Mitos de Sentido Familiar V
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos de
Sentido Familiar V
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Este setor apresenta um texto
original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido
astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica
astrológica.
Mitos de Sentido Familiar
Depois de 10 anos, Adrasto
empreendeu um novo ataque contra Tebas, em cuja investida participaram os
filhos dos mortos na guerra dantes marcada pelo amargor da derrota.
Mas dessa vez, os epígonos, assim
denominados (“descendentes”), mesmo com exército menos numeroso, renderam Tebas,
elevando ao trono Têrsandro um filho de Polinices. Com a perda de seu filho
Aigialeu na batalha, Adrasto morreu de desgosto.
Alcmêon era filho de Anfiarau com
Erifile, irmã de Adrasto; o qual desde muito jovem mantinha como lembrança as
considerações – deveras aflitivas – de seu pai, numa derradeira despedida junto
aos filhos, antes de partir para a guerra – dos “Sete contra Tebas” – sob sua
contrariada vontade.
Anfiarau como eficiente profeta,
era versado em linguagem simbólica, com a qual incumbira seus filhos de
vingarem sua morte iminente (pela predição do oráculo), apenas com palavras
vagas, sem provocar alardes para o momento, em cuja síntese do fato revelava os
motivos dessa desforra. Para Alcmêon a mensagem figurada de seu pai devia
amadurecer com o tempo, por isso permanecia no íntimo para ser decifrada na sua
maioridade.
Pela campanha contra Tebas, o
oráculo vaticinara que: “os epígonos seriam vitoriosos desde que Alcmêon
participasse na guerra como comandante do exército. Indeciso, ao ser eleito por
unanimidade para esse cargo, somente o aceitou depois de se convencer que essa
ordem se tratava de uma missão, assim reconhecida pelas insistências de sua
mãe, a qual ao remontar as derradeiras palavras de seu pai o persuadira com
facilidade.
No iniciar do ataque Aigialeu
logo em sua primeira luta caiu vencido, cujo seu adversário Alcmêon em novo combate
o matou, o qual se tratava do próprio rei de Tebas, Laodamas, filho de Etéocles.
Pelo fato inesperado no qual se
consumava a guerra com a morte do comandante supremo logo no início, o exército tebano
sob condições desesperadoras recuou ao interior da muralha.
Durante a noite com os presságios
de Tirésias como adivinho local, houve várias fugas de Tebas.
De manhã os epígonos saquearam a
cidade e, depois comemoraram a vitória de uma missão bem sucedida; entre aclamações
para a dignificação do novo soberano desse território.
De volta ao seu país, já com a
mensagem decifrada, sabia da culpa de sua mãe pela morte de seu pai; e, que ela
por ele, seu filho, deveria ser punida.
Para não cometer desatinos,
consultou o oráculo de Delfos sobre sua situação.
Pelo pronunciamento do oráculo e
com os seus conhecimentos – por investigações – sobre o assunto, contra sua mãe
ele juntou o seguinte histórico na demanda:
Por seu dom profético seu pai
vaticinara o fracasso dos “Sete contra Tebas”, sabendo ainda de sua própria
morte caso partisse para a guerra;
Sua mãe sob acordo tinha o
privilégio de decidir nas opiniões contrárias entre Anfiarau e Adrasto;
Polinices (maior interessado na guerra)
subornara Erifile com o lendário colar de Harmonia para que ela decidisse o
destino de seu pai.
Indignado com o julgamento que
fazia Alcmêon ainda recordou o conselho do oráculo e outra revelação jamais
esperada:
“Cumpra as ordens de seu pai (punindo
sua mãe). Ela cometera novamente o mesmo crime de traição, em cuja segunda vez
contra seus próprios filhos (Alcmêon e Anfíloco) quando os convencera em
participar da guerra (dos epígonos) apenas interessada num presente (o valioso
manto de Harmonia) oferecido por um soberano (acusação de Têssandro, filho de Polinices
eleito como rei de Tebas por esse suborno)”.
Enraivecido com a situação ele
matou sua mãe sem relutar contra a decisão, se apoderando de seus pertences
considerados “malditos”.
