quinta-feira, 26 de maio de 2011

Análise de um circuito planetário

Análise de um circuito planetário
ESTUDOS ASTROLÓGICOS: Interpretação
O Circuito Astrológico: Análise de um circuito planetário
Anterior: Aspectos Menores


Tema de um grande astrólogo - 06/12/1923 - 9 h 50 m AM
Long. 48º 52' W - Lat. 23º 58' S

Análise de um circuito planetário

O Circuito Planetário, conforme foi definido – anteriormente – mantém uma analogia com o circuito eletrônico (distribuição de forças). A interpretação do mapa astral apresentado acima, foi feita seguindo este método; sendo descrita aqui como exemplo (com autorização do nato). A análise deve iniciar partindo de qualquer conjunto de aspectos planetários (circuito), mas, geralmente, em razão do que se mostra mais relevante.



Neste caso, começa por Urano, regente do Ascendente e em aspecto de semi sextíl com o mesmo, cujo circuito implica em: Urano em Peixes, em semi sextil com o Ascendente; em quadratura com o Sol; em trígono com o MC e em trígono com Plutão. Urano regendo o Ascendente predispõe a personalidade a uma ação reflexa exagerada, mas o Sol em quadratura com Urano indica que o ego impõe uma resistência, gerando assim uma tensão (que pode ser nervosa) para os assuntos da Casa II (o possessório). Essa tensão é atenuada pelos ideais ( o trígono com o MC funciona como um ponto de apóio) e, por uma ação compulsiva (trígono com Plutão). Para maior clareza, supondo que essa pessoa conheça uma outra: imediatamente, terá dentro de si uma ação reflexa no sentido de demonstrar amizade (casa XI). Essa atitude será tão rápida que não haverá tempo para uma ‘discriminação’ (Sol em quadratura com Urano). Isso pode levar a pessoa a ter decepções financeiras em razão desse mecanismo. Mas essa indiscriminação reflexa do Id é contornada por uma ação compulsiva; isto é, “ele” atua como o tipo de personalidade que pode cair em prejuízos dentro dessa estrutura mas, aprende (com isso) a lição. Esse mecanismo de compulsão vai funcionar assim: Essa pessoa quando é atingida (ou magoada) por forças oriundas da casa XI (amizades) não utiliza nenhum sistema defensivo de “confronto direto”, isto é, aceita a situação (representando um papel pacífico) mas, por outro lado, as “espécies responsáveis”pelo conflito cairão no “gelo”, ou melhor serão evitadas. É importante utilizar a palavra “gelo”, porque ela traz uma analogia quase primária (elemento frio) que vai representar bem o funcionamento desse circuito. O fato é que o Sol em Sagitário (bilioso), em quadratura com Urano em Peixes (linfático), perde por anulação a qualidade quente, dando vazão a uma corrente fria (grande trígono envolvendo signos de água). O Ascendente estando em sextil com o Sol e em semi sextil com Urano, funciona como um ponto de apoio para a quadratura (Sol em quadratura com Urano) e para o trígono (Urano com o MC).


Outro circuito: Plutão em trígono com Urano; oposição com Vênus; trígono com o MC e quincúncio com o Sol. Plutão válido para a casa VI indica que o circuito de compulsão determina grande esforço ao longo das experiências, fortalecendo o senso de “sujeição” em prol de um fator social, profissional ou de sentido possessório (Plutão em trígono com o MC e com Urano na Casa II). A formação desse mecanismo de defesa tem sua origem no aspecto Plutão em oposição a Vênus, porque a compulsão: depende de uma atitude receptiva (verificar o estudo sobre Oposição). Aspectos negativos de Vênus com Plutão representam de forma sintética o medo da destruição estética ou harmônica. Esse aspecto vai indicar um receio de magoar ou de se ressentir junto ao elemento fraterno (Casa XI). O sentimento de ansiedade então se integra ao inconsciente (Plutão), dando origem ao circuito de compulsão; ou seja, a pessoa vai substituir as reações de “raiva” por mecanismos de ética, ou dentro de uma representação falsa e aparente. Esse processo psicológico vai favorecer os assuntos de Casa II e Casa X, citados anteriormente. O quincúncio do Sol com Plutão indica que esse cirucito de compulsão pode ser uma forma do ego transmutar a quadratura do Sol com Urano; ou mesmo para adquirir comando sobre o componente biológico e instintivo (Ascendente).


