segunda-feira, 11 de abril de 2011

Aquiles

Aquiles

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Aquário: Aquiles

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.


Aquiles

Aquiles, filho da ninfa Tétis e Peleu, era rei da Fitótida. Ao ser questionado por sua mãe, se preferia um destino longo e comum ou uma vida curta, mas de renome, optara quanto ao segundo caso.


Ao nascer, para se tornar invulnerável, foi mergulhado no rio Estige (portador desse encantamento) por Tétis, que se descuidara em um detalhe, pois, ao manter Aquiles seguro pelos calcanhares – durante esse banho –, revogava assim, os efeitos – gerais esperados – sobre essas partes dos pés.



 
Seu grande mestre foi o centauro Quiron, que soube desenvolver sua inteligência e fortificar seu corpo; inclusive com alguns alimentos exóticos como: miolos de leões ou tigres, no intuito de aumentar sua coragem e reações instintivas. Nessa escola, também se interessou pela arte da cura, o que lhe valeu na posteridade, como na seguinte ocorrência: Téfelo, ao ser ferido pela lança de Aquiles, passara muito tempo padecendo sob essa causa; em consulta, o oráculo simplesmente declarou: Quem feriu, deve curar”. Assim, ele foi levado até Aquiles, que não sabia como proceder. No entanto, Ulisses – ali presente –, em sua astúcia decifrou o enigma: “o que ferira foi a lança, daí, nela se encontraria o poder de cura”. De fato, a lança de Aquiles, ao ser tocada – por ele próprio – na ferida, com sua ferrugem, curou, instantaneamente, Téfelo.


Quando se iniciaram rumores – bélicos – sobre uma investida contra Tróia, Tétis, pelo oráculo ficou ciente da morte de Aquiles, por questão dessa guerra. Então, cumprindo ordens expressas (e irrevogáveis) de sua mãe – Tétis –; esse herói surgiu na corte de Licômedes, disfarçado de mulher entre as princesas – infiltrado providencialmente como se fosse uma das filhas do rei – , sob o nome: “Pirra”, em razão de seus cabelos avermelhados. Entretanto, uma das princesas, ou melhor, Deidâmia, desvendara sua masculinidade; e por paixão, o desposou secretamente, cujo enlace deu origem a um filho, denominado Pirro (o ruivo). Entretanto, a predição do oráculo grego, mantinha como imprescindível a presença de Aquiles pela derrocada de Tróia; e inclusive, indicava onde este estaria se escondendo. Ulisses (que também tentara se esquivar dessa batalha), já engajado, tinha a missão de recrutar Aquiles. Sob o disfarce de mercador obteve acesso entre as princesas do rei Licômedes, com a possibilidade de mostrar suas irresistíveis coleções, quanto a jóias, tecidos enfeites, apresentando inclusive (como chamariz) um escasso mostruário de armas. Daí, foi fácil desmascarar Aquiles, o qual, embora travestido – de princesa – só se interessara por espadas e congêneres.


Sem outra alternativa, Tétis entregou ao filho uma armadura idealizada por Hefesto, com a garantia de ser impenetrável. Em pouco tempo, Aquiles se tornou um herói grego e terror dos inimigos, conseguindo tomar várias cidades, como Tebas, onde vivia Andrômeca. Essas investidas lhe renderam algumas mulheres – cativas –, como Criseis, cujo pai era sacerdote de Apolo; que ao ter implorado a libertação de sua filha e sofrido a recusa de Agamemmnon; como resultado ocorreu uma terrível peste – sobre os gregos – enviada por Apolo. Aquiles opinara pela devolução da moça; então Agamêmnon por desforra, se apoderou da donzela que lhe coubera como cativa; sendo o fato recebido como insulto, este se afastou da guerra.



A retirada desse herói resultou em sucessivas vitórias troianas, mas, Pátroclo, também aluno de Quiron e grande amigo do mesmo – desde a infância – obteve (depois de muita insistência) por empréstimo sua poderosa armadura; e a chance de assumir seu exército. Dessa Forma, Pátroclo e os mirmidões (os soldados de Aquiles assim denominados), enfrentaram os troianos, que ao reconhecerem a famosa armadura (determinando o comando), assustados se esquivaram.



Entretanto, no transcorrer de batalhas, finalmente, chegara o momento de Pátroclo se apresentar frente ao exército de Heitor que – ao contrário de seus soldados –, o enfrentou; supondo estar diante de Aquiles. Nessa luta desigual, de nada lhe valeu a invulnerável armadura, tombando sob os golpes mortais daquele destemido príncipe de Tróia. Como o fantasma de Pátroclo o rondava em seus sonhos, Aquiles decidiu reassumir o combate.



Assim, usando nova armadura, Aquiles desafiou Heitor, o acusando pela morte de Pátroclo. Em longa disputa, os dois mais hábeis guerreiros da época, mostravam equivalência, mas, num golpe fatal, Aquiles selou sua vingança; e como se não bastasse, ainda amarrou o cadáver para ser arrastado em seu carro.


Com a morte de Heitor os gregos concederam uma trégua – aos troianos – para a realização dos funerais. Em certa ocasião, tentando manter relações amistosas com o rei Priamo no fito de poder desposar Polixena, Aquiles foi – traiçoeiramente – atingido por uma flecha lançada por Paris, que o feriu mortalmente no calcanhar – seu único ponto vulnerável. Tétis, permitiu que a armadura de Aquiles fosse entregue ao mais digno dos heróis gregos; Ájax e Ulisses participaram dessa disputa; ficando para Ulisses essa gloriosa honraria. Alguns relatam que no hades, Aquiles podia ser encontrado ao lado de Polixena, sua grande paixão.


(continua)