domingo, 15 de fevereiro de 2015

O Tempo Relativo XXIX

O Tempo Relativo XXIX
NUMEROLOGIA E FÍSICA TEÓRICA: O Tempo Relativo XXIX




Este setor implica numa definição – por escolha –, entre vários temas da Física Teórica, com demonstrações, em função da Lógica Relativa ou Natural (determinante de 22 axiomas), desenvolvida conforme a Linguagem da Cruz (dos 144 Números).
As explicações científicas aqui devem se processar sob um grande dilema: sua difusão; pois interessados em física não admitem uma interferência da numerologia (nem por curiosidade) em seus assuntos; e elementos mais ‘espiritualizados’, geralmente, “desdenham” o sentido científico (uma área do conhecimento racional); resultando assim num trabalho sobre textos descritos quase que “ao vento”. Portanto, tentar auxiliar os meios científicos exige “idealismo” e grande esforço (como numa missão impossível) diante de “poucos frutos”; mas que vale a pena (por sua revelação).


O Tempo Relativo



Pelo estudo do tempo em sua dimensão do futuro de forma isolada, seria preciso avaliar alguns dos raros relatos para uma possível definição por esse sentido.
Segundo consta em temas paranormais, no dia 31 de maio de 1931, John H. Williams sonhara estar ouvindo pelo rádio a transmissão da corrida de cavalos mais relevante da Inglaterra, a qual ocorreria no dia seguinte. Impressionado propriamente com a sensação de realidade sentida durante esse estágio do sono; comentou esse fato para dois amigos, informando inclusive o nome de dois cavalos finalistas no Derby.
Como não aprovava a atitude pessoal – considerada como vício – de se arriscar com as possibilidades das apostas, ainda assim, decidiu conferir os resultados dessa corrida pelo rádio.
Para sua surpresa, o comentário do locutor se igualava pelas mesmas palavras das quais ouvira em sonho; e os resultados da corrida também coincidiram com os “revelados” por antecipação.
Para os pesquisadores sobre ocorrências paranormais, o fato foi confirmado pelo testemunho dos amigos de Williams.

John Godley, um estudante de Oxford (na época), no dia 8 de março de 1946 teve um sonho em que consultava os resultados de corridas, memorizando assim pela informação: Bindal e Juladin, como os nomes de dois cavalos vencedores em seus páreos.
De manhã, ao ler seu jornal constatou que, dois cavalos – em páreos distintos – com nomes propriamente idênticos aos do sonho, o qual imediatamente recordou, estavam escalados para a corrida naquele dia.  
Mesmo sabendo que as chances dos cavalos em suas corridas eram remotas, apostou muito nos dois, e ambos venceram.
Depois desse dia, passou a sonhar várias vezes com corridas de cavalos, se tornando famoso pelas suas acertadas previsões, as quais foram documentadas.




No dia 20 de abril de 1974, duas amigas, Hodgskin e Tessa, visitaram a torre de Londres, as quais permaneceram algum tempo na armaria examinando espadas e outros objetos antigos.
Num momento de reações emocionais inexplicáveis as duas se sentiram oprimidas pelo local e decidiram sair. Ao iniciarem o percurso de volta, Tessa ficou assustada por ouvir choros infantis, enquanto que sua companheira afirmava perceber apenas o som das vozes de turistas. Então, Tessa persistiu extremamente nervosa, afirmando que as crianças gritavam e “berravam”.
O fato permaneceu no esquecimento entre as duas durante meses, até quando souberam da notícia que confirmava a ocorrência de vários mortos e feridos na armaria da torre de Londres, incluindo crianças, pela explosão de uma bomba terrorista no local.




A americana Danh Zohar descreve um fato real sobre um estudante de medicina que conhecera em Londres, durante seu estágio no local para o aperfeiçoamento de sua carreira como escritora; cujo personagem principal representou pelo nome fictício de John Peters.
Em 1956, num exame – final – escrito cujo tema abordava “as etapas bioquímicas da formação de ácido graxo do corpo”; Peters descreveu um inusitado experimento que se justificava na síntese de uma específica molécula, a qual como determinante resultava nesse discernimento.
Reprovado, ainda sob um comentário crítico, pelo quanto sua descrição transcendia a realidade da definição; por processo requereu um esclarecimento propriamente justificável.
Na audiência, como defesa afirmou ter redigido pelo seu exame apenas aquilo que ouvira de seu professor durante sua conferência no semestre, sobre a etapa primária dos ácidos graxos. O professor se contrapondo afirmou que jamais descrevera uma experiência desse porte, mesmo pelo quanto – por ser desconhecida cientificamente – nunca fora feita.
Sem se abater com o fato da “conferência” ter sido tratada como alucinação, deixou de pensar no assunto e seguiu em frente.



