sábado, 29 de maio de 2010

Os Deuses Principais


MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Os Deuses Principais

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Os Deuses Principais



Entre os gregos, foi do Caos que tudo surgiu. O Caos era uma espécie de massa indefinida, um conglomerado – entropia - de elementos inertes, devida a própria anulação recorrente que havia em razão de um pelo outro. As unidades do Caos eram diversificadas porem emaranhadas, e isso permanecia de modo natural; nesse estado de amorfia. Apesar de sua estranha condição, o conjunto do Caos tinha uma capacidade rudimentar de fecundar, e essa qualidade, vale dizer, também era espontânea. Daí, o Caos gerou a Noite e o Érebo. A Noite surgiu do Caos pela regência das Trevas, portanto qualificada para separar – um elemento de outro - e permitir assim a identificação do que era claro ou escuro. O Érebo, irmão da Noite, valia como “denominador comum” no conjunto do Caos, então, regia a propriedade de atração em função dos outros elementos. Era um fator capaz de inspirar a simpatia, o desejo, podendo assim unir as coisas e induzir a procriação. Da conjunção entre Érebo (Eros) e Noite surgiu o Éter. Desse modo, o Éter se manifestou, ou seja, conforme a atração, separação e união entre espécies de elementos análogos e homólogos. Foi através do Éter que a Luz do plano Eterno – e paralelo ao Caos – conseguiu penetrar e reiterar a ordem de todas as coisas. Essa organização surgiu em função do próprio Anteros, uma qualidade antagônica a Eros (Érebo). Se Eros podia atrair, unir, misturar e variar as espécies, Anteros podia separar e desagregar tudo. Anteros era a força determinante dos padrões lógicos, por isso, não permitia misturas entre espécies dessemelhantes.





Assim, Eros era um fator oriundo do Caos e Anteros, proveniente do Reino da Luz Eterna.

Apesar do antagonismo entre ambos, Eros e Anteros se complementaram pela formação de uma Criação Posterior; dentro dos moldes e padrões de uma Antecedência Eterna.

Os deuses anteriores a Júpiter são de tempos – mitológicos – imemoriais, ainda ligados ao Caos, portanto, participantes de uma história confusa:

Após o Éter surgiu o Dia , filho da Noite e do Érebo, assim tudo se manifestou. Urano (o Céu) uniu-se a Gea (a Terra) dando origem a Saturno (Cronos, o tempo). Saturno e Rea, sua irmã, foram os pais dos seis deuses iniciais do Olimpo. São os seguintes:

GREGO – (ROMANO)

Héstia - (Vestia)
Demeter – (Ceres)
Hera – (Juno)
Poseidon – Netuno
Hades – (Plutão)
Zeus – (Júpiter)

Zeus foi pai dos olimpianos restantes.

De sua cabeça saiu Palas Athena (Minerva)
Casado com Hera (Juno) teve como filho Ares (Marte)
Com a deusa Maia: Hermes (Mercúrio)
Com a deusa Leto: Apolo e Ártemis (Diana)

Esses são principais deuses do Olimpo (reino dos deuses).


(continua)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Uso Qualitativo do Triângulo

ESTUDOS ASTROLÓGICOS: Interpretação
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Uso Qualitativo do Triângulo


Dando continuidade a esse tema – sobre triângulos – deve ser observado o seguinte: Primeiro é preciso analisar cada ponta do triângulo escolhido, que é dependente do assunto a ser pesquisado. Pois, são quatro os triângulos – cada um determina um tema em relação ao mapa. Anotando o significado apurado na interpretação das três pontas do triângulo, ou melhor, das três casas constituintes desse triângulo; pode ser encontrado um valor qualitativo (com maior extensão dos fatos) de cada uma dessas casas com a aplicação da formula:







C = A X B





O Triângulo do Destino denominado Ex (como ilustração) tem a seguinte constituição: A = quarta casa; B = oitava casa e C = décima segunda casa.

O raciocínio é o seguinte:

A = IV casa: a oportunidade, a reencarnação, a família, a origem e a possibilidade de florescimento de uma realização.

B = VIII casa: a transformação por se fazer, o desejo condensado para ser redimido e a necessidade de apaziguar por excreção, por eliminação, os mais profundos anseios.

