domingo, 26 de abril de 2015

Retificação da Hora do Nascimento

Retificação da Hora do Nascimento
Técnicas de Previsão Astrológica:
ESTUDOS ASTROLÓGICOS: Hora do Nascimento - Retificação





Retificação da Hora do Nascimento

Conforme aula anterior sob o indicativo de que “não se deve efetuar uma previsão sem antes retificar a hora de nascimento”; pelo quanto assim se reconhece, procedente se torna este exemplo de cálculo nesse sentido.
Como não consta na literatura de astrólogos nenhum método específico para direcionar e estabelecer esse resultado de modo satisfatório, por norma, esse procedimento se define propriamente sob necessárias tentativas de cálculos; pelo quanto os significadores através de progressões e trânsitos determinam essa correção de horário.
Este exemplo se constitui por um tema feminino com enorme dificuldade pela sua definição horária.

Mapa feminino (nome preservado)
Data: 15/02/1951
Local: Jaú – São Paulo - Brasil

A certidão de nascimento da pessoa identificava como 3 horas da manhã o seu nascimento. Sendo que sua mãe – taxativamente – afirmara ter ocorrido por volta das 22 horas, cuja condição implicaria no dia anterior.
Por essa diferença de 5 horas, nem se trataria propriamente de uma retificação horária (envolvendo ainda dias distintos), o quanto significava um exagero.
Por esse procedimento de cálculos pela tentativa de retificação horária, normalmente existe um limite em cerca de mais ou menos 30 minutos, numa discrepância admissível no valor como maior ou menor, nos conformes da média dessa diferença horária.





Para essa ousada tentativa de ter que propriamente descobrir qual era o Ascendente da carta natal, num grau apropriado ou pelo menos aproximado, constava no processo apenas os seguintes informes como subsídios:

Morte do pai em 1/7/1970, data pelo significado de seus 19 anos e 5 meses.
Sai de casa e vai morar sozinha aproximadamente em 17/4/1974.
Casamento aos 28 anos e dois meses em 21/4/1979.
Nascimento da primeira filha aos 30 anos e dois meses em 20/4/1981.
Morte da irmã por acidente nesse mesmo período anual em 25/11/1981.
Nascimento da segunda filha aos 31 anos e nove meses no dia 14/11/1982.

Pela data de 1/7/1970, talvez se encontrasse a chave para estabelecer o direcionamento dos reajustes de cálculos em razão de algum aspecto relevante que, deveria ser mantido como fundamento de acordo com o precioso informe:
Como filha, só se relacionava bem propriamente com o pai.
Como o ciclo do Nodo Lunar se renova na idade entre os 19 aos 20 anos, seu trânsito nessa data poderia ser significante.
Conforme as efemérides, por esse trânsito (cíclico) o Nodo Lunar se encontrava distante de uma conjunção com o seu próprio representativo do mapa radical.
Mesmo assim significava um indício relevante, o qual sob os limites dos parâmetros – de extensivas proporções – determinantes pela qualificação da hora do nascimento, propriamente se enquadrava; com a possibilidade de servir como indicativo de alguma cúspide relacionada com esse evento marcante.
Por esse vestígio o Nodo Lunar passou a ser admitido – ou submetido – primeiro em conjunção exata com a suposta casa IV no signo de Peixes, cuja condição combinava com o fato, pelo quanto isso identificava o Ascendente em Sagitário.
Pelo rascunho da carta levantada sob alguns cálculos aproximados, parecia fazer sentido esse procedimento, em razão de que havia a possibilidade da formação de aspectos relacionados ao assunto.
Depois de alguns reajustes por cálculos, o novo rascunho do mapa delineava alguns aspectos condizentes com a situação dessa data:

O Sol progredido em quadratura com o Ascendente (presumido);
Vênus progredida em quadratura com a concebida casa VIII;
Marte progredido em oposição com Saturno e quincúncio ao Meio do Céu;
Plutão em trânsito em quincúncio ao Sol e,
O Nodo Lunar em trânsito dentro da casa IV bem próximo da cúspide.

Assim, isso caracterizava o significativo dessa ocorrência nessa data.
Essa carta provisória também identificava – ou denunciava – o fato dela não combinar com a mãe; pelas próprias condições de Júpiter, regente do Ascendente na casa IV, e a Lua, implicarem numa correspondência (ou aspecto) por quadratura.

