FILOSOFIA
DOS NÚMEROS: Sincronicidade – XI
Publicação
anterior: Sincronicidade X
Sincronicidade
No
termo “Sincronicidade”, cujo conceito de Jung como derivado da Teoria da Relatividade do Tempo, em sua definição por escrito, talvez de
propósito se mostre num formato inconcluso, pela sua necessária abertura
exposta para aguardada ampliação do fato, com mais outros novos elementos
considerados implícitos, não declarados, embora estejam contidos por suspeita
no contexto, conforme várias notificações explicativas na sua aparência
simbólica. Nessa situação complexa, melhor se esclarece tudo, com a leitura do
seguinte trecho do livro Memórias, Sonhos e Reflexões – (tido
por autobiografia de Jung):
❝O
grau de consciência atingido, qualquer que seja ele, constitui, ao que me
parece, o limite superior do conhecimento ao qual os mortos podem aceder. Daí a
grande significação da vida terrestre e o valor considerável daquilo que o
homem leva daqui na vida terrestre, em que se chocam os contrários, que o nível
da consciência pode elevar-se. Essa parece ser a tarefa metafísica do homem –
mas sem mythologein (sem “mitologizar”) apenas pode cumpri-Ia parcialmente. O mito é o degrau intermediário inevitável
entre o inconsciente e o consciente. Está estabelecido que o inconsciente saiba
mais que o consciente, mas seu saber é de uma essência particular, de um saber
eterno que, frequentemente, não tem nenhuma ligação com o “aqui” e o “agora” e
não leva absolutamente em conta a linguagem que fala nosso intelecto. Somente
quando damos às suas afirmações a oportunidade de “amplificar-se”,
como,mostramos mais acima, através dos números, é que este saber do inconsciente
penetra no domínio de nossa compreensão, tornando possível a percepção de um
novo aspecto. Este processo se repete de maneira convincente em todas as
análises de sonhos bem sucedidas. Por esse motivo é da mais alta importância
não ter opinião doutrinária preconcebida sobre o que diz um sonho. A partir do
momento em que ficamos surpreendidos por “certa monotonia de interpretação” é
que a interpretação tornou-se doutrinal e, por conseguinte, estéril. Apesar de
não ser possível apresentar uma prova válida no que diz respeito à
sobrevivência da alma depois da morte, há fatos que dão o que pensar. Considero
tais fatos como indicações sem tema audácia, no entanto, de conferir-lhes o
valor de conhecimentos. ❞
Isso seria digno
de uma boa reflexão!
Então, esse
seria como parte do processo de Jung, acima de tudo, ainda um excepcional
legado dele também no nível do inconsciente, conforme já era previsto,
aparentemente pela sua descrição. Sem mencionar o tesouro espontaneamente
encontrado através da linguagem astrológica como modelo precioso para essa área
de estudo, conforme consta em seu mapa astral propriamente associado – de modo
extraordinário – com o daquele nada menos importante que significa o histórico,
lendário e mítico Paracelso, pela representação de sua personalidade anterior, significando
sua expressão por outra reencarnação, em cuja comprovação mais relevante se
encontra o planeta Saturno, o qual cada vez mais resulta por incluir outras
observações esclarecedoras, como esta:
Paracelso
Saturno
(♄ ) 25º ♒
53’ (equivalente ao número) = 121
Independência
No
mapa astral de C. G. Jung:
Jung
Saturno (♄
) 24º
♒
11’ r (equivalente ao número) = 116 Paciência
Em
se tratando do mesmo planeta, que no caso equivale a Saturno, se torna muito
relevante a seguinte constatação de ordem numérica:
(116)
260 – 121 = 139 Inesgotável (rege também os resíduos)
Com
isso significa que Jung apresenta astrologicamente pelo planeta Saturno fortes
resíduos sobre a busca do poder onipotente (121: este número também se refere a Onipotência conforme explicação
já apresentada), que no caso envolve a prática da alquimia desenvolvida por
Paracelso, implícita no inconsciente de Jung.
Para
entender esse mecanismo e esclarecer a confirmação apurada nesse sentido, se
justifica o fato pelo emprego do número 36 (sublimação) justificar a atual
modalidade do planeta Netuno pelo mapa de Jung:
Paracelso
Saturno
(♄ ) 25º ♒
53’ (equivalente ao número) = 121
Independência
121
+ 36 = (157) 13: ♆
de Jung
Assim
Netuno (♆)
significa a sublimação do emprego de Saturno (♄ ) no
passado. Se ao invés do 36 (sublimação) houvesse uma associação com o número 35
(mácula ou permissão incorreta de um valor), significaria a situação de uma
atitude (anteriormente) praticada com delito para a reencarnação posterior, de
efeito ou influência negativa (Lembrado que: Paracelso além de médico atuou
também como alquimista e “bruxo” .
Conforme o número atual de Saturno pelo 116, indica certos resíduos influentes dessa atuação passada que ainda
persistem na questão (139), dando assim ênfase na confirmação do fato. Ainda
assim, como Netuno (♆)
é um significador de ordem espiritual, esse valor é especialmente importante
nesse sentido para Jung. É importante mencionar também que o número 116, na
prática caracteriza conforme a lógica deste processo o tipo ideal de um terapeuta, que se enquadra muito bem com
a situação de Jung por influência no geral.
É
de uma beleza no nível da caracterização astrológica essa configuração
correlacionada, do planeta Saturno conforme os mapas de Paracelso e Jung que,
parece inacreditável pelos resultados de cálculos, apenas em razão do movimento
sideral (envolvendo o fato de muitos anos) na coincidência dessa associação incrível.
É melhor deixar para que cada um reconheça por conta própria a valência desse
resultado inexorável, na ordem do Universo! Pois de fato se trata de um modelo astrológico
muito raro.
Pela
identificação de Paracelso como alquimista e “bruxo”, segue um trecho de seu
livro: A Chave da Alquimia (pag. 132):
❝Capítulo VIII
Teoria
do Malefício
Se
minha vontade se encher de ódio contra alguém, precisará expressar esse
sentimento de alguma maneira. E isso será feito justamente através do corpo.
Sem dúvida, se minha vontade for demasiadamente violenta ou ardente, pode
acontecer que meu desejo chegue a perfurar e ferir o espírito da pessoa odiada.
E também posso encerrá-la à força numa imagem que eu consiga fazer dela,
deformando-a e distorcendo-a a meu gosto, atingindo assim também a intenção de
atormentar meu inimigo.
É
certo que possam alegar muitas outras razões ou causas para estes resultados e
que nem sempre a entidade intervém neles, segundo demonstram os estudos
filosóficos. Mas seja de uma maneira ou de outra, devemos entender e observar
sempre uma verdade: a ação da vontade e a sua enorme força tem grande
importância para a medicina.
Por
outro lado, todo aquele que permanece impregnado de ódio, nunca querendo o bem,
pode atrair para si todo o mal desejado aos outros. Porque existindo o feitiço
maléfico somente com a permissão do espírito, pode acontecer que as imagens do
malefício se transformem em doenças, tais como as febres, epilepsias,
apoplexias e outras. Por isso é bom não zombar dessas coisas. ❞
(continua)