C = XII casa: a dívida cármica, o cumprimento da missão redentora, e a prisão como pena pelos atos de outras reencarnações.

Oportunidade = Karma / Desejo ou IV = XII / VIII

A oportunidade obtida nesta encarnação, nascendo em tal família é igual à dívida cármica dividida pelo desejo de redenção.

Desejo = Karma / Oportunidade

A Realização dos desejos ou excreção do “residual”possessório é igual à dívida cármica divida pela oportunidade, recebida nesta encarnação.

Karma = Oportunidade x Desejo

O cumprimento do carma é igual à (ação da) oportunidade recebida x (vezes) os desejos residuais ainda existentes.

Utilizando este processo (apenas didático e prático para os iniciantes) é possível encontrar o valor qualitativo, indicativo de cada casa em relação a esse triângulo, que nesse caso é o triângulo do destino. Os detalhes dessa análise são obtidos na observação (dos valores e pesos) dos planetas regentes – e dos situados – por questão de cada casa. O fato é que um triângulo deve servir para indicar as associações lógicas entre fatores análogos. Na prática (como no caso de um astrólogo experiente), tudo isso é feito – automaticamente – sobre o próprio mapa astrológico (sem necessidade de anotações); portanto, um recurso apenas didático. Necessário se faz também, verificar se os aspectos negativos de uma determinada casa, estão sujeitos a influir intensamente no resultado da equação, pois:

A x (-B) = - C

Por exemplo: uma carta astrológica, assinalada por uma IV casa de bons aspectos e uma VIII casa em aspectos negativos e violentos (desejos residuais inconscientes altamente constrangedores), pode indicar uma grande dificuldade no cumprimento do carma (se encontrando em condições até de ser aumentado); por mais suave que possa (tal cumprimento) significar em termos de XII casa. Seria como no caso da “ovelha negra” da família (IV casa). O individual parece ter todos os recursos necessários para uma atuação normal (decente), mas não sabe como se livrar dos “resíduos” do inconsciente. Nesse caso, é preciso analisar o conjunto mental da pessoa em relação ao “todo” do tema; na intenção de poder encontrar “soluções” – para possíveis sublimações.

(continua)

sábado, 22 de maio de 2010

Mitos e Símbolos


MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos e Símbolos



Anterior: Mitologia e Astrologia

Mitos e Símbolos

Os símbolos são forças vivas diante da intuição. Quando uma mensagem é expressa pela natureza – como no caso do sentido astrológico -, de modo sintético ela se encontra sob a forma de um símbolo arquetípico. Arquétipo é um modelo universal perfeito. Um símbolo da natureza representa a expressão (informação) de um arquétipo.

Símbolo do Arquétipo – é a forma perfeita como expressão de mensagens cósmicas. A natureza se utiliza sempre de um símbolo para poder expressar com perfeição – e comandar o conjunto universo. O símbolo do arquétipo faz parte do padrão da Reverência (número 141). As linhas da mão, por exemplo, constituem símbolos naturais, onde contem informações. Vários são os símbolos naturais, entre eles: os signos do Zodíaco. O Zodíaco é um conjunto de símbolos integrados como que num alfabeto ou escala. Se diante do conceito científico – por questão de seus rígidos e céticos seguidores – não houvesse tanto menosprezo e desatenção em relação ao sentido das analogias, o Zodíaco, por definição, seria chamado de escala cromática universal, por todos.

Símbolo Mitológico – é um modelo caracterizado pela atuação destacada de determinada entidade em seu meio ambiente, passando a representar um tipo de personalidade ou caráter. O simples fato de uma realização incomum por uma pessoa diante de seus semelhantes, pode ser motivo para a implantação de um modelo, um mito. O mito é o símbolo histórico de um caráter, determinado pela própria experiência e tradição de um povo.

Símbolo Gráfico ou Racional – Equivale a uma imitação – ou caricatura – de símbolos universais. O homem ao longo dos séculos, na observação de mitos – e arquétipos -, criou por adaptação figuras – símbolos – racionais, como meio de comunicação. São as letras, os números e demais figuras para uma infinidade de aplicações. A astrologia determina um certo caráter de acordo com as indicações simbólicas. A mitologia já determina de onde surgiu determinado caráter pela descrição do primeiro herói – e suas façanhas – que tem analogia com tal tipo ou sentido. Por isso, se torna possível relacionar uma personalidade com um mito como: fulano é um Hércules, etc. Por exemplo, a figura astrológica do planeta Mercúrio é um símbolo gráfico racional. A fábula que conta o atuar do deus Mercúrio é um mito, ou seja, um símbolo mitológico. Para a razão o símbolo gráfico ou racional também caracteriza um mito, que é para a intuição uma síntese, uma qualidade imutável como padrão universal.