Pouco depois, sentiu como que
iria enlouquecer com a visão das Fúrias vingadoras em seu encalço pelo
matricídio.
Na tentativa de poder escapar do
martírio realizou viagens em busca de auxílio.
Na corte de Fegeu em Psofis na
Arcádia recebeu do rei a purificação, o qual após sua melhora, ainda lhe
concebeu sua filha em casamento. Alcmêon deu de presente para sua esposa o
colar e o manto de Harmonia.
Após algum tempo, as terras em Psofis se tornavam inférteis de modo alarmante. O oráculo anunciara que era por causa da presença de Alcmêon, o qual necessitava de nova purificação, dessa vez pelo deus do rio Aqueloo. Com algumas dificuldades nessa busca de cura, finalmente foi atendido por esse deus e purificado, o qual também lhe ofereceu sua filha como esposa. Callirroe, filha do deus Aqueloo, ao conhecer sua aventura, exigiu como presente de núpcias o colar e o manto de Harmonia.
De volta ao reino de Fegeu,
esclareceu-lhe que, precisava desses “pertences de família” para se dignificar
pela cura definitiva – numa oferenda junto ao deus Apolo – no quanto o rei
concordou. Revoltado, ao reconhecer por meio de um servo de Alcmêon os reais
motivos pela devolução das jóias, Fegeu ordenou seus filhos para que numa
emboscada ele fosse punido como um ingrato, durante a qual o assassinaram.
Só depois de muitos anos, os dois
filhos que Alcmêon deixara vingaram sua morte.
Comentário
Pelos 144 números:
33 (Semelhança)/ 34
(Familiaridade)/ 35 (Oportunidade)
A família (34) se encontra entre
a semelhança (33) e a oportunidade (35).
O 35 (Oportunidade) significa
também oportunismo e, nos conformes das demonstrações em outros temas determina
uma condição importante, pela qual se torna possível identificar “elos de
culpas” – como entraves – em termos numéricos por correlações.
Pelas propriedades numéricas:
34 (Familiaridade) ≺ ≻ 43 (Concepção); em que os dois termos
se complementam.
Entre o 100: 34 (Familiaridade) +
66 (presente); identifica como motivo básico o tempo no presente.
Entre o 144: 34 (Familiaridade) +
110 (Reversível); o reversível (a colheita).
Entre o 127 (Anti-modelo): 34
(Familiaridade) + 93 (Juízo).
O 17 (Criatividade) que equivale
ao sétimo número primo se identifica também com o termo: “filhos”. Então: 34
(família) – 17 (cria) = 17 (filhos).
Sendo que o número 34 (família) representa
a metade de 68 (Fertilidade).
No entanto, o significativo de
maior expressão em função desse número se reconhece pelo seguinte:
Toda resultante numérica de ordem
criativa ou geradora (17) implica exatamente sobre o número fundamental – em
termos aritméticos, como qualificativo para a sua eliminação (exclusão).
Como exemplo prático: 34 – 17 =
17; 17 + 144 = 161 (filhos) – 127 (“antagonismo”, “morte”, “extinção”, etc.) =
34 (“pais”, “tutores”, “família, etc.).
Sem uma opinião profunda que justifique
essa propriedade, talvez isso resulte “nos conformes das decisões individuais
tomadas – propriamente num momento qualquer – implicadas em vindouras
conseqüências dessa ordem”.
Por esse motivo os mitos de
sentido familiar são trágicos pelo próprio reconhecimento desse qualificativo
numérico, embora expresso de forma velada.
Freud sabiamente soube
interpretar o simbolismo dos mitos de sentido familiar, do qual reconheceu ao
seu modo a essência desse qualificativo (numérico) propriamente para a sua
doutrina, a psicanálise (do inconsciente).
Jung (inconsciente familiar) por
outra observação desconsiderou a definição do “complexo de Édipo” (com base
mitológica). No entanto, admitiu ter recebido do próprio Einstein
esclarecimentos significantes sobre a relatividade, cuja relevância dessa ordem
soubera incorporar na psicologia (com o termo: “sincronicidade”).
O fato é que, o número 34 também
serve de apoio sob o especial indicativo teórico da relatividade (os que
acompanham este blog devem reconhecer o seu emprego nesse sentido).