segunda-feira, 9 de abril de 2012

Uma Análise de Jung IV

Uma Análise de Jung  IV
O Advento da Psicologia XVII – Psicologia e Astrologia X: Uma Análise de Jung IV



Uma Análise de Jung


Carl G. Jung – Carta Natal
Dados: 26/07/1875 – 19h20 – Kesswii – Suíça
Ascendente – 20º Aquário – 99 Maturidade
Casa II – 15º Áries – 79 Consolação
Casa III – 18º Touro – 91 Regeneração
Casa IV – 10º Gêmeos – 59 Magnetismo
Casa V – 0º Câncer – 10 Pureza
Casa VI – 20º Câncer – 98 Inócuo
Casa VII – 20º Leão – 105 Convicção
Casa VIII – 15º Libra – 73 Triunfo
Casa IX – 18º Escorpião – 85 Persistência
MC – 11º Sagitário – 53 Inexorável
Casa XI – 0º Capricórnio – 4 Honra
Casa XII – 20º Capricórnio – 104 Resistência
 Sol – 3º 20’ Leão – 22 Intransponível
Lua – 15º 35’ Touro – 74 Profundez
Mercúrio – 13º 48’Câncer – 71 Estabilidade
Vênus – 17º 33’ Câncer – 93 Juízo
Marte – 21º 22’ Sagitário – 97 Veracidade
Júpiter 23º 48’ Libra – 112 Excelência
Saturno 24º 12’ Aquário – 116 Paciência
Urano – 14º 50’ Leão – 66 Atualidade
Netuno – 3º 03’ Touro – 13 Experiência
Plutão 23º 15’ Touro – 113 Abstração



Circuito de Saturno

Saturno faz conjunção com o Ascendente, sextil com Marte, trígono com Júpiter e quadratura com Plutão.
Saturno retrógrado, regente do Ascendente e da Casa XII e no grau da Paciência, indica que, Jung provavelmente permaneceu muito tempo no “além”, antes dessa atual reencarnação. As condições de Saturno e sua quadratura com Plutão, podem caracterizar um ato de suicídio em vida anterior.




A explicação presumida sobre isso poderia ser a seguinte: Como juiz da inquisição e ao mesmo tempo sendo um praticante de alquimia, se tornara um “insensato”, cuja motivo lhe propiciara  esse tipo de “morte”. Não seria possível precisar a razão desse ato, mas, apenas presumir sua causa, a qual teria sido por envenenamento.  Isso se esclarece por causa do fator da sensatez, que pode ser associado com essas características; pois Júpiter faz oposição com esse padrão. Por causa desse ato, ele encontrou sérias dificuldades em razão de nova reencarnação, implicando assim em longa permanência nos reinos do após vida (terrena); com a possibilidade de grandes experiências nesse nível. Saturno retrógado e em quadratura com Plutão, pode indicar que muitos fetos os quais poderiam servir de invólucro em seu processo de reencarnação foram abortados, antes dele ter encontrado como recurso, o auxílio dessa mulher, em cuja característica ideal podia se tornar sua mãe, todavia, com certas dificuldades de geração. Isso até pode ser observado (como reforço) no circuito da Lua, que é regente da quinta e da sexta casa; no entanto ele nasceu, muito embora, sob a responsabilidade de duas vidas. Saturno corresponde ao arquétipo do velho sábio.



Circuito de Urano

O circuito de Urano, como regente do Ascendente também confirma as dificuldades representadas por Saturno em relação ao seu nascimento. O grau de Urano, como Atualidade, indica uma intensa necessidade de renovação. A quadratura com a Lua no grau da Profundez, indica envolvimentos repentinos com estudos; atuações de sentido revolucionário; e, em relação ao Ascendente: “aquele que emergiu das profundezas” (lembrando que 74, a Profundez, representa como padrão: gravidade, gravidez, etc.).


Circuito de Netuno

Netuno no grau da Experiência em quadratura com o Sol, indicado pelo Intransponível, caracteriza suas grandes experiências e seu esforço no sentido de poder transpor o umbral que separa o consciente do inconsciente, ou seja, o além do aquém. Netuno se mostra como elemento chave, pois funciona como mediador entre os níveis de consciência; significando a grande necessidade de pesquisa e o envolvimento com fatores inexplicáveis (vale como um tipo de estímulo obrigatório, exigente).



Circuito de Plutão

Plutão (113 Abstração) faz quadratura com Saturno (116 Paciência) e sextil com Vênus (93 Juízo).
Esse circuito determina estados compulsivos, os quais podem ser resumidos como sintoma de medo pela perda do juízo. A quadratura com Saturno indica que, sob as condições de responsabilidade, em relação ao modo de agir, seria preciso aplicar o fator de paciência (calma). Daí ele concluíra que seus estados compulsivos significavam apenas “impaciência”, sendo portanto controláveis.
Mas, seu grande lucro alcançado em razão desse circuito se relaciona com o seguinte: Plutão em Touro pode formar um sextil – pelo próprio livre arbítrio – com o padrão do Modelo (115) que se encontra em Câncer (sendo que esse fator pode formar um “par numérico” com a Paciência). Sendo que, Modelo e Arquétipo se equiparam;  com o sentido de uma de suas maiores descobertas.
Aliás, o próprio Ascendente de Freud se encontra exatamente sob o grau dessa irradiação, o qual  pode ser associado ao circuito de Plutão, em termos de afinidade. Uma boa forma para esclarecer tudo isso seria sob a seguinte suposição: Em seus contatos com Freud – nos primeiros ensaios da psicanálise –, os dois, não apenas dividiam opiniões, como também um devia analisar o outro em razão de suas próprias conclusões. Pode se presumir que nesses contatos ambos observaram muito em razão de um para o outro. Muitas vezes, Freud era visto como autêntico sábio, mas que em seus estados críticos revelava sua insegurança, cujo sentido para Jung poderia ser questionado:
– Seria isso afetação ou histeria? 
Relembrando a ‘Análise de Freud´, em relação ao estudo de seu Ascendente (Modelo), devido ao seu forte condicionamento, ele podia apresentar estados de afetação. Jung então deve ter observado que Freud apresentava determinados tipos de “modelos psicológicos” em suas encenações. Talvez, mais tarde, depois de se desligar do mesmo, conseguira obter uma reflexão mais apurada do fato.
Isso poderia ter originado o seguinte raciocínio: A consciência em seu sentido coerente requer a existência de “modelos”, os quais se encontram no inconsciente. Esses, são como imagens vivas, de cuja existência se deve a uma causa conseqüentemente natural. Assim, se tornava óbvio como imagem a “grande mãe”, o velho sábio, etc.

Comentário:

Se Jung tivesse avançado mais, talvez até pudesse ter se aproximado da lógica de 144 arquétipos (pois, sua teoria auxiliou na descoberta dos 144 números). O fato é que ele mesmo chegara a afirmar o seguinte: “. . . alguém poderá ir mais alem . . ., eu não!” (como quem que não se arriscaria tanto assim).