segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Sentido da Quadratura

O Sentido da Quadratura
ESTUDOS ASTROLÓGICOS: O Sentido da Quadratura




O Sentido da Quadratura

A quadratura representa um aspecto astrológico que sempre implicou em “grande alarde” entre os astrólogos – em razão de sua influência considerada negativa.  Por isso, não há dúvida, já existe muita literatura boa sobre esse aspecto, entretanto, sob esse particular conceito – embora extremamente simples – seria possível contribuir na elucidação dessa importante distância de 90 graus que determina a quadratura. E, tudo se baseia apenas no seguinte: Considerando o primeiro signo do Zodíaco estático, Áries – representante da cúspide Ascendente – se encontra a 90 graus do mesmo o signo de Câncer – ou cúspide da quarta casa – como um aspecto de quadratura (natural). Como indicador genérico do Ascendente (nesse caso) Áries representa: o ascendente, o corpo físico, a aparência, a atitude, a persona, a maneira de agir e a casa da constituição física e temperamental do indivíduo; significando também como a criança se formou de acordo com a matéria prima (cedida pela mãe). Câncer, como o outro extremo – dessa quadratura – representa: a transmissão do patrimônio de todo gênero – seja espiritual, material ou genético –, pois, indica a linhagem, a origem, os fornecedores, a base, os bens de raiz, o lar, a mãe, a proteção, a esposa, as emoções, os complexos, a alimentação, etc.
Unificando esses dois significados, seria possível concluir o seguinte: Áries (simbolizando o Ascendente), o princípio da ação, mantém suas específicas características em consonância com a fonte que o gerou, ou seja, com o signo de Câncer (expressão de quarta casa); ou melhor, tudo que se manifesta nesse signo estaria integrado a um crédito, base, razão, raiz ou alicerce gerador, em razão desse aspecto (quadratura).

Portanto, não poderia haver uma ação sem um fator estimulante para gerar esse movimento. Desse modo (como reforço), não seria possível encontrar um débito sem um crédito, assim como não poderia existir uma criança, sem uma mãe que a tivesse gerado, conforme indica essa relação; pois o Ascendente (ou modo de agir) deve implicar com o estado emocional gerado na quarta casa (e nisso se define o princípio da quadratura).
Então, esse aspecto – entre dois planetas – implica numa exacerbação do elemento gerador; ou seja, indica a tendência de um planeta em exaurir a energia do outro; ou mesmo de poder provocar a anulação de todo o potencial (em ambas partes); pois, Áries se define pelo temperamento bilioso e Câncer de acordo com o linfático. O fato é que o temperamento linfático é frio e úmido, portanto, com a capacidade de anular o temperamento bilioso, o qual se identifica como quente e seco, pois, o elemento frio anula o quente e o úmido o seco.

Resumindo, a quadratura indica sempre uma resistência energética entre os planetas sob essa relação, ou seja, como se a energia fluísse de um para o outro com certa dificuldade, impondo assim uma alta tensão entre seus pólos ou extremos; a qual poderia ser classificada de: “tensão emocional” (justamente pelo simbolismo desse confronto direto entre os signos de Câncer e Áries).
Nesse aspecto, dependendo das casas envolvidas, a influência negativa pode ser mais acentuada sobre um dos planetas, quer dizer, essa inflação energética seria mais intensa no signo (ou casa) com o significado de base ou crédito. Para esclarecer, signo base, seria aquele que se encontra a 90 graus depois de outro; ou seja, Câncer seria a base de Áries, Leão a de Touro, Virgem a de Gêmeos, etc.
Isso significa que, nesse aspecto, essa insuficiência energética tende a se manifestar no ‘signo base’ – como um decréscimo em seu potencial –, condição que poderia ser identificada como uma espécie de “esgotamento emocional”.