Outro circuito: Netuno oposição com o Ascendente; em trígono com Mercúrio e quadratura com a Lua. Netuno em oposição ao Ascendente vai funcionar como um mecanismo de “sugestão”para a ação reflexa que existe na figura (Casa VII) do "próximo". Isso significa que as expressões do “outro”implicam no “veredicto” de suas ações; o papel que o outro representar pode convencer ou não; isto é, a personalidade depende de  uma forma de expressão (representação) alheia. Mercúrio em trígono com Netuno concede uma capacidade para lidar com símbolos racionais, dentro de uma associação de idéias múltiplas. A Lua em quadratura com Netuno – Esse circuito de Netuno vai indicar uma sensibilidade emocional muito delicada que pode ser definida como um esforço ou dificuldade para entender não só os próprios sentimentos, mas também os alheios. Sintetizando, a configuração desses três aspectos funciona no sentido de “projetar” no outro (Casa VII), as próprias reações instintivas e, obter num contato, condições definitivas sobre as decisões a tomar. Essas conclusões serão corretas ou não, dependendo das informações que receber do “sistema emocional”, ou seja, “daquilo” que a sensibilidade apurar. Este circuito representa também uma “projeção de culpa”, que envolve uma associação racional / emocional; onde a busca de um “cúmplice” (da culpa) se torna fundamental, para aplacar a tensão do processo.
Outros Aspectos: Saturno e Marte em conjunção – Este aspecto pode ser chamado de ‘conjunção ponte’, porque por analogia está unindo dois signos diferentes, dentro da mesma casa; simbolicamente se apresenta como um rio (úmido) que corta a trajetória expansiva (Casa IX); então a consciência pode construir (seco) uma “ponte” rumo ao futuro. Psicologicamente, o superego ( ou self) atua no sentido de dominar alguns impulsos instintivos que irão se manifestar na consciência como interesse pelo mistério (Escorpião) ou senso de curiosidade. Isso vai impulsionar a pessoa a um estudo sobre esses assuntos (Mercúrio em sextil). O oculto vai se tornar algo de interesse (Saturno regente da Casa XII). Esse interesse (Marte regente da Casa III) vai comandar o sistema emocional de forma construtiva (Vênus regente da Casa IV em sexíl com Marte) e repercutir no futuro, como um fator de expansão (Vênus regente da Casa IX). Essa conjunção também pode representar sérias dificuldades, ao longo da vida para se poder atingir uma meta (problemas com as Casas III e XII). A Lua em quadratura com Netuno vai colocar essa pessoa diante de cargos profissionais inadequados para seu sistema sensitivo, onde pode implicar num descontentamento emocional. O semi sextíl de Júpiter com Marte indica uma característica importante para o setor de comunicação (Casa III), porque Júpiter interfere no aspecto de Saturno em conjunção a Marte; caso não houvesse esse “ponto estratégico”(semi sextíl de Júpiter), a qualidade do setor de relacionamento poderia ser enfraquecida pela rigidez do elemento Saturno. O Sol em Sagitário pode identificar um ego amplo no sentido de direção sobre vários assuntos, onde a consciência pode estabelecer um senso de confiança, por intermédio da convicção (filosofia própria). A quadratura com Urano vai indicar uma dificuldade ou preocupação com assuntos da Casa II. O sextíl com o Ascendente tem o sentido de adaptar o ego com a persona sob um mecanismo racional, que vai facilitar a expressão de idéias e pensamentos. O semi sextíl com o MC tem a função de atenuar a quadratura do Sol com Urano. O sextíl com Saturno indica persistência de raciocínio, seriedade e frieza; uma capacidade para fazer projetos lentos mas, seguros e de forma secreta; representando também facilidade para lidar com coisas antigas: línguas mortas, prazer diante da filosofia e religião (comprovado pelo nato, por dominar: Latim, Esperanto e Sânscrito). Mercúrio trígono com Netuno – Grande capacidade para lidar com símbolos, criar simbologias com associações mentais; intuição que se manifesta sob a forma inspiradora; facilidade no sentido de elucidar problemas alheios e interesse religioso. Vênus – circuito de harmonização: Vênus em oposição a Plutão, transmite insegurança para lidar com o trabalho estético, por receio da destruição do belo. Gosto pelas artes antigas (Saturno); medo de ferir ou ser ferido socialmente (nos relacionamentos); repulsão diante de artes extravagantes (muito modernas). Implica também numa dificuldade de esconder os ressentimentos e mágoas. Sextíl com Marte: O prazer artístico é mais voltado para as artes do “movimento” (Marte), por exemplo, a música, a poesia (Casa III) e a arte marcial (Marte em Escorpião); gosto pelas cores marciais brandas, mas vivas (úmido); interesse pelas pinturas de simbologia profunda (escorpião) e clássica (Capricórnio). O senso de harmonia pode funcionar como um mecanismo revolucionário (Casa XI) no sentido de estimular os ideais (MC), que pode se manifestar como “uma vontade de fazer renascer” as artes antigas (Capricórnio); buscar em pesquisas profundas (Marte em Escorpião) um renascimento (oposição com Plutão) dos valores sérios da antiguidade (Vênus em Capricórnio).

O nato classificou como: profunda esta interpretação – de acordo com o método empregado; e publicou este artigo  em seu livro: Curso de Interpretação Astrológica - Volume 12 - Teoria Geral dos Aspectos (parte B) de 1986 - Centro Astrológico de São Paulo.

(continua)



segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Décima Segunda Casa

A Décima Segunda Casa

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Peixes: A Décima Segunda Casa
Anterior: Mito de Peixes – Interpretação
Interpretação baseada em: Triângulos na Astrologia
Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.




A Décima Segunda Casa

Conforme a sistemática aplicada em análises anteriores, a 12ª Casa tem como característica os seguintes termos: A = Peixes; B = Câncer e C = Escorpião.

A = Peixes – A 12ª Casa é uma analogia do signo de Peixes (incluindo seus mitos), regido por Netuno. É pelo simbolismo desta casa que se expressa a inclusão (necessária) de mais uma lei existencial (eterna); determinada justamente em função de ‘consonância’; ou pela integração das ‘anteriores’ (em seus critérios usuais), em termos de conclusões (entre as partes da lei absoluta): ‘um princípio deve alcançar seu fim’, para determinar o sentido de uma conclusão; cujo perfazimento (ou contingência) caracteriza a lógica dos ciclos naturais (um fator da lei do movimento que implica num regime; necessário até para o sentido da Eternidade). Que são os ciclos, do que senão, ‘efeitos’ de um mecanismo rítmico (e categórico) ?! – um compasso de marcação sempre igual. Agora, as manifestações da vida ‘legítima’(sentimento intuitivo ou espiritual) dependem exclusivamente de cada um (ou melhor de cada coisa): pois, isso expressa uma conclusão existencial inevitável, onde cada (incluindo todas as coisas) um, só pode ser estimado como “simples criatura”em termos de lógica da Criação. Essa lei implica no seguinte: ‘não bastaria “dar” com a possibilidade de poder “receber”’, ou seja, não adiantaria ‘atender todas as leis universais’, na esperança de se achar efetivando uma realização plena; pois, tal ‘intuito’ ainda permaneceria sob o necessário cumprimento da lei dos ciclos; e isso define o sentido da 12ª Casa; caso contrário, tal tipo de arbitrariedade (ou livre arbítrio humano) teria o “poder” de anular a Criação (em sua coerência ou lógica explicita); que instituiu a “criatura humana” (em termos de vantagens), apenas como regente do ‘Princípio Antrópico’. Portanto, tudo deve perfazer seus devidos ciclos – em termos de quaisquer tipos de conclusões –; o que inclusive implica na lógica do tempo. Aliás, em face disto a própria lei do carma (tão temível), poderia ser revista de um modo benfazejo, considerando que: tudo só poderia deveras se desenvolver ‘passo à passo’ na criação (e não de modo abrupto).