Símbolo Gráfico ou Racional (signos) = Arquétipo (Verdade Cósmica) / Mito

Explicação desta fórmula ( qualitativa) em: Cálculo Qualitativo de Premissas

O Mito

Neste trabalho, o mito deve ser enfocado em função da astrologia. O mito deve ser apresentado – sempre – como Princípio Ativo que é uma configuração de Ascendente (Cúspide da Casa I).
A figura seguinte determina o significado sintético das cúspides (casas) como instrumento analítico dos mitos.


Interpretação do Mito

O Princípio Ativo tem em sua integridade, implicação com os três fatores básicos seguintes: O Princípio Passivo – O Meio Ativo e A Finalidade Ativa.
O Princípio Passivo como elemento oposto participa do mesmo eixo com o Princípio Ativo, portanto, implica no fator de dinamismo do mesmo. O Meio Ativo como elemento consecutivo representa o instrumento do Princípio Ativo; sua disponibilidade em termos de capacidade. A Finalidade Ativa como elemento antecedente revela o propósito do fator Ascendente, o que um Princípio Ativo deve buscar. O eixo formado pela quarta casa e décima, representa um termo neutro, porque resulta no equilíbrio existente entre termo Ativo e Passivo, indica o Débito e o Crédito de modo geral. O Crédito do Meio vale como gerador do Meio Ativo, aquilo que nutre ou apóia o potencial. A Finalidade Passiva, O Meio Passivo, o Débito do Fim é o Débito do Meio, são qualidades complementares em razão de seus próprios eixos.
Resumindo, o mito será substituído pelo Signo e analisado de acordo com a técnica astrológica.

Uma avaliação sensata (por seus esclarecimentos) nestes mesmos moldes sobre a real importância pelo conhecimento da Mitologia, se encontra na obra: O Livro do Juízo Final, de Roselis Von Sass.

(continua)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Os Triângulos na Astrologia

INTERPRETAÇÃO ASTRÓGICA: Os Triângulos na Astrologia
Anterior: Interpretação Astrológica: Bases





Os Triângulos na Astrologia

Os triângulos aqui apresentados são equivalentes aos conhecidos Triângulos de Bailey, acrescidos de alguns detalhes – para facilitar o entendimento nas interpretações.


Fogo – Vida




                                                  Casa I – Individual
                                                  Casa V – Livre Arbítrio
                                                  Casa IX – Graduação

Chamado de “É” o triângulo que engloba – o que “É” - a personalidade do tema (anteriormente conhecido como triângulo da Vida), onde se encontram as Casas I, V e IX.
Indicado como “É” porque representa o que é, o ser vivo em suas múltiplas funções do existir.



Terra – Material





                                             Casa II – Desejar
                                             Casa VI – Fazer
                                             Casa X – Culminar

Chamado de “O” o triângulo material – “O” fator objetivo -, onde se encontram as Casas II, VI e X.
Classificado como “O” porque aponta O definido e O material.



Ar – Relacionamento





                                              Casa III – Aprender – Atuar
                                              Casa VII – União
                                              Casa XI – Atração

Chamado de “AO” o triângulo de relacionamento – “AO” encontro de – formado pelas Casas: III, VII e XI.
Classificado como “AO” porque implica no contacto de um existir que se conduz ao “existente”.



Água – Destino





                                                  Casa IV – Oportunidade
                                                  Casa VIII – Transformação
                                                  Casa XII – Cumprimento

Chamado de “EX” o triângulo do destino – “EX” sentido – formado pelas Casas: IV, VIII e XII.
Classificado como “EX” porque o ser (o É) em termos de continuidade.

