segunda-feira, 12 de junho de 2017

Sincronicidade XI






FILOSOFIA DOS NÚMEROS: Sincronicidade – XI
Publicação anterior: Sincronicidade X


Sincronicidade


No termo “Sincronicidade”, cujo conceito de Jung como derivado da Teoria da Relatividade do Tempo, em sua definição por escrito, talvez de propósito se mostre num formato inconcluso, pela sua necessária abertura exposta para aguardada ampliação do fato, com mais outros novos elementos considerados implícitos, não declarados, embora estejam contidos por suspeita no contexto, conforme várias notificações explicativas na sua aparência simbólica. Nessa situação complexa, melhor se esclarece tudo, com a leitura do seguinte trecho do livro Memórias, Sonhos e Reflexões – (tido por autobiografia de Jung):  

O grau de consciência atingido, qualquer que seja ele, constitui, ao que me parece, o limite superior do conhecimento ao qual os mortos podem aceder. Daí a grande significação da vida terrestre e o valor considerável daquilo que o homem leva daqui na vida terrestre, em que se chocam os contrários, que o nível da consciência pode elevar-se. Essa parece ser a tarefa metafísica do homem – mas sem mythologein (sem “mitologizar”) apenas pode cumpri-Ia parcialmente. O mito é o degrau intermediário inevitável entre o inconsciente e o consciente. Está estabelecido que o inconsciente saiba mais que o consciente, mas seu saber é de uma essência particular, de um saber eterno que, frequentemente, não tem nenhuma ligação com o “aqui” e o “agora” e não leva absolutamente em conta a linguagem que fala nosso intelecto. Somente quando damos às suas afirmações a oportunidade de “amplificar-se”, como,mostramos mais acima, através dos números, é que este saber do inconsciente penetra no domínio de nossa compreensão, tornando possível a percepção de um novo aspecto. Este processo se repete de maneira convincente em todas as análises de sonhos bem sucedidas. Por esse motivo é da mais alta importância não ter opinião doutrinária preconcebida sobre o que diz um sonho. A partir do momento em que ficamos surpreendidos por “certa monotonia de interpretação” é que a interpretação tornou-se doutrinal e, por conseguinte, estéril. Apesar de não ser possível apresentar uma prova válida no que diz respeito à sobrevivência da alma depois da morte, há fatos que dão o que pensar. Considero tais fatos como indicações sem tema audácia, no entanto, de conferir-lhes o valor de conhecimentos.

Isso seria digno de uma boa reflexão!

Então, esse seria como parte do processo de Jung, acima de tudo, ainda um excepcional legado dele também no nível do inconsciente, conforme já era previsto, aparentemente pela sua descrição. Sem mencionar o tesouro espontaneamente encontrado através da linguagem astrológica como modelo precioso para essa área de estudo, conforme consta em seu mapa astral propriamente associado – de modo extraordinário – com o daquele nada menos importante que significa o histórico, lendário e mítico Paracelso, pela representação de sua personalidade anterior, significando sua expressão por outra reencarnação, em cuja comprovação mais relevante se encontra o planeta Saturno, o qual cada vez mais resulta por incluir outras observações esclarecedoras, como esta:    

Paracelso
Saturno ( )   25º     53’ (equivalente ao número) =  121 Independência

No mapa astral de C. G. Jung:

Jung
Saturno ( )   24º     11’ r (equivalente ao número) = 116 Paciência 

  
Em se tratando do mesmo planeta, que no caso equivale a Saturno, se torna muito relevante a seguinte constatação de ordem numérica:

(116) 260 – 121 = 139 Inesgotável (rege também os resíduos)

Com isso significa que Jung apresenta astrologicamente pelo planeta Saturno fortes resíduos sobre a busca do poder onipotente (121: este número também  se refere a Onipotência conforme explicação já apresentada), que no caso envolve a prática da alquimia desenvolvida por Paracelso, implícita no inconsciente de Jung.    
Para entender esse mecanismo e esclarecer a confirmação apurada nesse sentido, se justifica o fato pelo emprego do número 36 (sublimação) justificar a atual modalidade do planeta Netuno pelo mapa de Jung:

Paracelso

Saturno ( )   25º     53’ (equivalente ao número) =  121 Independência

121 + 36 = (157) 13: de Jung

Assim Netuno () significa a sublimação do emprego de Saturno ( )  no passado. Se ao invés do 36 (sublimação) houvesse uma associação com o número 35 (mácula ou permissão incorreta de um valor), significaria a situação de uma atitude (anteriormente) praticada com delito para a reencarnação posterior, de efeito ou influência negativa (Lembrado que: Paracelso além de médico atuou também como alquimista e “bruxo” . Conforme o número atual de Saturno pelo 116, indica certos resíduos  influentes dessa atuação passada que ainda persistem na questão (139), dando assim ênfase na confirmação do fato. Ainda assim, como Netuno () é um significador de ordem espiritual, esse valor é especialmente importante nesse sentido para Jung. É importante mencionar também que o número 116, na prática caracteriza conforme a lógica deste processo o tipo ideal de um terapeuta, que se enquadra muito bem com a situação de Jung por influência no geral.    
É de uma beleza no nível da caracterização astrológica essa configuração correlacionada, do planeta Saturno conforme os mapas de Paracelso e Jung que, parece inacreditável pelos resultados de cálculos, apenas em razão do movimento sideral (envolvendo o fato de muitos anos) na coincidência dessa associação incrível. É melhor deixar para que cada um reconheça por conta própria a valência desse resultado inexorável, na ordem do Universo!  Pois de fato se trata de um modelo astrológico muito raro.

Dados astrológicos principais de Paracelso e Jung:






Pela identificação de Paracelso como alquimista e “bruxo”, segue um trecho de seu livro: A Chave da Alquimia (pag. 132):

Capítulo VIII

Teoria do Malefício

Se minha vontade se encher de ódio contra alguém, precisará expressar esse sentimento de alguma maneira. E isso será feito justamente através do corpo. Sem dúvida, se minha vontade for demasiadamente violenta ou ardente, pode acontecer que meu desejo chegue a perfurar e ferir o espírito da pessoa odiada. E também posso encerrá-la à força numa imagem que eu consiga fazer dela, deformando-a e distorcendo-a a meu gosto, atingindo assim também a intenção de atormentar meu inimigo.
É certo que possam alegar muitas outras razões ou causas para estes resultados e que nem sempre a entidade intervém neles, segundo demonstram os estudos filosóficos. Mas seja de uma maneira ou de outra, devemos entender e observar sempre uma verdade: a ação da vontade e a sua enorme força tem grande importância para a medicina.
Por outro lado,  todo  aquele que  permanece impregnado de ódio, nunca querendo o bem, pode atrair para si todo o mal desejado aos outros.    Porque existindo o feitiço maléfico somente com a permissão do espírito, pode acontecer que as imagens do malefício se transformem em doenças, tais como as febres, epilepsias, apoplexias e outras. Por isso é bom não zombar dessas coisas.

(continua)