Análise Investigativa VIII
Psicologia e Astrologia: Análise
Investigativa VIII
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Análise Investigativa
Por essa técnica de análise
investigativa em que se reconhece o recurso da psicologia como subsídio
significante, só com o determinante básico da personalidade psicopata
identificada sob a – comprovada – lista de Robert Hare seria insuficiente, se
constituindo assim num método obsoleto, com possibilidades de ser ampliado.
De fato com a psicologia ainda
seria possível render muito mais em razão de outros sentidos teóricos
eficientes que se adaptam propriamente ao sistema analítico.
A base dessa técnica se encontra
justamente na teoria de Jung sobre as coincidências que observara em suas
experiências clínicas.
Pelas suas observações constatara
que, as coincidências assim reconhecidas num desafio – discrepante – da
probabilidade, não poderiam ter ocorrido sob mero acaso.
Em síntese, essa definição
implica num reconhecimento da coincidência significativa entre um caso psíquico
e outro físico sem nenhuma relação causal. Na elaboração desse tratado Jung se
apoiara nos informes individuais de Einstein; tendo ainda como tutor Wolfgang
Pauli.
Pelo fato do emprego prático sob
essa definição ter sido propriamente experimental, sem a decorrente técnica
desenvolvida – entre moldes científicos – para a sua objetividade, se difundiu
sem os necessários “interesses gerais” que dignificariam sua consistência
teórica. Aliás, nisso faltou também o sentido de integração (universal) no qual
implica reconhecer todos os conhecimentos – sem discriminações – conforme assim se estabelece quaisquer discernimentos motivados
pela inspiração.
Como esse fundamento de Jung
realmente procede, alguns psicólogos encontram pela sua aplicação o
complementar emprego da astrologia que, deveras determina a técnica para esse
determinante lógico.
Na astrologia a coincidência propriamente
– inexistente – não se conclui sob esse significativo genérico, ou melhor, no
próprio conteúdo de cada aspecto se reconhece a possibilidade de vários fatores
análogos que são considerados equivalentes. Pela avaliação de um aspecto em
relação ao contexto global do tema, se reconhece ainda por apropriação lógica
cada componente – significante – da personalidade. O sistema procede exatamente
conforme as formulações de Jung, com conteúdos tanto psíquicos quanto físicos
como influências.
Num processo investigativo esse
procedimento sistemático se constituiria num recurso auxiliar indispensável.
Sendo que, pelo emprego dos
trânsitos e progressões ainda seria possível analisar ocorrências em função de
datas específicas. No entanto, antes disso sempre seria necessário interpretar
– antecipadamente – o mapa radical.
Como demonstração serve de
exemplo o mapa astral de Landru (“Barba Azul”); já interpretado pelo
reconhecimento de sua personalidade.
De acordo com o processo criminal
de justiça seu primeiro crime – sem a inclusão de seus anteriores estelionatos
– se deve pelo assassinato de Jeanne Marie Cuchet ocorrido em dezembro de 1914.
Pelo recurso das progressões
secundárias como essenciais determinantes a posição da Lua se encontra aos 5º
16’ de Capricórnio e do Ascendente (ASC) aos 4º 43’ de Câncer.
A Lua progredida forma um aspecto
(exato) de quadratura com Mercúrio radical. O Ascendente também forma o mesmo
aspecto (bem aproximado).
O Mercúrio reconhecido sob o
número 35, pelas apurações analíticas representa o fundamental motivo da
psicopatia neste caso. Isso justifica conforme a progressão nessa data o
decisivo (ASC) primeiro assassinato.
Curiosas se tornam as
“coincidências” nesse sentido, pelo quanto vale apresentar as mais relevantes:
Henri: 54 (consoantes: 40; vogais: 14)
Desire: 60 (consoantes: 41; vogais: 19)
Landru: 70 (consoantes: 48;
vogais: 22)
Total: (184) 40 (consoantes: 129;
vogais: 55)
Jeanne: 49 (consoantes: 38;
vogais: 11)
Marie: 46 (consoantes: 31;
vogais: 15)
Cuchet: 60 (consoantes: 34;
vogais: 26)
Total: (155) 11 (consoantes: 103;
vogais: 52)
O número (52) do Ascendente de
Landru coincide com o número das consoantes do nome (Total) de madame Cuchet.
O nome Jeanne (49) se iguala em
número com a casa V.
O sobrenome Cuchet (60) equivale
em número ao nome Desire.
A Lua progredida indicada pelo
número 26 se equipara ao valor numérico das vogais do sobrenome Cuchet.
Pelo empenho de uma análise
profunda seria possível até remontar os fatos dessa ocorrência (criminal) em
razão de que:
26 + 35 (fator preponderante) =
61 (Ascensão): casa XII de Landru.
Para não delongar com o fato, em
suma isso parece exemplificar um dos “desastres” de cada mulher quando,
substancialmente despreza seus “dotes” de intuição feminina.
O Ascendente progredido sob o
número 15 coincide com as vogais do nome Marie; e, o Urano em trânsito pelo
valor numérico (38) idem, em razão das consoantes do nome Jeanne. Netuno em
trânsito (sob o número 5) resulta numa oposição ao significado numérico do nome
(no Total) de Cuchet (11).
Pelo assassinato de Therese
Laborde Line em junho de 1915 o Ascendente progredido forma quadratura exata
com Mercúrio. A Lua progredida representada pelo número 60 (nome Desire) está
bem próxima de atingir o número 65 que determina as consoantes do nome Therese
(80; consoantes: 65; vogais: 15). O sobrenome Line (40) além de se equiparar ao
nome total de Landru, indica pelo valor das consoantes o número 26 (40;
consoantes: 26; vogais: 14) que já foi esclarecido.
No caso de janeiro de 1919 pela
morte de Marie Therese Marchader se constata o seguinte:
Plutão em trânsito forma
quadratura com Mercúrio. Vênus progredida faz oposição exata com Saturno
radical na oitava casa. Mercúrio progredido (próximo de formar quadratura exata
consigo próprio) indica o número 15, o qual confere com as vogais dos nomes:
Marie e Therese. O Nodo Norte em trânsito se reconhece pelo número 31 o qual
identifica as consoantes de Marie (46; consoantes: 31; vogais: 15). Por
“coincidência”: 31 + 35 = 66, cujo número justifica o Nodo Norte de Landru.
Sobre esse fato existem outras
comparações relevantes, mas, por causa da dúvida quanto ao sobrenome Marchader
(ou Marchadier?), sensato se torna não incluí-las.
(continua)