No entanto, ainda seria preciso verificar os aspectos conforme as outras datas importantes, pela constatação da validade – em definitivo – desse processo.

Pelo significativo da data de 17/4/1974, em que resultou no fato dela se afastar da mãe, se encontram vários aspectos por esse sentido; reconhecidos como determinantes os seguintes:

Vênus em progressão como regente da casa XI (setor de libertação pessoal) num trígono com o Ascendente. Por esse aspecto se reconhece como suficiente a correlação como essa data que ainda assinala o Ascendente (como fundamento).
Netuno regente da casa IV em trânsito pelo Ascendente, forma oposição exata com a Lua radical; fato que justifica sua posição correta no mapa.
Plutão em trânsito faz conjunção exata com a casa XI; numa surpreendente qualificação dos cálculos em razão das cúspides.
Nessa data ela teria 23 anos, em cuja idade se justifica o ciclo (planetário) de Júpiter, que por esses cálculos seria o regente do Ascendente. Júpiter por quadratura se corresponde com a Lua radical. Com a inclusão dos outros aspectos, seria possível até descrever – presumidamente – como aconteceu em detalhes a ordem dos fatos nessa dada.

Num confronto analítico para reconhecer a validade dessa apuração que determinou signo e grau do Ascendente, pelas outras datas os cálculos também resultaram em aspectos compatíveis com essa carta.
Concluindo, a hora do nascimento se estabeleceu como: 1 hora e 55 minutos da manhã (conforme esse mapa).   
Pela execução deste trabalho os cálculos de ordens pré-natais também influíram no processo que, nem foram mencionadas para evitar excessos de demonstrações dos aspectos.
Como exercício para a especialização nessa técnica, o estudante deve começar a calcular retificações do horário natal, por esses conformes em função apenas de mapas com o Ascendente já estabelecido, ou seja, reconhecidamente correto.
Então, depois que adquirir experiência, poderá se iniciar no trabalho de retificação propriamente da hora do nascimento, nos casos de incerteza do horário.
Para a técnica de previsão, o cálculo de retificação da hora natal deve se tornar uma aplicação – habitual – comum.

 (continua)


segunda-feira, 20 de abril de 2015

O Tempo Relativo XXX

O Tempo Relativo XXX
NUMEROLOGIA E FÍSICA TEÓRICA: O Tempo Relativo XXX

Este setor implica numa definição – por escolha –, entre vários temas da Física Teórica, com demonstrações, em função da Lógica Relativa ou Natural (determinante de 22 axiomas), desenvolvida conforme a Linguagem da Cruz (dos 144 Números).
As explicações científicas aqui devem se processar sob um grande dilema: sua difusão; pois interessados em física não admitem uma interferência da numerologia (nem por curiosidade) em seus assuntos; e elementos mais ‘espiritualizados’, geralmente, “desdenham” o sentido científico (uma área do conhecimento racional); resultando assim num trabalho sobre textos descritos quase que “ao vento”. Portanto, tentar auxiliar os meios científicos exige “idealismo” e grande esforço (como numa missão impossível) diante de “poucos frutos”; mas que vale a pena (por sua revelação).






O Tempo Relativo

Em continuidade ao tema que se estende num processo analítico do tempo na dimensão – isolada – do futuro, ocorrências verídicas ou não sobre o assunto devem servir para este estudo.
Conforme apurações analíticas anteriores – até o momento – a mente humana se qualifica como fundamento natural para esclarecer os denominados deslizes no tempo.
O caso seguinte se desenrola nos conformes desse reconhecimento.
Em 1935, o comandante Robert Victor Goddard, enviado para inspecionar um campo de pouso chamado Drem, perto de Edimburgo, encontrou o local num total estado de abandono. No asfalto que apresentava muitas rachaduras providas de grama, vacas e bois pastavam com asseguradas condições naturais de apropriação animal.
Por esse reconhecimento propriamente imediato e conclusivo da inspeção, decidiu retornar para a sua base aérea.
Durante o percurso as condições atmosféricas implicaram num presumido risco de viagem, em cuja atitude do momento, por precaução resultou em voar de volta ao campo, o qual se encontrava bem mais próximo.
Ao se aproximar de Drem, pela dissipação súbita da tempestade o céu mostrou-se claro com a aparição do sol, cuja condição permitia a nítida visão do solo.
Com estranheza constatou que o campo se apresentava sob o aspecto – renovado – de moderna reforma, cujo fato seria impossível em função de tão curto tempo desde quando antes lá estivera.
Na pista se encontravam dois aviões amarelos, próximos dos quais alguns mecânicos caminhavam, cujo traje de ambos consistia num inovado macacão azul.
Mesmo sob a visão privilegiada – claríssima – isso não condizia com a realidade. De fato, essa não seria a cor usual dos uniformes na base, ou pelo menos na atualidade. Ainda pelo quanto, os aviões da época eram padronizados com a cor cáqui.
Ademais, mesmo com seu conhecimento atualizado em aeronáutica, desconhecia o modelo de um dos aviões, o qual apresentava uma linha de fabricação mais sofisticada.



