domingo, 3 de abril de 2016

Onipotência Existencial

Onipotência Existencial V
FILOSOFIA DOS NÚMEROS: Onipotência Existencial V





Onipotência Existencial – Naturalmente Eterna

Pelo andamento do conhecimento existencial humano, o significado nominal de Cabala era tratado por tradução como “tradição”, que num discernimento amplo, de ordem funcional poderia ser interpretado com o sentido lógico de descendência na íntegra da palavra.
Como imagem representativa, esclarecedora – por si só dos fatos globais –, sustentava a figura da árvore, que com significativo exclusivo de identidade na vida, incluía a forma de frutos, para complementação lógica de base (padrão) existencial.
Isso seria em síntese, no caso de discernimento elementar, de um reconhecimento propriamente no modo explícito.
Na realidade, a árvore simboliza quaisquer das espécies em expressões de forças específicas, em que o fruto como produto mantém a qualidade de cada elemento (ou indivíduo); seu conteúdo: todas as coisas entre os inesgotáveis tipos de manifestações vitais e objetivas do mundo.   
Todavia, apenas por essa observação realística dos fatos, significaria uma revelação indiscreta do conhecimento existencial, para a comedida extensão do saber humano que, pelos “riscos” – até de ordens morais – requeria deveras era de moderação nas informações.
Então, nisso deveria haver diplomacia (com prudente sonegação do saber), nesse caso, não para com os adeptos da magia cabalística que, até mesmo por esse significativo de árvore e frutos, a arte ainda podia identificar melhor o rumo providencial de todas as propriedades das coisas, como utilitários básicos conforme esse recurso.
No geral, seria impróprio tratar todas as manifestações na existência, simplesmente como frutos – ricos em propriedades de variações preciosas – de acordo com a arte; no que bastaria apenas supor as consequências, em se tratando de pessoas humanas sob tais classificações, como elementos similares por teoria.



De alguma forma, por essa limitação arbitrária convencional, permaneceu no mecanismo lógico da Cabala para a funcionalidade de apuração analítica e funcional, uma espécie proposital de lacuna, contrariando a congruência de melhores constatações informais da existência, deixada especialmente como fator de precaução, prudência de efeito radical pela moderação da verdade inamovível.
Sem nenhuma dúvida, isso influiu na capacidade de extensão dos detalhes, sobre os assuntos expostos para consultas com expectativas de reconhecidas minúcias no projeto.
De antemão, a Cabala perdeu com isso a possibilidade de estabelecer ideais formulações para poder ampliar com renovações, o que resulta assim numa estagnação do conhecimento.
Nisso transparece também como negativo, o impedimento notório de realizar predições com as revelações das devidas datas dos eventos.
De fato, na própria noção natural de “fruto”, se encontra explícito a inevitável dependência de validade, com uma determinante essencial de ciclo, exatamente de tudo que se manifesta na existência, cuja condição efetiva resulta na lógica de datas precisas para cada evento na vida.
A magia da Cabala, por exemplo, sempre se serviu dessa virtude temporal para poder obter vantagem pelo subsídio de ciclos, idade, data, fase, hora, período, etc.
Ainda como que providencial para suprir essa deficiência por falha do sistema, o valor – mágico – das letras hebraicas com a emblemática função numérica também participa na efetivação cabalística, pelo quanto delas resultam a necessária mobilidade (ritmo e fator tempo).
Na certa, assim a Cabala teria o meio de identificação do essencial predicado da existência, que resulta por conclusão pelo significado integral de árvore e fruto.
Em razão desse fato, apenas pela sistemática da cabala não se torna possível diferenciar as especificações personalizadas de Existência e Onipotência.
Na diferenciação de ambos, por destaque: a Onipotência é ativa e dinâmica, e a Existência passiva, com qualificações acolhedoras.
Nessas condições, a existência apenas permite a dupla manifestação propriamente correlacionada entre “árvore” (simbólica) como origem por linhagem e, seus frutos de acordo com o representativo produto nessa relação, por qualificação de espécie.
Pelo quanto, a Onipotência significa a única expressão energética, motora, de força, em razão da própria existência como recipiente.
Dessa passividade da Existência, que significa uma relativa sutileza (57: Outorga; conforme os 144 números) de propriedade materna, tudo se produz em forma de manifestação vital; se processam todas as realizações (47: Realização, ou [anti-forma do tempo) por esse direcionamento.
Aliás, a Onipotência, como única expressão dinâmica (energética) se identifica como unidade padrão responsável pelas fecundações da Existência.
Disso resulta que, na sutileza desse conhecimento existencial, a Cabala, nos moldes de seu sistema mesquinho com as informações por supressão convencionada, não teria possibilidade de alcançar a plena forma pela ideal ampliação informante do saber.



Por representação de natureza unificada, a Existência se identifica na forma da serpente que devora a própria cauda, cuja imagem simbólica também se reconhece pelo denominado Ourobos, num significado de origem grega, a qual não se define exatamente com esse sentido liberal (proposto neste tema).
Mesmo por essa característica de aparente independência, a Existência no Universo como um todo significa muito menos, em comparação ao poder Onipotente, cuja forma se expressa exclusivamente pela magnânima emissão relativa da Luz, na qual se define todo o potencial da Vida.
A Existência, mesmo no estado apenas de estímulo energético, apresenta reação vital como expressão de ordem vegetativa, propriamente inconsciente; numa produção de ação instintiva, com percepções de efeitos parciais, sob sensações invariáveis, constantes e monótonas.   
Por esse motivo, de alguma forma, o essencial exigido pela Onipotência no seu sustento existencial, não pode deixar de ser atendido, cumprido e executado – até determinado limite – nos conformes de sua Vontade.
Por outro lado, nessa relação de aprazível combinação, caso a Onipotência decidisse deixar de provisionar a Existência, assim identificada numa integração pelo qualificativo específico de manifestação do ser, num tempo ainda que nem tão longo, a espécie de vida nessa ordem e grau evolutivo na dependência de ser sempre constante, nos conformes de sistemático envelhecimento – embora aos poucos – se extinguiria.


(continua)