segunda-feira, 21 de março de 2011

Mito de Capricórnio

Mito de Capricórnio
MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Capricórnio: Interpretação
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.


Capricórnio como Princípio Ativo

O signo de Capricórnio como Princípio Ativo tem sentido de Apoio, padrão ou eixo da balança (de Libra), que é um fator de equilíbrio. É a lógica básica como fator de uma específica estrutura; é a lei determinante dos limites de uma específica dimensão. Toda organização se restringe aos limites de seu centro diretivo, portanto, sob o padrão como princípio de Capricórnio, um fator gerado pelo impulso egocêntrico de Áries; pois são os interesses individuais que determinam uma base, como apoio ou padrão; classificando assim todo tipo de estrutura particular (exclusiva), em conformidade com seu próprio objetivo sob esse simbolismo; porque, tudo aquilo que transcende essa definição, não pode ser identificado com tal signo. Sob a condição de sentido temporal, implicado assim com os limites de um espaço determinado, sintetiza a concepção individual – ou opinião pessoal – pela conformidade de um padrão ou mesmo como estrutura da personalidade; porque se define por qualidade. Entre os planetas por exemplo: a lógica do Sol se define pela centralização; a Lua outorga a sensação; Mercúrio rege a comunicação; Vênus inspira o amor e o senso de estética; e Saturno (regente desse signo) expressa o sentido concreto e objetivo. Mesmo simbolizado pela “montanha” (consistência física), também implica na lógica inevitável de dualidade – pertinente a tudo que existe na Criação –; pois, esta, em sua forma, mantém semelhança com a crista de uma onda, que ora sobe e atinge sua máxima elevação, descendo, necessariamente, por questão de sua própria crista negativa. Assim, como ponto mais elevado do Zodíaco, exprime que: “não existe limites para a evolução de cada coisa”, ou melhor, o que pode parecer máximo em elevação, não passa de uma condição limitada pelo  espaço e o tempo; indicando também que o cimo da montanha (elevação pessoal) deve ser escalado individualmente (gerado por Áries), pela Honra de cada um. O valor temporal (Cronos) previsto nesse fator, tem analogia com  “montanha”, cuja elevação deslinda no cimo, pois acima, só mesmo o céu como ponto mais alto; algo inatingível por falta de um apoio; então, além do topo, o sentido indica apenas a queda. O poder temporal mantém essa característica: ascensão e queda, porque tudo que transcende seu valor básico – limitado pelo topo da montanha –, apenas pode se dirigir para baixo. Os gregos mantinham para cada valor da Criação uma Potestade como ponto mais alto (ou padrão) de determinada qualidade; seria como se houvesse uma “montanha” para cada virtude, com seu específico modelo existencial em seu topo. O Olimpo, como ponto mais alto da matéria determinava esse máximo valor simbólico, esclarecendo assim, o motivo de Zeus lutar por essa conquista. Havia assim um paradigma (síntese) de cada virtude ou de cada irradiação criadora (específica), ou seja, um deus para cada atividade, como por exemplo: A Paz, filha de Zeus e Têmis; A Vitória, filha do Estige, A Saúde, filha de Esculápio, e outras mais. O condicionamento entre ascensão e queda, identificado como característica desse signo; em razão desses padrões (deuses) – regentes de todos os fatores do universo – essenciais, poderia ser definido – pelo menos quanto ao que especifica a queda – apenas como: irradiação. De fato, um arquétipo necessariamente, deve irradiar em função de suas atividades. Pois, se não houvesse esse procedimento (aliás, natural), estes, ficariam deveras sobrecarregados conforme exigiria a própria lei da gravidade; atraindo tudo em termos de “semelhantes”; dando origem ao caos. Irradiar, conforme deve perfazer cada padrão (como qualidade específica) implica na lógica: de que “é só dando que se pode receber”; e isso se confirma através do Princípio Passivo em Câncer, com o significado de outorga (proteção e auxílio). Portanto, num sentido coerente, atravessando “mundos” – numa escala de sete elementos –, irradiações entram em ressonância com seus fatores afins, pelo cumprimento da lei de atração entre análogos e homólogos. O fato se esclarece pelo seguinte: quem se encontra alegre, por exemplo, entra em sintonia com a Alegria – regente desse padrão –; e assim por diante em razão de outras virtudes. Enéias, como personalidade típica de Capricórnio, teve