terça-feira, 1 de julho de 2014

Mitos das Predições VII

Mitos das Predições – VII
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos das Predições – VII

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.



Os Presságios

Mesmo que, como utilidade para tipos de interesses comuns ou parecidos, o uso e a prática dos presságios se diferenciava da crença popular dos augúrios, os quais dependiam de uma distinção pessoal – com méritos de aprimoramentos num templo – pelo seu exercício.
Por essa distinção, a interpretação dos presságios era efetuada com independência, de modo pessoal e particular.
Pela prática dos presságios, nem por isso se dispensava ordem para a sua validade nas interpretações de – possíveis – acontecimentos que, com sete fundamentos básicos assim se justificava:

1º Por palavras expressas eventualmente;
2º Pelos estremecimentos do corpo como do coração e olhos;
3º Por causa dos zumbidos dos ouvidos;
4º Através dos espirros de acordo com cada período, da manhã, tarde ou noite;
5º Em caso de ocorrências acidentais como quedas e outros tipos;
6º No encontro inesperado de pessoas estranhas ou animais;
7º Na interpretação do nome e prenome.

Nessa ordem ainda se incluía por superstição: a observação da luz – com fixação – para a interpretação de seus efeitos; ou também, o desfolhar das pétalas de flores especiais sob considerações por contagem.



Para a crença dos presságios era de costume aceitar seus desígnios e, agradecer aos deuses quando eram favoráveis, pelos quais ainda, seria preciso rogar melhores efeitos nos casos negativos.
Por quaisquer motivos esse método era utilizado – sempre ao amanhecer – de modo pessoal, principalmente pela iniciativa de um novo negócio; o qual se praticava muito mais – num interesse geral – no primeiro dia do mês e na entrada do ano.
Em Roma, nos períodos de calamidades, o deus Averruncus era invocado para aplacar todos os males. Por esse nome, com o significativo – do latim – de “poder desviar”, talvez essa presumida entidade assim denominada, apenas servia – de meio ou termo de invocação – para encaminhar todas as súplicas aos deuses em geral, durante as situações incontroláveis do destino.



Por causa da crença nos presságios, era costume dos povos dessa época – entre gregos e romanos – evitar palavras súbitas com significações nefastas num cuidado de não atrair possíveis desgraças.
Pois, havia por esse – suposto – conhecimento a possibilidade de que, uma vontade pessoal expressa com forte intenção (boa ou má), teria o poder de interferir na ordem dos destinos alheios.



A Sorte

Pela antiga tradição, a crença na sorte era considerada como definição, por um infalível mérito pessoal – de cada um – sob a reversível ordem do destino. Mesmo sob essa simples consideração, o conceito incutia necessárias reflexões filosóficas entre esses povos; pelo fato de que, assim o destino apenas devolvia como colheitas, aquilo que cada pessoa – com seus propósitos – semeara e cultivara.
Por esse motivo, a própria sorte era aceita – pessoalmente – com resignação.



Na crença dos romanos, a Sorte era identificada como uma das filhas de Saturno que, sem outros detalhes sobre sua origem, também recebia – em adoração – os mesmos louvores dedicados por reverências ao implacável Destino.
Pela sua adoração, a Sorte – numa imagem simbólica – se expressava como uma jovem com requintes de deusa, sustentando uma cornucópia, da qual transbordavam moedas de ouro, para as realizações – por crença – de cada desejo pessoal.



Pelo modo mais comum, a Sorte era revelada através do simples lançamento de dados, cujo costume, influiu nos procedimentos ritualísticos de alguns templos, os quais também adotaram esse método (por denominado “sorteio”).
Por causa desse fato que, resultara numa tradição, se originou entre gregos e romanos as expressões do gênero: “a sorte foi tirada”, ou “o dado deve ser lançado”, etc.
Pelo grande interesse – difuso – por esse tipo de adivinhação, o templo dos deuses Pálicos na Sicília se popularizou, propriamente, através dos seus inúmeros e assíduos seguidores; como visitantes originários de todas as regiões.
A origem histórica desse fato se justifica na divulgação de “mais um caso amoroso” decisório de Júpiter (ou Zeus) que, nesse enredo envolveu Talia, filha de Hefesto e de Etna.
Talia, após o reconhecimento de sua gravidez, temendo o ciúme de Juno, num momento de aflição se escondera no seio da terra, em cuja presumida segurança de seu abrigo, adormecera. Com o devido tempo, nesse local cuja região era vulcânica, do solo, como que brotados, nasceram os deuses gêmeos: os Pálicos.



Na crença de que esses deuses revelavam a Sorte, no local onde nasceram um templo fora erguido para esse culto, em cujas suas proximidades havia um lago com águas sulfurosas e quentes, no qual os rituais se concluíam.
Enfim, para o reconhecimento da Sorte, os crentes atiravam no lago suas dúvidas – do momento – através da escrita. Nessa expectativa, se alguma consulta flutuasse – nas águas – era sinal de boa sorte, e de significado contrário caso afundasse.

Comentário:

Pelo relato dos principais profetas, a mitologia define a predição como recurso válido e importante, cuja possibilidade nesse sentido se justificava propriamente num reconhecimento da existência do Destino. Pois, sem a existência desses “tecelões do destino” essa lógica não seria sustentável. Por outro lado, isso ainda implicava nas capacitações de algumas pessoas especiais para as interpretações dessas ordens.
Por essas descrições, o exercício da adivinhação variava sob vários aspectos e modalidades. Calcas, por exemplo, era especializado no preventivo recurso com o qual podia evitar derrotas durante as guerras.
No entanto, uma pessoa reconhecida para essa função, independente de sua classe social ou educacional, se destaca de alguma forma com a disposição nesse sentido, mesmo que através de um dom apenas latente. Entre essas pessoas dotadas, o sexo – de modo aparente – parecia não interferir diretamente nesse dom. No quanto, indiretamente influía nessa funcionalidade, conforme o próprio mito de Tirésias.
Tirésias vivenciou um período de sete anos na vida como mulher. Isso esclarece que, sem distinção de sexos, para essas qualificações, os “delicados” sentimentos intuitivos (de expressão feminina) implicam nessa ordem, seja em função do homem quanto da mulher. Pois, nessa prática, a capacidade racional não seria preponderante nas conclusões sensatas dessa ordem, muito pelo contrário, sua interferência seria imprópria.

Conforme os 144 números, as predições são avaliadas pelo 122 (Iminente) por essa ordem:

Independência 121 / Iminência 122 / Liderança 123

Isso significa que, o Iminente se qualifica como um “poder” diferenciado entre a Independência e a Liderança. Os próprios mitos identificam esse poder distinto, com a ida obrigatória dos profetas para as guerras.

Pela ordem de sua hierarquia (2 = Silêncio) assim se define:

Reversível 110 / Iminente 122 / Imunidade 134

A interpretação por esse sentido também seria simples, de fácil discernimento para todos.