sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mitos do Firmamento

Mitos do Firmamento
MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mitos do Firmamento




Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um signo ou de outra característica astrológica.

Mitos do Firmamento




Os Astros
Contam que os astros inscritos na abóbada celeste, eram filhos do titã Astreo e Hibéria. Quando estes ousaram – em um bloco familiar – alçar o Olimpo, foram todos rechados pelos raios de Zeus. Por isso, permaneceram “semeados” no espaço sideral; consolados apenas pela admiração das criaturas terrenas.



A Lua – Selene
A Lua – ou Selene – ao receber a notícia de que seu irmão Hélios houvera se afogado, se atirou – do alto – de seu palácio. Comovidos, os deuses a transmutaram em astro (ou melhor, no satélite da Terra).



Calisto
Calisto, filha de Licaonte, era uma das ninfas prediletas de Artemis (Diana). Zeus, transmutado em Artemis, “abordou” Calisto, a qual não resistiu seus encantos. Artemis, ao descobrir que essa ninfa se engravidara – do vindouro Arcas –, a expulsou de seu cortejo. Hera (ou Juno, esposa de Zeus), enciumada, ao saber do fato – foi mais longe –, transmutou a ninfa numa ursa.



Licaonte
Licaonte, rei das Arcádias, por ter sido cruel, fora transmutado em lobo, por Zeus. Por isso, Arcas – filho de Calisto e neto do mesmo –, assumiu seu reino. Entretanto, Arcas tinha por predileção a caça. Certa ocasião, por ter espreitado uma bela ursa, a qual decidira abater – sem saber que esta era a metamorfose de sua própria mãe –; Zeus, precavido o transmutou em urso (para evitar o matricídio). O rei do Olimpo – sem outra alternativa – elevou os dois ao firmamento; formando assim, as constelações da grande e da pequena ursa.



As Plêiades
As Plêiades eram em número de sete, ou seja: Maia, Eletra, Taigeta, Astérope, Mérope, Alcione e Celeno, todas elas, filhas de Atlas e Pleione. Zeus (como sempre) cortejou algumas delas. Maia, com Zeus, gerou Hermes (Mercúrio). Eletra, também com Zeus, foi mãe de Dardanos. Taigeta teve com Zeus, Taigeto. Glauco, uma criatura marinha era filho de Alcione e Poseidon (Netuno), que também aplicou seus cortejos sobre essas beldades; pois, com Celeno, esse deus foi pai de Lico (o qual mais tarde acolheu os argonautas). As Plêiades se encontram na constelação do Touro; sendo metamorfoseadas em estrelas como castigo ao pai, por atentar contra os segredos dos deuses.



Via Láctea
A qualificação de galáxia se deu em razão da larga faixa de estrelas (de aproximadamente um meridiano), a qual pela sua brancura recebeu o nome de Via Láctea (o caminho que vai de encontro ao palácio de Zeus); tendo sua origem numa fábula muito simples. Hera (Juno), atendendo ao pedido de Palas Atena, ofertara o seio a Hércules, o qual havia sido encontrado – sobre a relva – onde Alcmene, sua mãe, o abandonara. Mas este, ao sugar (devido ao apetite), aplicara tanta força que, o leite esguichou numa imensa quantidade, originando assim a Via Láctea. 



Abóbada Celeste
Existem vários mitos gregos em relação aos símbolos inscritos no firmamento, sob a forma de astros, estrelas e constelações, que poderiam ser considerados, ou seja, Eósforos, Hésperos, Órion, Sírius e outros, como o da própria origem do zodíaco, o qual já foi descrito.

Comentário
Os mitos relacionados com a configuração do firmamento, embora embasados na fantasia (ou dotados de uma lógica que pode ser classificada – atualmente – de infantil), ensinam – em parte – a forma singela para a aplicação da capacidade do pensamento num sentido abrangente, acessível  em razão das diversificadas áreas do conhecimento, sejam estes implicados em crença, filosofia, psicologia, ciência, astrologia, astronomia, arte ou quanto a quaisquer outros tipos de estudos (ou pesquisas).
A mitologia estabeleceu a arte (didática) de pensar por imagens; o entendimento através da analogia (um desenvolvimento que foi perdendo sua intensidade pela intromissão do – instrumento de vanguarda – raciocínio). Por esse sistema se encontrava a possibilidade de integrar numa simples alegoria um significado de ordem geral, vale dizer, totalitário; pois, podia manter nesse componente, até aquilo que poderia ser essencial em razão da posteridade (conforme as necessidades mais recentes); por isso se tornou respeitável (até hoje pelos próprios meios acadêmicos). No entanto, tudo era elaborado nos conformes de uma pedagogia “infantil”, ou seja,  em razão das predileções fantasiosas (próprias) de uma criança, mas, com a finalidade – em cada concepção – lógica num sentido adulto (pela resolução ideal do pensamento). Tais símbolos envolvendo as leis das correspondências universais, são elementos (do conhecimento) de ordens globais, pela integração que fazem entre ciência e metafísica. Pois, esses sentidos simbólicos e hierarquicamente superpostos não se excluem de modo algum uns dos outros. 



O mito dos astros, por exemplo (alias, reforçado pelos outros), expressa a finalidade da criatura terrena em razão das leis de correspondência em termos de sua finalidade; o que implicaria – em outras palavras – naquilo conhecido atualmente como: a importância do ponto de onde se encontra o observador. Para esclarecer, seria necessário citar o seguinte: Depois da descoberta de Copérnico (sistema heliocêntrico) alguns astrólogos – como Boulainvilliers – tentaram levantar horóscopos heliocêntricos, cujas iniciativas foram em vão. Por isso – até hoje –, a astrologia emprega (como única forma eficiente) a posição relativa do observador, ou seja, se vale do sistema geocêntrico. Por outro lado, a física quântica também considera essa relação do observador; tudo enfim integrado no denominado – e importante – princípio antrópico.    

(continua)