B = Câncer – O livre arbítrio da 12ª Casa reflete na 4ª Casa. De fato, esta característica pode intentar sobre possíveis  assuntos decisivos, impondo sua persistente opinião (indicando “caminhos”) através de reações emocionais; ou de efeitos cognitivos inevitáveis; implicando assim até em desajustes mentais (conforme a gravidade do caso), devido a esse mecanismo centralizador. O fato é que isso possui a “virtude” (ou forma de domínio) de instigar (ou intensificar) na personalidade (unidade humana) seu próprio senso de ‘sabor’; podendo influir assim até no sentido de prazer momentâneo (do corpo físico) como “tentação”. Portanto, dessa forma, isso consegue coordenar (com liderança) a elaboração do sangue, o qual, como todos devem saber: determina as reações emocionais. Isso significa que a 12ª Casa através de seu núcleo pode exercer um domínio sobre a personalidade.

C = Escorpião – A missão ou graduação do carma (ou prisão) se define na 8ª Casa. Este setor indica que o carma pode ser “diluído” de forma simbólica com a devida reforma pessoal; pelo reconhecimento e o despertar das autênticas potencialidades; bem como, pelo controle razoável dos “vícios”. Daí, cada conflito (que se mantinha confinado), ao ser resolvido – ou transmutado –, poderá se manifestar como aquela ‘sensação’ (aliviante) de mais um ‘renascimento’ (um sentido evolutivo do carma); e isso se expressa pela palavra chave: Conciliação.

O triângulo da objetividade apresenta: A = Áries; B = Leão e C = Sagitário.

A = Áries – O produto (ganhos) em razão do carma (ou confinamento) se reflete de modo físico. O Ascendente reflete a dívida cármica (de sentido existencial), cujo simbolismo se manifesta real e objetivamente. Por outra versão pode ser dito que, ‘pela própria compleição individual se torna possível reconhecer o ciclo evolutivo de cada um’; como exemplo grosseiro (sem a determinação de sentido geral) pode ser apreciado o seguinte: um corpo de mulher, que ressalta ‘ombros largos’ e ‘quadris estreitos, mantém sob ‘suspeita simbólica’, a possível (ou até provável) reencarnação de um espírito – existencialmente – masculino (envolvido) em um corpo feminino; do mesmo modo, pode ser discernido – ao contrário – entre corpos de homens de ‘ombros estreitos’ (ou curvos em demasia) e ‘quadris ‘espessos’ (sem incluir nisso a condição de obesidade), ou seja, tal discrepância pode ser facilmente constatada. Mas, este setor promove informações em demasia, então, aqui (onde é preciso sintetizar) indica apenas como palavra chave ideal: Eternidade = sempre (ou prevalência do sentido precípuo).

B = Leão – A 6ª Casa da 12ª Casa depende da 5ª Casa. A capacidade – vitalidade ou higidez – desta casa em análise, depende do fator ‘espiritual’ em termos evolutivos; isso indica a origem de cada uma de suas exigências; com a palavra chave: Atualidade.

C = A 10ª Casa (Débito) da 12ª Casa se revela na 9ª Casa (Justiça). A culminância do carma (ou darma) ocorre nos níveis da alma. A principal finalidade – em termos de elevação – não consiste na condição de ser possível redimir o ‘corpo físico ou cérebro temporal’, e sim, por questão da ‘personalidade alma’(o apoio espiritual), única responsável pelos erros (e acertos), durante o percurso existencial; o que se define com a palavra chave: Dedicação.

O triângulo do relacionamento implica em: A = Touro; B = Virgem e C = Capricórnio.

A = Touro – A linguagem do carma (ou do confinamento) emprega como ‘veiculo’, os símbolos relativos aos desejos ou ambições da própria personalidade; ou seja, utiliza como recurso – em sua comunicação –, as imagens de autêntico interesse pessoal.

B = Virgem – A 7ª Casa (do acordo) da 12ª Casa se efetiva na 6ª Casa. Este setor esclarece o ‘enigma da 12ª Casa’, porque indica demasiados detalhes (ou minúcias) envolvidos nas questões de ‘acordo’ (ou equilíbrio); por isso pode implicar (mesclando fatores positivos e negativos) em: enlevo, exaltação, medo, êxtase, psiquismo, confidências, álcool, tóxicos, teatro, oculto, prisão, aflição, profecia, imaginação, mentira, arrependimento, renúncia, orfanato, hospício, retiro, clarividência, sonho, inspiração, ilusório, subversivo, instável, telepatia, fotografia, química, bebidas em geral, ambigüidades, dança, sonhos e muitos outros assuntos.

C = Capricórnio – A 11ª Casa (Fraternidade) da 12ª Casa remonta a 10ª Casa (Débito). Devido ao domínio inflexível exercido pela lei do carma sobre ‘todos’, ocorrem, espontaneamente, agregados sociais, independentes de padrões econômicos, conforme um denominador comum, o qual pode ser definido como: partidos, ordens espirituais ou filosóficas, etc. O que se esclarece pela palavra chave: Sublimação.

O triângulo do destino se constitui em A = Gêmeos; B = Libra e C = Aquário.

A 12ª Casa, conforme o que já foi descrito (até aqui), realmente rege (ou prescreve) os destinos humanos, portanto, não seria necessário analisar cada elemento deste triângulo, numa repetição de conceitos; pois isso apenas reforçaria as definições apresentadas anteriormente com alguns detalhes. Então (para não ser extensível demais), o melhor consiste em observar estes termos apenas em síntese:

A = Gêmeos – A 4ª Casa (reencarnação) da 12ª Casa se apóia na 3ª Casa (comunicação); com a palavra chave: Princípio.

B = Libra – A 8ª Casa (transformação) da 12ª Casa reproduz a 7ª Casa (equilíbrio); com a palavra chave: Sentimento.

C = Aquário – A 12ª Casa (carma) da 12ª Casa (confinamento) implica naquilo que se torna possível ‘aspirar’ em razão da 11ª Casa (Misericórdia); com a palavra chave: Indulgência.

