terça-feira, 15 de março de 2011

Cronos

Cronos

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Capricórnio: Cronos

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.


Cronos - Saturno

Cronos ou Saturno, era um dos titãs nascido de Urano, o Céu e Géia, a Terra. Desposou sua irmã Cibele – ou Reia – com quem teve os seis deuses olimpianos originais, tendo engolido um por um, assim que nasciam: Héstia, Demeter, Hades, Poseidon, e Hera, exceto Zeus, livre disso pelo artifício de uma pedra com a qual foi substituído. Cronos tem sentido de Tempo e Saturno indica semeadura, o que pode significar também: cheio, farto ou saturado. Cronos castrou Urano e ocupou seu lugar, mas foi destronado por seu filho Zeus, indo se refugiar na Itália, onde passou a ser chamado Saturno. Pois, assim que Zeus sentiu a consolidação de seu império em razão do universo, se reconciliou com Cronos e o libertou da cadeia subterrânea que o prendera. Dessa forma, este se tornou rei da ilha dos bem aventurados, sem mais risco de enfrentar a morte.



Em seu reinado foi instaurado a Idade do Ouro, onde seus pacíficos súditos receberam leis de felicidade; por ter instituído a igualdade entre os homens, sendo que ninguém podia mais servir o outro como criado, mas apenas, espontaneamente. Para relembrar esse tempo de paz, celebravam anualmente em Roma as Saturnais.


Essas festas se iniciavam no dia 17 de Dezembro e duravam 3 dias; um motivo de obterem do deus Saturno uma proteção da terra ou agricultura. Nesses dias tudo parava, o trabalho, o senado e os tribunais, pois só reinava a alegria e a liberdade. Assim, todo o sistema hierárquico ficava suspenso; os escravos eram servidos por seus senhores, podendo inclusive criticar seus defeitos; e era proibido entrar em guerra ou executar criminosos. Na manhã do primeiro dia, após o culto sob o pedestal da estátua de Saturno, trocavam presentes e se iniciavam os suntuosos banquetes.



Cibele, ao nascer, foi abandonada pela mãe em uma floresta entre animais selvagens, os quais a alimentaram e asseguraram sua proteção. Quando jovem, se apaixonou por Átis, um frígio, a quem ensinou seu culto; o qual impunha o voto de castidade. Como este não soube cumprir seu juramento, por punição foi transformado em pinheiro.


Quando Zeus assumiu o trono, Cibele pleiteou uma parte do mundo, indo depois se refugiar nas montanhas entre animais ferozes, em vista dessa contingência. Por isso, geralmente era representada em uma biga puxada por leões.




Cibele era venerada como a mãe dos deuses, ao contrário de seu esposo Cronos, que não recebera o título de pai olimpiano. Seu culto, célebre na Frígia, se estendeu até Roma, sendo sua imagem identificada com a lua, uma grande proteção da mulher. Em seus rituais, os romanos se emasculavam em vestes femininas sob a dissonância de oboés e címbalos.


(continua)