Origem do Zodíaco
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Origem do Zodíaco
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Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.
Origem do Zodíaco
Uma das grandes finalidades da Mitologia – conforme deixava transparecer – consistia (com certeza) em preservar um conhecimento “sagrado”: o Zodíaco ( o qual devia manter um importante segredo eterno sobre o círculo). Por isso, em suas relacionadas passagens, foram ressaltados os devidos heróis míticos, os quais serviram de paradigmas pela constituição zodiacal (definindo dessa forma os 12 signos do Zodíaco).
O nome desse signo se relaciona ao carneiro com lã de ouro que transportou Frixo e Hele; pois, esses fugiram de Tebas para não serem mortos, conforme ordenara o rei Atamas, apesar de ser o pai dessas duas crianças. Em razão de ter sido imolado a Zeus, e tido sua pele (tosão de ouro) velada no campo de Ares, o carneiro foi elevado ao firmamento.
O signo de Touro advém da forma animal que Zeus assumiu para poder raptar Europa; ou, conforme outra versão, seria a figura de Io, metamorfoseada em vaca, para evitar suspeitas da ciumenta Juno, esposa do rei do Olimpo. Por uma dessas razões essa imagem foi colocada no céu.
Esse signo representa os inseparáveis irmãos Castor e Polux, imagens que Zeus acrescentara entre as estrelas em memória dessa grande amizade.
Esse signo representa o caranguejo – enviado por Juno – que picou o pé de Hércules (para impedir sua vitória contra a hidra de Lerna), o qual foi esmagado. Em honra, pelo sacrifício, ele foi configurado no céu pela própria deusa (por resignação).
Signo ressaltado em razão do primeiro trabalho de Hércules, que alem de matar o leão de Nemeia, rasgara sua pele para ser usada como veste (passando a ser invulnerável).
Existem várias versões sobre o advento desse signo, entretanto, por lógica e em termos de mitologia; esse deve ter sido acentuado em razão das 3 deusas (eternamente) virgens: Atena, Vestia e Artemis.
Esse signo foi diferenciado por uma insígnia instrumental para ressaltar a extrema qualidade – inevitável – de sentido impessoal: a balança, o equilíbrio; ou, as atividades associadas com a deusa Astreia (a prudência), ou seja, a condição da relação social obrigatória.
Artemis (ou Diana, uma das deusas virgens), ao constatar como afronta um leve toque recebido (sem quaisquer conseqüências ulteriores); enviou um escorpião para picar seu (presumido) opositor, ou seja, o gigante Órion, o qual morreu instantaneamente. Zeus (senhor da Justiça), colocou no firmamento, tanto Órion quanto a figura do escorpião para simbolizar o fato.
Esse vale como emblema da Justiça, filosofia e expansão, simbolizado pelo centauro Quiron, que foi o mestre dos grandes heróis míticos; o qual foi elevado ao céu, à pedido de Prometeu.
Representa a cabra Amalteia, que alem de amamentar Zeus, ainda se ofereceu em ‘sacrifício’ (para que sua pele valesse de escudo), em razão da guerra contra os titãs. Mas, também pode indicar Pan, que para fugir do titã, se transformou numa cabra com rabo de peixe.
Origem do signo de Aquário
Assim como Libra, e o outro signo que também inclui uma figura instrumental: o aquário. É representado por Ganimedes, que foi raptado por Zeus e elevado ao céu. Mas, existe a versão em que esse é representado por Aristeu, cujo filho Acteon, foi devorado pelos próprios cães (em razão de ter sido transmutado em veado, por Diana).
Esse signo deve representar Vênus e Eros (seu filho) mudados em peixes em razão do ataque do titã Tifon. Mas, também pode ser associado aos dois golfinhos que conduziram Anfitrite a Poseidon (Netuno).
Interpretação
Para acentuar (ainda mais) o valor do Zodíaco, o mito de Hércules se desenvolve em razão de 12 trabalhos (condizentes aos 12 signos) indicando também (com isso) que o quinto signo, ou seja, Leão, mantém uma qualidade centralizadora (válida como padrão de exigência precípua). A importância filosófica do círculo (que carece de uma resolução em graus), se constitui na seqüência lógica definida pelos signos (caracterizados pela mitologia); os quais, por questões de simetria e coerência (conforme cada significado) determinam um inesgotável sentido de escala (oracular). Pois, essa definição “sagrada” da mitologia, já exclui por antecipação, quaisquer novas participações, como possíveis outros paradigmas entre os signos, em razão do círculo (Zodíaco) perfazer 360 graus (exatos). E, isso já descarta por exemplo: a possibilidade de ser acrescentado mais um signo no Zodíaco; pois seria incongruente. No entanto, não descartaria possíveis definições aplicadas através da intercalação; como no caso dos ‘decanatos’ (conhecidos em astrologia), ou dos 144 Padrões (pois, 12 x 12 = 144).
O Zodíaco
O Zodíaco de modo prático é definido em razão de Eclíptica. A Eclíptica vale como um cinturão (presumido ou virtual) da Terra equivalente a 16 graus de largura determinado pela simetria de 8 graus ao Norte e 8 graus ao Sul em relação à essa linha (centralizada). A síntese, várias vezes (em razão do leigo) esclarece muito mais que os detalhes; por isso, as figuras devem explicar melhor do que as palavras (de ordens técnicas e astronômicas).
Resumindo: O Zodíaco se divide em doze setores de 30 graus; cada um caracteriza um signo; cada signo corresponde a uma constelação de mesmo nome e seqüência; no Zodíaco os planetas do sistema solar se movem, mas nunca se distanciam mais do que 8 graus (quer seja ao Sul ou ao Norte da Eclíptica); o período que o Sol, permanece num signo não corresponde ao tempo que ele fica na constelação; o fato é que as constelações não são do mesmo tamanho, não apresentam uniformidade no firmamento; e ainda, existe o fenômeno da precessão dos equinócios, o qual determina um retrocesso das constelações perante o Zodíaco, num espaço (ou tempo) de 2160 anos (mais ou menos).
Esfera Celeste
Portanto, existe uma distinção entre signo e constelação; mesmo porque, a astrologia (desde milênios) prossegue com suas predições sob o regime de um sistema geocêntrico (que atribui a Terra como centro); aliás, sob a consideração do ‘princípio antrópico’ (empregado pela física quântica); diante disso, não interferem as acusações de astrônomos (leigos em astrologia), aplicados ao sistema heliocêntrico.
(continua)