Como por exemplo: Se o planeta Marte se encontra em Áries em quadratura com a Lua em Câncer, isso significa que essa inflação energética deve ocorrer sobre o mecanismo de ação da pessoa portadora desse aspecto, ou melhor, implicando em descontrole emocional (impulsividade); cujo efeito influiria tanto no modo de agir – Áries – quanto em razão das condições emocionais (Câncer); indicando assim, uma certa tendência da personalidade de forçar as situações. Se a Lua estivesse em Áries – e Marte em Câncer – a situação se agravaria ainda mais, pois, tal quadratura teria um efeito aplicativo; uma condição tradicionalmente reconhecida pela astrologia.
Em suma, a quadratura deve representar: inflação, exacerbação, desintegração, consumação forçada e discrepância entre o fator ativo e a sua matriz (geradora) ou base emocional.
Na dependência dos planetas – envolvidos nesse aspecto – essas características podem variar em muito, pois, os planetas mais lentos – transpessoais –, são poucos relacionados aos fatores de ordem emocional, pelo menos, entre as reações extrovertidas. Pois, é o planeta mais rápido que deve simbolizar o fator emocional, portanto, válido como o gerador do conflito configurado por esse aspecto (mantendo assim uma analogia com a Lua, que é rápida e regente do componente emocional).
Dessa forma, aspectos de quadratura entre planetas exclusivamente lentos – transpessoais – são configurações relacionadas com décadas, implicadas assim com problemas de gerações; pois, necessariamente, devem figurar em mapas de vários indivíduos – nascidos numa mesma época – (mas em um sentido independente), muito embora, tais aspectos serão encontrados em cúspides diferentes (de cada mapa), variando desse modo as condições dessas pessoas.    

Não obstante, num mapa radical, a quadratura nem sempre deve ser considerada com um aspecto negativo; pois, essa, se relaciona em muito com as próprias características – ou modo de ser – de uma personalidade. E, a prova disso, estaria apenas em poder escolher – e interpretar – o mapa de qualquer  personalidade mundial, no qual, geralmente, deve constar algum tipo de quadratura; um aspecto relevante, quase sempre, simbolizando, o que determinou um indivíduo desse nível (célebre) a se destacar entre os demais elementos (em sua época). 
O fato é que uma quadratura – no mapa radical – deve indicar sempre algo para ser resolvido – psicologicamente – ao longo da vida; e, isso serve de estimulante para o desenvolvimento, implicando ainda em atuações com sentido de originalidade.
Porém, diante dos trânsitos e progressões – seja de um mapa individual ou no de porte coletivo –, significa sempre algum tipo de dificuldade – inevitável – por questão daquele período. Nesse sentido, a quadratura representa um fator cármico, tendendo a gerar certas reações através de sentimentos – intuitivos – ou sensações; um aspecto que pode ser relacionado ao signo de Áries, atuando em função do signo de Câncer (conforme essa definição).
Portanto, essa “reação” – ou a efetivação de negatividade – de uma quadratura vai depender de dois fatores: um, relacionado com o tipo de decisão a ser tomada pela personalidade, e, o outro, quanto ao seu consentâneo estado emocional (durante a questão). Para quem desconhece a astrologia, esses dois fatores parecem semelhantes (idênticos); mas, para o astrólogo, Áries e Câncer são fatores distintos; em cujo ponto de encontro (aspecto) entre ambos se define o princípio da quadratura.

(continua)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Princípio Antrópico

O Princípio Antrópico
NUMEROLOGIA E FÍSICA TEÓRICA: O Princípio Antrópico



Este setor implica numa definição – por escolha –, entre vários temas da Física Teórica, com demonstrações, em função da Lógica Relativa ou Natural (determinante de 22 axiomas), desenvolvida conforme a Linguagem da Cruz (dos 144 Números).

As explicações científicas aqui devem se processar sob um grande dilema: sua difusão; pois interessados em física não admitem uma interferência da numerologia (nem por curiosidade) em seus assuntos; e elementos mais ‘espiritualizados’, geralmente, “desdenham” o sentido científico (uma área do conhecimento racional); resultando assim num trabalho sobre textos descritos quase que “ao vento”. Portanto, tentar auxiliar os meios científicos exige “idealismo” e grande esforço (como numa missão impossível) diante de “poucos frutos”; mas que vale a pena (por sua revelação).

