domingo, 1 de junho de 2014

Mitos das Predições VI

Mitos das Predições VI
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos das Predições VI



Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.



A Adivinhação

De acordo com a mitologia grega, desde a sua introdução – descritiva – dos deuses (como origem existencial), para a sustentação do poder, o interesse pelas predições logo se manifestara como fundamental pelos necessários direcionamentos dos mesmos. E, isso se reconhece pelas descrições dos mitos que, justificam o desenvolvimento pela ordem dos períodos de Urano e Saturno até a dignificação de Júpiter como supremo deus do Olimpo.
Após a origem humana, essa inquietação de querer conhecer as necessárias circunstâncias do futuro – naturalmente – se manteve entre todos os povos: como na Ásia, no Egito e na Caldeia. Os gregos influenciados com essa possibilidade direcional cogitaram inúmeras maneiras pelo quanto seria possível prever o futuro, desenvolvendo assim diversificadas práticas nesse sentido.
Divulgada por seus seguidores como pretensa ciência, a adivinhação se mantinha sob alguns fundamentos ou regras pela sua definição, dos quais geravam debates nesse sentido.



Em Roma, esse conceito era reconhecido por estatutos constitucionais, enquanto que para os gregos se justifica apenas como teologia.
Então, pelo consenso da época, a adivinhação era reconhecida sob dois aspectos distintos, um, justificado por manifestações pessoais naturais (espontâneas), enquanto que o outro, nos conformes de práticas “artificiais” (comprovadas).
Pela classificação de ordem natural, se reconhecia: os videntes, os profetas, os adivinhos, os sensitivos entre outras manifestações especiais de quaisquer tipos de pessoas – sem distinção de classe social – que possuíam o dom de prever o futuro.
A adivinhação artificial se constituía entre os prognósticos realizados através de sinais exteriores que, de alguma forma – especial – se associavam aos eventos vindouros, justificados apenas pela experiência – constatada – em observações anteriores.
A base dessa teoria consistia na suposição de que, os deuses – por antecipação – anunciavam as ocorrências numa linguagem expressa pelos fenômenos – variados – da natureza, cuja consistência de cada fato, se considerava entre algumas das seguintes modificações: do vento, no ar, na terra, nos animais, nas plantas e, por inúmeras diversificações nesse sentido.
Por esse motivo, a qualidade de poder adivinhar, divergia pelos conformes de cada opinião pessoal.



Ainda assim, na Grécia, os reconhecidos adivinhos, os interpretes de sonhos e outros que dignificaram essa área, se tornavam encarregados para o auxílio de doentes ou vítimas (de diversificadas ocorrências) como consideradas autoridades nos templos e altares.



Os Augúrios

O augúrio, assim se denominava para ressaltar o tipo de adivinhação artificial que, consistia numa observação – comportamental – dos pássaros, pelo qual era possível sugerir ocorrências – locais – através do canto ou por outras expressões especiais dos mesmos.
No passar do tempo, esse termo se estendeu de maneira popular com um significado diverso, servindo também para identificar as previsões realizadas numa observação dos meteoros e outros fenômenos celestes.
Em Roma, os praticantes desse tipo de adivinhação eram chamados de áugures, que representavam essa ordem apenas com três autoridades. Depois, por reconhecidas evidências sobre esse ofício, a ordem se ampliou para quatro convocados, até finalmente se concluir – os exclusivos – nove membros (simbolicamente necessários). Sendo que, pela própria exigência – de procedência numérica no oráculo – do sistema, quatro desses ministros deveriam ser patrícios e cinco plebeus.



Como antecipado comentário de direcionamento relevante – para o “bom entendedor” –, essa ordem se definira nos conformes do primeiro “quadrado mágico” (com nove números), o qual até hoje implica na maneira consistente pela interpretação dos números (entre outras aplicações especiais nesse sentido, como exemplo, na forma de distribuir numa consulta as cartas do Taro).
Por estatuto, todo empreendimentos importante, só era decidido, após um aconselhamento – sob consulta – indicado pelos áugures, os quais como autoridades – justificadas na lei das doze tábuas –, se sustentavam com respeito, cujas infrações nesse sentido repercutiam em penalidades severas.

Pela organização do sistema, o colégio desses ministros, mantinha em livros, todos os conhecimentos sobre esse ofício que, tanto serviam para um estudo obrigatório de cada adivinho, quanto ainda, por questões de uma possível consulta nesse sentido, cujo índice direcional de buscas se definia – fundamentalmente – nos conformes dos doze signos do zodíaco.
No entanto, apesar dessa influência – evidente – da astrologia, a interpretação propriamente do agouro, se praticava muito mais pela análise de um trovão como também em relação aos relâmpagos (locais). Caso esses fenômenos inesperados ocorressem por uma indicação originada do oriente, eram reconhecidos como de bons agouros, os quais quando como indícios de mau presságio, se expressavam do norte para o sul; cujos detalhes técnicos só se definiam nos conformes de cada situação. Por essas observações minuciosas, a qualidade dos ventos também influía nas conclusões.



As aves, como preciosos informantes das previsões (através dos cantos e de algumas expressões dessa espécie de animal), eram sempre observadas, considerando em primeiro lugar a águia, depois o corvo e outros tipos, cuja base dos auspícios consistia em compreender a “linguagem dos pássaros”. Entretanto, por ordens estatutárias, somente o áugure assim qualificado podia opinar com suas avaliações, o qual por sua especialidade esclarecia a iminência dos fatos, com datas aproximadas das ocorrências previstas.
Quando um presságio era classificado de bom para ótimo, a dúvida sobre cada assunto – consultado – se dissipava, com a decisão confiante – sem reservas – pelo seu arrojado encaminhamento.
Dessa forma, se uma previsão não indicava boas conclusões – da questão –, por esse motivo era adiada para consultas posteriores, até se qualificar quanto ao momento ideal de sua realização.
Para exemplificar o rigor desse estatuto, durante o avanço de um exército – encaminhado sob ordens superiores –, o general sempre levava como adivinho um áugure – especializado em pássaros – na sua comitiva. Por seus aconselhamentos, algumas vezes, o comandante retrocedia seu exército – de volta – para Roma, até reconhecer com melhores presságios, os detalhes de sua missão.

(continua)