encontra a nova oportunidade dentro do merecimento (família); com a casa VIII, o que deve ser transformado; com a casa XII a missão, o que deve ser compreendido profundamente ou redimido, para o cumprimento do carma.
7- observar o regente da casa XII. Seus aspectos negativos podem representar o seguinte:
a) Sol, representa o quanto se abusou do poder;
b) Lua, o abuso da feminilidade;
c) Saturno, a opressão e a irresponsabilidade;
d) Netuno, carmicamente o engano e a ilusão;
e) Urano, o desequilíbrio psíquico;
f) Júpiter, a extravagância;
g) Vênus, o abuso das posses e luxúria;
h) Mercúrio; abuso do pensamento;
i) Marte, abuso da força e da masculinidade.
(continua)
Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).