Filosofia dos Números: O Sentido Existencial (2)
E, essa Cruz dos doze raios tem sido utilizada pelo homem – mesmo tendo “esquecido” seu verdadeiro sentido – ao longo dos séculos; ou seja, os doze Signos do Zodíaco, nada mais são, do que, representações desses doze arquétipos. Desse modo, a Coragem é representada pelo Signo de Áries; o Respeito pelo Signo de Touro; a Liberdade pelo Signo de Gêmeos; a Pureza pelo Signo de Câncer; a Fidelidade pelo Signo de Leão; a Graça pelo Signo de Virgem, a Temperança pelo Signo de Libra; o Silêncio pelo Signo de Escorpião; a Justiça pelo Signo de Sagitário; a Honra pelo Signo de Capricórnio; a Misericórdia pelo Signo de Aquário e o Amor pelo Signo de Peixes. As doze notas musicais também são vibrações relativas desses arquétipos, e o mesmo pode ser dito sobre as outras escalas, como por exemplo, a escala cromática das cores. O fato é que, esses doze Arquétipos são Potestades – Entidades Vivas Irradiantes -, das quais se manifestam todas essas propriedades específicas da Vida. E, nisso se encontra também as propriedades dos vegetais, minerais ou de quaisquer outros elementos naturais existentes. Por exemplo, o ferro é uma propriedade relativa ao Padrão da Coragem, o ouro já tem sua relação com a Fidelidade, etc. Então, tudo se integra de acordo com um único princípio – o da dualidade -, que é a Cruz. Alem desses doze elementos básicos, podemos determinar a existência de mais 132 – perfazendo um número de 144 arquétipos, de acordo com a seguinte propriedade da Cruz: a sustentação perpétua. Pois, quem sustenta a Cruz é a sua base, portanto, o que nutre a Coragem – na Cruz do Presente – é a Pureza. Quem gera o Respeito - na Cruz do Futuro - é a Fidelidade; e, Quem sustenta a Liberdade – na Cruz do Passado – é a Graça. A Coragem gera a Honra, que se encontra 90 graus acima. A Honra gera a Temperança, que se encontra 90 graus abaixo da mesma. A Temperança gera a Pureza, sob as mesmas condições. O mesmo deve ocorrer tanto com a Cruz do Futuro quanto com a Cruz do Passado. Desse ato gerador, surgiram os outros 132 fatores. A Cruz apresenta de modo conciso – embora num sentido geométrico – todas as atividades e relacionamentos de cada uma das doze Potestades, como numa escala em um instrumento musical. Pois, é através dessa harmonia – geométrica e musical – que a figura da Cruz consegue se impor como Padrão da Verdade e da Justiça. Com uma simples noção de música tudo isso pode ser discernido. São doze notas musicais, indicando os Arquétipos. Entretanto, são sete as notas musicais pela formação da escala natural. Então, são sete os fatores essenciais: Fogo, Terra, Ar e Água, como base dos Temperamentos; e, Cardinais, Fixos e Mutáveis, como classificação genérica dos mesmos. De acordo com essa forma geométrica da Cruz, podemos estudar e desvendar todas as atividades da Criação, tanto no Presente, quanto no Passado como no Futuro. Com a finalidade única de poder demonstrar o valor da Cruz – em sua figura geométrica simples -, eis algumas combinações lógicas existentes nessa escala (círculo) dos doze padrões: um Padrão – ou Signo entre os doze – tem sobre seu consecutivo semelhante (vizinho), sua forma de agir, seu instrumento de medida, sua ferramenta ou condição de defesa, que pode ser chamado de Meio Ativo. Então, a Coragem tem como seu Meio Ativo o Respeito, que é o seu consecutivo Padrão. Sem o Respeito – tomado com instrumento -, a Coragem seria apenas uma força de vontade aventureira, uma iniciativa exacerbada e desprotegida. O Meio Ativo do Respeito é a Liberdade, pois, nessa condição se encontra o seu privilégio. A Liberdade já faz uso da Pureza, pois na Pureza se encontra a força da libertação. Explicação: a purificação torna as coisas livres (limpas). A Fidelidade já serve de instrumento para a Pureza, que precisa dessa condição para