Filosofia Numérica II
Na lição anterior, embora ainda
tida para este nível de estudo apenas como noções sobre Onipotência
Existencial, extraídas de um estudo superior de filosofia numérica em outra
categoria, resumindo foi ensinado o seguinte:
121 = Independência ⇒ Onipotência
18 = Eternidade ⇒ Manancial de
Onisciência
42 (Princípio) + 102
(Conciliação) = 42 [Luz] + 102 [Trevas] = 144
16 = Privilégio ⇒ Homem ⇒ Humanidade ⇒ espécie humana
84 = Higidez ⇒ Criação (mundo) ⇒ Existência
Da maneira mais natural tudo se cria – genericamente – por
“desdobramentos de massas”; como numa lapidação espontaneamente moderada de
efeito restaurador em razão de uma preexistência em vias de resgate como nova
presença pela responsabilidade contingente de um ato criador, cujo refinação
até chegar na burilada ideal, reduz a sobra da massa aplicada a inevitável
resíduo; o qual deve servir para outro tipo de realização. A sede de todo este
potencial onisciente, que se define como sabedoria crucial pela existência de
tudo, se encontra naturalmente nos níveis da Eternidade (18). Mas este assunto não pode entrar em divagações
desnecessárias. Por esse critério, se mantém assim, o imprescindível elo entre
todas as coisas, num fato necessário e fundamental pela própria ordem da
Reciprocidade. Nisso se encontra o segredo de Integração na Criação, que de
outro modo nada mais significa do que a Onipotência, em sua forma
onipresente como fator energético universal. Nessa situação, de modo mais
amplo, sucede também uma das excepcionais funções da Pureza (com
exclusiva propriedade), providencialmente, cuja explicação que melhor se adapta
ao entendimento prontamente, se observa no uso prático dessa execução, a qual
resulta em sua relação numérica.
Quando se repete em função de teologia a frase “... crescei e multiplicai”, o significado
autêntico assim se refere ao potencial de ordem criadora pertinente ao ato
executivo da Pureza (10).
10: Pureza –
Tudo se explica pela sua lógica por derivação numérica.
Uma constatação imediata se dá pelo simples exemplo:
42 [Luz] – 10 (derivando) = 32 [Natureza]: “a
natureza deriva da Luz”
102 [trevas] – 10 (derivando) = 92 [Arbítrio]: “o
livre arbítrio é derivado das trevas”.
Com isso pode ser demonstrado que qualquer número é derivação
de algum outro. Isso até justifica a origem de tudo em razão do mesmo fator universalmente
inicial, onipotente, em que se constata a imprescindível função da Pureza (10)
pela manifestação de todas as coisas na Criação. O assunto é muito extenso que
em se tratando de simples noção, requerente de explanações didaticamente
moderadas, bem elaboradas em razão de um direcionamento correto. Então, neste
particular o tópico para o momento se direciona ao assunto que se trata em
especial sobre a humanidade (16).
Significa de grande importância
conhecer a verdade sobre a origem da espécie
humana. Pela filosofia numérica tudo pode ser ilustrado por resultados de
cálculos para explicações evidentemente inegáveis, situação que requer
dispêndio de tempo na descrição minuciosa. Para evitar essa demora
desnecessária, apenas em alguns casos haverá aplicação desse recurso. Por outro
lado, algumas conotações numéricas serão apenas notificadas (para estudo
particular do interessado):
(16: espécie humana) 160 – 17 (Criatividade)
= 143 (Súplica)
A existência da Criação se deve
ao atendimento providencial de uma súplica da espécie humana, em seu estado
ainda latente, inconscientemente. Portanto, a Criação (84) que surgiu pela
manifestação da espécie humana, significa apenas uma Existência colateral, em
razão da característica essencial como fator realmente Sempre Eterno. A presença da espécie humana na Existência nunca foi
necessariamente requerida. Por isso que o homem se classifica propriamente pelo
número 16 (Privilégio).
84 [Criação: Existência] – 33
[Semelhança] = 51 [Realidade]
(16: espécie humana) 160 – 127
(inverso) = 33 [Semelhança: semelhantes]
Um ponto importante de ordem
humana consiste no fato de que, pela gênese dessa espécie, conforme o
acontecimento normal de formação ao nível de uma criatura existencial, como já
se sabe por efeito de onisciência: impreterivelmente, houve um desmembramento
de massas nesse sentido. Resumindo essa situação, concomitantemente se entende
que, no começo era o caos, em termos de manifestação pessoal, assim como se
sabe da importante integridade, requerente de sua manifestação individualizada,
como presença de consistência integral. De modo inviável de vida, cada inteiro
como componente de massa humana apenas servia para embargar a situação de seus
semelhantes. Isso inclusive esclarece a
estranha lógica pelo resultado numérico da seguinte conotação:
(16: espécie humana) 160 – 83
(Fraternidade) = 77 [Mistério]
Nos níveis da teologia, o
cumprimento do primeiro mandamento entre os dez inscritos na tábua de Moisés,
deveria ser interpretado como uma obrigação humana irrevogável! Não existem
desculpas para contornar uma infração nesse sentido.
