quinta-feira, 7 de abril de 2011

Urano

Urano, Hebe e Ganimedes

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Aquário: Urano
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



Urano

Géia (a Terra), originária do Caos – se desdobrando –, gerou por partenogênese (reprodução independente) a Urano (ou Ouranos), o Céu, que em razão disso podia desposar a própria mãe; sendo o principal regente do signo de Aquário.


Dessa forma, o Céu (Urano) podia descer todas as noites e se unir a Géia, ou Terra, mãe universal de todos os seres. Nesse enlace, tiveram como principais filhos: Titã, Cronos, Oceano, Hiperion, Jápeto, Temis, Cibele, Mnemosine e outros (os ciclopes e os hecantoquiros).


Urano, não permitia a liberdade dos filhos, assim que nasciam eram encerrados no Tártaro (seio da Terra); abismo abaixo do Hades).


Insatisfeita com esse hábito cruel, Geia extraiu de si própria uma material duro e cortante, configurado em foice; com a proposta aos filhos, de ser usada – como arma – contra Urano. Mas, Cronos foi o único a aceitar esse desafio contra o próprio pai. De noite, quando Urano se deitou sobre Geia, Cronos, em um só golpe castrou seu pai.


A parte do sangue de Urano que caiu no mar formou uma espuma, de onde nasceu Afrodite (Aphros = espuma). O sangue que caiu sobre a terra fecundou as seguintes entidades: Erínes, que perseguiam todos os criminosos sem tréguas; os Gigantes, que depois entraram na luta entre Zeus e Cronos; e as ninfas Meliades, as únicas com atitudes guerreiras.

Foi sob a influência de Urano que Zeus (mais tarde), engoliu sua primeira esposa, Metis, pois conforme a predição deste, se o casal tivesse uma filha e depois um filho, este último usurparia o trono do pai.


Hebe e Ganimedes

A constelação de Aquário geralmente é representada pelo mito de Hebe e Ganimedes, pelo seu eterno significado: sempre novo (ou de renovação). Hebe, filha legítima de Zeus e Hera, representava a Juventude Perpétua. Era encarregada do trato doméstico aos deuses: servia – sempre sorridente – o néctar e a ambrosia, alimentos com o indicativo de poder celeste; atrelava o carro de Hera e executava outras funções habituais; e também se divertia muito ao lado das Musas e das Horas, quase sempre – dançando – ao som da lira de Apolo. Certa vez, enquanto servia aos deuses, sofreu uma queda deveras inusitada – conforme o fato se efetivara em imagem –, razão pela qual os Risos, as Horas e as Musas – por suas atividades naturais de alegria – não souberam se conter (pois nem seriam capazes), implicando em gargalhadas contagiantes (sob aquele tipo progressivo e interminável); por questão de um extravasar entre todo o Olimpo. Hebe, envergonhada – e ofendida –, por rever tudo como zombaria, se recusou a continuar nesse trabalho. Por este mito ser complexo, certos autores (menos sarcásticos) descrevem o fato (abandono dessa atividade) em função do casamento de Hebe com Hércules. Diante disso, Zeus raptou Ganimedes para exercer suas atividades.


O mito de Hebe em adjunção ao de Ganimedes poderia compor uma imagem coerente – dos fatos –, entretanto, em razão de várias versões, tudo parece se constituir num autêntico enigma. Ganimedes, era um admirável jovem troiano, filho do rei Tros e Calíone, que guiava o rebanho real – nas cercanias de Tróia – quando foi capturado (relatam alguns: com a necessária conivência de Cupido) por Zeus, sob a forma de águia e levado para o Olimpo – para substituir Hebe. Antes desse fato, Ganimedes, em atendimento ao rei, prestara homenagens aos deuses na Líbia, sendo retido (em cativeiro) por Tântalo – rei desse país –, por uma questão de desavença a Tros; o que motivou guerra entre esses reinos; inclusive, implicando na “primeira” ruína de Tróia. Tântalo ( para sua identificação), em após morte, se tornaria famoso (como supliciado nos infernos): por roubar o «néctar e a ambrosia» dos deuses. Outra ocorrência envolvendo essa trama consiste no seguinte: Hércules (fadado a desposar Hebe – algum dia no céu), hospedado – de passagem – em Tróia para atender a súplica de Laomedonte (neto de Tros e rei do pais naquela instância), que sofria por ter  sua filha,  Hesíone,  sob a ameaça de um monstro, exigiu por esse trabalho de resgate (em pagamento), uma antiga 'oferenda'  de Zeus: «os cavalos invencíveis»; dada como indenização pelo rapto de Ganimedes.

(continua)