Perseu
MITOLOGIA E ASTROLOGIA- Mito de Peixes: Perseu
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.
Perseu
Acrísio, rei de Argos, como só tinha uma filha, decidiu consultar o oráculo para saber se ainda poderia ter um filho; mas a predição apenas informava que ele seria morto por seu neto. Desconfiado, mandou encerrar Dânae – sua filha – numa torre de bronze inviolável; para que ela jamais pudesse escapar; e sob a impossibilidade do mais hábil dos homens de lá poder entrar. Mas, Zeus, ciente do fato e, fascinado pela moça, simplesmente se transformou em ‘chuva de ouro’, a qual caiu dentro da torre. Nove meses depois, nascia Perseu, filho de Dânae (e de Zeus?!).
Acrísio, temeroso e atabalhoado, por desconhecer: como o fato ‘podia ter ocorrido’ (diante de todas as precauções); ordenou para que mãe e filho fossem colocados num cofre e atirados ao mar. Levado pelas ondas o objeto se aproximou da ilha de Séfiros, onde foi recolhido por pescadores. Abrindo o baú, estes encontraram as duas criaturas ainda com vida, as quais foram entregues ao rei local, Polidetes. Os dois foram muito bem recebidos; e assim o menino cresceu conforme a educação recebida na corte; como também se tornou alto esbelto e destemido. Mas o rei, que desde o início se interessara por Dânae, ainda não sabia como resolver a situação; pois, Perseu – mesmo já adulto –, se mantinha de ‘prontidão’ para resguardo de sua mãe. Polidetes, para poder desposar Dânae, durante uma festa, como estratégia – diante de convidados –, desafiou Perseu a lhe trazer ‘como presente’ a cabeça da Medusa; ciente que, pelo orgulho do príncipe, jamais haveria recusa.
A Medusa, antes de se tornar uma das três gorgonas, era uma moça lindíssima. Mas, quando ousou competir em beleza com a deusa Atena, foi transformada num monstro horrível: no lugar de seus cabelos, brotaram serpentes e, seu ‘olhar’ transformava em pedra, quem quer que a fitasse. Apoiado pelos deuses em sua aventura, Perseu recebeu o escudo e a espada de Atena, o capacete de Plutão e as asas de Hermes (Mercúrio). Porem, antes teria de colher informações sobre o paradeiro de quem visava através de suas irmãs mais velhas. Como estas só tinham um ‘olho’ e apenas um ‘dente’ para uso comum, ele não encontrou dificuldades para se apoderar dos mesmos e, exigir em troca os devidos informes sobre a localização da gorgona.
No transcorrer da busca passou a encontrar ‘imagens petrificadas’ de homens e animais que tinham fitado a Medusa; conseguindo assim identificar o caminho da caverna onde ela habitava.
Temendo olhar diretamente aquele ‘rosto fatídico’, ele utilizou o escudo de Atena como espelho, conseguindo fazer com que esta fitasse sua própria imagem, cortando em seguida sua cabeça.
Do jato de sangue provocado pelo corte, ‘saltou’ Pégaso, um cavalo alado, todo branco. Montado em Pégaso, ele sobrevoou a terra e o mar, carregando a cabeça da Medusa; gotas de sangue que rolaram abaixo, se transformaram em serpentes. Após longa viagem, desceu na terra reinada por Atlas e lhe pediu hospitalidade. Mas, esse príncipe, que havia sido advertido por um oráculo, para desconfiar de quem se apresentasse como filho de Zeus; por isso lhe recusou abrigo. E, o oráculo tinha lá suas razões porque, Perseu acabou lhe mostrando a cabeça da Medusa; deixando Atlas petrificado; se tornando enfim – aos poucos – uma cadeia de montanhas, a qual recebeu seu nome.
Enquanto isso, na Etiópia, Cassiopéia, mulher do rei Cefeu, se regozijava com a ilusão de que sua filha Andrômeda, competia em beleza com as nereidas, filhas de Nereu, rei do fundo do mar. A ofensa atingiu até a rainha Anfitrite, esposa de Poseidon, pois esta também era uma nereida; por isso exigiu a prudência de seu marido. A desforra repercutiu em maremotos, devastando a costa do país. Consultado o oráculo, Cefeu recebeu a ordem de que, Andrômeda era a escolhida como oferenda ao mar; para ser sacrificada por um dragão marinho. Então, ela foi amarrada em um recife, sob os clamores de ‘piedade’ entre todos. Entretanto, Perseu, que se deleitava sobrevoando – em Pégaso – o local, inesperadamente, constatou abaixo um fato, o qual jamais impulsionara assim seu ‘coração’; pois presenciava a ‘mais bela e desejável criatura (conforme seus sentimentos), prestes ao imediato ataque de um terrível monstro. Num impulso indescritível, ‘voou baixo’, mostrando em tempo exato a cabeça da Medusa ao monstro, salvando assim Andrômeda.
Depois dessa façanha, ele foi levado ao palácio como futuro esposo de Andrômeda. No entanto, em seu banquete nupcial foi perturbado pelos gritos belicosos de Fineu – tio da moça –, exigindo a posse da noiva, alegando ser esta a sua prometida. Os companheiros de Fineu tentaram atacar Perseu e acabaram fitando a Medusa. Por fim, Fineu também foi petrificado e Perseu se casou com Andrômeda. Tempos depois, ele também livrou sua mãe do poder de Polidetes.
Certa ocasião, num momento de lazer, apenas como assistente – sentado junto ao público –, o velho Acrísio morreu acidentalmente, recebendo um disco na cabeça durante a exibição de jogos olímpicos. Ironicamente, o atleta que atirara violentamente esse objeto – sem um direcionamento correto –, era o próprio Perseu; e assim se cumpria a predição do oráculo.
Certa ocasião, num momento de lazer, apenas como assistente – sentado junto ao público –, o velho Acrísio morreu acidentalmente, recebendo um disco na cabeça durante a exibição de jogos olímpicos. Ironicamente, o atleta que atirara violentamente esse objeto – sem um direcionamento correto –, era o próprio Perseu; e assim se cumpria a predição do oráculo.
(continua)