Isso ressalta que a 12ª Casa “caminha” em sentido retroativo; sempre se envolvendo com o passado ‘ajuste de contas’; o que resulta em fatos quase sempre confusos.

O Signo de Peixes (representante da 12ª Casa) se encontra no Zodíaco sob o regime do Modelo Universal do Amor, que como hierarquia mantém os seguintes (termos relativos aos números):

6 – Amor; 18 – Eternidade; 30 – Tempo; 42 – Princípio; 54 – Infinito; 66 – Atualidade; 78 – Inesquecível; 90 – Sentimento; 102 – Conciliação; 114 – Dedicação; 126 – Sublimação; 138 – Indulgência.



(continua)




quinta-feira, 19 de maio de 2011

Mito de Peixes

Mito de Peixes

MITOLOGIA E ASTROLOGIA – Mito de Peixes: Interpretação

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.




Peixes como Princípio Ativo

Como Princípio Ativo representa a reciprocidade – em sua manifestação – sobre todos os tipos de atuações; sendo figurado pelo encontro de dois peixes que, oriundos de sentidos opostos, acabam entrelaçados (como num choque durante o percurso); simbolizando o cumprimento da lei de causas e efeitos. Seria também como se o ‘fim’ encontrasse o ‘começo’em função da própria reciprocidade; que assim outorga a conclusão em razão de todas as reações; ou o ‘fim’ anularia o ‘começo’, num simbolismo para relacionar: dia e noite; branco e negro; quente e frio, etc. Apesar de ser o signo da ‘Finalidade Ativa’ de tudo, nele nada se conclui, pois apenas se funde ou se dissolve em abstração; e ainda assim representa a conclusão do ciclo zodiacal; mesmo porque, nem tudo pode ser explicado racionalmente – ou dentro do espaço e tempo – pelo fato do ‘fator de conclusão’ se encontrar sob a condição desse princípio. Rege os pés, que é a base do corpo. A forma dos pés se aproxima em semelhança com a das mãos; mas, o desenvolvimento das mãos em relação aos pés foi tão grande que, tal semelhança ficou como que dissolvida, ou seja, sem indicar equivalência. Os pés indicam o destino pois, são eles que levam o peregrino pelos caminhos da experimentação existencial, implicados portanto no despertar da consciência (desenvolvimento espiritual). Tudo termina em Peixes portanto tudo acaba lá se confinando (Fim Ativo). Mas, é no confinamento que ressurge o impulso da libertação, ou seja, onde mais se reconhece o valor da liberdade. O mito de Perseu esclarece o sentido desse confinamento: Acrísio não consegue escapar de seu inexorável destino. Este signo vale também como regente dos sonhos, ilusões, desilusões, fantasias e vícios. Tanto a ilusão de Medusa quanto a de Cassiopéia, tiveram efeitos fatais em suas vidas porque: Peixes implica em destino. As gorgonas usuárias de um único dente e um mesmo olho definem o sentido de carma coletivo ou de efeito comum. O espelho reproduz e reflete a imagem de Medusa para ela própria, realizando um efeito retroativo do seu poder de petrificar. Peixes é sonho, teatro e cinema, por isso reproduz e encena as emoções. Também é o representante da reflexão, meditação, intuição e inspiração. A “cabeça da Medusa” simboliza o sentimento de culpa ‘refletido’; a “sombra” que tudo petrifica; o carma imobilizador. Mas, Pégaso que saltou do sangue da Medusa, reflete os vôos ao país dos sonhos, da intuição e da consciência superior. Perseu como agraciado pelas boas irradiações de Netuno, que rege a sensibilidade, expressa sua força oculta. Outra característica desse signo é a impressionabilidade pois, representa o máximo entre os outros como tipo influenciável. Alem de simbolizar ‘fuga da realidade’ como forte característica implica em dualidade, envolvendo níveis conscientes entre inconscientes; conforme são descritas as sereias, cujos corpos unificam: mulher e peixe. Esse signo também se relaciona com prejuízos, renúncias e perdas. Até o deus Netuno teve que sofrer as conseqüências dessa indicação: perdeu para Hélio, a cidade de Corinto; para Hera a de Micenas; para Apolo Delfos; mas, sua maior disputa foi pela posse de Atenas, a qual perdeu num desafio contra a deusa Atena. O que gera Peixes é o signo de Gêmeos. Isso demonstra que o “conhecimento” pode até ser uma grande ilusão (ou de valor apenas provisório). Bastaria – para tanto – tomar como base, uma consideração – fictícia – onde, se deveria considerar (vislumbrar ou imaginar) o homem entre esse fato (um elemento consciente), mas, como um ser aquático. Daí, difícil seria para este, supor uma existência equivalentemente humana fora da água. Pois, isso implicaria num discernimento próprio de quem conhecesse a vida apenas em seu sentido aquático. Da mesma forma se iludem os céticos, acreditando exclusivamente numa vida terrena (ao contrário de poucos, integrados nas definições deste signo); o qual pode definir “as verdades existenciais”, que ancoram todas as Finalidades Ativas; objetivos de todas as conclusões. Mas, este, não define nada porque mantém como linguagem apenas o simbolismo, a imagem e o sentimento, que é tão rico e abrangente como o próprio mar. A constelação desse signo também está associada aos dois peixes que transportaram Vênus e o Amor para além do rio Eufrates, quando os deuses foram perseguidos pelo monstro Tifon. Por esse motivo eles foram colocados no céu. Peixes, acima de tudo, rege o amor, por isso indica prisão e impedimento; tendo Vênus, como um planeta em exaltação; se expande como amor ‘ao próximo’; regendo os atos benevolentes, caritativos, os sacrifícios, os serviços hospitalares, as ordens religiosas, etc. Por isso, este ascendente implica em “amor”, prisão, sentimento, confusão, conclusão, indefinição e devoção; por servir de paradigma do senhor da espada afiada que luta com heroísmo e precisão. Perseu, que nascera recluso, encena esse Princípio Ativo, como quem empunhasse o “signo de Áries” como recurso. Portanto, esse Meio Ativo representa a ‘cabeça da Medusa’, que simboliza violência e ameaça. E, essa característica se torna algo incontrolável pois, o Meio Passivo, sendo Libra, indica que só um acordo seria capaz de aplacar a fúria do amor. Touro como Crédito do Fim – esse tipo precisa aprender a respeitar, tornando consistente a base que implica em suas finalidades através da forma correta de se comunicar. Touro, na 3a Casa representa a segurança desse signo, que pode ser encontrada nos estudos, bons relacionamentos e métodos; onde o tempo não deve ser desbaratado. Escorpião, como Débito do Fim – Indica que as transformações ocorrem coniventes com as finalidades; quando por exemplo, o tipo de comunicação empregado em conciliações, influi nas questões de sentimento (em termos de resoluções). O fato é que esse signo busca sempre renovações em Aquário; arcando por isso na geração de ‘metamorfoses’ inevitáveis (pois Aquário gera Escorpião). O Crédito sendo Gêmeos – indica que a reencarnação desse ascendente depende dos costumes, hábitos, relacionamentos sociais e espirituais dos pais ou familiares (fato que inclui tipos de parentes, vizinhos, amigos e congêneres em contacto direto com a gestante); pois tudo isso vai determinar o tipo de personalidade que será atraída para esse meio ambiente. Isso significa que, independente de nível espiritual, qualquer mãe (entidade) pode conceber esse tipo de ascendente – como filho – por causa de Gêmeos como Crédito; seria como se expressa o dito popular: “caiu na rede é peixe”. O Débito: Sagitário, rege a expansão ou o volume, por isso, as atuações de Peixes, implicam numa multiplicação do Débito; indicando que esse tipo quando negativo, em suas atuações, pode facilmente assumir grandes responsabilidades cármicas. Mas, isso também não é um fato absoluto (para todos os casos) pois, entre esses tipos se encontram personalidades ligadas ao drama (como profissão artística de sublimação), cujas atuações implicam nessa espécie de “exagero” de Sagitário na 10a Casa. O Credito do Meio: Câncer, indica que sua condição centralizadora se encontra no fator emocional, na sensibilidade (ou até sensitividade). O Débito do Meio como signo de Capricórnio – indica que o senso de responsabilidade se relaciona com a 11a Casa, a qual identifica: fraternidades, renovações, evoluções, etc. E, essa responsabilidade, reafirma a Finalidade Ativa de Peixes, que se encontra em Aquário; pois sua atuação (precípua) tem sentido de libertação gradativa do carma através da aceleração de forças. A Finalidade Ativa no signo de Leão – indica que a vontade pessoal (autêntica) desse signo, nem sempre se desenvolve como Finalidade Ativa mas, Passiva pois, nesse seu atuar sempre existe implicações de conjunto (Aquário).