manter sua integridade. A Fidelidade se serve da Graça, que tem sentido de virtude, lógica e composição natural das coisas. Sendo a Graça o fator de coerência das coisas, deve ter como Meio Ativo a Temperança, que representa o equilíbrio. A Temperança se utiliza do Silêncio – que representa o inconsciente, a antítese e o espaço, o qual necessita para manter-se em equilíbrio. O Silêncio tem como instrumento a Justiça, caso contrário, sem essa forma de medida – para o Silêncio – tudo seria o caos. A Justiça mede tudo de acordo com a Honra. A Honra pode se manter conforme a Misericórdia. A Misericórdia já deve se valer do Amor, porque implica numa condição de sentimento. O Amor se transforma no mais severo sentimento, porque mantém como instrumento a própria Coragem. Mas, não há limites em termos de observação quanto ao sentido de coerência existente na figura da Cruz, que é o próprio sentido da Existência. Entretanto, este conhecimento existe apenas sob uma forma alegórica. A própria alegoria já apresenta como inatingível o núcleo Central Criador. Só foi possível uma descrição desse tipo, no emprego das propriedades do “fogo” – um dos quatros elementos básicos. Seria possível empregar outros elementos? Sim, seria! A própria ciência (materialista) aceita como válido um “princípio existencial” originado do elemento Terra. Pois, se para a ciência tudo se iniciou de uma grande explosão – para que ocorresse o início temporal -, o qual chamamos de “fuga (no caso do fogo)” – então esse elemento seria um fator Terra; por causa de sua densidade e consistência. A Bíblia, já descreve uma espécie de fuga – do primeiro casal – conforme as propriedades do fator Água. Ora, o casal se afastou por pudor, e isso é uma qualidade básica da Água.
O Sentido do Pudor
O que gera a Vergonha (pudor) é a Higidez, e, isso indica evolução, crescimento, e não, uma penalidade ou castigo. O Pudor é a maior Virtude da espécie humana – como mostra o próprio Meio Ativo. O que existe de mais puro para o livre arbítrio é o pudor (92 – 10 = 82), e, foi isso que ocorreu com o casal humano histórico. O que existe de recíproco ao Pudor é a Proeminência, desenvoltura e Saliência. Observações: Todo centro desse tipo de cruz equivale para o Princípio Ativo, sua Reciprocidade 140 (podem calcular, para qualquer número: seu quinto fator acima = sua reciprocidade). Então, quando essa especial qualidade humana (Pudor), se inicia, implica num despertar da inconsciência. O alerta – descrito na alegoria – se relaciona com a Finalidade Passiva, que indica a Persistência. A criatura humana deve manter essa qualidade sempre viva, pois, – com a tomada de consciência – ela passa a figurar como um elemento social (o pudor está entre a Revogação e a Fraternidade: 81 /82 / 83). Com a Virtude (ferramenta) do Pudor ela estará protegida (em equilíbrio) com o Sentimento (90), o qual implica inclusive em seu sentimento intuitivo. Por último o “alerta” indica que, de posse disso a espécie humana poderá desenvolver sua consciência – neste caso representado pela Evidência, e também terá um desenvolvimento com alegria e bem aventurança. Eu desenvolvi a alegoria do Conjunto Imaginário Universo Geral (com o elemento Fogo), num intuito apenas de, com isso, poder observar as várias implicações energéticas dos elementos em suas polarizações. Disso, surgiu naturalmente, os teoremas, condições básicas para determinar o que chamo de: Lógica Natural ou Relativa; para ser diferenciada da Lógica Formal. E, essa lógica, se tornou apropriada para o discernimento dos 144 números. Discernível também se torna que, de um jeito ou de outro, ou seja, elaborando “alegorias”, com um desses quatro elementos básicos, pode ser possível, apenas se aproximar – pelo menos em tese – do Sentido Existencial, o Qual, em sua Verdade Inconcussa, se mostra Intransponível.