sábado, 4 de março de 2017

Onipotência Existencial XII





FILOSOFIA DOS NÚMEROS: Onipotência Existencial XII


Onipotência Existencial – Naturalmente Eterna


Numa extensão requerida pelo estudo proposto anteriormente na identificação contundente de avaliações numéricas com direções tendenciosas, ou capciosas, continuam os outros casos relevantes:

42 [Princípio: “Luz”] (186) – 102 [“mentira”] = 84 [Higidez: Existência, Criação]  

Sem ser preciso aplicar a interpretação ingênua de antigamente neste caso: a suposição de que a Criação (84) é uma obra requerente de estabilidade pela natural situação da Luz (42) para a carência em sua própria sustentação, significa a mais pretensiosa mentira, como forma de amesquinhar ou até mesmo denegrir a Verdade autêntica sobre a natureza existencial. Em facilitando o entendimento sobre a tendência da questão que, no grosso modo, visa expor contingência existencial da Luz (42) com formulação caracterizada numa submissão de ordem indevida de sua exclusiva propriedade eterna, exatamente suprema e autônoma, da qual, todos os demais dependem como determinação vital desse único manancial de força.  Num esclarecimento mais a altura sobre a independência eterna, que propriamente equivale a Onipotência Existencial da Luz no Universo Integral, Abdrushin assim explica e comprova esse fato conforme trecho do livro: Ressonâncias I, em cuja dissertação nº 57 (“Faça-se a Luz) precisamente consta, e ainda descreve os reais motivos pelos quais a criatura humana também se inclui na obra da criação, sem nenhuma aparente relutância de sua autêntica vontade por essa participação na vida; nos seguintes termos:

Na esfera da perfeição divina, unicamente o divino pode usufruir as alegrias da existência consciente, as quais a irradiação de Deus doa. É o mais puro do puro na irradiação, que pode se formar, como, por exemplo, os arcanjos, em distância maior, no extremo limite do âmbito de irradiação, então também os anciãos, os quais são ao mesmo tempo os guardiões do Graal no Burgo do Graal, dentro da esfera divina.
Com isso é extraído o mais vigoroso e mais forte da irradiação! Do restante formam-se então, no divino, animais, paisagens e construções. Com isso, a espécie dos últimos resíduos modifica-se cada vez mais, porém, está sujeita à mais alta tensão na imensa pressão decorrente da proximidade de Deus, apesar de que também aqui a distância de Deus ainda tenha que permanecer incomensurável e incompreensível para o espírito humano.
Nesses últimos resíduos então, que, como ramificações e sobras esgotadas das irradiações, não são mais capazes de produzir formas no divino e apenas passam e flutuam como nuvenzinhas luminosas em seus limites extremos, está contido também o espiritual. Não pode desenvolver-se sob a alta pressão e nem chegar à consciência. O forte impulso para isso, porém, encontra-se em todo o espiritual, e é este impulso, que se eleva como uma grande súplica da flutuação constante, a qual, no limite, não pode chegar a tecer nem a formar.
E, por sua vez, foi essa súplica no impulso inconsciente, à qual Deus cedeu em Seu grande amor, que Ele deixou tornar-se realização; pois somente fora dos limites de todo o divino podia o espiritual, seguindo seu impulso, desabrochar, para, em parte consciente, usufruir as bênçãos das irradiações divinas, viver cheio de alegria dentro delas, edificando, construir para si próprio um reino, que, florescendo e em harmonia, pudesse tornar-se um monumento em honra de Deus, como agradecimento à Sua bondade por haver concedido ensejo a todo o espiritual para o mais livre desenvolvimento e, com isso, para a formação de todos os desejos!
Segundo a espécie e as leis das irradiações de Deus, tinha que surgir apenas felicidade e alegria para todos quantos se tornassem conscientes. Nem podia ser de maneira diferente, já que para a própria Luz as trevas são completamente estranhas e incompreensíveis.
Assim, o grande ato foi um sacrifício de amor de Deus, que separou uma parte de Imanuel e a enviou para fora, somente para conceder ao impulso constantemente suplicante do espiritual uma fruição consciente da existência. [...]