seu destino implicado entre as cortes reais; após uma queda, surgia nova elevação e isso sempre exigia outra questão de responsabilidade; na guerra de Tróia foi um dos mais sóbrios. A própria queda de Cronos implicou em nova ascensão, porque, depois desse evento ocorreu a idade do ouro. Por isso, esse fator tem como Meio Ativo o signo de Aquário: o sentido de renovação; imprescindível como instrumento (em seu atuar). Isso indica que velho e novo se complementam em termos de continuidade; um indicado como apoio, o outro “acessado” em razão de refrescamento; Enéias, fugindo de Tróia, carregou seu pai nos ombros. Leão como Meio Passivo implica na obrigação de centralizar, padronizar e condicionar através de uma qualidade básica (virtude). Um paradigma centraliza sua qualidade (Leão), mas ao irradiar – seu fator de base – emprega seu Meio Ativo; pois toda irradiação se define em Aquário (regente do magnetismo). A Paz (representada por um deus), por exemplo, centraliza em Leão sua virtude, a qual deve ser irradiada em razão de Aquário. O Crédito do Fim em Peixes condiciona o relacionamento – a comunicação – num sentido cármico; implicando em responsabilidade com a 'palavra'  ou outro tipo de compartilhamento com outrem; inclusive na tendência de “fantasiar”, provocando sonhos, geralmente num sentido político; um certo envolvimento com símbolos e interesses sobre o destino em termos de preocupação com o futuro. Por isso que o mito se desenvolve com a apresentação de oráculos em excesso. O Débito do Fim em Virgem, expressa um grande empenho em termos de evolução; expansão através do conhecimento; seriedade ou acuidade como meio decisivo; representando também grande experiência aplicada de modo prático e crítico. Enéias se acomodara na corte de Dido (Meio Passivo = Leão), mas recebeu ordem de Zeus (Crédito do Fim = Peixes) para retomar o sentido de sua missão; que resultou em suicídio da rainha (8ª Casa). O Crédito no signo de Áries indica um núcleo familiar expresso de modo dinâmico: enérgico e exigente; por mais dóceis que se manifestarem seus pais (ou familiares), os portadores desse Ascendente, devem ficar sob esse tipo de impressão – em relação aos mesmos. Conforme o mito, Enéias nasceu de uma forma ousada, pela impulsividade afetiva de uma deusa sobre um simples mortal, sendo educado para ser um herói (por Quiron); Cronos castrou seu progenitor e engolia os próprios filhos; Zeus combateu o próprio pai; ressaltando que, Géia gerou Tifon, como sua última opção de revanche. Psicologicamente, isso se define como: repressão para esse Ascendente, por receber um tipo de educação (mesmo sem intenção consciente) “interesseira”, em termos de realização (egoísta), por aspiração futura de seus pais. Por isso, desenvolve um certo sentido (inexplicável) de “prontidão”, com o qual deve expressar segurança e um atuar confiante; e com tal aparência, muitas vezes, possa estar sob forte tensão emocional. O Princípio Passivo em Câncer, indicador de necessária receptividade (por parte de outrem ou em razão de 7ª Casa), confirma essa definição de Crédito. O Débito no signo de Libra qualifica um modo de agir sempre voltado para uma razão social; pois o que gera vínculos (Libra) é o signo da Honra. O Crédito do Meio como Touro, o valor, gera Aquário, um Meio Ativo, o qual dependente do “valor” tomado como fator central, determinando o senso de liberdade (Aquário) desse Ascendente. O Débito do Meio em Escorpião, expõe essa liberdade sob a forma de “planejamento”, ou condicionada pela necessidade, não tendo portanto nenhum sentido de casualidade ou de aventura. A Finalidade Ativa em Sagitário indica um modo de agir sempre em busca da expansão; a meta visa sempre um desenvolvimento cada vez maior (extensivo), para esse signo Ascendente, como o mais ambicioso do Zodíaco. O mito apresenta isso muito bem, pois Enéias tinha a missão de fundar um grande império. A Finalidade Passiva em Gêmeos representa esforço no sentido diplomático, político, assim como, a reformulação de “falhas” em razão do aprendizado; por isso que a “queda” pode servir de fator favorável para esse signo.

Num mapa astrológico tudo que se encontra em Capricórnio, seja um planeta ou um cúspide, indica algo rígido, consistente e objetivo; por mais abstrato que possa parecer representa solidez. Saturno é o padrão que restringe, resiste e condiciona; o fator de maior apoio da personalidade.

(continua)


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