Quatro anos depois Goddard conseguiu solucionar o mistério, o acontecimento marcante daquele dia realmente significava um deslocamento temporal de sua mente para o futuro.
Sem alternativa, aquele campo de aviação se modificara por transigente ordem superior pela sua radical reforma. Os mecânicos pela cor de seus uniformes passaram a trajar um padronizado azul.
Nessa base conforme o sistema atual, as aeronaves se identificavam pela pintura em cor amarela.
Numa vistoria posterior, o comandante chegou até a identificar na pista o avião “moderno” que, antes pela sua “visão” não soubera reconhecer o modelo.

Um caso estranho que se diferencia da modalidade comum de deslocamento temporal se encontra na revista: Estranho de 1988, pelo artigo assinado por Ken Meaux.
No dia 20 de outubro de 1969, dois homens (identificados no artigo como: LC por iniciais e o outro pelo nome Charlie) que eram sócios, seguiam de carro pela Rodovia 167 em direção ao centro da cidade de Lafayette para negócios da empresa.




A rodovia, provavelmente em razão do horário, cerca de 01h30min da tarde, se mostrava como um percurso tranqüilo, de pouco trânsito.
Pelas condições de um clima agradável, o dia para aquela viagem se qualificava como ideal.
Por esse privilégio ambiental, o automóvel era conduzido com velocidade, cuja condição se tornara possível até específico marco da estrada, onde os sócios ainda se mantinham sob conversa animada e risos.
De repente, ambos calaram perplexos, em cuja situação do momento exigia cautela do motorista pela necessária diminuição de velocidade, tanto quanto ainda para evitar um acidente por “choque”.




Na frente, um modelo muito antigo de automóvel seguia com extrema lentidão, o qual pelo seu estado de conservação se mantinha como “novo”, cuja chapa brilhante (de cor laranja) indicava o ano de 1940.
Charlie até chegou a comentar que o carro talvez tivesse participado de alguma exposição em um salão de automóveis antigos.
Com a redução instantânea da marcha, logo se mostraram ao lado do motorista que, realmente se tratava de uma jovem mulher, a qual se justificava acompanhada de uma criança.
Ambas trajavam roupas inadequadas, tanto pela condição do clima ameno quanto conforme a época; cuja estranheza tal como o chapéu de pena longa e colorida – entre outros adereços – que a mulher usava não condizia com a atualidade. A jovem aparentava se encontrar num estado incontrolável de pânico.
Por essa percepção sutil, aos gritos LC perguntou se ela carecia de auxílio. De acordo com os sinais (de socorro) ela indicara que “sim”. LC numa alternativa de prestar auxílio indicou o acostamento para o estacionamento urgente de ambos os veículos.
Numa ação rápida sucedeu a manobra do carro deles para a beira da estrada.
Quando desceram do veículo e viraram para trás pela observação do local em que o carro da moça deveria estar estacionado, se surpreenderam com um fato inusitado.
O automóvel do ano de 1940 não se encontrava em local algum. Simplesmente, desaparecera de maneira inexplicável; pelo fato da rodovia não indicar nenhum retorno ou algum caminho que justificasse qualquer outra possibilidade nesse sentido.
De imediato, um automóvel parou junto aos dois empresários.
O motorista assustado, nem conseguia se acalmar para iniciar seu relato sobre o que acabara de presenciar.
Seguindo pela estrada – conforme sua narrativa – avistara não tão distante um carro de modelo inadequado para a época indo em direção ao acostamento de modo tão lento que, por esse motivo conseguiu constatar seu inacreditável e indescritível desaparecimento por frações de segundos.
Após seu depoimento conseguiu se sentir aliviado pela confirmação do fato entre seus dois ouvintes.
Depois desse dia, os três homens sempre se reuniam para comentar suas investigações individuais sobre o assunto, cuja união em razão dessa ocorrência perdurou durante muitos anos, a qual permaneceu como um enigma indecifrável.