Oito anos depois, perplexo pela leitura de uma revista médica, recordou os fatos que com a atualidade assim se associavam. Com destaque – pelo momento inovador da ciência –, o artigo descrevia uma experiência que – por comprovação – determinava a definição sobre a síntese dos ácidos graxos.
Nos conformes desse relato sobre a experiência, o processo de ordens científicas, passo a passo, se equiparava ao que descrevera em seu exame; pelo quanto por um – inexplicável – deslize no tempo direcionado para o futuro, tivera na época sua inevitável reprovação.

Os relatos sobre as manifestações inesperadas do futuro são muitos os que ocorreram apenas através de sonhos.
Os casos raros de deslizes no tempo por clarividência também foram examinados cientificamente entre testes (como no caso do paranormal Gerard Croiset), cujos resultados não foram propriamente satisfatórios. Pelo quanto, sob imposição disciplinar – moderadora da ciência – talvez, nessa sistemática prova de laboratório faltou para sua consistência, considerar também a experiência de outros pesquisadores sobre o efeito do tempo.  

John William Dunne, para sustentar sua teoria admitiu que, “se o tempo flui, então seria preciso empregar outro qualificador temporal para medir esse fluxo”.
J. B. Priestley, de acordo com essa linha teórica de Dunne, por sua própria reforma do mesmo princípio, reconheceu apenas três ordens no tempo, entre suas respectivas personalidades correlacionadas nesse sentido.
Nessa ordem dos fatores, haveria um estado ativo comum (durante as atividades rotineiras), outro pelo estágio do sono, e um terceiro “eu” com a correspondente percepção do tempo de maneira imparcial.




Danah Zohar comentara que, o fenômeno da premonição não seria a única faculdade nesse sentido, cujo rigor da ciência ainda pouco definiu, pelo quanto transcende o significativo da mente humana.
Pelas considerações práticas sobre essa estrutura, então não procede admitir esses aspectos apenas nos conformes de capacitadas “pessoas especiais” (como clarividentes); por se tratar de um denominador comum – natural – do mecanismo mental.
Como exemplo comum, o simples fato de alguém ao lembrar-se de alguma pessoa, imediatamente se surpreender com sua “presença”, seja por quaisquer meios de comunicação, nesse caso também se justifica esse determinante.
Alguns pesquisadores atribuem por esse efeito mental, reações propriamente de ordens quânticas como fundamento.
Pelos 144 números isso procede em razão de que: (Tempo) 174 – (Antimodelo) 127 = 47 (Realizações). Conforme ainda que: (Tempo) 174 – (Independência) 121 = 53 (Inexorável).  Isso significa que “eventos” (47) e tempo apenas se correlacionam por se justificarem como pólos distintos (dicotômicos).  Desse modo, parece que um evento poderia se relacionar com algum outro, sem implicações necessariamente de distância quanto ao espaço tempo.
(continua)


domingo, 8 de fevereiro de 2015

Os Planetas II

Noções de Astrologia Mundial: Os Planetas II
Anterior: Os Planetas



Os Cinco Planetas Exteriores na Astrologia Mundial:




Júpiter que rege tanto Sagitário quanto Peixes, influi propriamente nos interesses de expansão, ideologia, sentido filosófico e religioso, o qual assim identifica: a fortuna, a abundância, o otimismo, a prosperidade, a condição de paz, a sorte, o humor, a ordem, a moral, a ética, a justiça, a crença.
Pelo quanto se reconhece com as palavras chave: elevação, crescimento, integração mundial, desenvolvimento, amplitude e exagero de modo geral.
Desse modo, representa para cada comunidade: a grandeza da nação no exterior, as grandes safras por produções ou colheitas, o valor ambiental de qualidade quanto ao turismo, o poder da moeda local por cotações globais, a elevação populacional e o índice estatístico de imigração, a extensão territorial, as regiões, o litoral, as fronteiras, os campos, os locais amplos, a magistratura, a erudição, o ensino superior, as universidades, as religiões, os juízes, a aplicação das leis, a burguesia, os consulados, as multinacionais.
Júpiter influi nas exportações e importações, especulações internacionais, diplomacia do governo, crescimento econômico, comércio atacadista, poder administrativo, dignitários religiosos e políticos, longas viagens.




