segunda-feira, 1 de julho de 2013

Mitos da Liberação



Mitos da Liberação
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos da Liberação

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.




Dionísio (ou Baco)

Dionísio nasceu – inoportunamente – por causa de um relacionamento (irresistível) entre Zeus e Semele, uma princesa de Tebas, filha do rei Cadmo e da rainha Harmonia.
Hera (ou Juno), quando soube da nova atitude extraconjugal de seu esposo, indignada visitou sua atual rival, sob a metamorfose pela qual se identificava como a própria ama (Beroe) da princesa, para poder exercer sua influência, de acordo com seu plano de vingança. 



Semele, ainda entre seus quase 6 meses de gravidez, sob as instruções da falsa Beroe, exigira de seu amante – para comprovar sua autenticidade –, que se mostrasse com toda  a sua pompa de senhor do Olimpo. Zeus, por ter jurado pelo Rio Estige em realizar todos os desejos de sua amada – durante aquele período de formação da criança em seu ventre – embora relutante, não conseguiu desfazer o malfadado pedido.
Por esse ato (irregular), entre raios e trovões de Zeus, o palácio se incendiou, ocasionando a morte de Semele. O deus do Olimpo, em tempo hábil ainda conseguiu retirar o nascituro do ventre da princesa, o qual introduziu em uma de suas próprias coxas, para que a gestação atingisse a maturação.
Ao nascer – por ordens de Zeus –, a criança, conduzida em sigilo por Hermes até o reino de Atamas, foi bem acolhida na corte; ademais, com enorme satisfação de Ino, a rainha, que era irmã de Semele, se comprometendo por isso – como tia do menino –, de cuidá-lo como mãe sob todos os detalhes da adoção, em cuja uma das exigências consistia em disfarçar o infante com roupas femininas, para poder malograr as perseguições de Hera. 
Mas, nem por essas precauções tomadas, a proteção – na corte – valia como segurança, pois, a deusa logo investiu contra, enlouquecendo Ino e Atamas, cuja influência – incontrolável – resultou num trágico fim dos dois, que – pelo quanto significava de pior sobre a ocorrência –, ainda mataram seus herdeiros: Melicertes, o caçula – cozido num caldeirão pela própria rainha –, e Learco, o mais velho – o qual o rei assassinara supondo estar diante de um veado –; classes de atitudes paternas, tomadas apenas por causa dos desvarios.   



Precavido, Zeus, com extrema rapidez, transformou seu filho em bode (ou touro), sendo este depois encaminhado por Hermes para o monte Nisa, onde deveria completar sua infância, sob os cuidados das ninfas e – necessariamente – junto aos sátiros, que lá habitavam numa gruta – muito profunda – de segurança máxima. 



Na fase essencial de seu desenvolvimento, Dionísio se interessou – sobremaneira – pelo cultivo das vinhas, em cujas suas considerações experimentais nesse sentido, serviram para – posteriormente – encontrar os fundamentos (numa precípua receita sua) do vinho.
Por descuido, proporcionado pelo seu próprio consumo de vinho, contribuiu sem saber para que Hera finalmente o localizasse, a qual sob decisão imediata o enlouqueceu. 
Nesse seu estado, Dionísio precisava peregrinar, se apresentando – sem um real motivo – no Egito, se dirigindo em seguida até a Síria, chegando depois na Frigia, onde foi bem acolhido por Rea (Cibele), a qual o purificou, curando assim sua insanidade; e pela extensão providencial do auxilio, a deusa ainda o instruiu no quanto deveria significar o seu culto (como deus).   



Depois, pelo quanto assim se reafirmara, apesar de outros percalços – conforme tanto se aventurava –, sempre diante de novos inimigos (sem contar as perseguições constantes de Hera); Dionísio se consagrou, precisamente, por ter seguido o caminho das Índias (numa expedição demorada), em cujas todas as suas apresentações, era acolhido em cada região – pelo povo  – como um novo e poderoso deus (de ordens atuais).  



Seu retorno das Índias ocorreu sob uma espécie de marcha triunfal, exatamente como um desfile, representado por ninfas, sátiros, silenos, bacantes e demais adoradores de seu culto, uns qualificados apenas como simpatizantes do cortejo, os quais só assim se assemelhavam, pelo mesmo tipo de euforia, que se caracterizava por coreografia e coro entre todos os componentes, em cujo tipo de vislumbre dado aos observadores do evento, se difundia com efeitos de ordens contagiantes.

(continua)