Onipotência Existencial
V
FILOSOFIA DOS NÚMEROS: Onipotência
Existencial V
Anterior: OnipotênciaExistencial IV
Onipotência
Existencial – Naturalmente Eterna
Pelo andamento do
conhecimento existencial humano, o significado nominal de Cabala era tratado
por tradução como “tradição”, que num discernimento amplo, de ordem funcional
poderia ser interpretado com o sentido lógico de descendência na íntegra da
palavra.
Como imagem
representativa, esclarecedora – por si só dos fatos globais –, sustentava a
figura da árvore, que com significativo exclusivo de identidade na vida,
incluía a forma de frutos, para complementação lógica de base (padrão)
existencial.
Isso seria em síntese,
no caso de discernimento elementar, de um reconhecimento propriamente no modo
explícito.
Na realidade, a árvore
simboliza quaisquer das espécies em expressões de forças específicas, em que o
fruto como produto mantém a qualidade de cada elemento (ou indivíduo); seu
conteúdo: todas as coisas entre os inesgotáveis tipos de manifestações vitais e
objetivas do mundo.
Todavia, apenas por
essa observação realística dos fatos, significaria uma revelação indiscreta do
conhecimento existencial, para a comedida extensão do saber humano que, pelos
“riscos” – até de ordens morais – requeria deveras era de moderação nas
informações.
Então, nisso deveria
haver diplomacia (com prudente sonegação do saber), nesse caso, não para com os
adeptos da magia cabalística que, até mesmo por esse significativo de árvore e
frutos, a arte ainda podia identificar melhor o rumo providencial de todas as
propriedades das coisas, como utilitários básicos conforme esse recurso.
No geral, seria
impróprio tratar todas as manifestações na existência, simplesmente como frutos
– ricos em propriedades de variações preciosas – de acordo com a arte; no que
bastaria apenas supor as consequências, em se tratando de pessoas humanas sob
tais classificações, como elementos similares por teoria.
De alguma forma, por
essa limitação arbitrária convencional, permaneceu no mecanismo lógico da
Cabala para a funcionalidade de apuração analítica e funcional, uma espécie proposital
de lacuna, contrariando a congruência de melhores constatações informais da
existência, deixada especialmente como fator de precaução, prudência de efeito
radical pela moderação da verdade inamovível.
Sem nenhuma dúvida,
isso influiu na capacidade de extensão dos detalhes, sobre os assuntos expostos
para consultas com expectativas de reconhecidas minúcias no projeto.
De antemão, a Cabala
perdeu com isso a possibilidade de estabelecer ideais formulações para poder
ampliar com renovações, o que resulta assim numa estagnação do conhecimento.
Nisso transparece
também como negativo, o impedimento notório de realizar predições com as
revelações das devidas datas dos eventos.
De fato, na própria
noção natural de “fruto”, se encontra explícito a inevitável dependência de
validade, com uma determinante essencial de ciclo, exatamente de tudo que se
manifesta na existência, cuja condição efetiva resulta na lógica de datas
precisas para cada evento na vida.
A magia da Cabala, por
exemplo, sempre se serviu dessa virtude temporal para poder obter vantagem pelo
subsídio de ciclos, idade, data, fase, hora, período, etc.
Ainda como que
providencial para suprir essa deficiência por falha do sistema, o valor –
mágico – das letras hebraicas com a emblemática função numérica também
participa na efetivação cabalística, pelo quanto delas resultam a necessária
mobilidade (ritmo e fator tempo).
Na certa, assim a
Cabala teria o meio de identificação do essencial predicado da existência, que
resulta por conclusão pelo significado integral de árvore e fruto.
Em razão desse fato,
apenas pela sistemática da cabala não se torna possível diferenciar as
especificações personalizadas de Existência e Onipotência.
Na diferenciação de
ambos, por destaque: a Onipotência é ativa e dinâmica, e a Existência passiva,
com qualificações acolhedoras.
Nessas condições, a
existência apenas permite a dupla manifestação propriamente correlacionada
entre “árvore” (simbólica) como origem por linhagem e, seus frutos de acordo
com o representativo produto nessa relação, por qualificação de espécie.
Pelo quanto, a
Onipotência significa a única expressão energética, motora, de força, em razão
da própria existência como recipiente.
Dessa passividade da
Existência, que significa uma relativa sutileza (57: Outorga; conforme os 144
números) de propriedade materna, tudo se produz em forma de manifestação vital;
se processam todas as realizações (47: Realização, ou [anti-forma do tempo) por
esse direcionamento.
Aliás, a Onipotência,
como única expressão dinâmica (energética) se identifica como unidade padrão
responsável pelas fecundações da Existência.
Disso resulta que, na
sutileza desse conhecimento existencial, a Cabala, nos moldes de seu sistema
mesquinho com as informações por supressão convencionada, não teria
possibilidade de alcançar a plena forma pela ideal ampliação informante do
saber.
Por representação de
natureza unificada, a Existência se identifica na forma da serpente que devora a
própria cauda, cuja imagem simbólica também se reconhece pelo denominado
Ourobos, num significado de origem grega, a qual não se define exatamente com
esse sentido liberal (proposto neste tema).
Mesmo por essa
característica de aparente independência, a Existência no Universo como um todo
significa muito menos, em comparação ao poder Onipotente, cuja forma se
expressa exclusivamente pela magnânima emissão relativa da Luz, na qual se
define todo o potencial da Vida.
A Existência, mesmo no
estado apenas de estímulo energético, apresenta reação vital como expressão de
ordem vegetativa, propriamente inconsciente; numa produção de ação instintiva,
com percepções de efeitos parciais, sob sensações invariáveis, constantes e
monótonas.
Por esse motivo, de alguma
forma, o essencial exigido pela Onipotência no seu sustento existencial, não
pode deixar de ser atendido, cumprido e executado – até determinado limite –
nos conformes de sua Vontade.
Por outro lado, nessa
relação de aprazível combinação, caso a Onipotência decidisse deixar de
provisionar a Existência, assim identificada numa integração pelo qualificativo
específico de manifestação do ser, num tempo ainda que nem tão longo, a espécie
de vida nessa ordem e grau evolutivo na dependência de ser sempre constante,
nos conformes de sistemático envelhecimento – embora aos poucos – se
extinguiria.
(continua)