Num mapa astrológico: tudo que se encontra em Peixes, seja um planeta ou uma cúspide, dificilmente se define como escolha pessoal; pois se torna inexorável; vale como um fator  destinado; ou pode representar algo frágil, melindroso – que ilude ou “mascara” em todos os sentidos. Netuno vale como força desvanecedora que purifica, sutiliza e destila; servindo também para promover a sublimação; principalmente das coisas relativas ao local (cúspide) onde se encontre.

(continua)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Criaturas Marinhas

Criaturas Marinhas

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Peixes: Criaturas Marinhas
Anterior: Poseidon

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.




Criaturas Marinhas

O deus marinho, Nereu, era mais antigo que Poseidon; ele e Doris eram os pais das nereidas, constando entre elas: Anfitrite e Tétis. Nereu defendia a verdade e a justiça, sendo chamado de sábio por ter o dom da profecia.



Tétis era tão bela que chegou a ser desejada por Zeus; mas este, ao saber através do oráculo que ela teria um filho muito mais poderoso que o pai, abandonou tal idéia; no entanto a aconselhou na busca de um esposo que fosse mortal; auxiliado pelo centauro Quiron, Peleu desposou Tétis, com quem teve o heróico Aquiles.



Tritão era um semideus marinho e trombeteiro de seu pai (Poseidon). Tinha também o poder de acalmar as ondas e aplacar as tempestades. Quando Hera provocou uma grande tempestade contra Enéias, Poseidon enviou Tritão que, com grande esforço – auxiliado pelas nereidas – conseguiu apaziguar as ondas e salvar as naus.



Proteu também era filho de Poseidon – e assim como Nereu – tinha o dom da profecia, sendo considerado sábio. Era ele que conduzia os inúmeros rebanhos de Poseidon. Como pagamento, tinha acesso aos desígnios do tempo, ou seja, podia obter conhecimentos sobre o presente, passado e futuro. Mas, por sentir reversão em revelar o futuro, se transformava em uma espécie de monstro marinho, diante de quem se aproximasse com tais intenções. Entretanto, atendia – e fazia suas revelações – quando seu consulente demonstrava ‘coragem’ diante de suas metamorfoses (terríveis).



Glauco, filho de Poseidon e Nais, antes era um pescador. Certa vez, ao colocar sobre os ramos da margem os peixes que havia recolhido, notou que estes ficaram agitados, se atirando ao mar. Curioso, provou das folhas e assim aconteceu o inesperado: a propriedade da erva o tornara imortal, passando então a viver no mar. Foi ele que auxiliou Orfeu quando desabara uma forte tempestade sobre os argonautas.



Circe era filha do Sol e da ninfa Perseis, sendo eximia na arte dos encantamentos. Envenenara o rei de Sarmates, seu marido; e por isso teve que fugir de seus súditos, se instalando em uma ilha distante. Ulisses foi parar em sua ilha e só conseguiu se livrar de seus encantamentos, graças aos auxílios de Atena e Hermes. Antes porem, ele teve que conviver com essa feiticeira durante um ano, a qual mantinha seus companheiros metamorfoseados em animais. Certa vez, transformou a jovem Cila em monstro, pelo fato dela significar a grande paixão de Glauco, a quem amava.



Cila, após sua metamorfose se manifestara com um voz insuportável (ou gritos medonhos), ficando de tocaia num estreito marítimo onde as naves passavam, afim de provocar os naufrágios; foi assim que se vingou de Circe, ao atingir Ulisses em sua passagem.



