quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Mitos das Predições

Mitos das Predições
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos das Predições

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.



Mitos das Predições

Pela característica estrutural comum (sob costume ou padrão) dos mitos gregos, se observa entre os propósitos de cada descrição (mítica), talvez por considerações de ordens proverbiais (num sentido de certa instrução moral), a necessária inclusão de alguma predição, em razão do próprio andamento de cada fábula. Portanto, por esse sistema de informação (num sentido geral), a qualificação mitológica assim se definia: como um tipo de alerta, prescrito sob algum tipo – respeitável – de previsão, cujo motivo deste tema consiste apenas na identificação dos principais personagens (assim envolvidos).



Tirésias

Tirésias, filho de Évero e da ninfa Cariclo, se celebrou na mitologia como um dos maiores interpretes do destino pelo dom da predição que, ainda assim era cego, cuja causa variava entre os mitólogos. Num dos casos, ele teria sido punido – com a perda da visão – por ter observado Atena (Minerva) durante o banho; por outra consideração, em razão de ter revelado alguns “segredos” dos deuses; pois, tinha o dom de reconhecer o presente, o passado e o futuro; e ainda, era difundido como dotado de uma existência (terrena) sete vezes maior entre todos os mortais (sob uma concessão de Zeus).



Em outra versão, durante um passeio, Tirésias – inesperadamente – se encontrou diante de duas serpentes entrelaçadas, que por reflexo – pelo susto – as separou, cuja atitude abrupta, ocasionara o ferimento de uma delas (a fêmea). Logo após, notou que havia se transmutado – sob o quanto influíra seu ato –, ou seja, se identificava como portador de órgãos femininos; cuja condição fisiológica perdurou cerca de sete anos.
Depois desse longo período (como mulher) decidiu voltar ao local, onde se reencontrou sob idêntico quadro, em que novamente procedeu – por descontrole –, resultando desta vez, num ferimento – sem intenção contra as serpentes – do macho, cujo efeito (inexplicável) permitiu suas reabilitações de ordens masculinas. Em conseqüência dessa experiência inusitada – como conhecedor das precisas “sensações” entre cada sexo –, logo seu destino novamente se modificou. De fato, durante uma discussão entre Zeus e Hera, numa avaliação curiosa sobre os casais, no quanto se diferenciava a melhor sensação entre o par nessa relação; Tirésias como único experiente no assunto, fora requisitado para determinar o desfecho desse debate. 
Por causa de seu pronunciamento a favor de Zeus, Hera, enrubescida – diante da exposição de um segredo feminino –, de imediato o privou da visão. Como não podia anular a demanda da deusa, Zeus indenizou Tirésias com o dom da profecia.



Depois disso, se destacou como o maior adivinho de Tebas, como no caso – pelo desfecho do mito – de Édipo, o qual por causa das considerações conclusivas de Tirésias, não conseguiu ser absolvido no quanto se identificava sua culpa (por crimes insustentáveis).



Numa consulta de Liríope, mãe de Narciso que, questionara se seu filho viveria muitos anos, a predição de Tirésias constatou com clareza um risco no futuro, com um desfecho simples sob os termos: “desde que ele nunca se veja.”



Ulisses, a conselho de Circe, no quanto requeria entender seu exato itinerário – de retorno ao seu reino –, também precisou consultar Tirésias, o qual neste caso, para poder auxiliar nesse sentido, se comunicou sob a forma de uma “aparição”, pelo fato de já ter ido para o Hades (e se localizado no inferno).



Manto, filha de Tirésias, pela ordem natural de seu desenvolvimento, se identificou com o dom da profecia, a qual como mãe ainda lhe concebera um neto denominado Mapso, que também – mais tarde – se qualificou um preciso adivinho.
No quanto significou sua morte, o fato procedeu durante a fuga dos tebanos contra os epígonos (sob duas considerações mitológicas). Numa versão, esse adivinho teria morrido por ter saciado sua sede – com exagero – em certa fonte de água gelada (durante a fuga).



Em outra versão, nem ele nem sua filha (Manto) não se afastaram de Tebas (durante a fuga), sendo assim capturados para o serviço profético no templo de Apolo. No entanto, durante o percurso Tirésias morrera de fadiga.



Depois de sua morte, ou já instalado no Hades (inferno), por consentimento de Plutão (soberano local) ainda podia fazer suas predições. No entanto, quem ousava uma consulta dessa ordem (se direcionando ao reino dos mortos), devia antes disso, prestar sacrifícios aos habitantes desse reino infernal; cujo ritual ainda exigia uma postura de costas para o ocidente, sem nenhum olhar para traz, pelo quanto o inferno assim se localizava.


(continua)