Saturno que rege Capricórnio e Aquário resulta no determinante significativo propriamente da realidade nacional em função de seus aspectos (nos conformes de cada país).
Como padrão tanto de Capricórnio (política e ordem do governo) quanto de Aquário (partidos, sindicatos e demais meios de contradição), se justifica pelas palavras chave: severidade, consistência, frieza, restrição, exigência, rigidez, contração, limitação, sobriedade, organização, cautela, prudência, parcimônia, carência, escassez, avareza, convicção, constância, disciplina, regime, indiferença.
Representa: a autoridade máxima de quaisquer comunidades, o presidente, os governadores, o poder supremo da nação, as condições de escolhas do povo pelo voto, o poder das eleições ou a dependência sob algum regime autoritarista, o conservadorismo, a burocracia, funcionários estatais, edifícios públicos, museus, mineiros, grandes proprietários de terras, minas de carvão, calamidades nacionais, o marasmo, a carestia, falta de mantimentos, seca.
Saturno como “Senhor do Tempo”, pela expressão da realidade que, implica em envelhecimento, desgaste natural, manifestações de condições obsoletas, também implica nas exigências da atualidade, cuja determinação depende do signo de Aquário, em razão do qual se manifesta propriamente o progresso.




Urano que rege Aquário, se identifica pela manifestação instantânea de um fato inusitado de porte renovador, em cuja reação do momento (de acordo com as ideologias de cada país) implica na estabilidade (tradicional).
Pelo significativo desse planeta se justificam em síntese as palavras chave: coletividade, humanização, o inesperado, novidades, inspiração, originalidade, progresso, revolução, anarquia, utopia, civilização, atividades grupais, ocorrências repentinas, imprevistas e buscas, surpresas de ordem coletiva, sentido cosmopolita.
Representa: congressos, sindicatos, partidos políticos, atividades sociais, educativas, culturais e filantrópicas, cooperativas, grandes sociedades de aviação e comunicação, perturbações violentas na natureza através de grandes tempestades e demais denominações da meteorologia.



Netuno que rege Peixes (último signo do Zodíaco) resulta em influências quase incompreensíveis (mesmo com justificativas astrológicas), inexplicáveis, inconcebíveis, misteriosas, secretas ou ocultas, conforme assim se expressa sob as condições de efeitos invisíveis ou entre considerações inconsistentes.
Pelo significativo de sua influência se define aproximadamente com as palavras chave: diáfano, letárgico, imaginário, incongruente, abstrato, místico, religioso, confidencial, conivente, hipnótico, teatral, assustador, feiticeiro, intuitivo, ilusório, conspirador, fraudulento, indeterminado, indefinido, confuso; em razão do qual implica nas variadas desilusões – inevitáveis – quanto aos fatores básicos de uma nação em termos políticos, econômicos, territoriais, estatais, regionais, produtivos, sociais e espirituais.
Representa: os oceanos, os mares, a navegação, o transporte marítimo e fluvial, os saneamentos de água, o misticismo, companhias de gás, a pesca, as atividades ilícitas, o vício, a produção do fumo, bebidas e narcóticos, as drogas em geral, a espionagem, os compôs, os hospitais, as prisões, os manicômios.



Plutão que rege Escorpião implica numa manifestação abrupta e radical.
Por síntese implica nas palavras chave: transformação, profundidade, regeneração, transmutação, decomposição e renascimento, penetração, compulsão, energia nuclear, compactação energética, estratégia e reorganização, sistema eliminatório.
Representa: riquezas internas e profundas ou fontes de minérios, processos químicos no solo e nos laboratórios, atividades na área dos processamentos de dados e reestruturação nesse sentido,  pesquisas geológicas e arqueológicas, o inconsciente e a psicanálise, revoluções cirúrgicas ou técnicas pela plástica ou transplantes, cibernética, extração de elementos radioativos, usinas nucleares, a autocracia.
Por seus aspectos negativos implica em: erupções vulcânicas, ciclones, temperaturas radicais (baixas ou altas), explosões, golpes políticos no geral, periculosidades, rebeliões, ameaças para a coletividade, terrorismos, mortandade em massa, criminalidades, guerrilhas, acidentes fatais (inclusive nucleares), lutas movidas por fanatismo.