Neste texto é preciso ater-se ao fato de que, a criatura humana advém precisamente – em função de sua origem – dessa dimensão da Criação mencionada como sendo de ordem espiritual. 
Outra citação que complementa o significado de tal assunto se encontra no livro: Na Luz da Verdade, do mesmo autor, na dissertação: A Vida, pelos trechos assim selecionados:

O conceito do ser humano sobre a vida estava errado até agora. Tudo quanto ele denominava vida nada mais é do que um movimento impulsionado, que deve ser considerado apenas como efeito natural da verdadeira vida.
Na Criação inteira é, portanto, formador, maturativo, conservador e desintegrador apenas o efeito posterior do movimento mais ou menos forte. O intelecto humano pesquisou esse movimento como sendo o mais elevado e encontrou ali o seu limite. Não pode ir além em suas pesquisas, por ser ele mesmo um produto desse movimento. Por isso, denominou-o, por ser o máximo de seu reconhecimento, simplesmente de “força” ou “força viva”, ou denominou-o também de “vida”.
Contudo, não é nem força nem vida, mas tão-somente um efeito natural e inevitável disso; pois força existe apenas na própria vida, é uma só coisa com ela, inseparável. Uma vez, pois, que a força e a vida são inseparáveis, a Criação, porém, é apenas formada, conservada e novamente desintegrada pelo movimento, tampouco se pode falar de força nem de vida dentro da Criação.
Quem, portanto, quiser falar em descoberta da força primordial ou até em aproveitamento da força primordial por meio de máquinas está enganado, porque nem poderá encontrar essa força dentro da Criação. Considera como tal algo diferente e apenas o denomina, segundo a sua acepção, erroneamente como “força”. Com tal pessoa prova com isso, porém, não ter ideia alguma dos fenômenos na Criação ou dessa própria Criação, pelo que, contudo, não pode ser censurada; pois co-participa dessa ignorância com todos os seus semelhantes, instruídos ou não instruídos.

Coragem: (1) 145 – 102 [Conciliação: “inexiste”, “mentira”] = 43 [Concepção]

Esta conotação numérica, inclusive já aplicada anteriormente para esclarecer a Coragem (1) conforme o assunto conciliação (102) que está sendo abordado novamente, condiz precisamente com esta outra explicação de Abdrushin sobre força. Pois, pelo visto, um potencial de coragem (1) não pode ser implantado; tanto e quanto quaisquer espécies de forças definidas e conferidas com autenticidade, em seu real advento movido por reações de ordem artificial, como determinante da vontade humana de condições inventivas; cuja façanha por mais ousada e significativa, seria impossível.    

Outra avaliação enganosa pelo método incompleto de antes:

18 [Eternidade] (162) – 102 [“mentira”] = 60 [Compostura: “composição”, “componente”]

O caso se trata da intromissão indevida de querer explicar a constituição real da Eternidade (18), numa condição inexistente de possibilidade, pelo menos, não para a validade de modo explícito. Não há condições, nem partindo de que “antes” da Eternidade nada existia; e muito menos ainda pela conceituação em se considerando a efetivação perene das coisas; que em outras palavras, significaria tentar definir o incomensurável. Pelos determinantes numéricos, evidentemente, é possível pesquisar tudo até as últimas consequências que, pelo caso da Eternidade (18), muito ainda se esclarece na situação limítrofe de seu discernimento. Como por exemplo: 

Eternidade (18) 162 – 115 [modelo] = 47 [realizável]

Isso identifica o modelo da Eternidade pelo número 47, o qual, entre outros significados ainda caracteriza a forma inversa do Tempo, em cuja sua propriedade de percepção humana, num nível mental se processa os efeitos da premonição e similares, conforme esclarecimentos já descritos por outro artigo. Sendo que, pela extensão minuciosa deste estudo não há limites.
Conforme se constata de imediato, o emprego do número 102 em seu significado moderador pela indicação da “mentira” como fator analítico nas questões gerais, exige um domínio vasto e eficiente dos variantes numéricos entre os 144 termos básicos; situação difícil de contornar para quem conhece este sistema apenas num nível fundamental. Como a apuração analítica por esse procedimento requer de resultado significativo, sem nenhum embaraço lógico com a questão, exige-se muito cuidado no emprego desse recurso.
Para evitar erros e interpretações enganosas, aconselhável se torna o uso da Tabela de Penas Irrevogáveis, já utilizada em outros temas.




O indicativo dessa tabela apresenta um efeito muito parecido com o resultado apurado em relação ao número 102 pela acepção de “mentira”, cuja aproximação em relevância de causa, se direciona conclusivamente para melhores interpretações do fato; desde que, se faça a escolha do item certo, ou determinado como: “Indébito”.  

Como exemplo, segue o indicador de Indébito determinado novamente para a situação da Eternidade (18), representado pelo número 62, conforme tabela. Isso significa que, a Eternidade deve se precaver em relação ao fator propriamente do Explícito (62), por estar propensa a cometer delitos direcionados a esse assunto. Caso se ajunte na interpretação deste caso da Eternidade (18), as advertências próprias das regras numéricas assim formuladas, certamente se chega com facilidade ao conceito explicativo já visto, conforme Abdrushin, etc.

(continua)