quinta-feira, 8 de março de 2012

Uma Análise de Jung III

Uma Análise de Jung  III
O Advento da Psicologia XVI – Psicologia e Astrologia X: Uma Análise de Jung III



Uma Análise de Jung

Carl G. Jung – Carta Natal
Dados: 26/07/1875 – 19h20 – Kesswii – Suíça
Ascendente – 20º Aquário – 99 Maturidade
Casa II – 15º Áries – 79 Consolação
Casa III – 18º Touro – 91 Regeneração
Casa IV – 10º Gêmeos – 59 Magnetismo
Casa V – 0º Câncer – 10 Pureza
Casa VI – 20º Câncer – 98 Inócuo
Casa VII – 20º Leão – 105 Convicção
Casa VIII – 15º Libra – 73 Triunfo
Casa IX – 18º Escorpião – 85 Persistência
MC – 11º Sagitário – 53 Inexorável
Casa XI – 0º Capricórnio – 4 Honra
Casa XII – 20º Capricórnio – 104 Resistência
 Sol – 3º 20’ Leão – 22 Intransponível
Lua – 15º 35’ Touro – 74 Profundez
Mercúrio – 13º 48’Câncer – 71 Estabilidade
Vênus – 17º 33’ Câncer – 93 Juízo
Marte – 21º 22’ Sagitário – 97 Veracidade
Júpiter 23º 48’ Libra – 112 Excelência
Saturno 24º 12’ Aquário – 116 Paciência
Urano – 14º 50’ Leão – 66 Atualidade
Netuno – 3º 03’ Touro – 13 Experiência
Plutão 23º 15’ Touro – 113 Abstração



O Circuito de Marte

O Circuito de Marte determina o potencial energético de uma personalidade.
Marte, regente das casas II (Áries) e IX (Escorpião) faz sextil com Júpiter, Saturno e também com o Ascendente, indicando uma boa qualidade dinâmica. Embora isso signifique um grande potencial, indica também facilidade de comando – dessa força – em todos os sentidos. Dotado de uma situação econômica privilegiada (casa II), podia receber o que havia de melhor como formação científica; estudando com Bleuler e também com Freud; realizara a primeira descrição da “Dementia Praecox” e dos quadros depressivos; ou seja, tudo isso em função desse circuito, caracterizado pelo arrojo, o qual lhe permitia atuar independente (casa IX) das imposições de sentido acadêmico; condição reforçada ainda mais pelo seu Ascendente em Aquário.
O fato é que, seu fator de coragem (Marte) se encontra no grau da Veracidade (97) e o Ascendente representado pela Maturidade (99), cuja característica, pela formação de um acorde numérico (97 Veracidade / 98 Inócuo / 99 Maturidade), suscitaria a “presença” do número 98, o qual se configura em razão da cúspide da casa VI. Isso determina essa plenitude energética sob as condições de imensa liberdade, ou seja, indica um forte querer ou força de vontade especial (principalmente, em termos de poder alcançar o conhecimento), a qual significaria desde a percepção – intensa – do mundo externo até o sentido do núcleo vivo do eu (98 = “espírito”). A sexta casa, genericamente, implica em trabalho e saúde, isso deve esclarecer o sentido de seu grande esforço. 
Marte (assim definido) evidencia também uma certa espécie de impulso confiante, como condição para poder defrontar a Realidade (51), em cujo fator se encontra em seu Nodo Sul. Os sextis com Saturno (Paciência) e Júpiter (Excelência), implicam na grata possibilidade de moderação da impulsividade originária do planeta Marte.
Portanto, esse circuito se apresenta tal e qual ao conceito dado por ele sobre o termo “sincronicidade”, desenvolvido através de seu ótimo senso de observação; visto que, a verdade livremente (ou prescrita sem temor) mantém essa qualidade: Veracidade 97 – 3 Liberdade = 94 Autenticidade (= “simultaneidade”).
O termo “sincronicidade” – conforme definira – representa a simultaneidade existente entre eventos, muitas vezes envolvendo elementos simbólicos, correlacionados, porém distintos; pela definição, não estariam associados casualmente (no entanto, sem dar o esclarecimento sobre a razão desse fenômeno).     
Particularmente, para ele, a Verdade (indicada por Marte), mantendo um certo sentido de Realidade, podia representar duas ou mais ocorrências simultâneas, porém, independentes de uma única causa. Criara essa definição, mais como uma solução de sentido prático, diplomático, ou seja, para poder contornar certas bases fora de contextos, como a teoria da reencarnação, carma e destino, elementos dos quais não era convicto; mas também, impulsionado por seu fator da Veracidade (97), não poderia relegar aquele tipo de fundamento (evidente). Pois, provavelmente, já teria associado esses acontecimentos “integrados” (por observação) a determinadas fases ou períodos específicos. Quem pratica a astrologia, conhece muito bem – principalmente em trânsitos e progressões de planetas – a razão desses resultados simultâneos indicados em função de certas fases (ou períodos de vida). Sem esse termo (“sincronicidade”), Jung seria obrigado a formular uma teoria sobre as “influências planetárias”, a qual abalaria sua reputação acadêmica.
No entanto, consta de modo pouco divulgado que por sua influência (aproximadamente nos anos 50) ocorreu o primeiro curso de astrologia em recinto universitário. Esse curso foi dado pelo astrólogo Fankhauser na universidade de Zurique; fato ousado muito bem relacionado com esse circuito de Marte.



