Mitos da Transformação III
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos da
Transformação III
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Este setor apresenta um texto
original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido
astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica
astrológica.
O Caos
Do modo como a Mitologia (grega
ou romana) se determinara em estrutura – de continuidade – desde sua origem,
passou a descrever – principalmente – após o progresso (teórico) alcançado sob
as propriedades inspiradoras do Caos (num sentido existencial evolutivo); em
todos as suas fábulas se encontram – diversificados – tipos de transformações
(ou metamorfoses). Por isso, vale ressaltar também sobre esse assunto alguns
temas menos populares:
O Dilúvio
Zeus, indignado pelo
comportamento errado da raça humana, sem encontrar alternativa, decidiu
provocar um dilúvio sobre a terra, o qual visava o extermínio dessa espécie “de
safra malsã”; com exceção de Deucalião e Pirra, em cuja qualidade do casal se
reconhecia a forma digna de viver (como exemplo para a humanidade).
Cêrambo
Entrementes, mesmo sob o
inesperado eclodir da catástrofe (do dilúvio mundial), Cêrambo, um pastor da
Tessália, muito atento pelo quanto o perigo se mostrava, no momento certo –
quase fatídico em sua fuga –, conseguiu se refugiar numa montanha próxima de
sua morada. Nessa ordem, quando as águas já se nivelavam ao seu redor, ninfas
em emersão, prontamente o socorreram através de seus poderes, conferindo a
Cêrambo um par de asas, que por isso se salvou. No entanto, pelo quanto
significava esse tipo de desmando, Cêrambo foi transformado em escaravelho.
Depois, como única solução para
repovoar o mundo, por instruções recebidas, Deucalião e Pirra teriam de lançar
pedras – colhidas do chão – por detrás dos ombros. Nesse procedimento, as
pedras atiradas (acima do ombro) por Deucalião se transformavam em homens,
enquanto que, pelos iguais atos de Pirra, as mesmas só se revertiam sob a forma
de gênero feminino.
Aracne
Aracne, era uma bela jovem da
Líbia que se tornara famosa pelo quanto se desenvolvera em seus trabalhos num
nível – excepcional – sobre os tecidos, em cuja qualificação (assim alcançada),
se constituíra – necessariamente – sob a indispensável direção da deusa Atena,
a qual conforme se qualificava – além de outras virtudes – era regente também
das habilidades manuais, como exato padrão nesse sentido.
Assim, por causa de seu enorme
sucesso, passou a expressar – sob intenso orgulho – o conteúdo
mórbido de sua extrema vaidade, chegando até a relegar o padrão fundamental
dessa deusa (Atena) para justificar suas qualificadas virtudes artesanais. No
entanto, serena e comedida, Atena, metamorfoseada em velha, ainda procurou se
aproximar da moça, para com seus conselhos (de idosa experiente) tentar lhe
convencer a mudar de procedimento (insensato e desrespeitoso); fato que
resultara numa ousada rejeição.
Como se não bastasse, Aracne
ainda confessara que gostaria mesmo era de poder competir – em arte – com a
própria deusa das habilidades manuais (Atena). Então, a deusa – desfeita do seu
artifício de idosa – num gesto instantâneo se mostrou com todo o seu esplendor,
afirmando que aceitava o desafio; o qual se iniciou de imediato. No final da
prova, ambos os trabalhos – num sentido artístico – se qualificaram sob as
ordens de magníficos (padrões de beleza); com exceção do único detalhe
relevante entre os dois: os bordados de Aracne se caracterizam com extremo
desrespeito, por figurar em tecido as variadas relações amorosas de Zeus (com
autêntico deboche). Desse modo, nada mais se justificava sobre o fato, por qual
motivo Aracne foi transformada numa aranha; como a própria fiandeira de sua
exata e determinada teia.
Acalantis
Acalantis, era uma das 9 ninfas
filhas do rei Piero da Macedônia, a qual liderava um grupo musical formado
entre suas irmãs. Encantada pelo nível – supostamente – alcançado em suas
execuções musicais; por imprudentes motivos de orgulho, chegara a difundir que
seu coral superava o canto das 9 Musas do Olimpo. Por castigo, ela e suas irmãs
foram transformadas em pássaros, que em suas atuações, nem discernem em que tom
cantam, embora ainda “encantem” sob esse tipo de virtude musical.
Aédon
Aédon, esposa de Zeto, por
invejar a considerada fertilidade de Níobe, sua cunhada, tentou matar um filho
dela – enquanto a criança adormecia –, assassinando por engano seu próprio filho.
Transtornada, suplicou clemência aos deuses, sendo por isso transformada num
rouxinol. Depois disso, Níobe, por injustificada afronta – infamante – contra a
deusa Leto, foi metamorfoseada em rocha.
Comentário:
Sobre as transformações (apesar
de serem muitas) gregas vale incluir também: Ismeno que teve suas filhas
transformadas em fontes; Ânio, um pai orgulhoso em razão de suas 3 filhas serem
profetizas, em auxílio da guerra de Tróia, nunca mais pode revê-las, por terem
sido metamorfoseadas em pombas; e Cêlmis, protetora de Zeus, quando ainda era
infante (no período inicial), que por desobediência, sob um castigo de Réia
(Cibele), foi transformada numa pedra de diamante.
90 – Sentimento / 91 –
Regeneração (transformação) / 92 – Arbítrio
Por essa ordem numérica a
transformação (91) se enquadra (em seus limites) entre o sentimento (90) e o
arbítrio (92) sob uma configuração bem definida em razão do discernimento
(geral); até mesmo quando os mitos gregos são interpretados de forma literal,
sendo que significam muito mais, com melhores observações; como através dos
seguintes resultados em números:
Transformação 91 – 73 Triunfo =
18 Eternidade: isso significa que a transformação se define como uma função
eterna (ou precisa se estender existencialmente). Até porque, isso se confirma
pelo seguinte: Eternidade (18) 162 – 71 Estabilidade = 91 Transformação. Com
isso, já se modifica a idéia (de consideração literal dada aos mitos) rígida sobre
a transformação num sentido arbitrário como exato poder dos deuses. Por isso,
essa arbitrariedade simbolizada como poder dos deuses, parece se justificar
mais como pretensão de poder informar (de forma velada) essa característica da
transformação associada ao número 91 (como se esses povos antigos
conhecessem algo sobre os 144 números).
Consolação – 79 / Regeneração
(transformação) – 91 / Adaptação – 103
Pela ordem da hierarquia do
equilíbrio, a transformação (91) se encontra entre a consolação e a adaptação,
reforçando e esclarecendo melhor o sentido lógico anterior. Isso significa que
esse fator se apresenta sob uma condição inevitável, a qual exige a necessidade
de se consolar com o fato (91), indicando ainda o sentido da adaptação.
Muitos intérpretes da mitologia
qualificam Dionísio (Baco) como deus da transformação, cujo tipo de avaliação,
só se justifica por “aproximação”, ou seja, pela lógica da seqüência: 90
Sentimento / 91 Regeneração / 92 Arbítrio, a qual implica em mudança (91) por
questões do sentimento (90) e (ou) do livre arbítrio (92).
Por esse motivo seria preciso uma
reavaliação nesse sentido através do mito de Dionísio, o qual se qualifica
propriamente em relação ao número 92 (Arbítrio).