(continua)

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Mitos de Sentido Familiar II

Mitos de Sentido Familiar II
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos de Sentido Familiar II



Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.

Mitos de Sentido Familiar



Pélops pelo mérito de sua vitória sobre Enomau (seu sogro) e por seu casamento com Hipodâmia, se elegera rei de Pisa, cujo reino conseguira ampliar numa junção da cidade de Olímpia, incluindo outras regiões adjacentes. Laio que fugira de Tebas em busca de proteção, se abrigou nesse seguro território sob a cordial hospitalidade de Pélops.
Na corte, viveu durante longo tempo com todas as regalias de um príncipe.
Nesse ambiente quase que em família para Laio – sempre tratado como honroso herdeiro do trono de Tebas – sucedeu um fato indigno de um príncipe. Movido pelo instinto da paixão Laio raptou Crisipo, filho de Pélops com a ninfa Axioqué. Encolerizado com o desrespeito o rei o amaldiçoou com o aval – furioso – da deusa Hera que, defendia a sagrada honra familiar. Crisipo envergonhado do caso se suicidou. Devido a essa atitude incontida de Laio teria se originado a maldição dos Labdácidas.
Em Tebas, os gêmeos que usurparam o trono não tiveram um destino benfazejo como regentes do reino. Pelas flechas certeiras de Apolo e Ártemis, Anfião e todos os seus filhos foram abatidos como castigo para a orgulhosa Níobe, a qual era sua esposa e mãe de seus descendentes. Em outra versão do mito, o ataque teria liquidado só os seus filhos, cuja tragédia o enlouquecera, tendo sido morto somente quando tentou incendiar um templo de Apolo. Zeto, sob circunstâncias parecidas, morrera de uma tristeza profunda pela perda de seu único filho, também morto por Apolo.

Depois desse fato, Laio logo subiu ao trono de Tebas e se casou com Jocasta.
Por três vezes, o oráculo de Delfos o alertara para que de forma alguma gerasse um filho, sem nunca esclarecer com detalhes o motivo dessa prevenção. De qualquer forma, conforme consta em algumas variantes se justificaria nessa narrativa do mito, o fato de Laio – alarmado através do oráculo – supor que seria morto pelo seu próprio filho.
Com o nascimento de Édipo sua rejeição pelo próprio filho ocorreu de imediato.



Os calcanhares do menino foram perfurados e seus pés atados, com ordens para que fosse abandonado num local distante. O crime de mutilação cometido por Laio, ainda se valia da própria tradição, pela qual toda criança deformada – em sua maioria – não era benquista para a adoção.
Numa narrativa popular, Édipo teria sido abandonado no monte Citerão, suspenso pelos pés numa árvore. Forbas, um pastor local que presenciara a cena – por acaso – sem suspeitas, de imediato o socorreu, o qual por esse fato ainda deveria servir de testemunha em decorrência do mito.



Numa iniciativa – imediata – de acuidade levara apressadamente o menino, até poder se dignificar na presença da rainha de Corinto, a qual como não podia conceber filhos o acolheu como uma dádiva.
Considerado um membro de família o menino fora reconhecido pelo nome Édipo em alusão – carinhosa – ao significativo de “pés inchados”.
Criado e educado na corte de Corinto como autêntico príncipe, se identificava como filho – único – do rei Pólibo e da rainha Mérobe, sem saber que houvera sido adotado. Ainda assim, por conta de uma variante do mito, ocorreu o seguinte:
Num banquete um dos convivas, sob o efeito do vinho o insultara, aludindo que ele como único príncipe de Corinto, não era mais do que um “filho postiço”.