Sendo que: 174 (Tempo) – 123 (Liderança) = 51 (Realidade): O Tempo lidera a "realidade".
(continua)


domingo, 12 de abril de 2015

Astrologia Mundial - Casas Terrestres

Noções de Astrologia Mundial: Casas Terrestres
Anterior: O Ascendente





Noções de Astrologia Mundial: Casas Terrestres

Casa II

Por essência a Casa II se define propriamente como derivada do signo de Touro.
O signo de Touro, regido por Vênus, numa associação com as partes do corpo humano identifica: a boca, a garganta e o pescoço.

A correspondência nominal do signo de Touro se expressa pelo significativo da palavra: Respeito.
Pelo próprio sentido de inconsciente coletivo (o qual em síntese se identifica pela palavra Silêncio), se mostra expressivo e coerente para a distinção pessoal por disciplina social, o uso comum e popular da gravata (ao homem), ou de um harmonioso colar (como adereço feminino), numa dignificada convenção do Respeito.

De fato, a Casa II em Astrologia Mundial, identifica a imediata condição de Respeito pela real ordem administrativa que, qualifica cada nação propriamente em termos de situações econômicas e financeiras.

Esse setor identifica os recursos gerais da nação como: bens materiais e naturais, os produtos da terra e pelo trabalho, a riqueza, a sustentação da comunidade, as condições de alimentação do povo, a estrutura social por padrões de posse, o fator de crédito, as finanças do país em todos os sentidos.
Representa: o Tesouro Nacional, o Ministério da Fazenda, a legislação financeira, o orçamento do país, o padrão da moeda, o dinheiro público, a Receita Federal, os impostos, a renda pública, os órgãos financeiros, o recurso do estado e os valores por dívidas, os Bancos, as Bolsas, as predileções alimentares do povo; no quanto como detalhe pela média de classes sociais: a riqueza, o conforto, o luxo, o requinte e as condições de vida num sentido territorial.

Casa III

Na astrologia a Casa III se identifica como derivada ou ordem assim fundamentada, conforme propriamente significa o signo de Gêmeos.

Gêmeos, signo de ar, regido por Mercúrio, se relaciona aos pulmões, braços e mãos, pelo quanto resulta nos meios gerais de expressão humana.

Pela Astrologia Mundial a Casa III significa a respiração da comunidade, os canais territoriais de circulação para as comunicações no geral, como a linguagem diversificada entre palavra, escrita, imagem, gestos, mímica, sinais eletrônicos e demais meios.
Esse setor corresponde aos meios de relacionamentos interno do país, como a língua oficial da nação, os sotaques regionais, o contato pessoal no cotidiano, as ocorrências locais, as escolas primárias, as ruas e estradas para um ambiente próximo, os vários canais ou instrumentos de comunicação nesse sentido.

Essa casa representa: os Ministérios de Comunicação, Educação e Transportes; a difusão dos informes em função de quaisquer áreas como: imprensa, rádio, televisão, redes sociais, celulares, telefone e demais vias de acesso público; os níveis de intelectualidade do país, o comércio interior, os transportes coletivos, as condições das ruas e estradas sob os comentários populares; as qualificações educacionais reconhecidas quanto ao direcionamento de ordem institucional; a educação primária; o índice de alfabetização da nação; as fraudes e estelionatos privados ou entre suspeitas governamentais; a crítica popular; a difamação; enfim, tudo que depende do nível de intelectualidade territorial.

Desse modo, para a interpretação dessa casa por uma previsão, as condições de Mercúrio no período, de alguma forma implicam nas influências do momento, que se fundamentam propriamente pela situação do regente (ou regentes) do signo no qual se caracteriza essa cúspide.

