FILOSOFIA DOS NÚMEROS:
Onipotência Existencial XII
Onipotência
Existencial – Naturalmente Eterna
Numa extensão requerida
pelo estudo proposto anteriormente na identificação contundente de avaliações
numéricas com direções tendenciosas, ou capciosas, continuam os outros casos
relevantes:
42 [Princípio: “Luz”]
(186) – 102 [“mentira”] = 84 [Higidez: Existência, Criação]
Sem ser preciso aplicar
a interpretação ingênua de antigamente neste caso: a suposição de que a Criação
(84) é uma obra requerente de estabilidade pela natural situação da Luz (42)
para a carência em sua própria sustentação, significa a mais pretensiosa
mentira, como forma de amesquinhar ou até mesmo denegrir a Verdade autêntica
sobre a natureza existencial. Em facilitando o entendimento sobre a tendência
da questão que, no grosso modo, visa expor contingência existencial da Luz (42)
com formulação caracterizada numa submissão de ordem indevida de sua exclusiva propriedade
eterna, exatamente suprema e autônoma, da qual, todos os demais dependem como
determinação vital desse único manancial de força. Num esclarecimento mais a altura sobre a
independência eterna, que propriamente equivale a Onipotência Existencial da
Luz no Universo Integral, Abdrushin assim
explica e comprova esse fato conforme trecho do livro: Ressonâncias I, em cuja
dissertação nº 57 (“Faça-se a Luz) precisamente consta, e ainda descreve os
reais motivos pelos quais a criatura humana também se inclui na obra da criação,
sem nenhuma aparente relutância de sua autêntica vontade por essa participação na
vida; nos seguintes termos:
❝Na esfera da perfeição divina, unicamente o divino pode usufruir as alegrias da
existência consciente, as quais a irradiação de Deus doa. É o mais puro do puro na
irradiação, que pode se formar, como, por exemplo, os arcanjos, em distância
maior, no extremo limite do âmbito de irradiação, então também os anciãos, os
quais são ao mesmo tempo os guardiões do Graal no Burgo do Graal, dentro da
esfera divina.
Com isso é extraído o mais vigoroso e mais forte da irradiação!
Do restante formam-se então, no divino, animais, paisagens e construções. Com
isso, a espécie dos últimos resíduos modifica-se cada vez mais, porém, está
sujeita à mais alta tensão na imensa pressão decorrente da proximidade de Deus,
apesar de que também aqui a distância de Deus ainda tenha que permanecer
incomensurável e incompreensível para o espírito humano.
Nesses últimos resíduos então, que, como ramificações e sobras
esgotadas das irradiações, não são mais capazes de produzir formas no divino e apenas passam e flutuam como
nuvenzinhas luminosas em seus limites extremos, está contido também o
espiritual. Não pode desenvolver-se sob a alta pressão e nem chegar à
consciência. O forte impulso
para isso, porém, encontra-se em todo o espiritual, e é este impulso, que se eleva como uma grande súplica
da flutuação constante, a qual, no limite, não pode chegar a tecer nem a
formar.
E, por sua vez, foi essa súplica no impulso inconsciente, à
qual Deus cedeu em Seu grande amor, que Ele deixou tornar-se realização; pois
somente fora dos limites de todo o divino podia o
espiritual, seguindo seu impulso, desabrochar, para, em parte consciente,
usufruir as bênçãos das irradiações divinas, viver cheio de alegria dentro
delas, edificando, construir para si próprio um reino, que, florescendo e em
harmonia, pudesse tornar-se um monumento em honra de Deus, como agradecimento à
Sua bondade por haver concedido ensejo a todo o espiritual para o mais livre
desenvolvimento e, com isso, para a formação de todos os desejos!
Segundo a espécie e as leis das irradiações de Deus, tinha que surgir apenas felicidade e alegria para todos quantos se
tornassem conscientes. Nem podia ser de maneira diferente, já que para a
própria Luz as trevas são completamente estranhas e incompreensíveis.
Assim, o
grande ato foi um sacrifício de amor de Deus, que separou uma parte de Imanuel
e a enviou para fora, somente para conceder ao impulso constantemente
suplicante do espiritual uma fruição consciente da existência. [...]❞
Neste texto é preciso
ater-se ao fato de que, a criatura humana advém precisamente – em função de sua
origem – dessa dimensão da Criação mencionada como sendo de ordem espiritual.
Outra citação que
complementa o significado de tal assunto se encontra no livro: Na Luz da Verdade, do mesmo autor, na
dissertação: A Vida, pelos trechos assim selecionados:
❝O conceito do ser humano
sobre a vida estava errado até agora. Tudo quanto ele denominava vida nada mais
é do que um movimento impulsionado, que deve ser considerado apenas como efeito
natural da verdadeira vida.