O entendimento destes triângulos, seguido de uma lógica matemática, reflete embora qualitativamente uma equação.
Considerando as pontas do triângulo como: A, B e C, representando respectivamente, como por exemplo: a I, V e IX casas; ou de um outro triângulo como IV, VIII e XII casas,





- se encontra a seguinte equação: C / A x B
onde: A = C/ B;     B = C/ A;     C = A x B

C = ação de A e B
A = a razão de C sobre B
B = a razão de C sobre A



Como exemplo análise do triângulo “EX”:         Destino





                                        Casa IV - Oportunidade
                                        Casa VIII - Transformação
                                        Casa XII - Cumprimento
 


(A) IV Casa = XII Casa / VII Casa;
(B) VIII Casa = XII Casa / IV Casa;
(C) XII Casa = IV Casa x VIII Casa.


Neste caso (A) equivale: IV Casa ( a oportunidade) é a razão da XII Casa (cumprimento) sobre a VIII Casa (transformação), significando que o índice de cumprimento – em termos de destino – incidente sobre as transformações (sublimações) determina o grau (contingência) da oportunidade. Para um entendimento mais eficaz é preciso ter noções sobre o significado de cada Casa Astrológica.

Em (B) – VIII Casa = XII Casa / IV Casa -: indica que as “transformações” dependem da razão entre Cumprimento e Oportunidade (por exemplo: se a oportunidade for exacerbada poder implicar em outro sentido o resultado).

Em (C) – XII Casa = IV Casa x VIII Casa; indicando simplesmente que o cumprimento do destino (ou do carma) está na dependência de (A) oportunidade e (B) transformação.

(continua)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mitologia e Astrologia


MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Introdução


Este setor deve apresentar um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



Mitologia e Astrologia: Introdução

Atualmente, quando se ouve o termo “mitologia” – perante muitos - , logo surgem imagens ligadas ao fictício, ao imaginário; tudo como sendo apenas obra de povos antigos. Aquilo que antes – para a humanidade em seu puro despertar -, era uma ciência, uma filosofia, uma realidade extrapolada de outras dimensões – acima dos sentidos inferiores terrenos -; e uma atuação de “entes” da natureza, se definhou, a ponto de ser relegado - ao reino da fantasia. Será que os povos antigos eram visionários? Ou será que foi o fator racional (em seu desenvolvimento exacerbado) que sobrepujou aquela qualidade natural do ser humano? Bem isso não mais importa. O importante agora é tentar soerguer aquilo que ainda restou desses valores. O original mitológico se perdeu em distâncias milenares, mas a “chave” do mito ainda se mantém de alguma forma. E, essa “chave” é a astrologia, a única capaz de abrir e comprovar a veracidade de tais alegorias. Para tanto, os mitos devem ser apreciados em face das seguintes considerações:

1- Proposto em alguns casos, como fatos verídicos, mesmo que, envoltos por situações acima da dimensão material, ou seja, acima da sensibilidade – atual – terrena. Muitas passagens mitológicas são eventos reais, como por exemplo, no caso da “guerra de Tróia”, que envolve atuações também no plano invisível. Nestes casos, a própria lógica será capaz de identificar: quais eventos são reais.

2- Certos mitos, devem ser apreciados em sua forma alegórica, transmitidos na linguagem simbólica dos próprios “entes” da natureza, apenas com a finalidade de poder enriquecer o saber humano. O contacto com tais “entes” não era num nível estritamente material, portanto, implicava na capacidade sensorial comum ao povo daquela época. Assim como o mecanismo intelectual predomina no momento, naquela época, comum era a sensibilidade que proporcionava o relacionamento com o plano invisível. A “planície”- em termos dimensionais – considerada atualmente invisível, participava com naturalidade, também dos eventos propriamente materiais. Dessa forma, tinha o homem como mediadores, os providenciais seres da natureza, seus fraternos instrutores. Então, certos contos descritos pelos leais mediadores, valiam como advertências, conselhos e instruções imprescindíveis. A alegoria era a forma ideal – como instrumento tutorial de informação -, porque, se adaptava perfeitamente na capacidade sensorial da criatura humana. Além do mais, não condicionava e nem tolhia o espírito por não conter exigências e sim alertas. Era como uma imagem singela do autêntico saber, por isso seu valor se estendeu até mesmo em função do "aqui e agora".

3- Como simples contos, descritos em uma simbologia adequada para poder despertar nostalgias na criatura humana atual mesmo que de forma inconsciente. Pois, a mitologia pode valer ao menos como alento; que pode suscitar no espírito “lembranças” – do tempo de sua “infância” terrena.