Casa IV

A Casa IV se justifica pelo significativo padrão, como derivada do signo de Câncer.

O signo de Câncer, regido pela Lua, se qualifica como um fator comum, básico e essencial para a sobrevivência, sustentação e manutenção geral, que em síntese representa o lar e a condição íntima.

Na Astrologia Mundial, esse setor corresponde ao fundamento da comunidade, quanto ao significado do passado, por origem, valor histórico, tradição, raças e costumes em comum, expressões emocionais e sentimentos afins; cujo reconhecimento do povo se mantém através de monumentos, museus, decantados fatos heroicos ou lendários sobre a nação, determinantes simbólicos como, por exemplo, no caso do hino nacional e das cores da bandeira; numa dependência coletiva de acordo com o pretérito dessa constituição territorial.

Por esse padrão astrológico identifica: a característica essencial da região; a qualidade da terra; o patrimônio nacional; os produtos alimentícios originais da nação; as riquezas do solo como jazidas de minérios; as espécies de produções agrícolas.

No geral essa área do mapa representa: os Ministérios da Agricultura, de Minas e Energias; o cultivo da terra; a produção do país; a administração urbana; os bens de raiz; as famílias da comunidade; os lares ou a condição de vida coletiva na intimidade; o reflexo de atavismo; o histórico dos antepassados; as variações atmosféricas, o clima; as reservas nacionais, os reservatórios de água, as redes de supermercados, os estoques de recursos básicos como leite e derivados; os critérios de proteção infantil, a ordem das maternidades, o indicativo legal de nascimentos na população, o ascendente com crédito regional de valor humano do futuro; as descendências propriamente regionais, etc.


(continua)

domingo, 5 de abril de 2015

Mitos de Sentido Familiar IV

MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos de Sentido Familiar IV







Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.








Mitos de Sentido Familiar

Melâmpus, filho de Amitáon, quando ainda era infante, ao encontrar filhotes – ao lado – de uma serpente que agonizante logo morrera, decidiu criá-los.
Por esse convívio espontâneo com os répteis – em desenvolvimento – recebia constantes lambidas nos ouvidos como uma espécie de retribuição carinhosa de efeito purificador, pelas quais obteve o dom de ouvir e entender a linguagem dos animais.
Algum tempo depois, como se por uma ampliação da sua virtude, passou também a poder curar inúmeras doenças humanas pelo uso de ervas e outros recursos de seu próprio conhecimento.
Era irmão de Bias, o qual sempre participava de suas aventuras. Em busca de Neleu, um tio da Messênia em Pilos, os dois deixaram a Tessália, que tinham como terra natal. Pela eficácia de seus poderes seu nome logo se difundiu.





Preto, rei de Argos, sem encontrar tratamentos satisfatórios pela insanidade de suas filhas, as quais vagavam nos campos sob a sensação de terem sido transformadas em vacas, demandou para que Melâmpus fosse encaminhado até sua corte.
Mesmo que antes realizara muitas curas sem nada cobrar, diante da oportunidade e pela expectativa do rei com a recuperação de suas filhas, Melâmpus pediu – por esse tratamento médico – dois terços do reino; informando ainda no quanto um terço seria para seu irmão. Como o preço era alto demais, Preto relutou com a proposta, a qual depois de algum tempo aceitou, na condição de que suas filhas fossem curadas.
Como prometera as princesas voltaram ao normal. Preto cumpriu o trato e se tornou sogro dos dois irmãos.
Por esse motivo o reino de Argos passou a ser liderado por três soberanos: Preto, Melâmpus e Bias.
Pelo passar do tempo, com três famílias na regência do mesmo reino houve motivos de discórdias, principalmente, por causa de vários herdeiros envolvidos – por seus direitos – no caso dessa divisão do território de Argos.
Talau, como herdeiro de um terço do reino, era filho de Bias, cuja mãe reconhecida por um casamento antes da partilha, era Peró, filha de Neleu, tio de seu pai.
Anfiarau, filho de Oiclés que era neto de Melâmpus, por um desacordo na corte matou o rei Talau, o qual era pai de Adastro seu direto herdeiro.
Receoso, Adastro diante do tumulto escapou indo em busca de refúgio no reino de seu avô materno Pólibo, rei de Sicione, o qual como pai apenas de filhas lhe deixou como legado o trono. Depois de assumir o reinado, entre algumas aproximações diplomáticas, finalmente Adastro se reconciliou com Anfiarau, recuperando assim sua partilha em Argos.