Na Criação inteira é, portanto, formador, maturativo, conservador e
desintegrador apenas o efeito posterior do movimento mais ou menos forte. O
intelecto humano pesquisou esse movimento como sendo o mais elevado e encontrou
ali o seu limite. Não pode ir além em suas pesquisas, por ser ele mesmo um
produto desse movimento. Por isso, denominou-o, por ser o máximo de seu
reconhecimento, simplesmente de “força” ou “força viva”, ou denominou-o também
de “vida”.
Contudo, não é nem força nem vida, mas tão-somente um efeito natural e
inevitável disso; pois força existe apenas na própria vida, é uma só coisa com
ela, inseparável. Uma vez, pois, que a força e a vida são inseparáveis, a
Criação, porém, é apenas formada, conservada e novamente desintegrada pelo
movimento, tampouco se pode falar de força nem de vida dentro da Criação.
Quem, portanto, quiser falar em
descoberta da força primordial ou até em aproveitamento da força primordial por
meio de máquinas está enganado, porque nem poderá encontrar essa força dentro
da Criação. Considera como tal algo diferente e apenas o denomina, segundo a
sua acepção, erroneamente como “força”. Com tal pessoa prova com isso, porém,
não ter ideia alguma dos fenômenos na Criação ou dessa própria Criação, pelo
que, contudo, não pode ser censurada; pois co-participa dessa ignorância com todos
os seus semelhantes, instruídos ou não instruídos. ❞
Coragem:
(1) 145 – 102 [Conciliação:
“inexiste”, “mentira”] = 43 [Concepção]
Esta conotação
numérica, inclusive já aplicada anteriormente para esclarecer a Coragem (1)
conforme o assunto conciliação (102) que está sendo abordado novamente, condiz
precisamente com esta outra explicação de Abdrushin
sobre força. Pois, pelo visto, um
potencial de coragem (1) não pode ser implantado; tanto e quanto quaisquer
espécies de forças definidas e
conferidas com autenticidade, em seu real advento movido por reações de ordem
artificial, como determinante da vontade humana de condições inventivas; cuja
façanha por mais ousada e significativa, seria impossível.
Outra avaliação
enganosa pelo método incompleto de antes:
18 [Eternidade] (162) –
102 [“mentira”] = 60 [Compostura: “composição”, “componente”]
O caso se trata da
intromissão indevida de querer explicar a constituição real da Eternidade (18),
numa condição inexistente de possibilidade, pelo menos, não para a validade de
modo explícito. Não há condições, nem partindo de que “antes” da Eternidade
nada existia; e muito menos ainda pela conceituação em se considerando a
efetivação perene das coisas; que em outras palavras, significaria tentar
definir o incomensurável. Pelos determinantes numéricos, evidentemente, é
possível pesquisar tudo até as últimas consequências que, pelo caso da
Eternidade (18), muito ainda se esclarece na situação limítrofe de seu
discernimento. Como por exemplo:
Eternidade (18) 162 –
115 [modelo] = 47 [realizável]
Isso identifica o
modelo da Eternidade pelo número 47, o qual, entre outros significados ainda
caracteriza a forma inversa do Tempo, em cuja sua propriedade de percepção
humana, num nível mental se processa os efeitos da premonição e similares,
conforme esclarecimentos já descritos por outro artigo. Sendo que, pela
extensão minuciosa deste estudo não há limites.
Conforme se constata de
imediato, o emprego do número 102 em seu significado moderador pela indicação
da “mentira” como fator analítico nas questões gerais, exige um domínio vasto e
eficiente dos variantes numéricos entre os 144 termos básicos; situação difícil
de contornar para quem conhece este sistema apenas num nível fundamental. Como
a apuração analítica por esse procedimento requer de resultado significativo, sem
nenhum embaraço lógico com a questão, exige-se muito cuidado no emprego desse
recurso.
Para evitar erros e
interpretações enganosas, aconselhável se torna o uso da Tabela de Penas
Irrevogáveis, já utilizada em outros temas.
O indicativo dessa
tabela apresenta um efeito muito parecido com o resultado apurado em relação ao
número 102 pela acepção de “mentira”, cuja aproximação em relevância de causa,
se direciona conclusivamente para melhores interpretações do fato; desde que,
se faça a escolha do item certo, ou determinado como: “Indébito”.
Como exemplo, segue o
indicador de Indébito determinado novamente para a situação da Eternidade (18),
representado pelo número 62, conforme tabela. Isso significa que, a Eternidade
deve se precaver em relação ao fator propriamente do Explícito (62), por estar
propensa a cometer delitos direcionados a esse assunto. Caso se ajunte na
interpretação deste caso da Eternidade (18), as advertências próprias das
regras numéricas assim formuladas, certamente se chega com facilidade ao
conceito explicativo já visto, conforme Abdrushin, etc.
(continua)