O Princípio Antrópico

Antes de expor em números as características desse princípio “existencial”, necessário se torna relatar como a ciência chegou ao resultado expresso nessa definição (de categoria, muito embora parcial) e as razões de sua sustentação num nível básico. Aliás, antes da denominação desse ‘princípio’, o mesmo já pairava como fundamento (idéia ou lógica necessária) entre as considerações de Issac Newton e outros; porém, com o advento do chamado “método científico”, tal conceito foi relegado ao nível esotérico (ou sob esse tipo de qualificação), apesar de ter se mantido sob suspeitas. Pois, isso ainda predominava entre alguns cientistas, como no caso do naturalista Alfred Russel Walace, o qual colocara em risco sua própria reputação (na época) ao declarar que: “o universo se desenvolvera ‘dessa forma’, sob a condição de com isso permitir a existência (ou consistência) de seres humanos”; cujo sentido não se enquadrava com a lógica relativista (de Einstein), ou seja, quanto aos interesses daquele momento (de experiências cruciais da ciência), definidos pelo autêntico gênio da época.
Entrementes, considerações dadas sob condições observáveis, intrigavam alguns cientistas; como por exemplo: pelo fato da proporção entre o tamanho do universo visível e o elétron ser equivalente ao da intensidade de força eletrostática, quanto ao excedente, conforme elétrons e prótons em razão da força gravitacional. Entre alguns, isso se mostrava apenas como curiosa “coincidência”, sendo que, entre outros assinalava uma espécie de conexão entre a física aplicada ao universo, com aquela dedicada em definições de partículas atômicas.
Por outras considerações ‘contundentes’, o fato se estabelecia – pela sua progressão – conforme várias outras constatações, sempre inspiradas nessas chamadas “coincidências”, como: as propriedades especiais dos átomos de carbono (indicando sua ressonância); a condição da força gravitacional (a qual não poderia ser reduzida nem aumentada em 1%); bem como, quanto ao sentido de alteração da força eletromagnética; e, curiosamente, em razão das ‘constantes cosmológicas’; ou seja, tudo isso para determinar – de modo imprescindível – a possibilidade de existência da vida (material).
Dessa forma, para que o “método científico” (tão bem elaborado) não fosse menoscabado, como se sob um embasamento ditado – como anteriormente – por crenças teológicas, ou seja, acentuando em demasia, um inevitável senso criador coerente (como líder disso tudo); foram estabelecidos (cientificamente) em classes os tipos de opiniões, em razão de um inevitável princípio antrópico (assim denominado pelo astrofísico Brandon Carter):

Princípio Antrópico Fraco
O universo se comportou de tal modo que permitiu a existência de vida, sob os limites de grandezas cosmológicas, as quais foram determinadas por valores compatíveis com essa condição, baseada no elemento carbono (C).


Princípio Antrópico Forte
O universo se desenvolveu dessa forma para possibilitar a existência de ‘observadores’ em certo estágio de sua evolução; ou, impelido a obter propriedades compatíveis com a vida inteligente.


Princípio Antrópico Participativo
A necessidade de observadores – pela conclusão dos fatos – implica na existência do universo.


Princípio Antrópico Final
O universo se desenvolvera com a finalidade de permitir seres vivos; em cujos efeitos conclusivos, visava também obter (nessa progressão) tipos humanos (inteligentes); curiosamente, conforme já se propalara (entre povos antigos), ou seja, sob os idênticos moldes descritos no mito de Prometeu.