As sereias eram filhas do rio Aquelo e da musa Calíope. O oráculo havia previsto que as sereias deveriam deter todos os navegantes com o encanto de suas vozes, caso contrário, morreriam; quando os argonautas passaram em suas proximidades, estas se esforçaram para o cumprimento dessa missão; mas, Orfeu tocou sua lira, daí, foram elas que ficaram encantadas.



Ulisses, ao passar com seu navio pela região das sereias, mandou os companheiros taparem os ouvidos com cera, exigindo também para que o amarassem ao mastro. Quando soou o doce canto da sereia, ele passou a dar ordens aos gritos – cada vez mais altos –, para que o soltassem, mas felizmente, estes nada podiam ouvir. Desapontadas com o fato inesperado, elas se precipitaram no mar.


(continua)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Poseidon

Poseidon

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Peixes: Poseidon
Anterior: Perseu

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



Poseidon – (Netuno)

Poseidon ou Netuno, filho de Cronos (Saturno) e de Cibele (Reia), obteve por sorteio, o grande reino dos mares. Assim se tornou o grande deus das águas, as quais de imediato atendiam suas ordens, com o simples movimento de seu tridente. Portanto, tinha o domínio sobre os maremotos e enchentes, fazendo surgir novas ilhas; podendo também delinear as costas dos continentes e traçar o curso dos rios. Apesar de ter lutado contra os titãs, ele não se mostrou tão submisso ao Senhor do Olímpo, seu irmão; pois, participou de uma conspiração com Hera e Atena, para destronar Zeus. Porem, em razão da presença de um monstro enviado por Tétis, eles desistiram dessa investida.



Por questão desse intento, como castigo, teve de servir Laomedonte, rei de Tróia; participando na construção das sólidas muralhas da cidade, ao lado de Apolo. Mas, no final da obra Laomedante defraudou os salários, assim Poseidon enviou um dragão marinho para devastar aquelas muralhas.



Foi ele quem criou o cavalo e era o padroeiro das corridas. Seu carro era puxado sobre o mar por cavalos marinhos, os quais tinham patas de broze e crinas de ouro. Era casado com Anfitrite, filha de Doris e Nereu, com quem teve como filho Tritão, muitas ninfas e os ciclopes.



No princípio, Anfitrite não queria desposar Poseidon e se escondera ao pé do monte Atlas. Mas, foi localizada por um delfim, o qual a persuadiu em aceitar o pedido do senhor dos mares; como prêmio, este ganhou um lugar no céu entre os astros.



Seu palácio era quase todo de ouro e ficava nas profundezas das águas marinhas, onde mantinha como cetro seu poderoso tridente. Foi denominado ‘o sacudidor da terra’, pois era temido por sua grande força devastadora; a conseqüência injusta de inúmeros naufrágios.



Alem da esposa Anfitrite teve outras relações, que contudo geraram apenas monstros de diversos tipos, quase todos gigantes terríveis, entre eles, Polifemo, o ciclope; com Medusa deu origem ao gigante Crisaor e ao cavalo Pégaso; sendo também o pai dos gigantes Oto e Efialtes e muitos outros mais. Os monstros dos abismos acompanhavam seu carro, o qual somente ele tinha o poder de comando.



Nenhum mortal se omitia em sua prestação de oferendas ao poderoso rei marinho – talvez até em conseqüência do fato ocorrido com o rei Minos. Antes de retornar a Iolco para disponibilizar o velo de ouro a Pélias, Jasão consagrou em Corinto a nau dos argonautas em honra ao deus dos mares.



Pois, Poseidon não dissipava – facilmente – as injúrias contra seus filhos (fossem estes até monstros). Mesmo o astuto Ulisses, depois de longa caminhada até o Epiro – por recomendações de Tirésias –, prestou sacrifícios a Poseidon afim de apaziguar sua ‘culpa’ pelo cegamento do ciclope Polifemo.



O fato é que havia um certo poder ‘oculto’ (ou indecifrável) sob o comando desse deus. Parsífae, dominada por esse tipo de encantamento – o qual poderia se resumir em Poseidon transmutado em touro –, gerara o minotauro. Mais fantástico ainda se constitui o caso relacionado ao nascimento de Teseu. Etra (sua mãe), sonhara ter sido possuída por Poseidon; anunciando em seguida ao esposo, sua condição de gravidez; este, atabalhoado em suas contingências do momento, precisou se afastar daquele reino antes de seu (suposto) filho nascer... (conforme o mito de Teseu já descrito). Isso implica em dúvida, condição bastante comum diante de tudo que se relaciona a Poseidon.


(continua)


.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Perseu

Perseu

MITOLOGIA E ASTROLOGIA- Mito de Peixes: Perseu

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.


Perseu



Acrísio, rei de Argos, como só tinha uma filha, decidiu consultar o oráculo para saber se ainda poderia ter um filho; mas a predição apenas informava que ele seria morto por seu neto. Desconfiado, mandou encerrar Dânae – sua filha – numa torre de bronze inviolável; para que ela jamais pudesse escapar; e sob a impossibilidade do mais hábil dos homens de lá poder entrar. Mas, Zeus, ciente do fato e, fascinado pela moça, simplesmente se transformou em ‘chuva de ouro’, a qual caiu dentro da torre. Nove meses depois, nascia Perseu, filho de Dânae (e de Zeus?!).


Acrísio, temeroso e atabalhoado, por desconhecer: como o fato ‘podia ter ocorrido’ (diante de todas as precauções); ordenou para que mãe e filho fossem colocados num cofre e atirados ao mar. Levado pelas ondas o objeto se aproximou da ilha de Séfiros, onde foi recolhido por pescadores. Abrindo o baú, estes encontraram as duas criaturas ainda com vida, as quais foram entregues ao rei local, Polidetes. Os dois foram muito bem recebidos; e assim o menino cresceu conforme a educação recebida na corte; como também se tornou alto esbelto e destemido. Mas o rei, que desde o início se interessara por Dânae, ainda não sabia como resolver a situação; pois, Perseu – mesmo já adulto –, se mantinha de ‘prontidão’ para resguardo de sua mãe. Polidetes, para poder desposar Dânae, durante uma festa, como estratégia – diante de convidados –, desafiou Perseu a lhe trazer ‘como presente’ a cabeça da Medusa; ciente que, pelo orgulho do príncipe, jamais haveria recusa.