No entanto, a doutrina cristã
diverge sobremaneira quanto a isso. Pelos
144 números se esclarece o motivo:
(16: espécie humana) 160 – 106
(Comiseração) = 54 [Infinito; sem limites]
Pela sua própria origem a
comiseração (106) humana (16) não tem limites. Desse modo, se justifica o
aproveitamento dessa propriedade numérica para com a espécie humana, cuja
característica condiz em certa facilidade de se condoer perante os percalços
alheios. A humanidade havia perdido essa solidariedade comunitária entre seus
semelhantes...
Como leitura sobre o assunto
alguns trechos foram extraídos da Mensagem do Graal, escritos por Abdrushin:
Primeiro Mandamento
Eu sou o Senhor teu Deus! Tu não deverás ter outros deuses ao meu lado!
❝Quem
for capaz de ler corretamente estas palavras, nelas certamente já verá o
julgamento de muitos que não observam este mais nobre de todos os mandamentos.
“Tu não deverás ter outros deuses!” Muitos imaginam muito
pouco sob estas palavras. Tornam-nas demasiadamente fáceis para si mesmos!
Imaginam entre os idólatras certamente em primeiro lugar somente aquelas
pessoas que se ajoelham diante de uma fileira de figuras de madeira, onde cada
uma representa um determinado deus, pensam talvez também nos adoradores do
diabo e semelhantes transviados, aos quais, na melhor das hipóteses, referem-se
com compaixão, contudo, não pensam aí em si mesmos. Olhai calmamente para vós
próprios e examinai-vos, se talvez também fazeis parte dessas pessoas!
Um possui um filho, que lhe significa de fato mais que tudo,
pelo qual seria capaz de qualquer sacrifício, e que o faz esquecer tudo o mais.
Outro coloca os prazeres terrenos acima de tudo e, mesmo que tomado da melhor
boa vontade, não seria capaz de privar-se deles por motivo algum, se uma tal
exigência lhe fosse apresentada, que lhe permitisse livre decisão. Um terceiro,
por sua vez, ama o dinheiro, um quarto, o poder, um quinto, uma mulher, outro,
honrarias terrenas, e todos, em última análise, em tudo isso somente... a si
mesmos!
Isso é idolatria no mais verdadeiro sentido. Disso adverte o
primeiro mandamento! Proíbe-a! ❞
Extraído do livro: Na Luz da Verdade: Os Dez Mandamentos – Abdrushin
Em sua Mensagem do Graal,
Abdrushin, indica uma opção não só amena como ainda até muito agradável para a
criatura humana, poder cumprir o Primeiro
Mandamento de Deus, sem contrair nenhuma culpa:
Adoração a Deus
❝Pode-se dizer sem receio que o ser humano ainda nem
compreendeu a absoluta naturalidade para ele de uma adoração a Deus, menos
ainda a praticou. Observai como vinha sendo feita até hoje a adoração a Deus!
Conhece-se somente um pedir ou, falando ainda melhor, um mendigar! Apenas aqui
e acolá também acontece alguma vez, por fim, que se elevem orações de gratidão
provenientes realmente do coração. Isso, no entanto, só se dá, como grande
exceção, sempre quando e onde uma pessoa recebe inesperadamente uma dádiva toda especial, ou é
salva subitamente de um grande perigo. Para ela
torna-se necessário que haja aí o inesperado e o súbito, quando, enfim, resolve
fazer uma oração de agradecimento. Da mesma forma, as coisas mais
extraordinárias podem cair-lhe no colo sem merecimento, no entanto, jamais ou
apenas mui raramente chegará a pensar em agradecimento, tão logo tudo corra de
maneira serena e normal. Se a ela, bem como a todos que ela ama, for sempre
presenteada saúde de modo surpreendente, e se não tiver preocupações terrenas,
então dificilmente ela resolverá fazer uma sincera oração de agradecimento. A
fim de provocar em si um sentimento mais forte, o ser humano necessita sempre,
infelizmente, de um impulso todo especial. Quando as coisas lhe vão bem, nunca se dá espontaneamente a esse
trabalho. ❞
❝A verdadeira adoração a Deus não se
manifesta em exaltação, nem em preces murmuradas, tampouco em súplicas,
genuflexões, contorções de mãos, nem em estremecimento bem-aventurado, mas em
alegre ação! Na jubilosa afirmação dessa existência
terrena! Pelo usufruir de cada momento! Usufruir significa aproveitar.
Aproveitar, por sua vez... vivenciar! Não, porém, em jogo e dança, nem em
desperdícios de tempo que prejudicam o corpo e a alma, os quais o intelecto
procura e precisa como equilíbrio e estímulo de sua atividade, mas no olhar
voltado para a Luz e para a vontade da mesma,
que estimula, eleva e enobrece tudo quanto
existe na Criação!
Para tanto se faz mister, porém, como
condição básica, o conhecimento exato das leis de Deus na Criação. Estas lhe
mostram de que maneira ele deve viver, se quiser ser sadio de corpo e de alma,
mostram exatamente o caminho que conduz para cima, ao reino espiritual, no
entanto, deixam também que ele reconheça de modo claro quais os horrores que
têm de sobrevir-lhe quando se opõe a essas leis! ❞
Trechos extraídos do livro: Na Luz da Verdade –
dissertação nº 29 - Abdrushin