Em Tebas, após Édipo ter sido destronado de forma deveras humilhante, Etéocles e Polinices que, foram amaldiçoados por insurgirem com calúnias “desleais” como filhos sob as indignações paternas; pelas circunstâncias de urgência no reino, fizeram um acordo. Por essa decisão firmada “entre irmãos”, a regência deveria ocorrer de forma alternada, com a direção exclusiva de um durante a letiva ordem anual, no quanto após esse período, o outro assumiria o poder pelo mesmo regime.
Etéocles, como soberano do primeiro ano, quando venceu seu mandato não aceitou o revezamento de seu irmão e ainda o expulsou de Tebas sob ameaças.
Estando em Argos para pedir auxílio, Polinices se defrontou com Tideu sob situação parecida, em cujo encontro inesperado se iniciou uma inevitável discussão. Por acaso, o rei nas proximidades e sem ser visto constatara o conflito, ordenando para que apartassem os dois antes de qualquer agressão corporal.
Conciliados e sob respeitosas acolhidas no palácio, juntos frente ao rei, cada um esclareceu o motivo de sua presença naquele país.
Tideu, filho de Oineu, rei de Calidon, havia sido excluído de sua pátria pelo seu próprio pai como um criminoso abominável. Antes de opinar como conselheiro do fato, Adastro realizou um ritual pela purificação de Tideu em decorrência de seus assassinatos.
Depois de reconhecer o caso de Polinices, o rei entre suas reflexões relembrou os antigos indicativos de um oráculo, o qual anunciara o destino de suas filhas. Por essa influência a qual considerava como predestinação, ofereceu aos dois príncipes suas duas filhas: Argia para ser esposa de Polinices e Deipile pelas núpcias com Tideu.
Surpreendidos assim por essa oportunidade para deixarem as condições humilhantes de expatriados, os dois ainda receberam como promessa do rei, de que também os reintegraria em seus devidos reinos.





Por essa promessa a qual se cumprira no seu devido tempo, se originou a expedição dos Sete Chefes contra Tebas. Participaram desse comboio de guerra os sete Chefes das três famílias reinantes em Argos, os quais eram descendentes de Preto, Melâmpus e Bias.
Como influência maior nessa investida, Adrasto era o comandante supremo, seguido pelas forças dos exércitos de Anfiarau, Capaneu, Hipomêdon (sobrinho de Adastro), Partenopeu, Polinices e Tideu.
Por uma estratégia de Adrasto sob a qual reafirmaria – ou não – os motivos desse ataque, Tideu que aceitara essa incumbência ariscada, antes se apresentou em Tebas – pacificamente – como embaixador de Argos para a reconsideração dos direitos de Polinices. Desconsiderado por Etéocles de seus propósitos conciliadores, Tideu dominado pelo seu caráter extremamente agressivo, desafiou em combates sucessivos, quaisquer adversários entre os melhores guerreiros de Tebas. Nessa luta, cada tebano que ousava aceitar o desafio era derrotado; até o momento no qual ninguém mais se apresentou como seu adversário.





No início do ataque, os exércitos de Adastro se sobressaíram na batalha, como pelo quanto entre as poderosas investidas dos soldados de Anfiarau que realizaram um enorme massacre.
Por essa sucessão a guerra parecia prosseguir até a inevitável derrota de Tebas.
Numa reviravolta inexplicável, como que pela evolução da defesa inimiga sob a crescente eficácia do seu ataque, as baixas nos exércitos de Argos aumentavam.
Como causadores da guerra, numa tentativa alucinada de poderem centralizar as atenções gerais neles próprios, evitando assim maiores extermínios no reino:
Etéocles e Ponices se defrontaram em combate – como num acerto de contas condizente só entre irmãos – pelo qual ambos morreram.
No desfecho desse fato os tebanos se consagraram vitoriosos, sob raros sobreviventes entre seus inimigos.
Adastro, como hábil e vitorioso nas competições de corrida olímpica por essa modalidade, conseguiu escapar de Tebas pela extrema velocidade de seu cavalo Arêion.

(continua)