A Medusa, antes de se tornar uma das três gorgonas, era uma moça lindíssima. Mas, quando ousou competir em beleza com a deusa Atena, foi transformada num monstro horrível: no lugar de seus cabelos, brotaram serpentes e, seu ‘olhar’ transformava em pedra, quem quer que a fitasse. Apoiado pelos deuses em sua aventura, Perseu recebeu o escudo e a espada de Atena, o capacete de Plutão e as asas de Hermes (Mercúrio). Porem, antes teria de colher informações sobre o paradeiro de quem visava através de suas irmãs mais velhas. Como estas só tinham um ‘olho’ e apenas um ‘dente’ para uso comum, ele não encontrou dificuldades para se apoderar dos mesmos e, exigir em troca os devidos informes sobre a localização da gorgona.


No transcorrer da busca passou a encontrar ‘imagens petrificadas’ de homens e animais que tinham fitado a Medusa; conseguindo assim identificar o caminho da caverna onde ela habitava.


Temendo olhar diretamente aquele ‘rosto fatídico’, ele utilizou o escudo de Atena como espelho, conseguindo fazer com que esta fitasse sua própria imagem, cortando em seguida sua cabeça.


Do jato de sangue provocado pelo corte, ‘saltou’ Pégaso, um cavalo alado, todo branco. Montado em Pégaso, ele sobrevoou a terra e o mar, carregando a cabeça da Medusa; gotas de sangue que rolaram abaixo, se transformaram em serpentes. Após longa viagem, desceu na terra reinada por Atlas e lhe pediu hospitalidade. Mas, esse príncipe, que havia sido advertido por um oráculo, para desconfiar de quem se apresentasse como filho de Zeus; por isso lhe recusou abrigo. E, o oráculo tinha lá suas razões porque, Perseu acabou lhe mostrando a cabeça da Medusa; deixando Atlas petrificado; se tornando enfim – aos poucos – uma cadeia de montanhas, a qual recebeu seu nome.


Enquanto isso, na Etiópia, Cassiopéia, mulher do rei Cefeu, se regozijava com a ilusão de que sua filha Andrômeda, competia em beleza com as nereidas, filhas de Nereu, rei do fundo do mar. A ofensa atingiu até a rainha Anfitrite, esposa de Poseidon, pois esta também era uma nereida; por isso exigiu a prudência de seu marido. A desforra repercutiu em maremotos, devastando a costa do país. Consultado o oráculo, Cefeu recebeu a ordem de que, Andrômeda era a escolhida como oferenda ao mar; para ser sacrificada por um dragão marinho. Então, ela foi amarrada em um recife, sob os clamores de ‘piedade’ entre todos. Entretanto, Perseu, que se deleitava sobrevoando – em Pégaso – o local, inesperadamente, constatou abaixo um fato, o qual jamais impulsionara assim seu ‘coração’; pois presenciava a ‘mais bela e desejável criatura (conforme seus sentimentos), prestes ao imediato ataque de um terrível monstro. Num impulso indescritível, ‘voou baixo’, mostrando em tempo exato a cabeça da Medusa ao monstro, salvando assim Andrômeda.


Depois dessa façanha, ele foi levado ao palácio como futuro esposo de Andrômeda. No entanto, em seu banquete nupcial foi perturbado pelos gritos belicosos de Fineu – tio da moça –, exigindo a posse da noiva, alegando ser esta a sua prometida. Os companheiros de Fineu tentaram atacar Perseu e acabaram fitando a Medusa. Por fim, Fineu também foi petrificado e Perseu se casou com Andrômeda. Tempos depois, ele também livrou sua mãe do poder de Polidetes.


Certa ocasião, num momento de lazer, apenas como assistente – sentado junto ao público –, o velho Acrísio morreu acidentalmente, recebendo um disco na cabeça durante a exibição de jogos olímpicos. Ironicamente, o atleta que atirara violentamente esse objeto – sem um direcionamento correto –, era o próprio Perseu; e assim se cumpria a predição do oráculo.

(continua)



.

domingo, 1 de maio de 2011

Polarizações Numéricas

Polarizações Numéricas

ESTUDOS DE NUMEROLOGIA: Polarizações Numéricas
Anterior: Conjuntura do Sete
 

Polarizações Numéricas

Este tema vale como uma espécie de ‘reforço’ (ou guia) aos estudos de Numerologia e Física Teórica; se estendendo, entretanto, em razão de todos os assuntos – implicados em análises (numéricas). Conforme a Lógica Relativa, tudo que existe (ou se manifesta) se constitui de um sistema polarizado; ou seja, implica numa – necessária – condição de dualidade. Dessa forma, tudo implica na lógica das ‘conjunções’, válidas até para o sentido matemático, cujo padrão de prudência exalta ‘a teoria dos números’; estando assim relacionada com as propriedades numéricas (comprovadas – de modo inevitável – em razão dos 144 números); como determinante do sentido de uma matemática qualitativa; ou de uma adjunção, a qual define de (modo inconteste) o raciocínio puro e exato (fator ideal em termos de lógica interpretativa). Vale dizer: ‘são várias as polarizações’, no entanto, aqui devem ser ressaltadas apenas as seguintes propriedades numéricas (que suscitam quatro tipos de polarizações entre os números):

Integração Total – entre os 144

Integração Percentual – entre o 100

Integração Inversa – entre o 127

Semelhança Numérica – entre si

Integração Total (extremos entre o 144) – significa de modo prático: a soma de dois números (pólos) cujo resultado é igual a 144. Essa característica integra dois números (pela consistência do 144), indicando certa insuficiência – numérica – de qualidade recíproca; o que em termos ‘avançados’ (da teoria dos números, remontada por associação ao seu sentido qualitativo); reformula assim a adjunção de termos complementares; ou de modo geral, polarizados sutilmente (conforme o sentido lógico). As relações implicadas com estas propriedades são fáceis ao discernimento, como nos exemplos:

Pureza 10  134 Imunidade = 144

A purificação tende para a Imunidade.