O número exato para caracterizar esse sentido (de princípio) seria o 76 Regime, o qual se define entre os seguintes: 75 Apoio / 76 Regime / 77 Mistério; válido portanto, como a constante de reformulação lógica em termos de seqüência (progressão) prescrita num sentido existencial. Por isso, na hierarquia da Honra (4) se define entre a Diplomacia (64) e a Evidência (88). Esse Regime (76), prevalece na condição da própria questão de exigência do Juízo (Juízo 93 – 17 Criatividade = 76 Regime), que, por essa razão consegue se expressar impondo (Regime 76 – 53 Inexorável = 23 Humildade); entretanto, não diretamente e nem tão pouco, de forma abrupta, porém, sempre e somente sob seu determinado limite (entre a Diplomacia 64 e a Evidência 88) – inconteste –, ou, mesmo conforme: Regime 220 – 96 Concórdia = 124 Tolerância); dessa forma, só poderia atuar ‘coordenando’ (sem nunca obrigar) os níveis (entre altos e baixos) da inconclusa coerência humana, até aquele ‘estado’ considerado ainda cabível: Regime 220 – 120 Disciplina = 100 Opinião; e: -B- de 76 ou 220220 / 143 = 100. Desse modo, esse fator dirige toda a Criação sob seus limites (constantes cosmológicas), em razão do que lhe compete; principalmente, pela dissipação da estultícia humana. Sendo que, a própria verdade deve perfazer o seu sentido: Veracidade 97 – 21 Perfeição = 76 Regime; pois, em seu íntimo mantém as condições de ordens eternas: 76 – 58 Intimidade = 18 Eternidade; podendo por isso, exercer suas funções com ‘vantagens’: 76 – 3 Liberdade = 73 Triunfo (fato que nenhum “cientista” haveria de soto-pôr).




Como Princípio Ativo significa um fator que exerce suas funções pelo padrão da Resignação (80); válido ou sustentado em bases do passado (78 Inesquecível), condições remotas (imemoriais), transcendentes e históricas em razão de seu próprio sentido (bagagem). Aliás, numericamente, expressa as características da própria sustentação em sua forma inversa (67). Porém, não se destaca – necessariamente – pelo predomínio repressivo; pois, nunca poderia se arrogar em função do fator disciplina: 76 + 44 = 120 Disciplina; para não ser penalizado em razão de seu próprio exercício (esse cálculo já foi explicado em Penas Irrevogáveis).
No entanto – curiosamente –, alguns seres humanos “marcados” (existencialmente) por esse tipo de fundamento (do número76), definiram sob essa irradiação uma característica deveras nefasta, pois, com ela só praticaram atrocidades (como pode ser constatado em: 76 o Regime). Felizmente, acima desses elementos, o físico Freeman Dyson, que trouxera em seu nome esse tipo de fator (Dyson = 76 Regime; Ascensão 61 + 15 Sapiência), cujo significado seria: “conhecimento elevado”, contribuiu na própria divulgação do Princípio Antrópico.
Ora, a função desse regime se efetiva em razão da imediata assessoria, indicada em sua Finalidade Passiva (setor que define ordens de qualidades impessoais) pelo número 79 (Consolação). E, para reforçar essa lógica, seu Princípio Passivo representa a Higidez – 84 (um fator essencial quanto ao sentido da vida). Seu Meio Passivo (também de sentido impessoal), indica o Mistério – 77 (válido assim como um espécie de “variável oculta”); a qual, até o próprio Einstein (em suas frases célebres) acentuara, quanto ao seu valor essencial. Diante disso, seu Meio Ativo (instrumento de manipulação pessoal), só poderia ser representado pela Fraternidade (83), um fator condizente com a qualidade humana (os chamados “observadores” em razão do princípio antrópico). O Débito desse fator, inevitavelmente enfatiza a Vergonha (82), uma forma de domínio (coerência) em razão da própria estultícia (humana). A Finalidade Ativa, se qualifica pela Revogação (81), a qual significa também: anulação, marco zero (o sentido algébrico) e até mesmo a singularidade. Esse setor serve para determinar os reajustes dentro de um mesmo princípio (Regime 220 – 81 Revogação = 139 Inesgotável).   

De modo prático o princípio antrópico vale como uma espécie de "assinatura" do Grande Arquiteto no quadro da criação (pois: Princípio 186  –  76 Regime = 110 Reversível).

