segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mitos da Fertilidade

Mitos da Fertilidade
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos da Fertilidade



Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.

Mitos da Fertilidade




Leto e Níobe

Níobe, filha de Tântalo e Dione e esposa de Anfião, rei de Tebas; conhecia muito bem – conforme se propalava – o histórico de Leto; principalmente, por ter cogitado exageradamente – em relação aos detalhes de seu sofrimento –; como se visasse o sentido existencial dessa deusa.
Leto (Latona), filha de Cronos (Saturno), por sua união com Zeus, gerara os gêmeos: Ártemis e Apolo, conforme um parto – deveras – difícil (em razão do ciúme e perseguição de Hera). Essa realização só se concretizou em Delos (onde a deusa, considerada “da noite”), se contorcendo em dores, durante nove dias, conseguiu conceber seus dois (e únicos) filhos. O fato é que, durante essa contingência, no Olimpo, Hera (vingativa), exercia pleno poder sobre Ilítia, regente dos partos. Ilítia, para provocar um impedimento contra as condições naturais da parturiente, cruzara suas pernas (num gesto simbólico – ou mágico – para determinar o fechamento do útero), conforme as ordens recebidas. As demais deusas, apenas torciam para que Leto fosse bem sucedida nesse ato, alem disso, nada podiam fazer. Mas, Atena, numa – perspicaz – tentativa enviou “presentes” irrecusáveis para as duas; Ilítia, deslumbrada, por distração descruzou as pernas; então, nesse ínterim, Artemis conseguiu nascer (poderosa), podendo assim auxiliar sua mãe no parto de Apolo (em razão disso preferiu se manter virgem para sempre).


Níobe, revia tudo isso sem a mínima ‘piedade’, no entanto sob intenso orgulho (de si própria), pois, parira com a maior facilidade sete filhos e sete filhas, ou seja: Sípilo, Agenor, Fraédimo, Ismeno, Ulinito, Tântalo e Damasiction (os machos); e, Etoséia, Cleodosa, Astíoque, Ftia, Pelópia, Melibéia e Ogigia (as fêmeas).
Assim, vivia se exibindo, e, de tanto se vangloriar, se tornara arrogante, a ponto de ocasionar irritações (gerais), como no caso de Aédon que, na ânsia desenfreada de querer exterminar os filhos de Níobe, golpeara seu próprio filho. E, sua obsessão atingira proporções tão graves que, durante a solenidade, na qual se homenageava Leto, ela dirigiu seus insultos contra a deusa (num descontrole total). Pois, exigia para si as honras daquele culto, expondo (de forma debochada) as dificuldades que essa deusa tivera para poder conceber apenas dois filhos (sem se lembrar que Apolo e Artemis eram seus tios).


Apolo e Artemis, ressentidos pelo desconsolo que atingira Leto, decidiram dar fim ao caso. Permanecendo alertas, quanto ao dia em que se mostrosse propício, pois, quando Apolo avistou os filhos de Níobe – numa planície – se exercitando, matou cada um deles com suas flechas. De imediato, Níobe e suas filhas, deram conta da celeuma (ou do extermínio), caindo aos prantos sobre os corpos de seus entes queridos. Mas, tal atitude (geral entre elas) de nada adiantava, pois, nova saraivada de flechas – naquela instância – sob o comando de Artemis, decretou – também – a morte das sete filhas de Níobe.


Dessa forma, transtornada – de modo indescritível – apenas obteve a compaixão de Zeus, o qual a transmutou numa espécie de rocha, cuja característica rara (dado a esse fato), consistia em verter água (de modo interminável); a qual se definia em razão das lágrimas de Níobe (por questões de seus filhos).