Circuito de Júpiter

Júpiter faz quadratura com Vênus, sextil com Marte e trígono com Saturno.
Nesse circuito Júpiter se encontra na casa VIII, setor do inconsciente, no signo de Libra, que identifica o equilíbrio, sob o grau da Excelência. Do modo como o já demonstrado, o fator da  Excelência (112) significa: a corte, os reis e também indica regência. Nessa configuração se ressalta a condição de quadratura entre Vênus (no grau do Juízo – 93) com seu dispositor, ou seja, Júpiter (em Libra). Portanto, essa corrente planetária encabeçada por Júpiter (regente da casa X) expressa – de modo explícito – suas realizações mais populares como figura pública; pois, Saturno, que determina objetividade, se encontra no grau da Paciência (116 = “pacientes”) e o planeta Vênus ligado ao Juízo (93), sob uma forma exigente (quadratura). Isso determina – para sua personalidade – a necessidade ou obrigação de atuar como um autêntico “regente” desses assuntos, ou seja com autonomia.
Para esclarecer de outro modo, como se em relatos de “experiências passadas”, seria preciso remontar embora de forma presumível no que concerne cada um desses padrões. Por encenação poderia ser indicado o seguinte: Numa reencarnação distante, provavelmente ele teria sido um certo rei, o qual poderia estar associado em lutas pelas cruzadas. Porém, em uma reencarnação imediatamente anterior ele teria sido um importante “juiz da inquisição”, bastante implicado nas condenações dos chamados alquimistas e “bruxos”.
O Nodo Norte, ligado ao fator da Outorga (57 = “mãe”; “cuidados”, etc.) indica que em sua vida atual seria preciso dar, doar, conceder, cuidar. . . Mas, outorgar o que? Ora, exatamente aquilo que se propôs (pelo menos como tentativa) a  “conceder” aos seus pacientes (116), ou seja, a normalidade psíquica.
Se no passado, ele ousara em condenar fenômenos psíquicos e paranormais, na atualidade isso deveria ser reconciliado. O mais notável desse fator cármico, se mostra justamente no fato dele ter atuado em condenações daquilo que ele próprio praticava (secretamente), isto é a alquimia. Vênus, regente das casas III e VIII (casa III no grau da Regeneração ‘91’ e que contém Plutão)  em sextil com Plutão e quadratura com Júpiter, poderia justificar tudo isso.
A seguir, o estudo sobre o circuito de Saturno, deve complementar essa situação cármica.


(continua).