(continua)   

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Uma Análise de Jung IV

Uma Análise de Jung  IV
O Advento da Psicologia XVII – Psicologia e Astrologia X: Uma Análise de Jung IV



Uma Análise de Jung


Carl G. Jung – Carta Natal
Dados: 26/07/1875 – 19h20 – Kesswii – Suíça
Ascendente – 20º Aquário – 99 Maturidade
Casa II – 15º Áries – 79 Consolação
Casa III – 18º Touro – 91 Regeneração
Casa IV – 10º Gêmeos – 59 Magnetismo
Casa V – 0º Câncer – 10 Pureza
Casa VI – 20º Câncer – 98 Inócuo
Casa VII – 20º Leão – 105 Convicção
Casa VIII – 15º Libra – 73 Triunfo
Casa IX – 18º Escorpião – 85 Persistência
MC – 11º Sagitário – 53 Inexorável
Casa XI – 0º Capricórnio – 4 Honra
Casa XII – 20º Capricórnio – 104 Resistência
 Sol – 3º 20’ Leão – 22 Intransponível
Lua – 15º 35’ Touro – 74 Profundez
Mercúrio – 13º 48’Câncer – 71 Estabilidade
Vênus – 17º 33’ Câncer – 93 Juízo
Marte – 21º 22’ Sagitário – 97 Veracidade
Júpiter 23º 48’ Libra – 112 Excelência
Saturno 24º 12’ Aquário – 116 Paciência
Urano – 14º 50’ Leão – 66 Atualidade
Netuno – 3º 03’ Touro – 13 Experiência
Plutão 23º 15’ Touro – 113 Abstração



Circuito de Saturno

Saturno faz conjunção com o Ascendente, sextil com Marte, trígono com Júpiter e quadratura com Plutão.
Saturno retrógrado, regente do Ascendente e da Casa XII e no grau da Paciência, indica que, Jung provavelmente permaneceu muito tempo no “além”, antes dessa atual reencarnação. As condições de Saturno e sua quadratura com Plutão, podem caracterizar um ato de suicídio em vida anterior.




A explicação presumida sobre isso poderia ser a seguinte: Como juiz da inquisição e ao mesmo tempo sendo um praticante de alquimia, se tornara um “insensato”, cuja motivo lhe propiciara  esse tipo de “morte”. Não seria possível precisar a razão desse ato, mas, apenas presumir sua causa, a qual teria sido por envenenamento.  Isso se esclarece por causa do fator da sensatez, que pode ser associado com essas características; pois Júpiter faz oposição com esse padrão. Por causa desse ato, ele encontrou sérias dificuldades em razão de nova reencarnação, implicando assim em longa permanência nos reinos do após vida (terrena); com a possibilidade de grandes experiências nesse nível. Saturno retrógado e em quadratura com Plutão, pode indicar que muitos fetos os quais poderiam servir de invólucro em seu processo de reencarnação foram abortados, antes dele ter encontrado como recurso, o auxílio dessa mulher, em cuja característica ideal podia se tornar sua mãe, todavia, com certas dificuldades de geração. Isso até pode ser observado (como reforço) no circuito da Lua, que é regente da quinta e da sexta casa; no entanto ele nasceu, muito embora, sob a responsabilidade de duas vidas. Saturno corresponde ao arquétipo do velho sábio.



Circuito de Urano

O circuito de Urano, como regente do Ascendente também confirma as dificuldades representadas por Saturno em relação ao seu nascimento. O grau de Urano, como Atualidade, indica uma intensa necessidade de renovação. A quadratura com a Lua no grau da Profundez, indica envolvimentos repentinos com estudos; atuações de sentido revolucionário; e, em relação ao Ascendente: “aquele que emergiu das profundezas” (lembrando que 74, a Profundez, representa como padrão: gravidade, gravidez, etc.).


Circuito de Netuno

Netuno no grau da Experiência em quadratura com o Sol, indicado pelo Intransponível, caracteriza suas grandes experiências e seu esforço no sentido de poder transpor o umbral que separa o consciente do inconsciente, ou seja, o além do aquém. Netuno se mostra como elemento chave, pois funciona como mediador entre os níveis de consciência; significando a grande necessidade de pesquisa e o envolvimento com fatores inexplicáveis (vale como um tipo de estímulo obrigatório, exigente).