Príapo

Príapo, filho de Afrodite (Vênus) e Dionísio (Baco) era considerado um deus da fertilidade. Quando Páris definiu Afrodite como a mais bela (entre as deusas), ela já estava grávida de Príapo. Juno, despeitada, por não ter sido a escolhida, prejudicou – com seus poderes – aquela criança ainda em formação (no ventre de sua mãe). Por isso, ele nasceu deformado. Vivia ao lado de Pã (muitas vezes confundido pelo mesmo); protegendo os bosques, campos e rebanhos. Era visto como deus da fecundidade na natureza, tanto quanto da luxuria.



Demeter

Demeter (Ceres) era adorada como a autêntica deusa das colheitas e da fertilidade. O fato é que, quando ocorreu o rapto de sua filha Perséfone (por Plutão), desconsolada, determinou a fome (e a penúria).

Comentário

A Fertilidade, número 68, se encontra na hierarquia do Respeito (8), condizente ao signo de Touro; assunto que exige extrema reflexão em razão de uma possível polêmica – cujo sentido poderia provocar –, conforme o próprio mito de Níobe indica; o qual se apresenta com clareza (exatidão) em relação aos 144 números. Pois (conforme esses três acordes):  56 Modéstia / 68 Fertilidade / 80 Resignação, ou seja, a Modéstia (56) vai (ou apenas se manifesta) até a Fertilidade (68), a qual termina onde começa a Resignação (80). Ora, isso define – muito bem – os graves erros (de um portador dessa qualidade) possíveis.   A tríade (a qual expressa o outro lado da fertilidade em termos de poder):    67 Sustentação / 68 Fertilidade / 69 Ponderação, indica que, esse padrão implica numa condição (geral) de sustento (67), o qual teria o poder de moderar (69) sua atuação (68); conforme Demeter demonstrou (em seu mito). Visto de outra forma, Níobe, não soube sustentar essa – imprescindível – ponderação, em razão de suas qualidades (68).
A Fertilidade consiste num fator que carece de um saber (não admite a ignorância: Fertilidade 68 – 53 Inexorável = 15 Sapiência) por se tratar de algo sagrado; e pelo fato de significar também: produção, propulsão e potencial. Conforme o ‘quadrado da cruz’ ela (68) gira em torno da expectativa (72), portanto, permanece – quase sempre – aspirando vitórias (73); sendo que depende muito mais de (seu parceiro) Princípio Passivo (76 Regime); visto que: 68 + 76 = 144 (conclusão que pode ser obtida em ‘Polarizações Numéricas’); e, ainda de acordo com os números: (68) 212 – 136 Mestria = 76, ou seja, seu “mestre” deve se encontrar em seu complemento (o outro, o próximo ou parceiro). Nessas circunstâncias, ela (68), deveria aprender a utilizar corretamente seu Meio Ativo (75 Apoio), o qual implica em dependência (como instrumento) em seu atuar. Mas, não, esse tipo de “apoio”costuma apenas a se reverter em vaidade, a qual sempre se propala (de modo geral) como ‘inveja’, porque: (68) 212 – 75 = 137 “inveja” (fator já definido no mito de Dédalo); e isso implicou na tragédia de Níobe. Mesmo porque: (68) 212 – 100 Opinião = 112 Excelência, ou melhor, a Fertilidade se acha digna da regência (112). Curioso também é que, 212 é o dobro de 106 Comiseração (em lógica, a dupla afirmação implica em negação); Níobe não teve piedade (106) de Leto. E, de acordo com ‘Penas Irrevogáveis’, a Fertilidade não teria (justamente) o direito da regência (68 + 44 = 112 Excelência) para evitar a ‘mácula’ da Adaptação (68 + 35 = 103 Adaptação), cuja forma de sublimação só se definiria através da Resistência (104); por isso, Níobe foi transformada em rocha.
Dessa forma, a Fertilidade – de modo comum – deve significar: estultícia, discriminação, estupidez, orgulho e boçalidade. Pois, em benefício humano deveria servir para disciplinar o livre arbítrio (212 – 120 Disciplina = 92 Arbítrio).

(continua)

Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).