segunda-feira, 1 de abril de 2013

Mitos da Transformação III



Mitos da Transformação III
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos da Transformação III

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.



O Caos


Do modo como a Mitologia (grega ou romana) se determinara em estrutura – de continuidade – desde sua origem, passou a descrever – principalmente – após o progresso (teórico) alcançado sob as propriedades inspiradoras do Caos (num sentido existencial evolutivo); em todos as suas fábulas se encontram – diversificados – tipos de transformações (ou metamorfoses). Por isso, vale ressaltar também sobre esse assunto alguns temas menos populares:



O Dilúvio

Zeus, indignado pelo comportamento errado da raça humana, sem encontrar alternativa, decidiu provocar um dilúvio sobre a terra, o qual visava o extermínio dessa espécie “de safra malsã”; com exceção de Deucalião e Pirra, em cuja qualidade do casal se reconhecia a forma digna de viver (como exemplo para a humanidade).



Cêrambo

Entrementes, mesmo sob o inesperado eclodir da catástrofe (do dilúvio mundial), Cêrambo, um pastor da Tessália, muito atento pelo quanto o perigo se mostrava, no momento certo – quase fatídico em sua fuga –, conseguiu se refugiar numa montanha próxima de sua morada. Nessa ordem, quando as águas já se nivelavam ao seu redor, ninfas em emersão, prontamente o socorreram através de seus poderes, conferindo a Cêrambo um par de asas, que por isso se salvou. No entanto, pelo quanto significava esse tipo de desmando, Cêrambo foi transformado em escaravelho.



Depois, como única solução para repovoar o mundo, por instruções recebidas, Deucalião e Pirra teriam de lançar pedras – colhidas do chão – por detrás dos ombros. Nesse procedimento, as pedras atiradas (acima do ombro) por Deucalião se transformavam em homens, enquanto que, pelos iguais atos de Pirra, as mesmas só se revertiam sob a forma de gênero feminino.



Aracne


Aracne, era uma bela jovem da Líbia que se tornara famosa pelo quanto se desenvolvera em seus trabalhos num nível – excepcional – sobre os tecidos, em cuja qualificação (assim alcançada), se constituíra – necessariamente – sob a indispensável direção da deusa Atena, a qual conforme se qualificava – além de outras virtudes – era regente também das habilidades manuais, como exato padrão nesse sentido.
Assim, por causa de seu enorme sucesso, passou  a  expressar – sob intenso orgulho – o conteúdo mórbido de sua extrema vaidade, chegando até a relegar o padrão fundamental dessa deusa (Atena) para justificar suas qualificadas virtudes artesanais. No entanto, serena e comedida, Atena, metamorfoseada em velha, ainda procurou se aproximar da moça, para com seus conselhos (de idosa experiente) tentar lhe convencer a mudar de procedimento (insensato e desrespeitoso); fato que resultara numa ousada rejeição. 



Como se não bastasse, Aracne ainda confessara que gostaria mesmo era de poder competir – em arte – com a própria deusa das habilidades manuais (Atena). Então, a deusa – desfeita do seu artifício de idosa – num gesto instantâneo se mostrou com todo o seu esplendor, afirmando que aceitava o desafio; o qual se iniciou de imediato. No final da prova, ambos os trabalhos – num sentido artístico – se qualificaram sob as ordens de magníficos (padrões de beleza); com exceção do único detalhe relevante entre os dois: os bordados de Aracne se caracterizam com extremo desrespeito, por figurar em tecido as variadas relações amorosas de Zeus (com autêntico deboche). Desse modo, nada mais se justificava sobre o fato, por qual motivo Aracne foi transformada numa aranha; como a própria fiandeira de sua exata e determinada teia.



 Acalantis

Acalantis, era uma das 9 ninfas filhas do rei Piero da Macedônia, a qual liderava um grupo musical formado entre suas irmãs. Encantada pelo nível – supostamente – alcançado em suas execuções musicais; por imprudentes motivos de orgulho, chegara a difundir que seu coral superava o canto das 9 Musas do Olimpo. Por castigo, ela e suas irmãs foram transformadas em pássaros, que em suas atuações, nem discernem em que tom cantam, embora ainda “encantem” sob esse tipo de virtude musical.




Aédon

Aédon, esposa de Zeto, por invejar a considerada fertilidade de Níobe, sua cunhada, tentou matar um filho dela – enquanto a criança adormecia –, assassinando por engano seu próprio filho. Transtornada, suplicou clemência aos deuses, sendo por isso transformada num rouxinol. Depois disso, Níobe, por injustificada afronta – infamante – contra a deusa Leto, foi metamorfoseada em rocha.

Comentário:

Sobre as transformações (apesar de serem muitas) gregas vale incluir também: Ismeno que teve suas filhas transformadas em fontes; Ânio, um pai orgulhoso em razão de suas 3 filhas serem profetizas, em auxílio da guerra de Tróia, nunca mais pode revê-las, por terem sido metamorfoseadas em pombas; e Cêlmis, protetora de Zeus, quando ainda era infante (no período inicial), que por desobediência, sob um castigo de Réia (Cibele), foi transformada numa pedra de diamante.

90 – Sentimento / 91 – Regeneração (transformação) / 92 – Arbítrio

Por essa ordem numérica a transformação (91) se enquadra (em seus limites) entre o sentimento (90) e o arbítrio (92) sob uma configuração bem definida em razão do discernimento (geral); até mesmo quando os mitos gregos são interpretados de forma literal, sendo que significam muito mais, com melhores observações; como através dos seguintes resultados em números:

Transformação 91 – 73 Triunfo = 18 Eternidade: isso significa que a transformação se define como uma função eterna (ou precisa se estender existencialmente). Até porque, isso se confirma pelo seguinte: Eternidade (18) 162 – 71 Estabilidade = 91 Transformação. Com isso, já se modifica a idéia (de consideração literal dada aos mitos) rígida sobre a transformação num sentido arbitrário como exato poder dos deuses. Por isso, essa arbitrariedade simbolizada como poder dos deuses, parece se justificar mais como pretensão de poder informar (de forma velada) essa característica da transformação associada ao número 91 (como se esses povos antigos conhecessem  algo sobre os 144 números).

Consolação – 79 / Regeneração (transformação) – 91 / Adaptação – 103  

Pela ordem da hierarquia do equilíbrio, a transformação (91) se encontra entre a consolação e a adaptação, reforçando e esclarecendo melhor o sentido lógico anterior. Isso significa que esse fator se apresenta sob uma condição inevitável, a qual exige a necessidade de se consolar com o fato (91), indicando ainda o sentido da adaptação.
Muitos intérpretes da mitologia qualificam Dionísio (Baco) como deus da transformação, cujo tipo de avaliação, só se justifica por “aproximação”, ou seja, pela lógica da seqüência: 90 Sentimento / 91 Regeneração / 92 Arbítrio, a qual implica em mudança (91) por questões do sentimento (90) e (ou) do livre arbítrio (92).
Por esse motivo seria preciso uma reavaliação nesse sentido através do mito de Dionísio, o qual se qualifica propriamente em relação ao número 92 (Arbítrio).