Circuito de Plutão

Plutão (113 Abstração) faz quadratura com Saturno (116 Paciência) e sextil com Vênus (93 Juízo).
Esse circuito determina estados compulsivos, os quais podem ser resumidos como sintoma de medo pela perda do juízo. A quadratura com Saturno indica que, sob as condições de responsabilidade, em relação ao modo de agir, seria preciso aplicar o fator de paciência (calma). Daí ele concluíra que seus estados compulsivos significavam apenas “impaciência”, sendo portanto controláveis.
Mas, seu grande lucro alcançado em razão desse circuito se relaciona com o seguinte: Plutão em Touro pode formar um sextil – pelo próprio livre arbítrio – com o padrão do Modelo (115) que se encontra em Câncer (sendo que esse fator pode formar um “par numérico” com a Paciência). Sendo que, Modelo e Arquétipo se equiparam;  com o sentido de uma de suas maiores descobertas.
Aliás, o próprio Ascendente de Freud se encontra exatamente sob o grau dessa irradiação, o qual  pode ser associado ao circuito de Plutão, em termos de afinidade. Uma boa forma para esclarecer tudo isso seria sob a seguinte suposição: Em seus contatos com Freud – nos primeiros ensaios da psicanálise –, os dois, não apenas dividiam opiniões, como também um devia analisar o outro em razão de suas próprias conclusões. Pode se presumir que nesses contatos ambos observaram muito em razão de um para o outro. Muitas vezes, Freud era visto como autêntico sábio, mas que em seus estados críticos revelava sua insegurança, cujo sentido para Jung poderia ser questionado:
– Seria isso afetação ou histeria? 
Relembrando a ‘Análise de Freud´, em relação ao estudo de seu Ascendente (Modelo), devido ao seu forte condicionamento, ele podia apresentar estados de afetação. Jung então deve ter observado que Freud apresentava determinados tipos de “modelos psicológicos” em suas encenações. Talvez, mais tarde, depois de se desligar do mesmo, conseguira obter uma reflexão mais apurada do fato.
Isso poderia ter originado o seguinte raciocínio: A consciência em seu sentido coerente requer a existência de “modelos”, os quais se encontram no inconsciente. Esses, são como imagens vivas, de cuja existência se deve a uma causa conseqüentemente natural. Assim, se tornava óbvio como imagem a “grande mãe”, o velho sábio, etc.

Comentário:

Se Jung tivesse avançado mais, talvez até pudesse ter se aproximado da lógica de 144 arquétipos (pois, sua teoria auxiliou na descoberta dos 144 números). O fato é que ele mesmo chegara a afirmar o seguinte: “. . . alguém poderá ir mais alem . . ., eu não!” (como quem que não se arriscaria tanto assim).




segunda-feira, 2 de abril de 2012

Mitos da Voracidade

Mitos da Voracidade
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos da Voracidade

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.

Mitos da Voracidade:



Píramo e Tisbe

No reino de Semíramis, dois jovens assírios, o esbelto Píramo, e a bela donzela, Tisbe, moravam em casas contíguas, de cuja inevitável proximidade se originara a mais profunda paixão entre ambos. Porém, isso se tratava apenas de um sentimento deveras impróprio em relação aos interesses dos pais de ambos; sob uma questão tão radical que, nem podiam conversar livremente, vale salientar, nem ao menos havia uma possibilidade de se olharem (nem de longe), em razão dos obstáculos (familiares) impostos. Em função desses dissabores, a força dessa atração incontrolável parecia crescer ainda mais. Dessa forma, pela ânsia provocada por esse tipo de impulso, o qual aguçara o senso de observação de cada um; os dois amantes descobriram uma fresta entre as duas casas (dada por falta de manutenção), que era o suficiente para se comunicarem. Então, por meio desse recurso marcaram um encontro para a noite seguinte, entre um monumento da cidade, conhecido como “Túmulo de Nino”; combinando ainda que, o primeiro a chegar deveria esperar o outro debaixo de uma amoreira branca, bem próxima de um fonte e frente ao local determinado, onde pretendiam decidir o exato rumo de suas vidas (em comum).
Por ter chegado primeiro, a moça se dirigia para a amoreira branca, tendo entrementes, notado a presença de uma leoa, a qual, após devorar sua presa, seguia em busca de água da fonte; deixando em pânico Tisbe, que precisou correr. Na fuga seu véu, que Píramo facilmente saberia identificar, caiu, servindo assim de vestígio.
Em seu furor, a leoa,  com a boca ainda suja de sangue, não só manchou como também rasgou o véu.