4- Como eventos reais, evidenciando a luta de toda a natureza contra um novo perigo como “força contrária” que surgia, com a finalidade de poder implantar o Princípio da “Malícia” no ingênuo espírito humano (98). O fato é que, grande parte dos chamados deuses, não estavam associados ao Olimpo; por exemplo: Dionízio (ou Baco) não era um servidor natural das forças cósmicas, mas um desses intrusos integrantes, por questão da implantação do princípio do mal. Certos mitos, estão relacionados com o despertar – irreverente - do livre arbítrio humano; incidindo na luta (dos chamados deuses) contra o “inimigo desleal”, que agredia a natureza. A força do livre arbítrio teria prosseguido como uma capacidade natural em prol da espécie humana. Mas, diante desse inimigo ela era motivada a uma arbitrariedade exacerbada ; ocorrendo assim lutas – dos entes naturais – em defesa ou preservação da ordem cósmica. O livre arbítrio é uma exclusividade da espécie humana, portanto, os entes naturais da criação, dele não participam. Os deuses e outros auxiliares – de outras categorias naturais -, conheciam apenas a lealdade e, jamais haveriam de cometer injustiças – tão cheias de malícias -, como alguns contos indicam. Dessa forma, certas passagens mitológicas, descrevendo a astúcia ou malícia de Zeus, Rei do Olimpo, tem  sentido muito outro. Tal fato ocorreu justamente em função da implantação do mal. Naquela instância, espíritos de uma espécie diversa da humana se intrometeram no curso natural do desenvolvimento humano. Daí, surgiram falsos entes naturais se apresentando como pseudo mediadores da: idolatria, mentira, rivalidade, lascívia e tantos outros fatores mais. Tais espíritos, disfarçados passavam por Zeus, por Hera e por outros mediadores; em cuja intenção era macular a honra daqueles tão queridos guias da criatura humana – que se "despedia" de sua infância na terra. Em verdade, o Olimpo ainda permanece – o mesmo – como reino intermediário entre a matéria e o plano espiritual. Deve a criatura humana reconhecer a força e o valor dos entes da natureza, caso ainda aspire alcançar seu verdadeiro plano: o espiritual. O singelo teor mitológico pode servir de transporte da consciência ao clima de sua "saudosa" infância. Infância esta, que a humanidade toda teve em tempos remotos, onde havia esse clima.

5- Como representante de valores psicológicos para auxílio do estudo astrológico. O simbolismo mitológico exige um esforço maior do sentimento intuitivo; portanto, o mito vale como reforço do estudo astrológico, que também faz uso dessa virtude.


(continua)

terça-feira, 11 de maio de 2010

O Advento da Psicologia






O Advento da Psicologia

O advento da psicologia  se deve propriamente ao intuito – sempre crescente – de se poder racionalizar ocorrências inexplicáveis da mente – em seus distúrbios – cujos esclarecimentos eram demandados apenas pela teologia, religião ou misticismo.

Antes de entrar em voga as idéias “darwinianas”, as pesquisas com as intenções de desvendar o mistério da mente humana, não passavam de sofismáveis tentativas. Os argumentos dos pesquisadores eram obscuros demais, pois persistiam em suas lucubrações; firmadas nos modelos da idade média – paracelsiana -, sem nenhuma diretriz científica.
Faltavam-lhes o método lógico e precípuo da ciência. As doenças mentais eram por demais associadas às possessões demoníacas.




Paracelso – foi o primeiro médico do renascimento a instituir novas idéias sobre os problemas da mente. Ele acreditava que os desequilíbrios mentais estavam associados à causas físicas, mas apenas em parte. O resto concebia pela sua influência em razão das forças planetárias e astrais.




Mesmer – influenciado por Paracelso, relutou no tratamento dos distúrbios mentais com o que chamava de “magnetismo animal”, conseguindo com isso aliviar alguns tipos neuróticos de sua época. Contribuiu pela instituição da hipnose.