Princípio 42  102 Conciliação = 144

Tudo se inicia no certo sentido de uma conciliação (ou com a necessidade da mesma).

Prosperidade 44  100 Opinião = 144

A prosperidade determina – ou desenvolve – conceitos (doutrinas).

Vale notar que a Expectativa (72 ↔ 72 = 144) não encontra nenhum outro sentido dentro deste sistema.

Integração Percentual – termos entre o  → 100 ←

Isto reflete em ‘essência’, elementos (cada um em razão de seu extremo), os quais perfazem – em termos lógicos – determinada ‘unificação’ como: uma unidade de padrão conceitual; um sentido 100% evidente; uma característica embasada numa fusão de qualidades como tipo de personalização (vale dizer, um termo esclarece o sentido do outro). Caracteriza o sentido matemático da ‘Estatística Qualitativa’ (ainda não demonstrada, mas teoricamente concebível); o que implica – em princípio – na lógica de Bernoulli; pois, define (ou assinala qualitativamente) as condições de predomínio (ou então de dependência) em relação aos pólos. O fato é que esta “simples” propriedade poderia até se constituir numa doutrina (especial).

Pureza 10  100  90 Sentimento

O sentimento pode prejudicar a pureza.

Tempo 30 100 70 Castidade

A castidade em sua coexistência depende do fator tempo.

Legalidade 45 100 55 Harmonia

A lei (para não ser alterada) depende do quanto contribui pela harmonia.

Portanto, o entre 100 expressa uma qualidade polarizada ou, em síntese caracteriza um tipo de integração matemática equivalente a 100%, ou também relativa a 1 (conforme a lógica de Bernoulli). Vale ressaltar que: 50 Raridade, tem sentido de ‘Média Qualitativa’, pois, não possui um número diferente (dele próprio) para perfazer o 100%.

Integração Inversa – entre o 127

Define entre o - 127 - dois extremos incompatíveis; determina separações e divergências; ou melhor, implica em contradições (importantes); caracterizando dessa forma o conectivo ‘ou’; conforme as indicações nos exemplos:

Semelhança 33 + 94 Autenticidade = 127

Esta característica já foi apresentada e definida como lei de extrema importância, ou seja: ‘o que é simultâneo não pode ser equivalente’.

Outorga 57 + 70 Castidade = 127

Dois elementos incompatíveis ou extremistas de forma evidente. O 57 já foi indicado aqui para qualificar o significado de ‘mãe’; o que nunca poderia se harmonizar com o termo castidade (pelo menos num sentido objetivo).

Explícito 62 + 65 Decência = 127

Também são dois termos evidentemente contraditórios.

Semelhança Numérica – números diferenciados, mas identificados pela origem

Esta relação se constitui de dois termos – muitas vezes – complexos em termos de definição; pois, algumas vezes apresentam características (de certa forma) complementares, e em outros casos divergentes. O fato que comprova se tratar de uma ‘condição polarizada’, se constitui apenas na ‘fascinante’ propriedade que, alguns dos ‘entre os 100’(aliás, 28 destes) apresentam como nos exemplos: 12 x 42 = 21 x 24; 13 x 93 = 31 x 39; 14 x 82 = 41 x 28, etc.
Os 28 números indicados são os seguintes: 12, 13, 14 , 21, 23, 24, 26, 28, 31, 32, 34, 36, 39, 41, 42, 43, 46, 48, 62, 63, 64, 68, 69, 82, 84, 96, 93 e 96.

Oportunidade 35  53 Inexorável

A oportunidade não pode ser inexorável; qualidade que não se apresenta difundindo ‘nova chance’ (quer dizer, até que poderia, na dependência de como isso seja avaliado).

Magnetismo 59 95 Magnetismo

Neste caso, o magnetismo (eletricidade, eletrônica, etc) – pelo menos – em termos contemporâneos, parece que se enquadra nos conformes do progresso; entretanto, seria preciso ter ‘certeza’ em saber, do que se constitui realmente o progresso (seria este?).

Humildade 23 "=" 32 Naturalidade

Nesta expressão a relação parece bem clara; pois a natureza se apresenta de forma deslumbrante e sempre singela. Mas, até nisso seria possível encontrar divergências, pois a natureza poderia ser classificada – muitas vezes – como exigente e dominadora ?! Daí, em termos de ‘lógica pura’, sozinha está propriedade pode não ser a solução, mas, em confronto com as outras, deve auxiliar nas interpretações.

O fato é que este tema (conforme apresentado), deve ser recebido apenas como uma espécie de “extrato” de algo muito mais grandioso; ou ser avaliado em razão de ‘ulteriores pesquisas’ – e exemplos práticos – (em novos informes). Como simples exemplo de uso objetivo (destas propriedades), seria possível realçar : A Questão de Pauli.

Apenas por curiosidade (sem entrar em detalhes), Pauli contém em seu nome – como Total Geral – o número 78 e o 87, equivalente ao primeiro nome; isso se enquadra na propriedade de ‘Semelhança Numérica’. De modo geral, isso ressalta (em termos de numerologia) detalhes especiais na interpretação do tema (configuração da personalidade): fatos alegres (espontâneos ou até engraçados) em razão de seu histórico. Seu biógrafo (e assistente) Charles (que o acompanhou até sua morte), é indicado pelo número 66. O fato é que: 78 + 66 = 144 (propriedade da Integração Total); condição interessante se for considerado que 78 pode significar também ‘passado’ e 66 o ‘presente’. Pauli perfaz em suas consoantes o número 26; sendo que 26 x 3 = 78; e 78 + 22 = 100, seria uma relação conforme a Integração Percentual (o 100% ou equivalente a 1 de acordo com Bernoulli); curiosamente, 22 x 3 = 66, relativo ao nome Charles. Existem outras relações interessantes, as quais seriam encontradas no texto em questão – conforme uma análise profunda.

Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).