Píramo, chegando mais tarde, encontrou o véu, o qual horrorizado reconheceu, julgando assim que Tisbe havia sido devorada; por isso se matou com sua espada.
Pouco depois, Tisbe, abandonando a gruta em que se refugiara voltou ao local, e, tendo encontrado Píramo morto, apanhou a arma fatal e com essa atravessou seu coração.
Assim, a amoreira ficou manchada com o sangue dos amantes, e, as suas amoras brancas, desde esse momento se tornaram vermelhas (para sempre).





Atreu e Tiestes

Atreu, filho mais velho de Pélops, sucedera a Euristeu, rei de Argos, por ser o esposo de sua filha Aérope. Tiestes, seu irmão, dominado pela ambição, em função de sua personalidade inclinada ao crime, se opusera quanto a partilha de Atreu sobre aquele reino, o qual se revelava como um próspero legado de Pélops. Na glória desse império e entre os membros da corte, se evidenciava a virtude de um carneiro, cujo tosão era de ouro, o qual Hermes (Mercúrio) havia dado para Pélops como tributo pelos seus triunfos; que, ardilosamente, Tiestes conseguiu roubar. Além dessa injuria ainda cometera um revoltante ultraje, ao seduzir Aérope, numa ousadia sucedida de rapto. Nessa fuga, Tiestes conseguiu evitar as agressões de seu irmão; em cujas condições de urgência, deixara de levar consigo seus filhos, em razões dos quais se tornara apreensivo. Por isso, em sua astúcia, sob o auxílio de amigos, enviara a proposta de um possível reencontro amistoso. Atreu, sem vacilar, fingindo consentir tal retorno, urdia o seu mais cruel plano de vingança.
Então, Tiestes voltou ao reino, iludido pelas aparências daquele tipo de reconciliação. Pois, Atreu realizara um fausto banquete, durante o qual selaram uma recíproca amizade; cuja maior surpresa, consistia no fato desse rei ter esquartejado os filhos de Tiestes que foram servidos – em pedacinhos – ao próprio pai.
Tiestes, no fim da refeição, como não tivera outra oportunidade, ansioso, pediu para rever os seus filhos, de cuja mesa não participavam; daí, Atreu, ironicamente, ordenou aos servos para que os trouxessem, os quais voltaram com bacias contento as cabeças dos mesmos.
Entretanto, depois de algum tempo, Tistes encontrou Egisto, fruto de uma relação conturbada, o qual, por isso, tinha abandonado, mas que, naquele momento estratégico o reconhecera como filho.
Egisto, de origem deveras voraz, fora incumbido de executar a vingança de seu (assumido) pai, em cujo fato decidiu no momento exato, conseguindo assim matar Atreu. Após esse crime, Tiestes assumiu o trono de Argos. 



Clitemnestra 

Egisto, filho de Tiestes, astuto – como era –, buscava o momento exato para se vingar dos filhos (por tutela) de Atreu, Menelau, esposo de Helena, e Agamêmnon, marido de Clitemnestra, cuja oportunidade – sob certa forma razoável –, surgira quando esses dois tiveram que partir em combate contra o cerco de Tróia. Dessa feita, Egisto seduziu Clitemnestra, a qual o aceitou sem apresentar qualquer tipo de resistência.



Quando Agamêmnon voltou, o plano de seu assassinato já estava bem esquematizado pelos dois; pois, Clitemnestra, depois de imobilizar a vítima lhe atirando uma rede, com isso facilitou para que Egisto concluísse o fato com seu punhal.



Clitemnestra, que ainda mandara emparedar Cassandra, trazida como prisioneira de Tróia; publicamente, anunciou seu casamento com Egisto; justificando o assassinato de Agamêmnon, como represália, por esse ter oferecido sua filha Ifigênia, em sacrifício aos deuses, para obter bons ventos, cuja explicação descontentou sua filha Electra. 



(continua)