Pinel – realizou suas pesquisas num dos maiores hospícios da Europa, onde introduziu o cuidado médico aos doentes mentais; os quais eram tratados – antes dele – de forma cruel e desumana.
Deve-se a ele, o fato de se passar a considerar a loucura como doença, e não como crime ou como estados de possessões demoníacas.
Foi ele também o primeiro a estabelecer uma nomenclatura dos vários tipos de doenças mentais, onde sugeria alguns métodos de tratamento.
Seu livro sobre descrições e classificações das doenças mentais serviu de base para os futuros estudos da – por sua nomenclatura – patologia psiquiátrica.
Introduziu também na psicologia a norma básica dos tratamentos analíticos, cuja condição primordial seria a de proporcionar o consolo e o senso de segurança aos pacientes.




Charcot – aboliu de vez a antiga superstição, pela qual estava condicionada a doença mental; como sendo herdada ou causada por agentes demoníacos.
Transformou o antigo hospício num verdadeiro centro de estudos psiquiátricos. Passou a aplicar cientificamente a técnica da hipnose – descoberta casualmente por Mesmer.
Tentou conciliar a psicologia com a medicina, no propósito de poder direcionar os problemas mentais aos níveis da patologia; o que serviu para influenciar Freud em suas futuras experiências.






Breuer – exerceu influência sobre Freud com suas experiências; as quais teriam servido de base para a tomada de iniciativa no sentido do subsequente método psicanalítico. Os resultados de seu trabalho suscitavam a possibilidade de haver uma grande influência do “elo familiar” com as questões mentais do paciente.







Freud – implantou o inconsciente, o que finalmente condicionou a psicologia na conquista de um nível acadêmico. Suas principais definições – na base de três fatores como nos: Fundamentos Qualitativos do Triângulo – em suma se identificam pelos seguintes elementos:




Id – é um componente biológico que atua pelo princípio do prazer; o qual não tolera nem estados de tensão e nem de desconforto. Dotado de ação reflexa , reage através da imagem mental por um processo primário de satisfação, o qual se torna sua única realidade.

Ego – é um componente psicológico e racional, o qual possui a função de evitar certos conflitos entre Id e Superego. Priva pelo fator da realidade, sabendo diferenciar o subjetivo do objetivo.

Superego – é um componente de valor social, que apesar de sua irracionalidade; sabe decidir sobre o que está certo ou errado; atuando pelo mecanismo da introjeção – condição pela qual os valores se instalam na personalidade. Inibe as funções sexuais do Id e domina o Ego, suprindo-o de valores morais.






Adler – discordou de Freud sobre a teoria do “complexo de Édipo”. Fixou-se no conceito de educação e formação como base psicológica. Achava que o princípio de poder dominava o sentido da personalidade humana. Foi responsável pela definição do “complexo de inferioridade”.




Jung – causou uma grande revolução na psicologia. Sua melhor teoria se relaciona com o sentido de arquétipo (que já significava um vislumbre sobre os 144 números): a imagem da “grande mãe”, do “velho sábio”, etc.

Diante desta – resumida – retrospectiva da psicologia se torna possível observar o seguinte:

Após a implantação do “método científico” – influência darwiniana (referência: As Revoluções de um Princípio) – as pesquisas sobre psicologia passaram a ser mais concisas, experimentais, sem misticismo, ainda que tenha seguido pela sequência evolutiva à partir de Paracelso. Conquanto se mostre evidente essa sucessão de conceitos entre os pesquisadores, notório se torna também a influência sofrida por Freud frente ao tratado sobre a “Origem das Espécies”. Pois, ele não conseguiu deixar de transparecer sua paixão pelo sistema darwiniano, novo critério para a sustentação lógica dos fatos; o denominado método científico (moderno).  

Entretanto, a consideração mais interessante existente nesse resumo histórico da psicologia, se relaciona com os resultados obtidos pelos seus diversos precursores:

Mesmer faz uso do magnetismo proposto por Paracelso e influencia Charcot, que passa a exercer o hipnotismo. Pinel classifica a loucura como doença, estipula algumas formas de tratamento, contribui com as primeiras experiências analíticas, as quais devem servir de apoio aos demais. Freud, enlevado com o “método científico” – já vigente em sua época – finalmente, institui a psicanálise.
Mas apesar dessa sucessão de informações desde sua origem, após Freud, a psicologia se dividiu em várias linhas, em prejuízo de sua própria definição. Tornou-se uma doutrina deflagrada, cheia de controvérsias, em que uma “linha psicológica passou a ofuscar a outra.
Se, desde Freud, tivesse havido uma integração conceitual teria sido melhor; pois o tratado de psicologia seria apenas um; e não por múltiplas escolhas sob influências de ordens partidárias, nos conformes da política pela preferência.
Pelo bom senso, seria possível conciliar Freud com Adler, Jung e com todos os outros – pois a astrologia consegue integrar e correlacionar quaisquer tipos de linhas psicológicas.
No entanto, Jung – o mais controvertido de todos – foi o que mais contribui para a integração dessa doutrina – como fator comum – num sentido global (científico e universal); em cujo extremo pela ousadia decidiu implantar o uso da astrologia nos métodos analíticos.
Ele, apesar de estar ciente do imenso corolário psiquiátrico, foi o único que conseguiu retomar o sentido do conceito psicanalítico, redirecionado-o até a base paracelsiana. O fato é que, na recíproca de sua teoria dos arquétipos – e pelo conceito de sincronicidade - , não deixa de constar - sob nova roupagem – a sistemática preposição de Paracelso sobre as influências astrais (mesmo porque, ele sabia astrologia e jogava tarot). Desse modo, pode ser dito que ele conseguiu fechar o círculo, ao ir de encontro ao mais remoto dos conceito psicológicos.

(continua)


domingo, 9 de maio de 2010

Interpretação Astrológica: bases

ESTUDOS ASTROLÓGICOS: Interpretação
Anterior: Para uma boa interpretação astrológica







Bases para a Interpretação Astrológica 

(conforme Elman Bacher)



Sol – Poder e Livre Arbítrio

Os aspectos do Sol num tema representam o grau de consciência alcançada pelo espírito até o presente ciclo. Cada aspecto benéfico indica uma aplicação construtiva da vontade e o poder no passado, e é uma redenção. Cada aspecto negativo representa um abuso do livre arbítrio ou perversão do poder em ciclos anteriores, e se manifesta no presente como um obstáculo.

O signo da posição solar indica a senda espiritual. Os planetas em Leão indicam como a pessoa pode expressar seu poder ou livre arbítrio e por quais canais poderá manifestar. Os aspectos negativos do Sol com estes planetas podem representar:



 
Sol e Marte – poder e desejo;

 
Sol e Júpiter – poder e orgulho;

 
Sol e Saturno – poder e irrealização;

 
Sol e Urano – poder e ilegalidade;

 
Sol e Netuno – poder e ilusão;

 
Sol e Lua – poder e sentimento.




Lua – Maternidade – Temperamento


A Lua representa os processos da mente subconsciente. Lua e Marte formam a base da mente primitiva, o instinto, a oportunidade.





Manifestação Mental do Carma

Lua: – mente instintiva – pensamos através dos padrões herdados.

Mercúrio: – mente intelectual – pensamos livres dos sentimentos.

Netuno: – mente psíquica – pensamos de forma abstrata.

Júpiter: – mente moral – pensamos de forma filosófica, utilizando o conhecimento adquirido, unido à prática.
Mercúrio e Júpiter: – Mercúrio da a forma de pensar quantitativamente e Júpiter qualitativamente.

Marte e Lua: - representam a faculdade de projeção do instinto.

Marte e Vênus: - é a faculdade de desejo e paixão.

Marte: - é a faculdade ou consciência da individualidade.

Vênus: - é a faculdade de estética, a potencialidade do amor e da atração.

Urano: - é a mescla de Marte e Vênus (por analogia) – representa a faculdade independente das relações emocionais.

Mercúrio: - é a faculdade da razão habilidade.

        Em signos cardinais acentua a expressão;

        Em signos fixos acentua a retenção;

        Em signos mutáveis acentua a adaptabilidade.

Com mercúrio e seu dispositor descongestionado num tema, as quadraturas e oposições serão suavizadas.

Saturno é a faculdade de ser responsável, fiel. É a área de máximo esforço do espírito, e do não cumprimento no passado. Indica a finalidade e cumprimento desta reencarnação.

A casa e signo onde está Saturno indicam onde a pessoa deverá “dar ouvido”, prestar atenção.

Netuno é a faculdade de manifestação do espírito. Os planetas em Peixes, ou seja, dispositados por Netuno, são potencialidades para o desenvolvimento da “consciência cósmica” através da redenção     do carma, pelo idealismo.


(continua)