Por esse motivo ou por outras razões, Édipo resolveu ir consultar o oráculo de Delfos para conhecer seu destino. Em Delfos, frente da pítia – esbravejando – se informara por esse vaticínio que, “mataria seu pai e ainda se casaria com sua própria mãe”; a qual - sob efeitos mediúnicos – apressadamente o expulsou do recinto. 
Aterrorizado com a profecia, preferiu nunca mais voltar ao reino de seus queridos pais, para que jamais incorresse na possibilidade de cometer um crime desse porte.
Indeciso partiu sem rumo. Confuso por seus pensamentos sombrios seguia em seu carro distraído, sem perceber – com atenção – que se encontrava muito próximo de uma encruzilhada, a qual estreitava o caminho pelos rochedos locais. Num avanço precipitado deu de encontro com outro transporte no qual se encontrava Laio e sua pequena comitiva. De modo insurgente o cocheiro exigia que abrisse a passagem. Eram cinco os homens: Laio, o arauto, dois servos e o cocheiro, que aos gritos lhe dirigiam ofensas. Na reação de cólera Édipo partiu para a imediata agressão. Primeiro matou – sem saber quem era – Laio, o mais agressivo e depois avançou contra os demais.
Após a morte de Laio, Creonte, irmão de Jocasta sucedeu o trono, o qual numa imprescindível campanha – com anúncios em todas as regiões da Grécia – oferecia a sua coroa para o vencedor da Esfinge. Essa decisão urgente tomada pelo novo rei se relacionava com a viagem frustrada de Laio na qual morrera, cujo objetivo seria ir consultar o oráculo em Delfos, na expectativa de poder livrar Tebas desse monstro. 
A Esfinge descendia de Tifon e fora enviada por Hera como castigo. Na sua aparência monstruosa fazia lembrar um rosto e busto feminino, em cujo resto de seu corpo, pela horrível deformação para uma legítima mulher, apresentava: garras de leão, longas asas e outras discrepâncias físicas. Com repentinos assaltos sem possibilidades de escapes aterrorizava a população. Do alto de um monte próximo aos portões da cidade permanecia na espreita; e cada uma de suas presas era induzida a decifrar seus enigmas, os quais eram formulados em versos. Caso a solução da charada não estivesse de acordo – como sempre acontecia – a vítima por ela morria estraçalhada. Muitos jovens tebanos e até mesmo Hêmon, filho do rei Creonte morreram nessas condições.



Édipo interessado no – tentador – prêmio que se oferecia se dispôs a enfrentar o desafio da “cantora maligna”, como – popularmente – era conhecida com terror.
Frente ao monstro ouviu serenamente o seu “canto” e a seguir, elucidou seus versos com sabedoria e expressiva convicção. Incontida pelo desrespeito de ter sido decifrada, com um grito sobrenatural, o qual muitos ouviram – alarmados –, a Esfinge voou e depois se atirou de um precipício contra os rochedos para nunca mais ousar atacar mais ninguém.



Pelo alívio do povo por essa vitória, o prêmio era merecedor e Édipo, recebido na corte de Tebas como herói obteve a coroa, se casando – depois das comemorações – com Jocasta (viúva do rei Laio).
Por esse casamento Édipo e Jocasta reinaram felizes durante muitos anos, em cuja união teve quatro filhos: Etéocles, Polinice, Antígona e Ismene.



Tudo parecia transcorrer bem até que, a manifestação de uma peste surgiu para assolar o reino. Édipo – até então – dignificado como herói (ou ídolo) de seu povo teria de encontrar uma imediata solução contra a epidemia.
O oráculo em consulta sobre o fato anunciara que, “o flagelo no reino se devia ao assassinato do rei anterior (Laio) não solucionado, cujo crime ainda mantinha seu autor sem punição”.
Essa informação – misteriosa do oráculo – exigia a abertura investigativa sobre uma ocorrência muito antiga, pela qual o rei não media esforços em desvendar; como que quando estivera diante da Esfinge sob o risco de seus enigmas.
Para apurar os fatos num andamento que evitasse lacunas, seria necessário partir desde a descritiva ocasião da ocorrência. Pelo depoimento de Jocasta: Laio – com seus súditos – morrera durante um assalto, no qual um dos servos conseguira fugir; cuja tragédia assim a noticiara. Interrompendo – de forma estranha – as interrogações iniciais do rei, seu cunhado Creonte, propunha que Tirésias poderia auxiliar no caso. Com a imediata aprovação da rainha, esse famoso profeta que era cego, logo se apresentou na corte. Pelas ordenadas perguntas de Édipo, Tirésias parecia estar se desvirtuando dos fatos reais, originando com isso a discórdia entre ambos, na qual Creonte defendia o adivinho. Para consumar sua suspeita o rei acusou Tirésias como conivente da trama de Creonte, pela qual pretendia tomar o seu cetro. Irado com a calúnia Tirésias resolveu afirmar que o assassino de Laio era o próprio rei. Aflita, Jocasta retorquiu com a afirmativa na qual o oráculo vaticinara que, Laio seria morto pelo seu próprio filho e não por assaltantes. Sem esconder mais nada, Tirésias revelou que a profecia do oráculo se confirmara. Pairava assim a dúvida de parricídio e incesto, faltando ainda provar essa acusação.   

(continua)